Imigraçãover bet apostacrianças sozinhas cria 'geração órfã' e vulnerável na Itália:ver bet aposta

"O desembarquever bet apostaimigrantes (na Itália) país acontece há anos e, ainda assim, o país não está preparado para recebê-los", diz à BBC Brasil a responsável pela Proteçãover bet apostaMenores da organização Save the Children no país, Carlotta Bellini.

"Não há um plano nacionalver bet apostaacolhimento e proteção para os menores estrangeiros desacompanhados."

Neste ano, o númerover bet apostajovens imigrantes aumentou 800%ver bet apostarelação ao mesmo períodover bet aposta2013. Segundo a Save the Children, foram 5,6 mil, dos quais 3,8 mil desacompanhados.

"A maioria dos que chegam ao país sem um familiar ou responsável são meninos com idade entre 14 e 17 anos, mas nossos voluntários encontram diariamente criançasver bet apostaoito, nove anosver bet apostaidade que viajam sozinhas", conta Bellini.

<link type="page"><caption> Leia também: Jovens imigrantes 'invisíveis' têm travessia difícil rumo à Europa e destino incerto</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2014/05/140516_imigracao_menores_sub_pai.shtml" platform="highweb"/></link>

Direitos

As leis italianas garantem a estes menores o direitover bet apostaserem abrigados no país ever bet apostaterem acesso a saúde e a educação, alémver bet apostaoutras formasver bet apostatutela.

Mas, para isso, é preciso ter sido identificado, fotografado e ter suas impressões digitais registradas ao chegar no país.

No entanto, muitos adolescentes, principalmente da Eritreia e do Afeganistão, evitam esse cadastro pelas autoridades, porque querem continuar a viagem até países do norte da Europa, como Suíça e Noruega.

Isso ocorre porque a Convençãover bet apostaDublin estabelece que o direitover bet apostaasilo deve ser garantido pelo primeiro país onde o imigrante foi registrado, a não ser que o menorver bet apostaidade tenha um parentever bet apostaum outro Estado da Comunidade Europeia.

Neste caso, a lei prevê que o governo italiano entrever bet apostacontato com as autoridades do outro país para localizar este familiar e verificar se ele realmente pode assumir a responsabilidade pelo menor.

"Esse processo quase nunca é realizado. Além disso, muitos destes jovens não conhecem ninguém nestes países e, ainda assim, pretendem seguir viagem, especialmente neste períodover bet apostadificuldade econômica que a Itália atravessa", explica Bellini.

Traficantes

Roma é um lugarver bet apostapassagem, onde traficantesver bet apostapessoas, na maioria das vezes da mesma nacionalidade dos menores, interceptam estes jovens.

Há pontos específicos da cidade onde essas comunidades se reúnem, como edifícios ocupados e acampamentos próximos a estaçõesver bet apostatrem.

"É muito difícil entrarver bet apostacontato com esses meninos, porque os adultos exercem um controle enorme sobre eles, pedindo dinheiro tanto para encontrar um lugar para dormir quanto para organizar as viagens ao exterior", diz a representante da Save the Children.

"Geralmente, eles ficam na cidade apenas uma semana antesver bet apostapartir novamente. O riscover bet apostaexploração é evidente."

Mesmo entre os que querem permanecer, a vida não é fácil. No caso dos egípcios, muitos foram mandados pela família e já chegam ao país com dívidas, pois a viagem organizada por traficantes custa entre 4 e 6 mil euros.

Os jovens costumam obter empregos ilegais nos mercados municipais ouver bet apostapizzarias.

"A maioria vem da provínciaver bet apostaGarbia. Querem apenas trabalhar. Não pensamver bet apostaestudar ou ter outro tipover bet apostavida", disse o mediador cultural Amir Zedan,ver bet aposta20 anos, que chegou ao país sozinho há quatro anos.

Também os que sonhamver bet apostaestudar e participarver bet apostaprogramasver bet apostainserção social: atualmente, cercaver bet aposta650 menores estão à esperaver bet apostatransferência para instituiçõesver bet apostaacolhimento adequadas.

"Não temos um sistemaver bet apostadistribuição pelo território nacional dos imigrantes que chegam ao sul do país", prossegue Bellini.

"Os estrangeiros, inclusive menoresver bet apostaidade, desembarcam e são transferidos para centros improvisados, como ginásios e escolas desativadas, sem qualquer infraestrutura. Em poucas horas, o menores desaparecem do controle das autoridades".

Continuam, quase sempre, invisíveis.