'Me sugeriram sair com alguém para conseguir comida': quem são os brasileiros que ainda passam fome:roleta speed
"Cheguei lá totalmente desesperada. Não por mim, que já fiquei muitos dias sem comer, mas para que a menina não ficasse com fome, porque só tinha um restoroleta speedleite", conta Carina, que teve seu nome real e o da filha preservados nesta reportagem.
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Fim do Matérias recomendadas
Carina, uma mulher parda que criaroleta speedfilha sozinha, tem o perfil das milhõesroleta speedpessoas que ainda passam fome no Brasil.
No mesmo anoroleta speedque o país chegou ao menor nívelroleta speedpobreza da série histórica do Instituto Brasileiroroleta speedGeografia e Estatística (IBGE),roleta speed2023, 3,2 milhõesroleta speeddomicílios — 4,1% do total — ainda enfrentavam a insegurança alimentar grave.
Isso significa que 8,93 milhõesroleta speedbrasileiros estão nessa situação.
São pessoas que têm muito pouca quantidaderoleta speedcomida na despensa e uma variedade exíguaroleta speedalimentos disponíveis, às vezes ficando até um dia sem comer.
Em outras palavras, são os brasileiros que ainda passam fome.
Os índicesroleta speedinsegurança alimentar melhoraram no Brasil nas últimas décadas.
Mas, quando levadaroleta speedconta também suas formas leve e moderada, quase um terço dos domicílios brasileiros (27,6%) ainda sofre com a redução na quantidade e a variedaderoleta speedalimentos.
Isso representa na prática 21,6 milhõesroleta speedcasas, ou 60,3 milhõesroleta speedbrasileiros.
Entrevistados atribuem o avanço recente a projetos governamentais como o Programa Nacionalroleta speedAlimentação Escolar (PNAE) e o Programaroleta speedAquisiçãoroleta speedAlimentos (PAA).
"Reduzimos muito o problema", afirma Rosana Salles-Costa, professora da Universidade Federal do Rioroleta speedJaneiro (UFRJ) e membro da Rede Brasileiraroleta speedPesquisaroleta speedSoberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN).
“Mas precisamos reduzir mais, até voltar àquele cenárioroleta speed2014, quando saímos do Mapa Mundial da Fome.”
Mães solo negras
Há um "perfil específico" daqueles que são mais vulneráveis à insegurança alimentar, aponta Rodrigo Afonso, diretor-executivo da Ação da Cidadania, rede fundada no início dos anos 1990 com objetivoroleta speedcombater a fome.
“São, sobretudo, mulheres pretas, mãesroleta speedcriançasroleta speedaté 10 anosroleta speedidade. Boa parte delas estão cuidando desses filhos sozinhas”, afirma.
A descrição coincide com a da advogada Léa Vidigal, que acabouroleta speedlançar o livro Direito Econômico e Soberania Alimentar (LiberArs, 2024).
“Mães são mais impactadas por dois motivos: porque mulheres já são o arrimoroleta speedboa parte das famílias brasileiras e, segundo, porque os filhos dependem totalmente delas para viver”, analisa.
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Carina, por exemplo, chegou sozinha comroleta speedfilharoleta speedSão Pauloroleta speedjunho. Foi uma espécieroleta speedvolta para casa.
Ela conta que passou boa parte daroleta speedvidaroleta speedum orfanato na região metropolitanaroleta speedSão Paulo, depois que uma tia descobriu que, ainda criança, ela era abusada sexualmente pelo pai.
Nesse período, ela estudou, mas não conseguiu terminar o ensino fundamental.
Quando saiu da instituição, anos depois, morou com a mãe até se juntar com um pernambucano que havia conhecidoroleta speedum açougue. Ela se mudou para a cidade-natal dele.
"Aquela foi a melhor época da minha vida, até tudo desmoronar...", lamenta Carina.
