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Homeopatia funciona ou é efeito placebo?:freebet 4d
O horário escolhido faz alusão à constantefreebet 4dAvogadro, sobre a qual falaremos adiante.
Introdução:
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Vale ressaltar que essa campanha tinha um objetivo lúdico, e não é indicado abusarfreebet 4dqualquer produto vendidofreebet 4dfarmácias sem a orientaçãofreebet 4dum especialista.
Mas este é só um entre diversos questionamentos públicos feitos sobre a homeopatia nas últimas duas décadas, períodofreebet 4dque a prática foi retiradafreebet 4dserviços públicosfreebet 4dsaúdefreebet 4dalguns países, como o próprio Reino Unido.
No Brasil, embora a homeopatia seja reconhecida pelo Conselho Federalfreebet 4dMedicina (CFM) há maisfreebet 4dquatro décadas e ensinadafreebet 4duniversidades, ela passou a ser mais debatida e criticada nos últimos cinco anos.
O assunto, aliás, ganhou novo fôlego recentemente, com a publicação do livro Que Bobagem! Pseudociências e Outros Absurdos que Não Merecem ser Levados a Sério (Editora Contexto), escrito pela microbiologista Natália Pasternak e pelo jornalista Carlos Orsi.
Mas, afinal, o que é a homeopatia? E por que ela foi parar no olho do furacão das discussões sobre pseudociência recentemente?
O que é a homeopatia?
Uma toneladafreebet 4dcocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios
Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
As bases desse programa terapêutico foram desenvolvidas no final do século 18 pelo médico alemão Samuel Hahnemann (1755 - 1843).
Segundo o site da Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB), o sistema se baseiafreebet 4dduas premissas principais.
Primeiro, a ideiafreebet 4dque “similar cura similar” —freebet 4dacordo com a AMHB, “a substância quefreebet 4dgrandes quantidades pode causar o problema numa pessoa sadia, quando diluídafreebet 4daltas doses pode curar a doença”.
Em outras palavras, a ideia é que qualquer substância presente na natureza que provoque determinado sintomafreebet 4dnosso corpo seria capazfreebet 4dtratar uma doença que gera esses mesmos sintomas.
O segundo ponto tem a ver justamente com a diluição. No remédio homeopático, o princípio ativo é misturado com água ou álcool repetidamente.
Vamos a um exemplo prático: uma das formulações homeopáticas mais comuns usa a proporção 1:100 (há outras escalas utilizadas).
Isso significa que uma partefreebet 4ddroga é diluídafreebet 4d99 partesfreebet 4dágua (ou algum outro solvente, como álcool ou açúcar). Depois, a mistura é agitada.
Mas o processo não para por aí: essas “dinamizações” (diluições + agitações), no jargão homeopático, se repetem por dezenasfreebet 4dvezes.
Ou seja, aquela primeira diluição — 1 partefreebet 4ddroga + 99 partesfreebet 4dágua — é diluídafreebet 4dnovo (formulação 1 + 99 partesfreebet 4dágua/álcool). Efreebet 4dnovo,freebet 4dnovo,freebet 4dnovo…
Em alguns casos, essas etapasfreebet 4ddinamização acontecem 12, 30, 200 ou até mil vezes.
Os homeopatas acreditam que o produto final guarda uma espéciefreebet 4d“memória” do princípio ativo que foi utilizado lá na origem,freebet 4dmodo que seria capazfreebet 4dtratar as doenças para as quais é prescrito.
E vale lembrar aqui que a homeopatia é totalmente diferentefreebet 4doutras terapias consideradas alternativas, como os floraisfreebet 4dBach (feitos a partirfreebet 4dcompostos extraídosfreebet 4dflores) e a fitoterapia (medicações obtidas por meiofreebet 4dplantas).
'Cientificamente implausível'
Os primeiros questionamentos feitos sobre a homeopatia têm a ver justamente com as premissas básicas do sistema: o “similar cura similar” e o processofreebet 4ddiluição/dinamização.
Num artigofreebet 4dopinião publicadofreebet 4d2012 no jornal britânico The Guardian, o médico alemão Edzard Ernst — ele próprio um ex-homeopata cujo pai e avô também trabalhavam na área — diz que “ambos os axiomas vão contra a Ciência”.
“Se eles fossem verdadeiros, muito do que aprendemosfreebet 4dFísica e Química estaria errado”, argumenta ele.
