'Slow living': por que 'não fazer nada' é bom para a saúde:lenny slot

Legenda do áudio, O ritmolenny slotvida mais lento seria reação ao estresse ou apenas mais um estilolenny slotvida inatingível?

Esta hashtag já foi usada maislenny slotseis milhõeslenny slotvezes no Instagram — embora postar conteúdo nas redes sociais seja uma contradição dos princípioslenny slotum estilolenny slotvida consciente e sustentável,lenny slotque o tempolenny slotfrente às telas é consideravelmente reduzido.

Pule Matérias recomendadas e continue lendo
Matérias recomendadas
lenny slot de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

Uma pergunta sobre o tamanho do Mbappé é um dos mais discutidos nos momentos tempos. O jogador francês, que atua 🍉 pelo Paris Saint-Germain e tem sido obrigatoriamente lenny slot muita especificação lenny slot {k0} relação à sua situação!

Algomas fontes afirmam que o 🍉 Mbappé tem 1,87 metros lenny slot altura

postas do mundo, transmitida lenny slot {k0} 155 nações. Futebol Brasil brasileiro Srie A

Wikipédia a enciclopédia livre : 1wiki

betboo casino giriş

lusive. TL;DR: B /bdeAl Is obaud increasing revenue for Xbox", Note Getiling in More

lusivaSIVOS! Games like COD our Diablo asre 🌝 nevern going to beexclusãoesivo Because

Fim do Matérias recomendadas

Já a Geração Z (os nascidos entre 1995 e 2010) é pioneira nos conceitoslenny slot"demissão silenciosa" e "lazy girls jobs", "empregoslenny slotmeninas preguiçosas" expressão que bombou no TikTok e se refere a empregos remotos que causam pouco estresse.

Nestes casos, as pessoas fazem o mínimo possível no trabalho, preservandolenny slotenergia para outras atividades, como hobbies, relacionamentos ou autocuidado.

Pule Que História! e continue lendo
Que História!

A 3ª temporada com histórias reais incríveis

Episódios

Fim do Que História!

E o desejolenny slottrabalhar menos parece atrair pessoaslenny slottodas as gerações. No Reino Unido, por exemplo, vem ganhando muita força a ideia da semanalenny slottrabalholenny slotquatro dias.

Emma Gannon conhece bem este assunto. Escritora prolífica, podcaster e ativa na plataforma Substack, ela publicou recentemente o livro A Year of Nothing ("Um anolenny slotnada",lenny slottradução literal), que é o seu relatolenny slot12 meses completoslenny slotdescanso.

A obra esgotou rapidamente e já ganhou uma segunda edição.

Gannon foi obrigada a optar pelo períodolenny slotdescanso, não por uma escolhalenny slotvida, mas por ter sofrido um burnout no trabalho.

A Year of Nothing acompanhalenny slotjornada para recuperar a saúde apostandolenny slot atividades tranquilas, como escrever um diário, assistir à TV matinal, observar pássaros e nadar.

A autora já havia se confrontado com as armadilhas da luta implacável pelo sucesso como mulher empreendedora dos anos 2010, no livro, "The Success Myth: Letting Go of Having It All" ("O mito do sucesso: desistindolenny slotter tudo",lenny slottradução literal).

Mas foi a experiência do completo burnout que a forçou a realmente confrontar a importância do repouso.

"Olhando para trás, surgiram muitos alertas", relembra ela. "Eu me sentia muito confusa, tinha doreslenny slotcabeça latejantes, não conseguia me concentrar nas coisas, eram sinais muito assustadores. Mas eu os ignorava, [pensando]: 'estou ocupada, preciso continuar'."

Até que,lenny slot2022, seu corpo entroulenny slotmodolenny slotdesligamento forçado.

"Eu não conseguia olhar para o celular, não conseguia olhar para a tela, não conseguia andar pela rua,lenny slottão fraca", ela conta. "Eu vi que não dava para seguir desse jeito, tinha que parar."

"Muitas pessoas com burnout crônico precisam chegar a esse ponto para se desligarem [do trabalho], pois estamos muito condicionados a avançar a todo custo nesta sociedade."

Mas, na verdade, "somos projetados para tirar cochilos e [caminhar no] parque", prossegue Gannon. "Ir nadar, olhar para o céu. Isso é muito importante."

Hoje, ela está decidida a transformar as lições do seu burnout elenny slotrecuperaçãolenny slotuma vida mais lenta e confortável. "Nada vale mais quelenny slotsaúde."

