Por que Anvisa decidiu aumentar controle sobre o Zolpidem: 'Pacientes tomam 300 comprimidos por dia':dez últimos resultados da lotofácil
O especialista aponta que essa medicação virou uma das drogasdez últimos resultados da lotofácilabuso no Brasil — e, guardadas as devidas proporções, chega a comparar o que acontece no país com o cenáriodez últimos resultados da lotofácilabusodez últimos resultados da lotofácilopioides que assola os Estados Unidos.
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Para a neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono,dez últimos resultados da lotofácilSão Paulo, a situação já pode ser classificada como um problemadez últimos resultados da lotofácilsaúde pública.
"O consumodez últimos resultados da lotofácilZolpidem aumentou quase que numa progressão geométrica, e falamos aquidez últimos resultados da lotofácilum medicamento que está relacionado à dependência e abuso", alerta ela.
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Falandodez últimos resultados da lotofácildados, a Agência Nacionaldez últimos resultados da lotofácilVigilância Sanitária (Anvisa) calcula que 13,6 milhõesdez últimos resultados da lotofácilcaixas dessa medicação foram vendidasdez últimos resultados da lotofácil2018. Dois anos depois,dez últimos resultados da lotofácil2020, esse número saltou para 23,3 milhões — um crescimentodez últimos resultados da lotofácil71%dez últimos resultados da lotofácilpoucos meses. Desde então, essas estatísticas nunca ficaram abaixo da casa dos 20 milhões anuais.
O psiquiatra Lucas Spanemberg, do Instituto do Cérebro da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), concorda com a avaliaçãodez últimos resultados da lotofácilseus colegas. “Eu trabalho na Unidadedez últimos resultados da lotofácilInternação Psiquiátrica do Hospital São Lucas,dez últimos resultados da lotofácilPorto Alegre, e temos recebido casos dramáticosdez últimos resultados da lotofácildependênciadez últimos resultados da lotofácilZolpidem”, diz ele.
"Já lidei com pacientes que tomavam duas ou três caixas inteiras [com 30 comprimidos cada] numa noite. Os familiares precisaram nos mostrar as fotos das embalagens, porque era algo inacreditável", complementa o médico.
Entre os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, há um consenso sobre a necessidadedez últimos resultados da lotofácilaumentar o controle sobre as vendasdez últimos resultados da lotofácilZolpidem no país — e ampliar a conscientização sobre o uso adequado do fármaco tanto entre médicos quanto na população.
A Anvisa, inclusive, publicou na quarta-feira (15/5) uma decisão que altera a forma como esse remédio é prescrito no Brasil. A partirdez últimos resultados da lotofácilagosto, esses comprimidos só serão obtidos com uma receita especial, chamadadez últimos resultados da lotofáciltipo B - Azul.
Até então, o Zolpidem podia ser compradodez últimos resultados da lotofácilfarmácias com a receitadez últimos resultados da lotofácilcontrole especial, que é branca e vemdez últimos resultados da lotofácilduas vias (entenda todas as diferenças entre as receitas ao longo da reportagem).
No documento da Anvisa que ratificou a mudança na prescrição, Danitza Buvinich, diretora relatora do caso, menciona duas reportagens publicadas pela BBC News Brasil sobre o abusodez últimos resultados da lotofácilZolpidem no Brasil para fundamentar a decisão.
Saiba a seguir o que motivou a mudança — e como um remédio contra a insônia virou alvodez últimos resultados da lotofácilpreocupação entre profissionaisdez últimos resultados da lotofácilsaúde.
A queda da patente
O Zolpidem foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), a agência regulatória dos Estados Unidos,dez últimos resultados da lotofácil1992.
No Brasil, ele está disponível desde meados dos anos 1990 e já aparecedez últimos resultados da lotofácilalgumas listasdez últimos resultados da lotofácilórgãos públicos precursores da Anvisa (que só foi criadadez últimos resultados da lotofácil1999).
Poyares observa que, nesses primeiros anosdez últimos resultados da lotofácilpresença nas farmácias, o Zolpidem tinha um preço mais elevado e não era alvodez últimos resultados da lotofácilmuitas propagandas voltadas à classe médica ou ao consumidor final.