Ernst, que é professor aposentado na Universidadefreebet 4dExeter, no Reino Unido, e possui vários estudos e livros na área dos tratamentos alternativos, aponta que o princípio “similar cura similar” é “cientificamente implausível”.
Além disso, as ultradiluições fazem com que a concentração do princípio ativo fique tão baixa que se torna indetectável, aponta o médico.
Vamos a mais um exemplo prático, retiradofreebet 4dum artigo científico publicado por Ernst e pelo filósofo e economista Nikil Mukerji, da Universidadefreebet 4dMunique, na Alemanha.
“Para tratar a alergia ao pólen, um médico homeopata pode escolher Allium cepa, uma preparaçãofreebet 4dcebola, porque esse vegetal pode causar sintomasfreebet 4dum indivíduo saudável semelhantes ao da alergia (olhos lacrimejantes, coriza, etc.)”, aponta o texto.
“Só que o remédio homeopático Allium cepa 30C [em que o processofreebet 4ddiluição ocorre 30 vezes consecutivas] não tem nenhuma moléculafreebet 4dcebola”, dizem os autores.
Isso acontece porque, segundo uma conta matemática básica, a diluição 30C na proporção 1:100 traz uma parte do princípio ativo para 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 (um nonidecilhão)freebet 4dpartesfreebet 4dágua.
Essa proporção supera,freebet 4dlonge, a constantefreebet 4dAvogadro (aproximadamente 6,023×10²³) — é daí, inclusive, que vem o horário das 10h23 usado na campanha das overdoses homeopáticas coletivas.
Esse postulado da Matemática e da Química afirma que qualquer substância diluída acima desta proporção (6,023×10²³) resulta basicamentefreebet 4dágua (ou no solvente principal que está sendo utilizado).
Os produtos homeopáticos ultrapassamfreebet 4dlonge esse limite, como visto nos números apresentados nos parágrafos acima.
“Com isso, essas soluções são tão diluídas que não têm mais nenhuma molécula do composto original”, explica Pasternak, que também é presidente do Instituto Questãofreebet 4dCiência (IQC).
Alguns defensores da homeopatia argumentam que, por causa do processofreebet 4dagitação e dinamização, a água seria capazfreebet 4dreter uma espéciefreebet 4dmemória da droga — e isso explicaria o efeito terapêutico supostamente observado no consultório.
“Outros partem para uma abordagem espiritual, dizendo que a água guarda uma energia daquele princípio similar”, complementa Pasternak.
Para fundamentar esse ponto, os homeopatas geralmente citam um artigo publicadofreebet 4d1988 na revista Nature, que sugere uma capacidade da águafreebet 4dpreservar uma “memória”freebet 4dmateriais com os quais teve algum contato.
“Essa pesquisa já foi refutada por uma comissãofreebet 4despecialistas e nenhum outro cientista que tentou replicá-la obteve os mesmos resultados”, contrapõe a microbiologista.
Inclusive, na página da internet onde o estudo está publicado, a própria Nature sugere outras duas leituras complementares ao tema, com os títulos “Por que a homeopatia é uma pseudociência” e “Contra todas as probabilidades — a persistente popularidade da homeopatia”.
A BBC News Brasil tentou contato com a AMHB e com a Associação Paulistafreebet 4dHomeopatia (APH) pelos e-mails informados nos sites das entidades, para que elas pudessem se posicionar sobre as questões apresentadas — mas não foram enviadas respostas até a publicação desta reportagem.
O que dizem as evidências
Mas e se, mesmo diante da alegada “implausibilidade científica”, a homeopatia funcionasse e os pacientes melhorassem após tomarem os extratos ou os comprimidos?
Para comprovar esses efeitos, seria necessário que um grupofreebet 4dcientistas realizasse os chamados testes clínicos,freebet 4dque parte dos voluntários recebesse remédios homeopáticos e a outra parcela tomasse placebo — uma substância sem efeito terapêutico — ou o melhor tratamento disponível para aquela condição.
No melhor dos cenários, pesquisadores e participantes não saberiam quem faz partefreebet 4dqual grupo, para evitar qualquer influência externa.
Ao final do experimento, os resultadosfreebet 4dtodos os indivíduos seriam comparados para ver quem obteve o melhor resultado — os que receberam homeopatia ou aqueles submetidos ao placebo/outras terapias.
Seria importante ainda que todo esse processo fosse descrito e publicado na formafreebet 4dartigo científico numa revista especializada, onde o artigo passaria por um processofreebet 4drevisão e poderia ser avaliado, criticado e replicado por outros especialistas na área.
