Os países que garantem licença menstrualjeu 21 1xbet telegramlei:jeu 21 1xbet telegram
A Espanha se tornou o primeiro país ocidental a oferecer licença médica para mulheres que sofrem com fortes cólicas menstruais.
A lei, que foi aprovada por 185 votos a favor e 154 contra, tem como objetivo quebrar o tabujeu 21 1xbet telegramrelação ao tema.
"É um dia histórico para o avanço feminista", tuitou a ministra da Igualdade da Espanha, Irene Montero, que diz que a medida é um movimento para resolver um problemajeu 21 1xbet telegramsaúde que foi amplamente varrido para debaixo do tapete.
A legislação permite que funcionárias que sofrem com cólica menstrual tirem o tempo que for necessário — mas, assim como nas licenças médicas remuneradas por outros motivosjeu 21 1xbet telegramsaúde, é exigido um atestado médico. A duração da licença não está especificada na lei.
São poucos países ao redor do mundo que garantem legalmente alguma formajeu 21 1xbet telegramlicença menstrual para mulheres no mercadojeu 21 1xbet telegramtrabalho — a maioria está na Ásia, incluindo Japão, Taiwan, Indonésia e Coreia do Sul, além da Zâmbia. A primeira legislação sobre licença menstrual remonta à União Soviética, onde foi introduzidajeu 21 1xbet telegram1922.
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Os defensores da medida dizem que é tão importante para as mulheres quanto a licença maternidade, como um reconhecimentojeu 21 1xbet telegramum processo biológico básico. Mas os críticos afirmam que reforça estereótipos negativos e pode até desencorajar alguns empregadoresjeu 21 1xbet telegramcontratar mulheres.
A BBC 100 Women conversou com mulheresjeu 21 1xbet telegramalguns dos países que possuem políticas relacionadas à licença menstrual,jeu 21 1xbet telegrammaio do ano passado, quando a Espanha apresentou o projetojeu 21 1xbet telegramlei, para descobrir se está funcionando.
'Só fui criticada por alguns colegas homens'
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"Antes da minha menstruação descer, eu sinto muita dor. Fico exausta e tenho enxaqueca. Depois, quando minha menstruação desce, eu sinto muita cólica, fico enjoada e com febre. Isso geralmente durajeu 21 1xbet telegramdois a três dias", diz Wardhanie.
"Imagina ter que pedir permissão a um homem para tirar licença menstrual."
"No começo, fiquei preocupada com o que os outros poderiam pensar, mas foi tão simples quanto enviar um e-mail para meus gerentes, e eles me apoiaram bastante", afirma.
“Na minha empresa é bem fácil, só preciso enviar um e-mail para meu supervisor no dia D e avisar quem faz a escala. Só isso."
"Só fui criticada por alguns colegas homens que argumentaram que não era justo."
Diferentementejeu 21 1xbet telegramIrine, muitas mulheres na Indonésia não estão cientes da existênciajeu 21 1xbet telegramuma lei que permite às mulheres tirar dois diasjeu 21 1xbet telegramlicença remunerada quando estão menstruadas.
"Falei com outras mulheres que trabalham na áreajeu 21 1xbet telegrammídia na Indonésia que não foram informadas sobre a política e, portanto, se obrigam a trabalhar sofrendo com cólica."
Os empregadores têm que fornecer até 24 diasjeu 21 1xbet telegramlicença menstrual remunerada por ano na Indonésia, mas a política é mal aplicada.
"A concessão é, na prática, arbitrária. Muitos empregadores permitem apenas um dia por mês, outros nenhuma licença menstrual", informou a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Vivi Widyawati trabalha pelos direitos das mulheres no setorjeu 21 1xbet telegramvestuário do país e diz que para as trabalhadorasjeu 21 1xbet telegramfábrica tirarem licença menstrual é ainda mais difícil do que para profissionais que atuam no varejo ou no setorjeu 21 1xbet telegramserviços.
“As mulheres que trabalham no setor informal muitas vezes não sabem sobre o direito à licença menstrual. Uma das barreiras para essas mulheres é que elas primeiro precisam obter um atestado médico”, diz Widyawati.
"Elas podem enfrentar assédio sexual ou se sentir muito constrangidas ao solicitar a licença. E tem mais: muitas empresas não querem pagar salário durante a licença menstrual."
