5 assuntos para ficarcodigo bonus 1xbetolho no encontro do G20 no Rio :codigo bonus 1xbet

Além dos membros, a cúpula do Rio conta ainda com 19 convidados, entre eles Espanha, Portugal, Chile, Colômbia, Emirados Árabes e Angola.

O encontro, que termina na terça-feira (19/10), representa a conclusão dos trabalhos conduzidos pelo Brasil na liderança.

Nele, os chefescodigo bonus 1xbetEstado "aprovam os acordos negociados ao longo do ano, e apontam caminhos para lidar com os desafios globais", segundo a organização do evento.

Mas, além dos acordos, um encontro com as maiores potências do mundo também desperta a atenção pela configuração da geopolítica mundial — num mundocodigo bonus 1xbetque guerras violentas têm sido duradouras;codigo bonus 1xbetque Donald Trump está prestes a voltar ao poder nos EUA; ecodigo bonus 1xbetque as mudanças climáticas têm deixado vítimas em tragédias ao redor do mundo.

Reunimos aqui cinco pontos para ficarcodigo bonus 1xbetolho no encontro que acontece no Museucodigo bonus 1xbetArte Moderna (MAM), no centro do Rio.

1 - As pautas defendidas pelo Brasil vão vingar?

Neste um anocodigo bonus 1xbetpresidência no G20, o Brasil apostoucodigo bonus 1xbettemas com maior potencialcodigo bonus 1xbetconvergência entre os países, como o combate à fome e a desigualdade — deixandocodigo bonus 1xbetlado pontos sensíveis aos diversos integrantes, como os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio.

Além do combate à fome, o Brasil estabeleceu mais duas prioridades: a transição energética e desenvolvimento sustentável; e a reforma da governança global, no sentidocodigo bonus 1xbetcontemplar a nova configuraçãocodigo bonus 1xbetpoder globalcodigo bonus 1xbetorganizações com as Nações Unidas (ONU).

Diplomatas ouvidos pela BBC News Brasil apontam que a agenda que mais avançou foi a do combate à fome e à pobreza.

No primeiro dia da cúpula, o presidente Lula (PT) deverá lançar aquela que é considerada a principal entrega do país durante a presidência do G20: a Aliança Global Contra a Fome.

Trata-secodigo bonus 1xbetum mecanismo que pretende facilitar o acessocodigo bonus 1xbetpaíses pobres oucodigo bonus 1xbetdesenvolvimento a financiamento e a políticas públicas voltadas para a redução da fome e da pobreza.

"Não há país que considere que retirar 733 milhõescodigo bonus 1xbetpessoas da situaçãocodigo bonus 1xbetfome seja algo negativo", disse o embaixador e secretáriocodigo bonus 1xbetAssuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, Maurício Lyrio, principal negociador brasileiro no G20.

Para financiar esta pauta e outras que considera importante, o Brasil tem defendido a taxação dos super-ricos e das grandes fortunas no mundo.

A BBC apurou que o documento final da cúpula deve ter uma menção inédita a essa proposta, mas acompanhadocodigo bonus 1xbetuma ressalva sobre uma discordância do governo da Argentina.

Em julho, os ministroscodigo bonus 1xbetfinanças do G20 aprovaram um documento defendendo a adoçãocodigo bonus 1xbetpolíticascodigo bonus 1xbettributação progressiva, inclusive sobre os chamados “ultrarricos”.

Mas, segundo fontes, o presidente argentino, Javier Milei, tentou fazer mudanças nesse texto, que apontava para importânciacodigo bonus 1xbetdiscutir essa taxação.

"Possivelmente, ele não vai referendar essa proposta brasileiracodigo bonus 1xbetparticular para viabilizar o financiamento", prevê a cientista política e especialistacodigo bonus 1xbetrelações internacionais Ariane Roder, da Universidade Federal do Riocodigo bonus 1xbetJaneiro (UFRJ).

Ainda assim, o governo brasileiro ainda considera uma vitória ter conseguido o apoio da quase totalidade do G20 à inclusão do tema no documento.