Essa é uma prática comum, utilizada para embasar, aprovar e indicar qualquer intervenção na áreafreebet 4dsaúde.
Segundo Pasternak, tal método já foi aplicado “exaustivamente” para avaliar diversos remédios homeopáticosfreebet 4ddiferentes contextos.
Em 2002, Ernst publicou uma “revisão sistemática das revisões sistemáticas”freebet 4dhomeopatia. Em resumo, ele compilou e analisou todas as grandes análises com resultadosfreebet 4dpesquisas científicas nessa área que já haviam sido publicadas até aquele momento.
A conclusão do pesquisador foi: “Não houve nenhuma condição que respondesse melhor ao tratamento homeopático do que ao placebo ou às outras intervençõesfreebet 4dcontrole. Nenhum remédio homeopático teve efeitos clínicos convincentemente diferentes do placebo.”
Três anos depois,freebet 4dagostofreebet 4d2005, o The Lancet divulgou um editorial com o título “O Fim da Homeopatia”.
No texto, um dos mais prestigiados periódicos científicos do mundo defende que “médicos precisam ser honestos com os pacientes sobre a faltafreebet 4dbenefícios da homeopatia”.
Os autores também se mostram surpresos com o fatofreebet 4d“o debate [sobre homeopatia] continuar, apesarfreebet 4d150 anosfreebet 4dresultados desfavoráveis”.
“Quanto mais diluídas ficam as evidências da homeopatia, maior parece ser a popularidade dela”, observam eles.
Uma investigação sobre estudosfreebet 4dhomeopatia encomendada pelo Governo da Austráliafreebet 4d2015, aponta que “não há nenhuma condiçãofreebet 4dsaúde para a qual há evidência confiávelfreebet 4dque a homeopatia é efetiva”.
“A homeopatia não deve ser usada para tratar qualquer condiçãofreebet 4dsaúde que seja crônica, séria ou possa se agravar. Pessoas que escolhem a homeopatia podem colocar a saúdefreebet 4drisco se rejeitarem ou atrasarem tratamentos para os quais há boa evidênciafreebet 4dsegurança e efetividade”, aponta o texto.
Já na Inglaterra, o Serviço Nacionalfreebet 4dSaúde (NHS, na siglafreebet 4dinglês) deixoufreebet 4doferecer tratamentos homeopáticosfreebet 4d2017, alegando “faltafreebet 4dqualquer evidência da efetividade, o que não justifica o custo”.
A decisão veio após um inquéritofreebet 4d2010 realizado pelo Comitêfreebet 4dCiência e Tecnologia do Parlamento britânico concluir que o governo não deve endossar o usofreebet 4dtratamentos placebo, incluindo a homeopatia.
O Centro Nacionalfreebet 4dSaúde Complementar e Integrativa dos Institutos Nacionaisfreebet 4dSaúde dos Estados Unidos (NIH) aponta que “há pouca evidência que apoie a homeopatia como tratamento efetivo para qualquer condiçãofreebet 4dsaúde específica”.
Aindafreebet 4dterras americanas, desde 2016 os produtos homeopáticos vendidosfreebet 4dfarmácias precisam conter um alerta no rótulo dizendo que “não há evidência científicafreebet 4dque funcionem” e que “as alegaçõesfreebet 4duso são baseadas apenasfreebet 4dteorias do século 18, que não são aceitas pela maioria dos especialistas da atualidade”.
Na Alemanha, berço do sistema, a homeopatia continua prestigiada — apesarfreebet 4dalguns serviçosfreebet 4dsaúde discutirem recentemente que não dariam mais reembolsos para tratamento do tipo. Uma resolução parecida foi tomada na França a partirfreebet 4d2021.
E no Brasil?
A homeopatia chegou ao Brasilfreebet 4dmeadosfreebet 4d1840, a partirfreebet 4dviagens feitas pelo médico francês Benoit-Jules Mure (1809-1858).
Essa vertente é reconhecida como uma especialidade médica desde 1980 pelo Conselho Federalfreebet 4dMedicina (CFM).
O cientista social Lenin Bicudo Bárbara, que investigou a homeopatia emfreebet 4dtesefreebet 4ddoutorado na Universidadefreebet 4dSão Paulo (USP), aponta que a chancela do CFM ajuda a reforçar ainda mais a imagem da homeopatia no país.
“Se a gente analisar o debate público, todo artigo que defende a homeopatia sempre começa dizendo que ela é uma especialidade médica reconhecida pelo CFM. Isso serve para embasar todo o pensamentofreebet 4dtorno da prática e do reconhecimento social que ela tem”, destaca ele.