As agressões do companheiro, desempregado, começaram na mesma épocaroleta speedque ela engravidou. A situação foi piorando até o diaroleta speedque, já com a filha no colo, ele tomou uma faca na cozinha para matá-las, segundo relata Carina. Foi quando ela se mudou para a capital paulista.
Vizinhos a ajudaram a erguer o barracoroleta speedrestosroleta speedmadeira onde ela vive hoje — à beiraroleta speedum córrego sujo e do tamanhoroleta speedum quarto onde cabe basicamente a camaroleta speedcasal.
Carina já trabalhou com eventos, foi atendente e balconista. Porém, no momento, não tem nenhum trabalhoroleta speedvista.
Um dia antesroleta speedconversar com a reportagem, a jovem conta que um vizinho seu no Jardim Germânia havia dado uma alternativa para ela conseguir algum dinheiro e comprar comida: “Sair com alguém".
A proposta a ultrajou.
“Eu não vou fazer isso”, respondeu mais para si mesma do que para os outros,roleta speedvoz alta, para emendar: “Porque sei que eu e a minha filha vamos sair dessa situação um dia”.
'Vez ou outra, vamos dormir sem nada na barriga, choro até dormir'
Também no Jardim Germânia, outra mãe sofre, junto com a família, com a insegurança alimentar.
Mariana da Mota,roleta speed27 anos, viveroleta speedum barraco improvisado com a mãe, diaristaroleta speedvárias casas, e com os dois filhos: Elis Eloá,roleta speedquase 2, e Fernando Lucas,roleta speed5.
O orçamento doméstico não ultrapassa R$ 2,5 mil. A maior parte vem do que Mariana recebe das faxinas, e o restante chega pelo Bolsa Família, já potencializado pelos adicionais das duas crianças (R$ 150 para cada uma).
Elas ainda recebem uma cesta mensal do Instituto Josephina Bakhita. Mariana não sabe do paradeiro do ex-companheiro, apesarroleta speedmanter contato com a família dele, que vive no bairro.
Ela, que não terminou o ensino fundamental, planeja esperar os filhos se fixarem na escola para então voltar a procurar emprego — antesroleta speedengravidar, ela trabalhava limpando obras recém-terminadas.
“O dinheiro do governo paga tudo deles”, diz ela, apontando para os filhos.
“Com o resto a gente paga o aluguel, as contas e faz o mercado. Passar fome a gente [ela e a mãe] não passa, mas tem um dia ou outro, sim, que a gente tem que fazer do almoço nossa janta. Por necessidade”, conta.
Mas a situação na casaroleta speedMariana às vezes fica pior, dependendo do período do mês.
“Vez ou outra, vamos dormir sem ter nada na barriga mesmo. Eu choro até conseguir dormir”.
O líder comunitário Rogério Albino, diante dessa e outras situações que testemunha no Jardim Germânia, cita o versoroleta speeduma música do grupo Racionais MCs: "Um coração ferido por metro quadrado".
Ele media doaçõesroleta speedalimentos que vêmroleta speedprojetos governamentais e grandes organizações, como a Ação da Cidadania, atravessa pequenos institutos comunitários e termina nas casasroleta speedpessoas como Carina e Mariana.
O Jardim Germânia reflete o quadro da insegurança alimentar no Brasilroleta speed2022 para cá.
“Na pandemia, a gente ajudava quase 600 famílias com uma cesta básica por mês, mas não era suficiente”, conta Marisa Munção, que lidera o Instituto Josephina Bakhita.
"Todo dia vinha alguém aqui pedir mais um quiloroleta speedarroz, um pacoteroleta speedmacarrão. Era desesperador... Hoje, são cercaroleta speed350. E a gente continua recebendo, todo dia, alguém aqui pedindo um quiloroleta speedalguma coisa.”
Pelas contas dela, um pacote com arroz, feijão, óleo, sal, farinha e macarrão dura,roleta speedmédia, dez diasroleta speedum lar com pelo menos três pessoas. A conta não fecha para muitas famílias.
Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil apontam que, alémroleta speedmães solo negras, o contingenteroleta speedbrasileirosroleta speedinsegurança alimentar ainda inclui idosos empobrecidos, mesmo que beneficiáriosroleta speedpolíticasroleta speedassistência social, muita gente que vive no campo e,roleta speedforma mais óbvia, quem estároleta speedsituaçãoroleta speedrua.
Mas por que ainda tem gente experimentando esse tiporoleta speedrestrição alimentar no Brasil, mesmo com programas governamentais e doações vindasroleta speedorganizações?
Dos custos urbanos ao desmatamento
Na leituraroleta speedLaura Müller Machado, professoraroleta speedgestão pública no Insper que desenhou um projetoroleta speedinclusão produtiva para quem vive na extrema miséria, a fome que persiste no Brasil se explicaroleta speedvárias formas.
Uma delas envolve os altos custosroleta speedse viverroleta speedcentros urbanos.
“Nesses casos”, aponta ela enquanto ouve sobre as históriasroleta speedCarina e Mariana, “dá para notar que o aluguel pressiona muito o orçamento".
"A insegurança vem também por causaroleta speedum recurso que está sendo usado para bancar uma moradia precária.”
O barracoroleta speedMariana custa R$ 500 por mês. Oroleta speedCarina, R$ 200.
Em outra periferia,roleta speedBelém do Pará, a comida no prato da catadoraroleta speedpapelão Cleonice Jardim,roleta speed42 anos, depende do volumeroleta speedmaterial coletado eroleta speedobras trabalhadas pelo esposo.
"Tem mês que nada dá certo e a gente passa fome mesmo. Fome brava!”, afirma, salientando a palavra.
A catadora é naturalroleta speedNovo Repartimento, a quase 450 kmroleta speeddistânciaroleta speedBelém.
Ela migrou primeiro para Tailândia, cidade paraense com 108 mil habitantes que fica mais próxima do mar. Em 2019, mudou-se para a capital e hoje vive no imenso bairro do Guamá.
Neste percurso, sempre enfrentou algum grauroleta speedinsegurança alimentar, dependendo do período da vida.
"Lá [em Novo Repartimento] a gente plantava o que comia, né? Era pobre, mas a comida estava garantida. Aqui, é mais difícil", aponta a catadora, que tem o ensino fundamental incompleto.
Essa não é uma história trivial, explica Marco Antônio Lima, da Universidade do Estado do Pará (Uepa).
"Muitas populações rurais perderam o estoque naturalroleta speedalimentos do qual viviam", afirma Lima.
"Ou por causa da pobreza mesmo, que faz com que elas migrem para cidades médias e grandes do Estado, ou pelo problema do desmatamento, que destrói o ambienteroleta speedonde elas tiravam o sustento e, da mesma forma, estimula essa migração", prossegue.
"Quem fica no campo, está comendo mal pelo fator ambiental, e quem saiuroleta speedlá, segue na pobreza urbana."
Segundo dados do governo federal, 5,5% dos domicílios localizadosroleta speedáreas rurais estavamroleta speedinsegurança alimentar graveroleta speed2023. Em áreas urbanas, essa proporção éroleta speed3,9%.
O resultado desse processo é perverso — e faminto.
"Porque quando elas chegamroleta speedcidades como Parauapebas [a 600 kmroleta speedBelém], por exemplo, não acham um trabalho facilmente”, segue o professor.
"Além da baixa qualificação, as atividades que elas oferecem são muito mal remuneradas. E disso para um quadroroleta speedfome é muito rápido."
Rodrigo Afonso, da Ação da Cidadania, endossa o diagnóstico sobre as cidades, destacando a situação do Sudeste. Ele aponta que a fome não é mais um fenômeno tão regionalizado, como foiroleta speedmeados dos anos 1990 no Norte e Nordeste.
Pelos dados do IBGE, os maiores percentuaisroleta speeddomicílios vivendoroleta speedalguma insegurança alimentar ainda está nessas regiões (23,7% e 23,9%, respectivamente). Entretanto, o número absolutoroleta speedpessoas com alguma insegurança alimentar é maior no Sudeste, que é mais populoso.