Mas tudo mudou a partirdez últimos resultados da lotofácil2007, quando a patente da medicação expirou. Com isso, abriu-se a possibilidadedez últimos resultados da lotofáciloutros laboratórios começarem a fabricar o produto como um genérico.
Hojedez últimos resultados da lotofácildia, uma rápida pesquisa no sitedez últimos resultados da lotofácilqualquer rededez últimos resultados da lotofácildrogarias revela que há pelo menos 14 empresas diferentes que produzem e comercializam versões do Zolpidem no Brasil.
"E algumas dessas indústrias têm uma grande forçadez últimos resultados da lotofácilvenda. O que vimos foi uma propagandadez últimos resultados da lotofácilmassa ao passo que novas fabricantes apareciam no mercado", observa a neurologista.
Receituário menos rígido até agora
Bernik chama a atenção para as regrasdez últimos resultados da lotofácilprescrição e compra do Zolpidem no Brasil.
Segundo a legislação sanitária vigente no país, existem diferentes tiposdez últimos resultados da lotofácilreceitas médicas, que são usadasdez últimos resultados da lotofácilacordo com a classificaçãodez últimos resultados da lotofácildeterminada substância farmacêutica.
Para as mais simples, basta que o médico faça uma prescrição comum, dessas que vem numa folhadez últimos resultados da lotofácilpapel oudez últimos resultados da lotofácilaplicativos e arquivosdez últimos resultados da lotofácilcomputador.
A seguir, vem a receita C1 Branca. Ela traz os dados do profissional da saúde e do paciente (como nome, documento e endereço), além da identificação do comprador e do fornecedor. Além disso, ela é emitidadez últimos resultados da lotofácilduas vias, sendo que a primeira fica retida na farmácia. Há a possibilidadedez últimos resultados da lotofácilemiti-ladez últimos resultados da lotofácilforma digital.
O próximo tipodez últimos resultados da lotofácilreceituário é o B1, popularmente conhecido como "tarja preta". Trata-sedez últimos resultados da lotofácilum talão na verdade azul que já vem impresso com a identificação do especialista e necessitadez últimos resultados da lotofácilum cadastro e uma autorização específicadez últimos resultados da lotofácilórgãosdez últimos resultados da lotofácilvigilância sanitária. Não há a possibilidadedez últimos resultados da lotofácilprescrição online aqui.
Por fim, há a receita A1. Ela é amarela e tem um uso ainda mais restrito e controlado.
Mas o que isso tem a ver com o Zolpidem? Os médicos ouvidos apontam que a forma como ele foi prescrito até agora ajudou nessa popularização recente.
Uma portaria publicada pela vigilância sanitária do Ministério da Saúdedez últimos resultados da lotofácil1998 lista os medicamentos que estão sujeitos a um controle especial.
No grupo B1, que reúne as substâncias psicotrópicas, aparece o Zolpidem. Isso significava que a compra dele estava condicionada à apresentação daquela receita azul (que é mais difícildez últimos resultados da lotofácilse obter).
Só que uma outra portaria, publicadadez últimos resultados da lotofácil2001 pela recém-criada Anvisa, modificou essa norma. A partir dali, as preparações medicamentosas à basedez últimos resultados da lotofácilZolpidem com menosdez últimos resultados da lotofácil10 miligramas por comprimido passaram a ser comercializadas com a receitadez últimos resultados da lotofácilcontrole especial (que é branca e vemdez últimos resultados da lotofácilduas vias).
Isso mudará a partirdez últimos resultados da lotofácilagostodez últimos resultados da lotofácil2024, com a nova decisão da Anvisa.
Na avaliação dos especialistas entrevistados para esta reportagem, o usodez últimos resultados da lotofácilreceitasdez últimos resultados da lotofácilcontrole especial facilitou o acesso às drogas Z, grupo do qual o Zolpidem faz parte, no país: afinal, mesmo que esse tipodez últimos resultados da lotofácilreceituário tenha algumas regras, ele pode ser facilmente prescrito por um número maiordez últimos resultados da lotofácilespecialistas quando comparado ao B1-azul, que fica mais restrito aos psiquiatras e médicosdez últimos resultados da lotofácilunidades básicasdez últimos resultados da lotofácilsaúde.