A homeopatia também faz parte, desde 2006, da Política Nacionalfreebet 4dPráticas Integrativas e Complementares do Ministério da Saúde e é oferecida por alguns serviços da rede pública.
Mas nos últimos anos, o debate sobre a validade da homeopatia também chegou ao país: desde 2018, o IQC faz campanhas contra essas substâncias e questiona autoridades sobre a disponibilidade delas no Sistema Únicofreebet 4dSaúde (SUS).
A entidade, presidida por Pasternak, até aderiu à campanha 10:23 e realizou algumas “overdoses homeopáticas coletivas” durante eventos e palestras.
Ainda no contexto brasileiro,freebet 4d2017, o Conselho Regionalfreebet 4dMedicina do Estadofreebet 4dSão Paulo (Cremesp) e a Associação Paulistafreebet 4dHomeopatia (APH) divulgaram um dossiê especial com o título “Evidências Científicasfreebet 4dHomeopatia”.
Os autores dizem que o trabalho “suporta a eficácia e a segurança da terapêutica” homeopática.
Três anos depois,freebet 4d2020, o IQC lançou um “contra-dossiê”freebet 4dresposta ao documento feito por Cremesp e APH,freebet 4dque classifica como “deplorável” a qualidade das evidências apresentadas para defender a homeopatia pelas entidades paulistas.
“Quem trabalha com ciência no dia a dia sabe que existe um universofreebet 4dpublicaçõesfreebet 4dmá qualidade, periódicosfreebet 4dmá qualidade, periódicos predatórios (que publicam qualquer bobagem, mediante pagamento) e periódicos exclusivos para medicina alternativa onde a revisão pelos ‘pares’ fica a cargofreebet 4doutros praticantesfreebet 4dmedicina alternativa”, escrevem os autores do contra-dossiê.
Bárbara lembra que os médicos homeopatas que atuam nas universidades são frequentemente cobrados por mostrar resultados positivosfreebet 4dpesquisas científicas.
“Na Medicinafreebet 4dhoje, é esperado que todos os tratamentos sejam testados nos estudos clínicos controlados e randomizados”, diz o cientista social.
“Mas muitos dos trabalhosfreebet 4dhomeopatia têm metodologias falhas e, apesarfreebet 4dalguns apresentarem resultados positivos à primeira vista, uma análise mais cuidadosa revela uma sériefreebet 4dproblemas na forma como aquilo foi feito”, aponta ele.
A BBC News Brasil tentou contato com Cremesp e APH para que as entidades se posicionassem sobre o tema, mas não foram enviadas respostas até a publicação desta reportagem.
Em julho, em entrevista ao jornal O Estadofreebet 4dS.Paulo, Jeancarlo Cavalcante, um dos vice-presidentes do CFM, admitiu a possibilidadefreebet 4da homeopatia ser revista como uma prática médica.
“O CFM reconhece a especialidade, porém, como órgão regulador, está aberto para novas discussões. Caso as evidências sejam questionadas, nada impede uma nova análise. Vou pedir para minha equipe coletar essas evidências [sobre a ineficácia da homeopatia] e vou levar à apreciação dos conselheiros”, afirmou ele ao Estadão.
Alguns dias depois, porém, o próprio CFM descartou publicamente a possibilidadefreebet 4dfazer essa revisão numa sériefreebet 4dposicionamentos divulgados no site e nas redes sociais.
A BBC News Brasil procurou Cavalcante por e-mail para uma entrevista, mas o pedido foi encaminhado à assessoriafreebet 4dimprensa do CFM, que já havia sido contatada pela reportagem anteriormente.
Por e-mail, o CFM enviou uma nota afirmando que “a homeopatia é praticada com rigor e ética, diariamente, por cercafreebet 4d2,8 mil médicos habilitados”.
“Trata-sefreebet 4duma das 55 especialidades reconhecidas no país [...] Esses especialistas atendem milharesfreebet 4dpacientes, que reconhecem nessa linhafreebet 4dcuidados eficácia na prevenção e no tratamentofreebet 4ddoenças”, defende.
“Diante disso, vale lembrar que não há qualquer trabalhofreebet 4dandamento com o intuitofreebet 4davaliar a permanência, ou não, da homeopatia no rolfreebet 4despecialidades”, conclui o texto.
O que dizem as autoridades
Em seu site oficial, a AHMB publicoufreebet 4d2022 um artigo intitulado “Homeopatia é ciência e saúde”.
