Tim Vickery: A forçaaprenda a apostar no sportingbetrepresentar o seu país na Copa do Mundo - e os perigos do nacionalismo:aprenda a apostar no sportingbet
Pudemos ver isso no desempenhoaprenda a apostar no sportingbettodos os times lá na Rússia que perderam os seus dois jogos iniciais e ficaram sem chanceaprenda a apostar no sportingbetpassaraprenda a apostar no sportingbetfase. Mesmo eliminados, disputaram o terceiro jogo com máxima intensidade, querendo pelo menos se despedir da Copa com dignidade e deixar o futebol do seu país bem representado.
Há uma clara conclusão a ser tirada disso. O conceitoaprenda a apostar no sportingbetEstado-nação ainda mobiliza bastante forçaaprenda a apostar no sportingbetpleno século 21.
Para muitos economistas, isso deveria causar surpresa. Muitos proclamaram a morte desse conceito, obsoleto diante dos fluxos globaisaprenda a apostar no sportingbetbens e capitais. O Estado-nação não tinha mais lógica ou motivoaprenda a apostar no sportingbetser. O homem, baseando suas decisões numa escolha racionalaprenda a apostar no sportingbetopções, não precisaria mais da nação, e o conceito minguaria.
Nada mais óbvio, porém, do que as fraquezas dessa linhaaprenda a apostar no sportingbetpensamento. Qualquer teoria que parta do indivíduo atomizado fazendo escolhas racionais é fadada ao fracasso e feitaaprenda a apostar no sportingbetareia movediçaaprenda a apostar no sportingbetvezaprenda a apostar no sportingbettijolos. Antesaprenda a apostar no sportingbettudo, o ser humano é uma criatura social - caso contrário, não somente a linguagem, mas também os mercados tão queridos dos senhores economistas seriam impossibilitados.
Nada mais natural, então, que o sentimentoaprenda a apostar no sportingbetpertencimento,aprenda a apostar no sportingbetfazer parteaprenda a apostar no sportingbetuma certa comunidade,aprenda a apostar no sportingbetfincar raízesaprenda a apostar no sportingbetum pedaçoaprenda a apostar no sportingbetterra - seja cidade, região ou país. É um sentimento normal, mas contraditório - às vezes saudável, às vezes perigoso.
O escritor inglês George Orwell caracterizou o patriota como alguém que ama o seu país e um nacionalista como alguém que tem ódioaprenda a apostar no sportingbetoutros países.
Para Albert Einstein, o nacionalismo era uma doença infantil, o sarampo da humanidade. Esses dois gênios estavam pensando mais no poder nocivo do nacionalismoaprenda a apostar no sportingbetafastar pessoas que nasceramaprenda a apostar no sportingbetpaíses distintos.
Mas podemos também enxergar as possibilidadesaprenda a apostar no sportingbetproblemas internos, pois a narrativa e os símbolos do país normalmente estarão sob o controleaprenda a apostar no sportingbetforças conservadoras que visam à proteçãoaprenda a apostar no sportingbetvelhas hierarquias.
Vamos puxar o exemplo dos protestos no Brasilaprenda a apostar no sportingbetjunhoaprenda a apostar no sportingbet2013: um momento poderoso, gerando esperanças mas também perigos.
Nos protestos não houve espaço para partidos políticos. Mas, com todos os seus defeitos e frustações, partidos são parte integral da democracia. Vetá-los é abrir as portas para uma armadilha fácil -aprenda a apostar no sportingbetser tão somente a favor do "Brasil", uma posição que trata diferenças como traição e parte do princípio absurdoaprenda a apostar no sportingbetque os interesses do açougueiro são os mesmos que os da vaca.
Então, disperso e sem um rumo definido, o espírito dos protestosaprenda a apostar no sportingbetcinco anos atrás foi aos poucos migrando para áreas mais difusas.
O que começou como uma rebelião contra a má qualidadeaprenda a apostar no sportingbetserviços públicos acabou nas mãosaprenda a apostar no sportingbetuma corrente que preferia nem acreditaraprenda a apostar no sportingbetserviços públicos e acha que o "livre" mercado é sempre capazaprenda a apostar no sportingbetoferecer a solução.
O exército que tomava as ruas vestidoaprenda a apostar no sportingbetamarelo também manifestava revolta contra os custos da promoção da inclusão social.
Agora, esse pensamento únicoaprenda a apostar no sportingbetnacionalismoaprenda a apostar no sportingbetdireita tenta ter cada vez mais influênciaaprenda a apostar no sportingbetfazer as pessoas acreditarem que o melhor caminho seja uma intervenção militar.
Aí eu lembro a minha chegada no Brasil,aprenda a apostar no sportingbet1994, com o país ainda festejando o triunfo na Copa do Mundo nos Estados Unidos. A minha grande surpresa e decepção: o país estava (e está) vivendo atrás das grades, com um grauaprenda a apostar no sportingbetviolência, e um medo do mesmo, altamente nocivos para a vida pública.
O motivo: o governo militar foi incapazaprenda a apostar no sportingbetlidar com a questão social.
Um nacionalismo baseadoaprenda a apostar no sportingbetmanter velhas hierarquias não tem a mínima possibilidadeaprenda a apostar no sportingbetatender às necessidades do país. Até que o sentimentoaprenda a apostar no sportingbetpertencer a uma nação, tão forte durante a Copa, seja também uma realidadeaprenda a apostar no sportingbetpertencer, com oportunidadesaprenda a apostar no sportingbetdesenvolvimento por todos, estaremos presos num 7 a 1 sem apito final.
*Tim Vickery é colunista da BBC News Brasil e formadoaprenda a apostar no sportingbetHistória e Política pela Universidadeaprenda a apostar no sportingbetWarwick.
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