Vale lembrar que o G20 não tem caráter decisório — ou seja, não há garantiascodigo bonus 1xbetque os países adotem,codigo bonus 1xbetfato, o que foi decidido durante a cúpula.

As outras duas prioridades estabelecidas pela presidência brasileira, a reforma da governança global e transição energética, também resultaramcodigo bonus 1xbetdeclarações ministeriais antes da cúpula do Rio, mas a avaliação dos especialistas ecodigo bonus 1xbetdiplomatas estrangeiros ouvidoscodigo bonus 1xbetcaráter reservado écodigo bonus 1xbetque os resultados nestes campos serão mais limitados.

2 - Milei e a Argentina como pedras no sapato?

A Argentina chega ao encontro do G20 como um país que pode impedir o avançocodigo bonus 1xbetdeclarações consensuais — codigo bonus 1xbetque todos os países concordam.

Nos trabalhoscodigo bonus 1xbetministros que antecedem o início oficial da cúpula, os argentinos já se recusaram a assinar um documento sobre igualdadecodigo bonus 1xbetgênero e empoderamento das mulheres, argumentando que isso entra numa "pautacodigo bonus 1xbetcostumes".

Mesmo fora do G20,codigo bonus 1xbetoutros encontros globais, a Argentina tem se apresentado numa posturacodigo bonus 1xbetdivergência.

Na Organização das Nações Unidas (ONU), nesta semana, o país foi o único a votar contra uma resolução sobre os direitos dos povos indígenas.

O governo Milei também retirou acodigo bonus 1xbetjá pequena delegação da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 29), que está sendo realizadacodigo bonus 1xbetBaku, no Azerbaijão.

Milei chega ao Brasil após ser o primeiro líder a encontrar o recém-eleito presidente Donald Trump nos Estados Unidos. Os dois estiveram na cúpula do Comitêcodigo bonus 1xbetAção Política Conservadora (CPAC), na mansãocodigo bonus 1xbetMar-a-Lago, propriedade do presidente eleito.

Em declarações à imprensa argentina, Milei já disse que Trump o chamoucodigo bonus 1xbetseu "presidente favorito": "Ele me disse que eu não ficaria mais sozinho", disse o argentino.

A expectativa écodigo bonus 1xbetque Milei seja um porta-voz do movimento da extrema-direita global e trará encaminhamentos que são consensuais entre ele e Trump, avalia Ariane Roder, da UFRJ.

"Há a possibilidadecodigo bonus 1xbetdiscursos antimultilateralismo (ser contra o princípiocodigo bonus 1xbetcooperação entre vários países para alcançar objetivos comuns),codigo bonus 1xbetcunho negacionista climático e evitando comprometimentos mais assertivos sobre a transição enérgica", prevê.

"Pode haver uma pressão para que Milei não se isolecodigo bonus 1xbetrelação às temáticas, já que Trump ainda não está na reunião, mas certamente ele não vai levar a cabo nenhum comprometimento", completa Roder.

Ou seja, nos três temas gerais defendidos pelo Brasil, o presidente argentino deve ser uma voz contrária.

A vindacodigo bonus 1xbetMilei também ocorre logo após a demissão da ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, no fimcodigo bonus 1xbetoutubro, quando ela votou contra o embargo dos EUA a Cuba na ONU.

Diplomatas do Brasil enxergavam Mondino como uma "adulta na sala", com boa interlocução com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e uma peça fundamental nas relações com a Argentina.

A cúpula também marcará a primeira vezcodigo bonus 1xbetMilei e Lula juntos — os dois não mantêm conversas e o presidente brasileiro já disse que o argentino "deve desculpas" a ele. Não deve haver, porém, um encontro bilateral.

Milei já chamou Lulacodigo bonus 1xbet"corrupto" e "idiota", mas chegou a agradecer o Brasil neste ano por assumir o controle da embaixada argentinacodigo bonus 1xbetCaracas, após as eleições na Venezuela.

3 - O ato final do governo Biden

O atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chega ao Brasil num momentocodigo bonus 1xbetque está enfraquecido após as eleições americanas.