"Muita genteroleta speedáreas rurais ainda migra para capitais como São Paulo ou Rioroleta speedJaneiro e enfrenta dificuldades nessas cidades. Se fosse para regionalizar a análise, é nas grandes periferias do Sudeste, principalmente, que está o desafio mais complexoroleta speedtirar gente da fome hoje", prossegue Afonso, reforçando o problema dos custosroleta speedvida altos.
Laura Machado cobra também que o Centroroleta speedReferênciaroleta speedAssistência Social (CRAS), do governo federal, seja mais eficienteroleta speedencontrar pessoas passando fome.
Rodrigo Afonso reforça a importânciaroleta speedque órgãos como esse façam uma busca ativa por pessoas vulneráveis.
A catadora Cleonice, por exemplo, nunca acreditou que pudesse se beneficiar do Bolsa Família, já que teria dificuldaderoleta speedcomprovar a renda, que é instável. Por isso, nunca nem tentou entrar no programa.
Entretanto, o Cadastro Único (CadÚnico), que é a primeira etapa para acessar auxílios governamentais como esse, aceita a declaraçãoroleta speedrenda mesmo que seja via trabalho informal.
"A complexidade é que muitas pessoas não conhecem seus direitos — porque seria até fácil que, se elas tivessem esse conhecimento, acessassem programas como o Bolsa Família", afirma Afonso.
"Sem contar aquelas que estão tão isoladas socialmente que não conseguem chegar até esses mecanismos, como quem estároleta speedsituaçãoroleta speedrua. É aí que essa busca ativa se torna importante."
Hároleta speedtornoroleta speed300 mil brasileiros vivendoroleta speedsituaçãoroleta speedrua atualmente, segundo o Observatório Brasileiroroleta speedPolíticas Públicas com a Populaçãoroleta speedSituaçãoroleta speedRua, da Universidade Federalroleta speedMinas Gerais (UFMG).
Só em São Paulo, o observatório conta 80 mil — enquanto a Prefeitura da capital paulista contabiliza 32 mil.
Mas essas pessoas não figuram nos dados do IBGE, cuja pesquisa foca, justamente,roleta speeddomicílios.
Rosana Salles-Costa, que coordenou o Mapa da Fome do Rioroleta speedJaneiro, afirma que, para esta população, há abordagens específicas.
“A estratégia não é dar dinheiro [como no Bolsa Família], mas criar equipamentos públicos direcionados, como cozinhas comunitárias, restaurantes populares, algum acolhimento que resolva a questão [insegurança alimentar]roleta speedforma imediata”, afirma Salles-Costa.
Ela destaca também o papel importante da assistência socialroleta speedentender cada caso e eventualmente procurar as famílias dessas pessoas.
Soberania alimentar
Especialistas afirmam que a discussão e as políticas públicas relativas à insegurança alimentar devem envolver não só o acesso à comida, mas à alimentação saudável.
“Na verdade, quando a pessoa que estava sem nada consegue algum dinheiro, corre para comprar alimento, mas não algo que supra suas necessidades mais básicas. Ela compra salgadinho, refrigerante, etc.", afirma a advogada Léa Vidigal, que estudou insegurança alimentar durante seu doutorado na Universidaderoleta speedSão Paulo (USP).
Ela argumenta que a fome não se resolve apenas pela ofertaroleta speedrenda, pressuposto do Bolsa Família, mas também pelo acesso das pessoas à comidaroleta speedqualidade — que, no país, é muito desigual.
É um salto da segurançaroleta speedcomer para a soberania — a possibilidaderoleta speedfazer escolhas — sobre a própria alimentação.
“O que garantiria que ninguém estivesseroleta speedinsegurança alimentar não é apenas dar alimentação a todo mundo, mas dar acesso a comida suficiente, alémroleta speedminimamente saudável e adequada às exigências nutricionistas básicas”, diz Vidigal.