"Com isso, qualquer médico ganhou uma licença especial para a prescriçãodez últimos resultados da lotofácilZolpidem", observa Spanemberg.
"E essa mudança na legislação fez com que as pessoas tivessem uma menor percepçãodez últimos resultados da lotofácilrisco, pois os comprimidos com menosdez últimos resultados da lotofácil10 miligramas deixaramdez últimos resultados da lotofácilser classificados como tarja preta", complementa ele.
A BBC News Brasil entroudez últimos resultados da lotofácilcontato com o médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto, que foi fundador e presidente da Anvisa. A portaria sobre o receituário do Zolpidemdez últimos resultados da lotofácil2001 foi assinada por ele.
Em resposta, ele afirmou que procurou "alguns colaboradores deste tempo, mas eles não conseguiram recuperar essa decisão". O especialista também disse que não se lembra dos motivos ou do contexto que levaram à mudança das regras há 22 anos.
Por fim, Vecina Neto declarou que concorda que o uso do Zolpidem "deve ter maior controle hojedez últimos resultados da lotofácildia".
Em nota divulgada no site, a Anvisa destacou que, a partirdez últimos resultados da lotofácilagostodez últimos resultados da lotofácil2024, "qualquer medicamento contendo zolpidem deverá ser prescrito por meiodez últimos resultados da lotofácilNotificaçãodez últimos resultados da lotofácilReceita B (azul), já que o produto faz parte da listadez últimos resultados da lotofácilsubstâncias psicotrópicas da normadez últimos resultados da lotofácilsubstâncias controladas no Brasil".
"A medida foi adotada a partir do aumentodez últimos resultados da lotofácilrelatosdez últimos resultados da lotofáciluso irregular e abusivo relacionados ao uso do zolpidem. A análise conduzida pela Anvisa demonstrou um crescimento no consumo desta substância e a constatação do aumento nas ocorrênciasdez últimos resultados da lotofácileventos adversos relacionados ao uso. Foi possível ainda identificar que não há dados científicos que demonstrem que concentrações até 10 mg do medicamento mereçam um critério regulatório diferenciado", conclui o texto.
Apelo irresistível
Um terceiro ingrediente que ajuda a entender o interesse aumentado pelo Zolpidem na última década está relacionado justamente às promessas relacionadas ao uso dele.
Essa medicação é classificada como um hipnótico que induz o sono. Ele tem uma ação relativamente parecida a dos benzodiazepínicos — classedez últimos resultados da lotofácildrogas da qual fazem parte o clonazepam, o diazepam e o lorazepam, por exemplo, que necessitam daquele receituário B1 azul, diga-se.
Os tais benzodiazepínicos se ligam a receptores localizados na fenda sináptica — o espaço entre dois neurônios — e aumentam a afinidade das células pelo neurotransmissor ácido gama-aminobutírico, ou Gaba na sigladez últimos resultados da lotofácilinglês.
O Gaba tem uma função inibitória e, com isso, consegue "frear" ou diminuir a atividade do sistema nervoso.
Os benzodiazepínicos, porém, apresentam uma característica um tanto indesejada quando a meta é tratar a insônia: eles têm uma ação prolongada, que dura várias horas, e afeta várias instâncias do sistema nervoso.
E foi na tentativadez últimos resultados da lotofácilresolver essas questões que apareceram as drogas Z. Elas também promovem a tal ação inibitória nos neurônios e agem rapidamente, só que agem mais especificamente sobre o sono e atuam por um período menor.
"Remédios como o Zolpidem surgem justamente a partir dessa necessidadedez últimos resultados da lotofácilum tratamento que comece e acabe rápido, e fique restrito ao período do sono", contextualiza o médico Almir Tavares, coordenador do Departamentodez últimos resultados da lotofácilMedicina do Sono da Associação Brasileiradez últimos resultados da lotofácilPsiquiatria (ABP).
"Ou seja, esse remédio traz ao paciente uma induçãodez últimos resultados da lotofácilsono muito rápida,dez últimos resultados da lotofáciltornodez últimos resultados da lotofácil10 ou 15 minutos após tomar o comprimido. Ele acorda no outro dia sem aquela sensaçãodez últimos resultados da lotofácilressaca", resume Spanemberg.