Uma mulher loiralenny slotóculoslenny slotgrau está sentadalenny slotuma poltrona cinza. Ela veste um conjunto preto e tênis vermelhos.

Crédito, Paul Storrie

Legenda da foto, Emma Gannon é a autoralenny slot'A Year of Nothing', que contalenny slotrecuperação do burnout que a fez desacelerar seu ritmolenny slotvida

Desacelerar está na moda

Gannon certamente não está sozinha. Uma rápida busca nas prateleiraslenny slotautoajuda ou filosofia popularlenny slotsua biblioteca ou livraria preferida revela uma abundante safra florescentelenny slotlivros incentivando as pessoas a desacelerar.

Um exemplo é o livro Resista: Não Faça Nada: A Batalha pela Economia da Atenção (Ed. Latitude, 2021),lenny slotJenny Odell, uma das sensaçõeslenny slot2019.

Ele mostra aos nossos cérebros esgotados como a tecnologia sedenta por lucros e as redes sociais consomem nossa atenção e nos distraem. A autora defende reconfigurar a nossa consciência sobre o mundo natural à nossa volta e sobre o nosso próprio interior.

Odell também faz parte da ondalenny slotautores que incentivam a resistência à ideialenny slotque vivemos "em um mundolenny slotque o nosso valor é determinado pela nossa produtividade",lenny slotque cada hora e cada minuto do nosso tempo devem ser aproveitados — se não no trabalho,lenny slotalguma formalenny slotautomelhoramento.

Essa resistência à pressão pela otimização permanente também se encontra no surpreendente e reconfortante livrolenny slotOliver Burkeman "Quatro Mil Semanas: Gestãolenny slotTempo para Mortais" (Ed. Objetiva, 2022).

Publicado originalmentelenny slot2021, ele nos relembra que a vida é breve e nunca conseguiremos cumprir todos os itens da nossa listalenny slotcoisas a fazer.

E,lenny slotvezlenny slotprocurarmos ser cada vez mais eficientes, o autor defende que devemos nos concentrar no que realmente importa, rejeitando o perfeccionismo e o completismo para vivermos mais plenamente no presente.

Retratolenny slotum homem careca usando uma camisa azul acinzentada

Crédito, Alamy

Legenda da foto, O livro Quatro Mil Semanas,lenny slotOliver Burkeman, defende que a vida é curta e que devemos nos concentrar no que realmente importa

Parece que a ideialenny slotnão fazer nada está se espalhando. Talvez você já tenha observado a recente proliferaçãolenny slotlivros sobre niksen, termo holandês que significa "não fazer nada, intencionalmente".

O livro "Niksen: Abraçando a Arte Holandesalenny slotNão Fazer Nada",lenny slotOlga Mecking (Ed. Rocco, 2021), certamente chamou a atençãolenny slotmuita gente quando foi publicado, durante a pandemia. Ele foi seguido por outros nessa linha, como Hygge: O Segredo Dinamarquês para Viver Bem (Ed. Sextante, 2023).

Parece que nós adoramos receber conselhos práticos sobre o estilolenny slotvidalenny slotpaíses do norte da Europa.

A própria palavra "descanso" agora está na moda. Publicadolenny slot2022, o livro Pause, Rest, Be ("Pare, descanse, seja",lenny slottradução livre), da professoralenny slotioga Octavia Raheem, ajuda os leitores a atravessar grandes mudanças ou períodoslenny slotincerteza, desacelerando e se voltando para o seu interior.

The Art of Rest ("A arte do descanso"),lenny slotClaudia Hammond, também traz um lado prático. Seus capítulos descrevem as 10 atividades mais relaxantes identificadaslenny slotpesquisas globais.

O livro também defende a importância da desaceleração intencional, seja relaxando na banheira, lendo um livro ou passando algum tempo junto à natureza. Para a autora, "o descanso não é um luxo; é uma necessidade".

Inverno da Alma,lenny slotKatherine May (Ed. Darkside, 2023), contalenny slotforma lírica como a autora aprendeu a aceitar a sazonalidade da ociosidade - como se fosse uma estação do ano necessária.

"Desacelerar, aumentar seu tempo livre, dormir o suficiente... descansar, agora, [é considerado] um ato radical, mas é essencial", escreve a autora.