Por outro lado, isso também é caro, e nem reajustes nos programas existentes resolveriam, sozinhos, o entrave.
O Departamento Intersindicalroleta speedEstatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calcula que, para que uma casa com quatro pessoas atravesse um mês inteiro arcando com seus custos básicos, o salário mínimo brasileiro deveria serroleta speedcercaroleta speedR$ 6,7 mil, ou quase cinco vezes maior do que o piso atual (R$ 1.412).
É por isso que, para Vidigal, o Bolsa Família é insuficiente: "Ele é maravilhoso, mas não pode ser o único instrumentoroleta speedpromoção da nossa segurança alimentar".
Ela destaca a importânciaroleta speedoutros programas, como o Programa Nacionalroleta speedAlimentação Escolar (PNAE) e o Programaroleta speedAquisiçãoroleta speedAlimentos (PAA).
"Um alimenta muitas crianças foraroleta speedcasa, e faz isso com qualidade, e o outro, o PAA, ajuda a melhorar os preços regionalmente incluindo produtores rurais no mesmo processo", diz a especialista.
Entretanto, ela alerta que os recursos para o PNAE não estão subindo o suficiente para acompanhar a inflação dos alimentos.
Em 2024, o orçamento do governo federal destinou R$ 5,7 bilhões para o programa — mas, segundo cálculo do Observatório da Alimentação Escolar, da Universidaderoleta speedBrasília (UnB), se a inflação fosse levadaroleta speedconta, esse montante deveria serroleta speedR$ 9,9 bilhões.
A advogada também critica o baixo orçamento destinado ao PAA — cercaroleta speedR$ 1 biroleta speed2023 — e mudanças no seu funcionamento.
"Perdeu muito a eficácia quando as modalidades deles foram alteradas, principalmente o nivelamento dos preçosroleta speedrelação ao mercado. O programa foi criado justamente para mudar a lógicaroleta speedque grandes compradores conseguem jogar o valor da produção para baixo", diz Vidigal.
O Fundo Nacionalroleta speedDesenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelo PNAE, disse que os valores per capita do programa foram reajustadosroleta speedmaioroleta speed2023.
"O aumento chegou a até 39%, recuperando o poderroleta speedcompra perdido entre fevereiroroleta speed2017 e dezembroroleta speed2022", disse o órgão.
O FNDE destacou ainda que a oferta da alimentação escolar é uma obrigação dos Estados e municípios, cabendo ao governo federal a assistência técnica e financeira.
"As regras para o repasse dos recursos federais são objetivas e seguem rigorosamente o que está estabelecido na legislação do PNAE, não permitindo alterações sem autorizações legislativas específicas", acrescentou.
Já o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), responsável pelo PAA, não estabeleceu ainda possíveis aumentos no orçamento do programa nos próximos anos.
A pasta destacou as várias iniciativas do PAA que vão além da própria doaçãoroleta speedalimentos, como o financiamento das Cozinhas Solidárias, a compraroleta speedcomida para comunidades indígenas e quilombolas e a aquisiçãoroleta speedleite para famílias do semiárido.
"Em seus 20 anosroleta speedexistência, o PAA executou R$ 18,6 bilhões (em valores nominais), comprando 2,38 milhõesroleta speedtoneladasroleta speedalimentos adquiridos da Agricultura Familiar, que foram doados a maisroleta speed194 mil entidades socioassistenciais", escreveu a assessoriaroleta speedimprensa do ministério.
Também responsável pelo Bolsa Família, o MDS afirmou que faz a busca ativaroleta speedpossíveis beneficiários do programa e a averiguação rotineiraroleta speedcadastros já incluídos.
De acordo com a pasta,roleta speedmarço a dezembroroleta speed2023, 2,86 milhõesroleta speedfamílias foram incluídas no Bolsa Família dessa forma, e entre janeiro e outubroroleta speed2024, 1,82 milhão.