Detalhe importante: à época da aprovação pelas agências regulatórias lá nos anos 1990, acreditava-se que esses remédios não levavam à tolerância ou à dependência.
"E quem não quer uma pílula que te desliga subitamente e permite despertar feliz e bem no dia seguinte? Nenhum outro medicamento disponível até então prometia esse tipodez últimos resultados da lotofácilresultado", destaca o psiquiatra.
De acordo com os médicos, essas promessas são muito atrativas — ainda mais quando pensamos num cenáriodez últimos resultados da lotofácilque doenças psiquiátricas como ansiedade e depressão (que afetam a qualidade do sono) ganham importância e são impulsionadas por mudanças profundas na sociedade e na forma como as pessoas interagem.
Não há como ignorar também a influência da pandemiadez últimos resultados da lotofácilcovid-19 e da necessidadedez últimos resultados da lotofácilisolamento social nos períodos mais graves dela — não à toa, a prescriçãodez últimos resultados da lotofácilZolpidem no Brasil teve um aumentodez últimos resultados da lotofácil71%dez últimos resultados da lotofácil2020, o primeiro ano da crise sanitária causada pelo coronavírus.
"Essa sensaçãodez últimos resultados da lotofácil'desligar a chavinha' e dormir é algo muito aditivo", atesta Bernik.
Mas, promessas à parte, o uso do Zolpidem na vida real mostrou-se um tanto mais complexo.
"Quando o Zolpidem chegou, a partirdez últimos resultados da lotofácil1992, ele trazia um apelo errôneodez últimos resultados da lotofácilque não causaria tolerância ou dependência", contextualiza Poyares.
"Só que, na prática, o mecanismodez últimos resultados da lotofáciltolerância acontece. As pessoas tomam o comprimido e dormem. Só que, a partirdez últimos resultados da lotofácildeterminado momento, elas começam a despertar antes da hora que desejavam", diz ela.
"Daí elas tomam um segundo comprimido ao longo da noite, quando acordam ou aumentam a dose antesdez últimos resultados da lotofácilir para a cama. E isso cria um círculo vicioso."
Segundo os especialistas, aqueles receptores cerebrais onde o Zolpidem age se tornam menos sensíveis à ação do remédio. Com o passar do tempo, portanto, cria-se a necessidadedez últimos resultados da lotofácilingerir uma quantidade cada vez maior do fármaco para alcançar o mesmo efeito do início da terapia.
Com isso, o sujeito que usava um comprimido passa para dois. Depois, para três, quatro, cinco… Até chegar a casos extremosdez últimos resultados da lotofácil300 unidades — ou dez caixas inteiras — ingeridas numa única noite.
"Esses casosdez últimos resultados da lotofácilque o paciente consome dezenas ou até centenasdez últimos resultados da lotofácilcomprimidosdez últimos resultados da lotofácilpoucas horas mostram como esse processodez últimos resultados da lotofáciltolerância acontece na prática, e os receptores do sistema nervoso se tornam insensíveis ao medicamento", pontua Poyares.
Como resolver essa equação?
Diantedez últimos resultados da lotofácilum cenário tão complexo, os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil entendem que o uso racional do Zolpidem requer uma sériedez últimos resultados da lotofácilações diferentes.
E aqui vale reforçar que esse remédio tem, sim, uma indicação para casos específicos. De acordo com as diretrizes médicas, ele pode ajudar no iníciodez últimos resultados da lotofácilum tratamento contra a insôniadez últimos resultados da lotofácilalguns casos, se usado por poucos dias, ou para regular o descanso noturnodez últimos resultados da lotofácilpessoas que fazem viagens internacionais e precisam se adequar a um novo fuso horário, por exemplo.
O problema está justamente no uso contínuo, ao longodez últimos resultados da lotofácilmeses ou anos, que leva à tolerânciadez últimos resultados da lotofácildosagem e à dependênciadez últimos resultados da lotofácilum comprimido para conseguir dormir.
“A prescrição do Zolpidem precisa ter um controle maior. Isso não garante que todos os problemas serão resolvidos, mas já melhoraria muito a situação”, opina Poyares.
Numa carta publicada na Revista Brasileiradez últimos resultados da lotofácilPsiquiatriadez últimos resultados da lotofácil2018, três pesquisadoras da Universidade Federaldez últimos resultados da lotofácilSão Paulo (Unifesp) questionaram se a regulação das drogas Z no Brasil está alinhada com os padrões internacionais.