Biden será presidente da maior economia mundial até janeirocodigo bonus 1xbet2025, quando entregará a chave da Casa Branca a Trump, que teve uma vitória contundente na disputa contra a vice-presidente, Kamala Harris.

Na avaliação da pesquisadora Ariane Roder, da UFRJ, o atual governo americano deve usar a cúpula do G20 para marcar suas posiçõescodigo bonus 1xbetcontraposição ao próximo governo Trump.

"Nada que Biden falar no Rio significará tomadacodigo bonus 1xbetdecisão nos Estados Unidos, mas ele falará para os democratas, marcando uma posiçãocodigo bonus 1xbetque não existe consenso nos EUAcodigo bonus 1xbetquestões polêmicas", diz Roder.

"O G20 terá peso simbólico para a política interna dos EUA, mas a comunidade internacional já sabe muito bem o posicionamentocodigo bonus 1xbetTrump", completa.

Antes do encontro no Rio, Biden fez uma visita a Manaus, no Amazonas, tornando-se o primeiro presidente americanocodigo bonus 1xbetexercício a visitar a Floresta Amazônica. A visita amazônica é considerada um desfecho simbólico para um enredocodigo bonus 1xbetdesacertos na pauta ambiental e climática entre Lula e Biden.

4 - China ocupando espaços

Com Trumpcodigo bonus 1xbetvolta à Casa Branca, a expectativa écodigo bonus 1xbetque os Estados Unidos se tornem mais uma vez um "adversário" do chamado multilateralismo — ou seja, da ideiacodigo bonus 1xbetque a governança global e a soluçãocodigo bonus 1xbetassuntos internacionais decorram do funcionamentocodigo bonus 1xbetfóruns como o G20 e órgãos como a ONU.

É nesse "vazio" que os EUA vão deixar nesses encontros que a China pode assumir um papelcodigo bonus 1xbetmais protagonismo.

"Hoje, a gente não fala maiscodigo bonus 1xbetum mundo hegemônico, a gente falacodigo bonus 1xbetvários poloscodigo bonus 1xbetpoder, sendo a China o principal representante disso", avalia a pesquisadora Ariane Roder.

Fontes consultadas pela BBC esperam que os chineses se posicionem cada vez mais como uma liderança na questão da transição energética e combate às mudanças climáticas.

A China é o país que mais contribui com emissõescodigo bonus 1xbetgases do efeito estufa, mas tem feito esforços para reverter o quadro.

O país está aumentando rapidamente a capacidadecodigo bonus 1xbetgerar energia eólica e solar e atingiu a maior redução da poluição do meio ambiente num períodocodigo bonus 1xbetsete anos. Também tem dado um grande espaço a veículos elétricos, menos poluentes.

Em artigo publicado no jornal Folhacodigo bonus 1xbetS.Paulo no domingo (17/11), o presidente chinês, Xi Jinping, escreveu que "é necessário impulsionar a cooperação internacional aprofundadacodigo bonus 1xbetáreas como desenvolvimento verde ecodigo bonus 1xbetbaixo carbono, proteção ambiental".

Um dia após o fim do G20, na quarta-feira (20/11), Xi Jinping viaja a Brasília para ter um encontro bilateral com o presidente Lula. É o primeiro encontro dos dois no Brasil desde a voltacodigo bonus 1xbetLula ao Palácio do Planalto.

A China é o principal parceiro comercial brasileiro e tem ganhado espaçocodigo bonus 1xbetinfluência na América Latinacodigo bonus 1xbetuma maneira geral, tomando espaços antes ocupados pelos EUA.

Antescodigo bonus 1xbetvir ao Brasil, Xi visitou o Peru, onde inaugurou o quecodigo bonus 1xbetalguns anos será maior porto comercial da América do Sul. O complexo portuáriocodigo bonus 1xbetChancay, a 70 kmcodigo bonus 1xbetLima, é liderado pela companhia marítima estatal chinesa Cosco Shipping Company e tem investimentos totais estimados cercacodigo bonus 1xbetR$ 19,7 bilhões.

5 - Como Gaza e Ucrânia vão aparecer?