Ali, a entidade detalha um “mapeamentofreebet 4devidências” e afirma que os produtos homeopáticos teriam um “alto graufreebet 4dconfiança” com resultados contra “infeções do trato respiratóriofreebet 4dcrianças, otite, Transtornofreebet 4dDéficitfreebet 4dAtenção e Hiperatividade (TDAH), síndrome do intestino irritável, fibromialgia, diarreia, periodontite e síndrome pós-menopausa”.
O texto pondera que existem “evidênciasfreebet 4deficácia clínica para algumas condições, mas também há aspectos aindafreebet 4daberto, com resultados contraditórios, os quais necessitamfreebet 4destudos complementares para a confirmação dafreebet 4deficácia”.
Para saber como os especialistas veem o uso da homeopatia como tratamento para essas enfermidades, a BBC News Brasil pediu que nove sociedades médicas diferentes se posicionassem.
O ginecologista César Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), disse que a entidade “defende a legalidade”.
“Como a homeopatia é reconhecida legalmente como uma sociedade médicafreebet 4despecialidade, nós também a reconhecemos como tal. Portanto, ela merece continuar como partefreebet 4dnossa sociedade. Essa não é essa discussão que vai levar a AMB a tomar qualquer medida que possa trazer danos aos homeopatas do Brasil”, defendeu o médico.
“Nós entendemos que a homeopatia tem lugar na assistência médica à população brasileira e continuaremos a respeitá-la”, concluiu ele.
Sobre o tratamento da síndrome pós-menopausa, a médica Maria Celeste, diretora da Federação das Associações Brasileirasfreebet 4dGinecologia e Obstetrítica (Febrasgo) respondeu que “não existem evidências científicas que sustentem essa prática [a homeopatia]”.
“Por essa razão, na Febrasgo, não há material que endosse ou suporte a utilização da homeopatia [para síndrome pós-menopausa].”
Em relação à fibromialgia, o médico Marco Antônio Araújo da Rocha Loures, presidente da Sociedade Brasileirafreebet 4dReumatologia (SBR), afirmou que “a homeopatia, pelos estudos científicos atuais, não tem qualquer evidência”
“Diretrizesfreebet 4dvárias sociedades científicas, entre elas a SBR, não recomendam o tratamento da fibromialgia com medicação homeopática”, explicou ele.
Sobre supostos tratamentos homeopáticos contra a otite, a Associação Brasileirafreebet 4dOtorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) informou à reportagem que não se manifestaria sobre o tema.
Para as outras doenças citadas no texto da AMHB, as sociedades, federações ou associações brasileirasfreebet 4dPediatria (infecções do trato respiratóriofreebet 4dcrianças), Psiquiatria (TDAH), Gastroenterologia (síndrome do intestino irritável e diarreia) efreebet 4dCirurgiões Dentistas (periodontite) não enviaram respostas até a publicação desta reportagem.
E, como citado anteriormente, a própria AMHB também não respondeu o pedidofreebet 4dcontato feito durante a apuração.
Argumentos comuns
Nos debates sobre a homeopatia, médicos e pacientes costumam usar experiências individuais para defender o uso dessas substâncias.
Pasternak entende que esse tipofreebet 4dargumento é perigoso.
“Não podemos nos esquecer do efeito placebo. Quando você faz um tratamento, pode se sentir melhor apenas pelo fatofreebet 4dser acolhido com cuidado, empatia e carinho”, explica a microbiologista.
Segundo ela, esse tipofreebet 4dcondicionamento acontece até mesmo com bebês e animais, mesmo que eles não compreendam a comunicação verbal do mesmo jeito que crianças, adolescentes, adultos e idosos.
“Em segundo lugar, muitos produtos homeopáticos acabam indicados para tratar condições recorrentes e crônicas, como a dor,freebet 4dque há picos e melhoras sucessivas. O indivíduo tende a ir ao médico quando está numa crise e toma uma substância dessas. Daí ele se sente melhor pela própria curva natural da doença, mas credita o sucesso à homeopatia”, continua ela.
E isso sem contar as doenças autolimitadas, como infecções respiratórias simples e até algumas alergias, que costumam melhorar naturalmente depoisfreebet 4dalguns dias, independentementefreebet 4dqualquer medicação.
“Um resfriado passa sozinhofreebet 4duma semana. Mas, se você tomar um homeopático, vai melhorarfreebet 4dsete dias”, brinca ela.
