Tim Vickery: Exame obrigatóriopoker gran canariaDNA mostraria que somos todos migrantes:poker gran canaria
Trata-sepoker gran canariaum fluxo constante, um processo cujo início é impossívelpoker gran canariase identificar - e que tampouco vai ter fim. Daí a importância do testepoker gran canariaDNA fazer parte do currículo escolar. Não seria uma mera curiosidade acadêmica, mas sim um reconhecimentopoker gran canariacomo a importância da imigração é fundamental para a convivência e funcionamento das nossas sociedades.
Se a Humanidade começou na África, então todos que vivempoker gran canariaoutros continentes são migrantes - só que uns chegaram onde hoje residem mais cedo do que outros.
Sob uma perspectivapoker gran canarialongo prazo, históriaspoker gran canariaimigração são narrativas que temospoker gran canariacomum. É só quando o enfoque se limita às últimas décadas que o assunto se transformapoker gran canariaum fator divisivo.
Não existem dúvidaspoker gran canariaque o meu país, assim como outros da Europa Ocidental, está mais intolerante com os imigrantes recém-chegados. Ficou evidente que a hostilidade ante a imigração foi um dos motivos principais da aprovação do Brexit, votaçãopoker gran canaria2016 que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia.
Não se trata apenaspoker gran canariaignorância histórica e preconceito. Acimapoker gran canariatudo, é a luta pelos recursos escassos, o medopoker gran canariaperder um emprego para um recém-chegado disposto a receber menos ou do colapsopoker gran canariaum sistemapoker gran canariasaúde já sobrecarregado.
É muito fácil fazer um contra-argumento: que uma economia muito mais produtiva daquela de, por exemplo, 1967, deveria gerar recursos para serviços estatais muito melhores que ospoker gran canaria50 anos atrás. Ou que a existênciapoker gran canariaum mercadopoker gran canariatrabalho bem regulamentado impediria que alguém pagasse salários excessivamente baixos. A culpa não é do imigrante, que normalmente vem para somar.
Mas são argumentos abstratos e fracos demais para convencer alguémpoker gran canariasituação precária, que enxerga o recém-chegado como uma ameaça. Porém, é muito importante ganhar esse debate.
As sociedades da Europa Ocidental estão envelhecendo. Há cada vez menos pessoas trabalhando para pagar a Previdência e cada vez mais pessoas recebendo. Sem o fluxopoker gran canariaimigrantes, a conta não vai fechar.
Pode ser que seja quase impossível convencer os mais velhos, sempre dispostos a enxergar mais a ameaça que a oportunidade. Acredito, porém, que a tarefa não seja tão difícil com os mais jovens: são globais e também pertencem a uma geração conectadapoker gran canariaredes.
Dá para convencê-los, espero eu,poker gran canariaque a história não é apoker gran canariauma disputa entre uma população local, estabelecida, sofrendo ataquespoker gran canariaimigrantes recentes, mas simpoker gran canariauma sucessãopoker gran canariaondaspoker gran canariaimigrantes. Pelo testepoker gran canariaDNA, o aluno poderia identificar onde ele se insere, a qual rede ele pertence nesse processo tão antigo.
É a minha humilde sugestão para o sistema educacional do meu país, e também gostariapoker gran canariaestender a ideia para o sistema educacional do Brasil. Aqui, porém, acho que o testepoker gran canariaDNA na escola acabaria tendo outros fins - mas isso é assunto para colunas no futuro.
*Tim Vickery é colunista da BBC Brasil e formadopoker gran canariaHistória e Política pela Universidadepoker gran canariaWarwick.
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