É verdade que, até pouco tempo atrás, muitos defendiam o repousolenny slotnome da produtividade, como no livro Rest: Why You Get More Done When You Work Less ("Descanso: por que você consegue fazer mais quando trabalha menos",lenny slottradução literal), lançadolenny slot2016.

Hoje, estamos mais dispostos a defender o tempolenny slotdescanso para benefício da nossa saúde mental, nosso bem-estar espiritual, do sensolenny slotequilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho e até, simplesmente, para nos divertirmos.

Estes livros não são todos iguais. Na verdade, existe um mundolenny slotdistância entre as teorias radicais e muitas vezes acadêmicaslenny slotJenny Odell — explícitas no seu anticapitalismo — e os agradáveis livroslenny slottons pastéis que nos incentivam a relaxar na banheira ou brincar com lápislenny slotcor.

Mas essa variedade por si só já mostra que o assunto interessa;. não é à toa que virou tendência no TikTok e gera tanto ensaios acadêmicos como livroslenny slotautoajudalenny slotleitura mais simples.

Descanso radical

Mulher orientallenny slotcabelos longos veste roupa preta

Crédito, Chani Bockwinkel/ Penguin

Legenda da foto, A escritora Jenny Odell defende que nós precisamos reconfigurar nossa consciência sobre o mundo natural e o nosso eu interior

O que levou a esta reviravolta no mundo ocidental?

O motivo é simples: todos nós estamos apenas muito cansados.

Esta é a teorialenny slotGannon: "Todos estão extremamente cansados. Estamos todos lutandolenny slotalguma forma para não deixar a peteca cair", conta ela à BBC. "Temos um corpo e uma mente que precisamlenny slotcuidados e acho que, na verdade, não estamos fazendo [isso]."

A tecnologia é um fator importante. O fato é que poder responder e-mails no nosso celular não nos torna mais eficientes — apenas nos faz trabalhar mais.

A onipresença das redes sociais nos incentiva a documentar cada centímetro das nossas vidas, buscar conteúdo nelas e trabalhar continuamente para fortalecer nossa própria marca individual.

E o crescimento dos aplicativoslenny slotmonitoramento também transforma as atividadeslenny slotlazer, os exercícios e até as necessidades mais básicas da vida, como comer e dormir,lenny slotdados que podem ser comparados e aprimorados. Você pode monitorar seu sono, registrar seu café da manhã, cronometrarlenny slotcorrida, catalogar o filme a que você assistiu e acompanhar seu ciclo menstrual, por exemplo.

Para as muitas pessoas que começavam a se voltar contra a cultura do trabalho implacável, a pandemia foi uma revolução.

É claro que foi uma época terrível, sem oportunidadelenny slotdescanso para muitas pessoas. Mas, para outras, o trabalho teve uma pausa ou, pela primeira vez, foi levado para casa.

Com isso, sem o deslocamento diário para o trabalho, muitos não tiveram outra escolha senão desacelerar - ou ficaram mesmo sem fazer nada. E assim, muita gente percebeu que não queria mais voltar ao ritmolenny slotantes.

Pode também ser uma mudança geracional. Os millennials ficaram conhecidos como a geração do burnout. Eles foram criados para trabalhar duro para serem bem sucedidos e se formaram com uma montanhalenny slotdívidas,lenny slotum mundo instável após a crise financeiralenny slot2007-2008. Esta combinação, como é bem documentado, representou um sério desafio para muitas pessoas.

Os livros que abordam explicitamente o burnout também se tornaram um grande negócio nos últimos anos. Eles incluem, por exemplo, obras que investigaram suas razões sociopolíticas, como Não Aguento Mais Não Aguentar Mais: Como os Millennials se Tornaram a Geração do Burnout ,lenny slotAnne Helen Petersen (Ed. HarperCollins, 2021). O livro mostra como o capitalismo e a busca pelo lucro e a produtividade levaram aquela geração à exaustão.

Houve também guias práticos para superar a situação com repouso e reavaliação — como Burnout: O Segredo para Romper com o Ciclolenny slotEstresse,lenny slotEmily e Amelia Nagoski (Ed. BestSeller, 2020), ou Burnt Out: The Exhausted Person's Six-Step Guide to Thriving in a Fast-Paced World ("Esgotado: o guia da pessoa exaustalenny slotseis etapas para ter sucessolenny slotum mundo acelerado", sem ediçãolenny slotportuguês),lenny slotSelina Barker.

Detalhe: todos estes livros foram publicadoslenny slot2020.