Outro argumento frequente sobre a homeopatia aponta que, mesmo que seja placebo, algumas pessoas se beneficiam das substâncias — e isso, por si só, já seria suficiente para tê-las à disposição.
Mais uma vez, Pasternak discorda.
“Há uma questãofreebet 4dética médica aqui, pois como seria possível prescrever uma coisa que não trata aquela doença?”, questiona ela.
“O efeito placebo é inconsistente, não funciona do mesmo jeito para todas as pessoas. Em alguns casos, essa prática pode mascarar sintomas e atrasar o diagnósticofreebet 4ddoenças graves”, alerta.
Como citado anteriormente, a BBC News Brasil procurou a AMHB e a APH para que as entidades se posicionassem sobre essas questões, mas não foram enviadas respostas até a publicação desta reportagem.
Em nota publicadafreebet 4dseu site oficial, a AMHB classifica as campanhas contra a homeopatia como “frutos da desinformação”.
“Este é um momentofreebet 4dque a união e a tranquilidade se fazem necessárias para podermos,freebet 4dforma equilibrada, fazer frente a esses ataques que a nossa especialidade tem sofrido. Informamos também que medidas legais efreebet 4dresposta adequadas estão sendo tomadas”, pontua a entidade.
A BBC News Brasil também tentou contato por e-mail com o médico homeopata Marcus Zulian Teixeira, que assina diversos dos pareceres e notas publicadas sobre o tema, mas não foram enviadas respostas até a publicação desta reportagem.
Decisões informadas e usofreebet 4drecursos públicos
Pasternak também critica o usofreebet 4ddinheiro público para custear a homeopatia no SUS.
“A decisãofreebet 4doferecer uma terapia ou outra deve levarfreebet 4dconta que os recursos são escassos e limitados, portanto é necessário fazer o melhor uso deles”, opina.
“A homeopatia e outras práticasfreebet 4dmedicina alternativa não deveriam estar no SUS, porque o serviço é pago com dinheiro do contribuinte. E as decisõesfreebet 4dsaúde pública precisam ser baseadasfreebet 4dCiência.”
A BBC News Brasil pediu um posicionamento do Ministério da Saúde sobre as críticas envolvendo as práticas alternativas no SUS, mas não foram enviadas respostas até a publicação desta reportagem.
Na contramão, caso alguém queira comprar produtos homeopáticos com dinheiro próprio, isso é uma decisão que compete a cada pessoa, acredita a microbiologista.
“Na esfera individual, o nosso papel é oferecer as informações, para que cada um possa tomar a melhor decisão diante dos fatos”, diz Pasternak.
“Mas as pessoas têm o direitofreebet 4dsaber o que é a homeopatiafreebet 4dverdade”, completa ela.
Para Marshall, a confusão da homeopatia com outras terapias alternativas (como floraisfreebet 4dBach ou fitoterápicos, por exemplo) representa um trunfo.
“Não éfreebet 4dinteresse dos seguidores da homeopatia que essa diferença fique clara, porque isso fornece uma certa credibilidade, ao diluir os limites entre uma prática e outra”, opina.
No Reino Unido, onde a homeopatia foi retirada do serviço públicofreebet 4d2017, a discussão sobre usofreebet 4ddinheiro público foi um dos principais fatores que pesaram na decisão.
“Nós descobrimos que o NHS [o serviçofreebet 4dsaúde pública britânico] gastava 5,5 milhõesfreebet 4dlibras por ano com a homeopatia”, lembra Marshall.
“Dentro do orçamento total, não se tratafreebet 4dum valor gigantesco, mas,freebet 4dtermosfreebet 4dtratamentos individuais, esse dinheiro poderia ser usado para coisas que funcionam e que fariam diferença real na vida dos cidadãos, como máquinasfreebet 4dressonância magnética ou aumentos no saláriofreebet 4denfermeiros e outros profissionaisfreebet 4dsaúde”, defende Marshall.
Há algo a aprender?
Por fim, Pasternak admite que, apesar da faltafreebet 4devidências sobre a efetividade, a homeopatia tem algo muito valioso para ensinar a todos os que lidam com a saúde.
“Nós temos muito a aprender sobre como esses profissionais cuidamfreebet 4dseus pacientes com carinho e compaixão”, afirma ela.
“As consultas com homeopatas duram, no mínimo, uma hora. E o médico dessa especialidade ouve, quer saber a históriafreebet 4dvida, a relação com familiares, as angústias e felicidades da pessoa”, detalha. “E todo esse cuidado, atenção e carinho profundos fazem a diferença.”
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