'Pseudociências matam': o manifestoapostas odds2.750 especialistas contra 'tratamentos alternativos':apostas odds
Um problema que, dizem os signatários do documento, é replicadoapostas oddsqualquer lugar do mundo.
"Todas as regiões são vulneráveis, todos os países e todas as pessoas", disse a epidemiologista chilena María Paz Bertoglia à BBC News Mundo, serviçoapostas oddsespanhol da BBC.
"Muitas vezes existem regulamentações muito frouxas entre os países porque autorizações especiais são permitidas para alguns produtos que demonstram que não são tóxicos, mas que não demonstram eficácia", acrescenta.
Os profissionaisapostas oddssaúde apontam a homeopatia, por exemplo, como a "pseudoterapia mais conhecida", mas alertam que existem outras práticas "de medicina alternativa" que estão ganhando popularidade.
"Há muita ignorância sobre a homeopatia", responde a diretora da associação civil Homeopatia do México, Rosario Sánchez Caballero, que afirma que, por trás desse tipoapostas oddsmanifesto, costuma haver "grandes interesses comerciais dos laboratórios farmacêuticos".
O que o manifesto diz?
Alémapostas oddsconsiderar esses métodos como farsa, o manifesto alerta que tratamentos não comprovados cientificamente só atrasam o atendimento adequado aos pacientes. "Muitas vezes, quando chegam ao remédio, é tarde demais".
"As pseudoterapias que nascemapostas oddsum continente passam para outro com muita facilidade. Não conhecem fronteiras", diz o biólogo Fernando Cervera, coordenador do manifesto.
"Se alguém quiser pensar que no passado essa medicina (alternativa) era eficaz, tem que perceber que há 100 anos a expectativaapostas oddsvida não ultrapassava 30 ou 40 anos, e hoje vaiapostas odds70 para 80 anos. O acesso à medicina científica moderna é o que faz a diferença na duplicação da expectativaapostas oddsvida", alerta Cervera.
Contra 'produtos milagrosos'
Para os signatários do manifesto, parte da responsabilidade pelo controle dos produtos para a saúde cabe aos órgãos reguladores, que acabam por permitir a comercializaçãoapostas oddsmedicamentos alternativosapostas oddsnível equivalente aos remédios com eficácia comprovada pela ciência.
Assinado emapostas oddsmaioria por profissionais da Europa, alémapostas odds59 da América Latina, o manifesto apresenta uma dezenaapostas oddscasosapostas oddspessoas que morreram depoisapostas oddsrecorrerem a tratamentos alternativos.
"Jacqueline Alderslade, 55, foi instruída por seu homeopata a interromper a medicação para asma. Ela morreu na Irlanda", diz o documento.
Ele ressalta que só na Europa existem maisapostas odds150 pseudoterapias, usadas por milhõesapostas oddspessoas.
"Somenteapostas oddsum mundo onde consideramos que mentir para um paciente para obter seu dinheiro era ético, poderíamos permitir que a homeopatia, ou qualquer outra pseudo-terapia, continuasse a ser vendida aos cidadãos", afirma o manifesto.
"Muitas vezes a gente vê produtos que servem para tudo, para centenasapostas oddsdoenças, mas que nunca foram testados pela ciência. Os regulamentos têm que ser mais claros. Precisam ser homologados pelo que é exigidoapostas oddsum medicamento comum, que tem que passar por regras mais rígidas. As pseudoterapias só precisam provar que não são tóxicas ", diz Bertoglia.
Cervera lembra que, no caso da Europa, as leis permitem que os produtos da homeopatia sejam comercializados como terapêuticos, "apesarapostas oddsnenhum produto homeopático ter demonstrado eficácia", e o mesmo ocorre com a oferta do biomagnetismo, as dosesapostas oddsMMS (Miracle Mineral Supplement, ou suplemento mineral milagroso,apostas oddsportuguês) e outros produtos.
"Eles usam o nomeapostas oddsciência — por isso se chamam pseudociências — para vender um produto ao público e fazer as pessoas acreditarem que é ele cientificamente comprovado, que passouapostas oddstodos os controles que um medicamento comum temapostas oddspassar, mas isso não é verdade", alerta.
Sánchez Caballero, da Associação Civilapostas oddsHomeopatia do México, diz que apontar homeopatia como pseudociência é falar com "ignorância". Segundo ela, as certificaçõesapostas oddshomeopatia são reconhecidas pelos governosapostas oddscada país.
"Homeopata é uma profissão oficial no México eapostas oddsoutros países. Se o governo lhes dá caráter oficial, é porque a homeopatia tem se mostrado um medicamento sério e científico. Os médicos a rejeitam sem conhecimento", afirma.
"Quando um medicamento homeopático é eficaz é porque obtemos os resultados depoisapostas oddstestes,apostas oddspessoas saudáveis, com um grupo controle. Então o testamos novamente e obtemos os mesmos resultados. Essa é uma das condições do método científico: a hipótese ser confirmada", diz Sánchez Caballero.
No entanto, entidades governamentaisapostas oddssaúde, como o Instituto Nacionalapostas oddsSaúde dos Estados Unidos, afirmam que "há poucas evidências para apoiar a homeopatia como um tratamento eficaz para qualquer condiçãoapostas oddssaúde específica".
O órgão equivalente no Reino Unido tem postura semelhante: "Não há evidênciasapostas oddsqualidadeapostas oddsque a homeopatia seja eficaz como tratamento para qualquer problemaapostas oddssaúde".
O direitoapostas oddsescolha
O manifesto reconhece que os pacientes têm o direitoapostas oddsescolher o tipoapostas oddstratamento que desejam receber, seja na medicina convencional ou fora dela.
No entanto, ele rejeita o fatoapostas oddshaver promessas infundadasapostas oddscura e faltaapostas oddséticaapostas oddsquem promove terapias não comprovadas cientificamente.
"Não estamos julgando os pacientes, muitas vezes eles ficam desesperados, porque têm um filho com uma doença gravíssima. O julgamento que fazemos é contra quem comercializa esses produtos, que devem ser regulamentados", diz Bertoglia.
Do lado da homeopatia, porém, Sánchez Caballero garante que os credenciados nesse método costumam informar os pacientes quando não há possibilidadeapostas oddscura. "Dizemos que vamos tentar, mas pode ser que não eles sejam curados. Isso é testado individualmente."
"O paciente tem que checar para onde vai e se o médico (homeopata) tem um título e um certificado que lhe dê suporte", acrescenta.
Bertoglia também reconhece que a confiança da população na medicina tradicional diminuiu nos últimos tempos.
"Também temos que fazer uma grande reflexão sobre por que as pessoas estão optando por usar esses produtos. Frequentemente, os médicos estão muito desconectados das necessidades da população. Precisamos construir mais pontes", diz ele.
"Muitas vezes, quando alguém faz uso desses tratamentos ou pseudoterapias, a pessoa precisa éapostas oddsalguém que a ouça,apostas oddsalguém que a entenda,apostas oddsuma relação mais próxima. E é sobre isso que temos que refletir", completa.
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