O que é dismenorreia?
- A maioria das mulheres que menstruam sente dor como parte do ciclo, mas algumas podem sofrerjeu 21 1xbet telegramdismenorreia grave, uma formajeu 21 1xbet telegramdor que pode ser debilitante;
- Geralmente consistejeu 21 1xbet telegramfortes cólicas abdominais, que podem se espalhar para as costas e as coxas, assim como náusea, diarreia e enxaqueca;
- Há várias causas para a dismenorreia — por exemplo, um desequilíbrio nos níveis do hormônio prostaglandina, produzido pelas células do revestimento do útero, pode fazer com que ele se contraia. Quanto mais alto for o nível, mais fortemente o útero se contrai, gerando a dor;
- Pesquisas mostram que a dismenorreia é muito comum e pode ser forte o suficiente para interferir nas atividades diáriasjeu 21 1xbet telegramaté 20% das mulheres;
- Uma pesquisa do YouGovjeu 21 1xbet telegram2016 com mil mulheres para a BBC Radio 5 mostrou que 52% haviam tido dismenorreia que afetavajeu 21 1xbet telegramcapacidadejeu 21 1xbet telegramtrabalhar, mas apenas 27% haviam dito à chefia que a cólica menstrual era a responsável.
'Ainda é tabu'
No Japão, a licença menstrual existe há maisjeu 21 1xbet telegram70 anos — foi concedida como um direito industrial para mineiras e trabalhadorasjeu 21 1xbet telegramfábrica na ausênciajeu 21 1xbet telegrambanheiros adequadosjeu 21 1xbet telegramseus locaisjeu 21 1xbet telegramtrabalho. Ainda assim, ativistas dizem que a adoção é atualmente baixa.
"Uma porcentagem muito pequenajeu 21 1xbet telegrammulheres tira licença menstrual no Japão", diz Ayumi Taniguchi, copresidente da Minna No Seiri, organizaçãojeu 21 1xbet telegramativismo menstrual no país.
De acordo com os dados mais recentes do governo, apenas 0,9%jeu 21 1xbet telegramtoda a forçajeu 21 1xbet telegramtrabalho feminina solicitou licença menstrualjeu 21 1xbet telegramabriljeu 21 1xbet telegram2019 a marçojeu 21 1xbet telegram2020.
“Há um estigmajeu 21 1xbet telegramtorno da menstruação, as mulheres que menstruam acham difícil se abrir sobre isso, especialmentejeu 21 1xbet telegramum ambientejeu 21 1xbet telegramtrabalho dominado por homens”, explica Ayumi Taniguchi.
"E a maioria das empresas não oferece licença menstrual remunerada, o que significa que muitas mulheres apenas tiram férias remuneradas,jeu 21 1xbet telegramvezjeu 21 1xbet telegramusar o direito à licença menstrual. É quase como se não valesse a pena pedir por causa do tabu."
A Coreia do Sul adotou a licença menstrualjeu 21 1xbet telegram1953.
Em 2001, o país ratificou o artigo 73 dajeu 21 1xbet telegramLeijeu 21 1xbet telegramNormas Trabalhistas, que garante um diajeu 21 1xbet telegramlicença sem vencimento por mês, concedido a pedido do empregado.
Em 2021, um ex-CEOjeu 21 1xbet telegramuma companhia aérea que se recusou a permitir que funcionárias tirassem a licença menstrual, protegida pela lei trabalhista, foi obrigado por um tribunal da Coreia do Sul a pagar uma multajeu 21 1xbet telegramUS$ 1,8 mil.
Kim Min-ji trabalha para uma organização que promove a conscientizaçãojeu 21 1xbet telegramrelação à menstruação na Coreia do Sul.
"Na empresajeu 21 1xbet telegramque eu trabalhava antes, as funcionárias apenas suportavam (a dor) ou usavam as férias anuais. Não tive escolha a não ser suportar também", diz ela.
"A Coreia do Sul é uma sociedade altamente competitiva que considera que você deve ser capazjeu 21 1xbet telegramcontrolar a dor, então é esperado que você suporte (a dor). A maior barreira é a atmosfera social — é difícil falar sobre licença menstrual aqui."
- Este texto foi publicado originalmentejeu 21 1xbet telegramhttp://vesser.net/articles/c721j8j91lwo