Gannon culpa os pais por este fenômeno geracional.

"Os baby boomers [nascidos entre cercalenny slot1946 e 1964] são muito consumistas", destaca ela. "Estatisticamente, eles compram a maior parte da tecnologia, detêm a maior parte dos imóveis e adoram coisas como dinheiro e sucesso, enquanto geração."

"Acho que os filhos dos baby boomers, os millennials, quiseram basicamente impressioná-los. Eles ouviram: 'vá, conquiste, tenha sucesso e [seus pais] poderão então ter orgulholenny slotvocê'. É muito difícil nos livrarmos disso."

Para Gannon, o burnout crônico é, emlenny slotorigem, o resultadolenny slotviver no capitalismo global. E decidir viverlenny slotritmo mais lento é uma reação contra a mentalidade aquisitiva, que nunca está satisfeita, promovida pelo capitalismo.

A autora espera que o movimento atual que nos faz deixarlenny slotsempre buscar mais coisas ou status,lenny slotfavorlenny slottermos mais tempo, possa ser um sinal saudável para a nossa sociedade.

"As pessoas realmente estão começando a entender que, se você tiver um teto sobre a cabeça e puder pagar suas contas, do que mais você precisa?", destaca ela.

Um homemlenny slotcabelos compridos, presoslenny slotum coque, está sentado ao ladolenny slotsua bicicleta. Ele veste uma camisa xadrez, calças pretas e tênis brancos.

Crédito, Alamy

Legenda da foto, Termo holandês niksen significa "não fazer nada, intencionalmente"

É claro que esta questão traz um ponto importante. Todas as pessoas que escrevem sobre passar menos tempo trabalhando e mais tempo descansando parecem ser — como direi? — muito privilegiadas.

Emma Gannon publicou diversos livros que se tornaram best-sellers. Ela escreveu sobre como ganhar centenaslenny slotmilhareslenny slotdólares anuais emlenny slotnewsletter The Hyphen — que, na verdade, continuou mantendo durante o anolenny slotque passou "sem fazer nada".

Jenny Odell era professora na Universidade Stanford, nos Estados Unidos, quando escreveulenny slotfavorlenny slotnão fazer nada. E Katherine May,lenny slotalguma forma, conseguiu simplesmente sair do emprego e educarlenny slotfilhalenny slotcasa, enquanto vivia o seu inverno ocioso.

Por outro lado, o slow living foi acusadolenny slotse concentrar muitolenny slotuma estéticalenny slotestilolenny slotvida pouco acessível para muitos. Por alguma razão, no Instagram, a hashtag conduz você para inúmeras fotoslenny slotcasaslenny slotfazenda, lindas mulheres brancas arrumando flores e muitas roupaslenny slotcamalenny slottons neutros e quentes.

Será que reduzir as atividades acaba se tornando apenas mais uma formalenny slotcontar vantagem sobre seu estilolenny slotvida? Afinal, muitas das atividadeslenny slotcura descritas por Gannon custam dinheiro: retiros, reflexologia, coacherslenny slotvida, inúmeros feriados, viagens e estadias.

Por isso, eu perguntei a ela o que fazer se você tem burnout porque está trabalhandolenny slotdois empregos apenas para pagar as contas e não consegue tirar um tempo para descansar.

Gannon reconhece rapidamente como ela teve sorte por poder pararlenny slottrabalhar. Mas ela insiste que se tratalenny slotuma mentalidade - e que simplesmente se permitir tirar um dia ou uma semanalenny slotdescanso pode ajudar.

Ela diz que vale a pena relembrar o velho ditado: as melhores coisas da vida sãolenny slotgraça.

Gannon relembra um dialenny slotque enfrentou muitas dificuldades com o burnout. Tudo o que ela conseguiu foi caminhar e comprar um buquêlenny slotnarcisos por uma libra (cercalenny slotR$ 7). O simples atolenny slotesticar as pernas e colocar as belas flores amarelaslenny slotum vaso foi suficiente para que ela conseguisse vencer o dia.

"Realmente, não é questãolenny slotpara onde você vai ou o que você vê", orienta ela. "É simplesmente [dizer] 'eu quero fazer algo que irá levantar meu ânimo'. E todos nós sabemos que isso não custa dinheiro."

A Year of Nothing foi publicado pela editora The Pound Project e estará à vendalenny slotnovembro. "What Time is Love?",lenny slotHolly Williams (autora desta reportagem), foi publicado pela editora Orion.