Um dos imbróglios para prestar atenção nesta cúpula do G20 é saber como o comunicado divulgado ao fim do encontro vai abordar a guerra na Ucrânia e os conflitos no Oriente Médio (não sócodigo bonus 1xbetGaza, mas também no Líbano).

Na última cúpula do G20,codigo bonus 1xbetNova Déli, na Índia, essa discussão já esteve presente na mesacodigo bonus 1xbetnegociação. No fim, o comunicado criticou "invasões territoriais" e lamentou o impacto da guerra da Ucrânia na economia mundial.

O texto, porém, não citou resolução aprovada na ONU que condenava expressamente a invasão da Ucrânia e pedia a imediata retirada das tropas russas. Também há uma parte que ressaltou as divergências dentro do G20: "Houve diferentes pontoscodigo bonus 1xbetvista e avaliações da situação".

O presidente americano, Joe Biden, chega ao Rio logo após a revelaçãocodigo bonus 1xbetque ele autorizou a Ucrânia a usar mísseis americanoscodigo bonus 1xbetlongo alcance para atacar a Rússia.

Com a notícia, diplomatas agora esperam que a guerra na Ucrânia domine mais as discussões. Todos os olhares estarão voltados para a respostacodigo bonus 1xbetSergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, que estará no Riocodigo bonus 1xbetJaneirocodigo bonus 1xbetvez do presidente Putin.

O encontro no Rio também será o primeiro após o início da guerracodigo bonus 1xbetGaza. Ou seja, há muitos interessescodigo bonus 1xbetjogo.

Enquanto países europeus e os EUA se colocam incisivamente contra a invasão russa na Ucrânia, o mesmo não pode ser dito sobre os ataquescodigo bonus 1xbetIsrael a Gaza e ao Líbano, um assunto que é mais grave para países como Arábia Saudita e Turquia.

Na última semana, o príncipe e líder saudita, Mohammed bin Salman, classificou como "genocídio" as açõescodigo bonus 1xbetIsrael contra o povo palestino. Já o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tem sido um dos maiores críticos das ações israelenses no Oriente Médio.

Diantecodigo bonus 1xbettantos interessescodigo bonus 1xbetjogo, muito trabalho terá que ser feito para chegar à redação final do texto. Nos bastidores, fontes disseram à BBC que estão tentando encontrar termos que consigam contemplar os dois conflitoscodigo bonus 1xbetuma forma que não seja "condenação".

O Brasil, como o presidente e mediador deste encontro, terá um papel fundamental para encontrar um consenso.

Ponto extra: violência no Brasil

A cúpula do G20 ocorre num momentocodigo bonus 1xbetque o Brasil tem sido manchetecodigo bonus 1xbetjornais pelo mundo por casoscodigo bonus 1xbetviolência.

Primeiro, a mortecodigo bonus 1xbetum delator e ex-membro do PCC (Primeiro Comando da Capital)codigo bonus 1xbetpleno Aeroportocodigo bonus 1xbetGuarulhos (SP), o maior terminalcodigo bonus 1xbetpassageiros e principal portacodigo bonus 1xbetentrada do Brasil.

Segundo, as explosõescodigo bonus 1xbetbombas nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF),codigo bonus 1xbetBrasília, cometidas por um homem que morreu no local.

Mas os casos não têm levantado maiores preocupações sobre a segurança do evento no Rio, segundo fontes consultadas pela BBC.

"Claro que, num mundocodigo bonus 1xbettensão como é hoje, os riscos adicionais são incrementados. Mas o Brasil historicamente se coloca como um lugar amistoso, onde esses encontros podem acontecer", diz Ariane Roder, da UFRJ.

Apesarcodigo bonus 1xbetcasos frequentescodigo bonus 1xbetviolência urbana, o Riocodigo bonus 1xbetJaneiro também é uma cidade acostumada a receber grandes eventos, como os Jogos Olímpicoscodigo bonus 1xbet2016.

Cercacodigo bonus 1xbet25 mil agentes, entre eles 8 mil homens das Forças Armadas, vão participar do esquema especialcodigo bonus 1xbetsegurança na cidade.