Elas lembram, por exemplo,dez últimos resultados da lotofácilum alerta emitido pela FDA dos EUAdez últimos resultados da lotofácil2012 sobre o riscodez últimos resultados da lotofácilindisposição, cansaço e faltadez últimos resultados da lotofácilatenção no dia seguinte após o uso do Zolpidem.
As autoras ainda consideravam a regulamentação do remédio no Brasil "fraca" e alertavam que “a faltadez últimos resultados da lotofácilcontrole e orientação médica pode contribuir para problemasdez últimos resultados da lotofácildependência”.
Uma sugestão dos médicos ouvidos para esta reportagem era justamente voltar a usar aquela prescrição B1, do talão azul, para as drogas Z, a exemplo do que sempre ocorreu com os benzodiazepínicos — algo que a Anvisa acatou com a nova decisãodez últimos resultados da lotofácil15dez últimos resultados da lotofácilmaio.
Algo parecido aconteceu na Françadez últimos resultados da lotofácil2017, quando as autoridades sanitárias locais aumentaram o níveldez últimos resultados da lotofácilexigência para a obtenção do Zolpidem
Os médicos também chamam a atenção para o mercado paralelodez últimos resultados da lotofácilvenda e compradez últimos resultados da lotofácilmedicamentos que acontece nas redes sociais edez últimos resultados da lotofácilgruposdez últimos resultados da lotofácilmensagem.
"Como disse uma paciente minha, enquanto você não descobre o mercado paralelo, precisa ir ao médico e pedir receita do Zolpidem", relata Bernik.
"Chega uma hora que o paciente vai a cinco ou seis médicos, que passam a suspeitar que ele está tomando duas ou três caixas por dia, quando o limite édez últimos resultados da lotofáciluma caixa por mês no máximo."
"Mas, na internet, no mercado paralelo, esse limite não existe. Lá, é possível encontrar traficantes que anunciam esses produtos", conta o psiquiatra.
Alémdez últimos resultados da lotofácilcontrole e fiscalização, os entrevistados também apostam no caminho da conscientização e do uso racional dessas medicações — e esse trabalho pode começar pela classe médica.
"Muitas vezes, os primeiros pacientes são os próprios médicos. Eles se autoprescrevem essas medicações para aguentar os plantões e a demandadez últimos resultados da lotofáciltrabalho", observa Tavares.
"E precisamos deixar claro que esses remédios não são panaceias ou cosméticos", pontua ele.
Por fim, os especialistas lembram que remédio nenhum é capazdez últimos resultados da lotofácilresolver a insôniadez últimos resultados da lotofácilforma satisfatória edez últimos resultados da lotofáciluma vez por todas.
"Não podemos medicalizar o sono", diz Tavares.
"O fármaco é uma ferramenta dentrodez últimos resultados da lotofácilum projeto terapêutico que envolve uma sériedez últimos resultados da lotofáciloutras medidas absolutamente fundamentais, chamadasdez últimos resultados da lotofácilhigiene do sono", detalha Spanemberg.
"Falamos aquidez últimos resultados da lotofácilorientações e mudanças ambientais e comportamentais que aos poucos fazem o cérebro aprender que é horadez últimos resultados da lotofácildormir", complementa o psiquiatra.
Isso envolve, por exemplo, restringir o contato com as telasdez últimos resultados da lotofácilcelulares e televisores algumas horas antesdez últimos resultados da lotofácilir para a cama ou limitar o consumodez últimos resultados da lotofácilbebidas estimulantes (como o café) a partirdez últimos resultados da lotofácildeterminada hora da tarde.
Para aqueles que já usam o Zolpidem, Poyares sugere observar o padrãodez últimos resultados da lotofácilsono — e buscar a ajudadez últimos resultados da lotofácilum profissional, se necessário.
"Repare se, antigamente, um comprimido era suficiente e agora você acorda antes da hora, ou precisadez últimos resultados da lotofácildois para ter o mesmo efeito", destaca a "eurologista.
“Nesse caso, procure um especialista para que ele adeque a prescrição ou modifique o tratamento", conclui ela.