Americana cuidaapostas formula 1800 crianças filhasapostas formula 1pais deportados:apostas formula 1

Mas, os paisapostas formula 1todas essas crianças e adolescentes foram deportados ou correm riscoapostas formula 1passarem por isso.

Nora Sandigo tem os olhos brilhantes e fala pausadamente. Há 25 anos ela trabalha com a comunidadeapostas formula 1imigrantes no país.

Quando ela chegou aos Estaos Unidosapostas formula 11988, onde recebeu asilo político, Nora se especializou na comunidadeapostas formula 1seus compatriotas, vindos da Nicarágua.

Agora,apostas formula 1seu escritórioapostas formula 1Kendall, sul da Flórida, ela dirige a Fraternidade Americana. A organização se transformou no apoio para essas centenasapostas formula 1crianças e adolescentes cujas famílias foram atingidas por uma legislação que, desde 1996, não faz diferença entre os imigrantes que têm filhos nos EUA e os que estão sozinhos.

O trabalhoapostas formula 1Nora abrange aspectos legais, médicos, psicológicos, logísticos, políticos eapostas formula 1contabilidade.

Custódia legal

Em 2008 Nora começou a assumir a custódia legalapostas formula 1crianças e adolescentes que eram obrigados a ficar com famílias adotivas ou então ficar fora do sistema depois que seus pais eram deportados por estarapostas formula 1situação irregular nos Estados Unidos.

O que começou como um favor para amigos peruanos acabou crescendo e, agora, Nora, ou "Norita", tem a custódia legalapostas formula 1817 crianças e adolescentes - número que ela diz acreditar que vai aumentar enquanto o governo americano não acabar com as deportações.

Os imigrantes ilegais que estãoapostas formula 1solo americano podem ser descobertos pelas autoridades por um motivo banal, como uma infraçãoapostas formula 1trânsito. Por isso, alguns deles preenchem um documento com firma reconhecidaapostas formula 1cartório no qual cedem a custódiaapostas formula 1seus filhos a Nora Sandigo, caso algo aconteça a eles.

Claudia Fonseca é uma das mulheres que cedeu a Nora a custódiaapostas formula 1seus quatro filhos,apostas formula 1forma preventiva. Claudia viveapostas formula 1Miami mas não sabe por quanto tempo poderá continuar assim.

Ela é da Nicarágua e a única responsável por Kelvin,apostas formula 116 anos, Shirley, 8, Ashley, 6 e Yardley, 5. O marido dela, Santos Banegas, foi deportado há cercaapostas formula 1três anos.

Claudia trabalha sem registro como ajudanteapostas formula 1cozinha e divide um pequeno apartamento. O que ela ganha mal dá para pagar as contas.

Nora visita Claudia toda semana, quase sempre acompanhadaapostas formula 1sua ajudante, Doris. Elas levam uma caixa com alimentos, brinquedos e, no caso desta semana, um computador para o filho mais velho.

Claudia vive com medo constanteapostas formula 1que as autoridadesapostas formula 1imigração a encontrem e a deportem para a Nicarágua.

"Para lá eu não volto. Aqui, os pobres comem frango e carne", disse.

Dinheiro

Nora olha o apartamentoapostas formula 1Claudia para saber o que mais precisa comprar e também repassa a listaapostas formula 1visitas que ainda precisa fazer naquele dia, calculando quantos ovos e litrosapostas formula 1leite precisa comprar.

Nos casosapostas formula 1que tanto o pai como a mãe são deportados, os filhos ficam na casaapostas formula 1Nora, mesmo que seja temporariamente. Outra possibilidade é colocá-losapostas formula 1casasapostas formula 1familiares ou conhecidosapostas formula 1Nora.

Mas, a responsabilidade legal cabe a Nora e, por isso, ela precisa ser muito cuidadosa para garantir que nenhuma criança ou adolescente passe por nenhum tipoapostas formula 1carência ou abandono - algo que a deixaria exposta ao riscoapostas formula 1um processo.

Todos estes esforços têm um custo e muitos se perguntamapostas formula 1onde vem o dinheiro.

"Não pedimos nada, não cobramos nada por este serviço", disse Nora.

A Fraternidade Americana conta com uma subvenção anualapostas formula 1US$ 29 mil (quase R$ 66 mil), dada pelo escritórioapostas formula 1Desenvolvimento do Condadoapostas formula 1Miami. Além disso, Nora destaca que não recebe mais nenhum dólar do governo.

Ela recebe doações, principalmente roupas e alimentos, mas a maior parte dos gastos é paga por ela e o marido, que estão usando suas economias.

De Kendall para Washington

Para Nora, a questão econômica parece importar muito menos do a política.

O que Nora exige é que estas deportações sejam suspensas e seja feita uma reforma migratória nos Estados Unidos. Mas, ela mesma admite que agora não vê a possibilidadeapostas formula 1isto acontecer.

Ela também se revolta com o usoapostas formula 1tornozeleiras eletrônicas que as autoridades americanas colocam nos imigrantes que serão deportados.

"Este governo está violando os direitos civis, humanos e constitucionais que qualquer criança do mundo tem", disse.

"Está ficando muito ruim, nos faz parecer um povo insensível. Os menores cujos pais são deportados são afetados emocinalmente, precisamapostas formula 1um médico, um psicólogo, alguem que os abrace, precisamapostas formula 1seus pais", disse.