O que é Destino Manifesto, doutrina que faz EUA se enxergarem como 'nação escolhida':rupiah2u freebet

Ilustraçãorupiah2u freebetuma mulherrupiah2u freebettúnica branca flutuando sobre um campo segurando um livro e um caborupiah2u freebettelegráfo, No chão, a ilustração mostra sinaisrupiah2u freebetexpansão para o oeste

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Uma mulher com uma túnica branca é o símbolo do 'Destino Manifesto'

O Texas, que havia sidorupiah2u freebetdomínio espanhol, e se tornou parte do México após a independência, estava sendo cada vez mais povoado por americanos que cruzavam a fronteira por incentivo do governo dos EUA.

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Quando o México adotou uma reforma constitucional, deixandorupiah2u freebetser um Estado federal para se tornar um Estado centralistarupiah2u freebet1836, os texanos decidiram se tornar independentes pela força primeiro, e fazer parte dos EUA depois.

Esta não era a primeira vez que os EUA cresciamrupiah2u freebetárea desde que as primeiras 13 colônias britânicas na costa leste da América do Norte declararam independênciarupiah2u freebet1776.

Mas O'Sullivan colocourupiah2u freebetpalavras o pensamento predominante nos EUA: eles tinham um destino manifesto concedido por Deus para expandir seu território.

E este destino manifesto era explicado por outro conceito fundamental enraizado naquela sociedade: a chamada "excepcionalidade americana", a ideiarupiah2u freebetum povo superior aos outros, escolhido por Deus.

Esta convicção permaneceu no imaginário coletivo americano durante décadas — e se refletiurupiah2u freebetinúmeras políticas promovidas por Washington.

Ilustraçãorupiah2u freebetuma caravanarupiah2u freebetmigrantes cruzando as planícies durante uma viagemrupiah2u freebetKentucky à Califórnia durante a expansão para o oeste dos Estados Unidos, por voltarupiah2u freebet1850

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O destino manifesto foi ilustradorupiah2u freebetdiversas obrasrupiah2u freebetarte

Essa doutrina está tão arraigada no pensamento americano que a atual candidata democrata à presidência, Kamala Harris, a expressourupiah2u freebetseu discurso na Convenção Nacional do partidorupiah2u freebetagosto.

"Em nomerupiah2u freebettodos aqueles cuja história só poderia ser escrita na maior nação da Terra, aceitorupiah2u freebetindicação para ser presidente dos Estados Unidos da América", declarou a candidata.

Os republicanos também pensam assim. A primeira frase darupiah2u freebetplataformarupiah2u freebetcampanha eleitoral para 2024 diz: "A história da nossa nação está repletarupiah2u freebethistóriasrupiah2u freebethomens e mulheres corajosos que deram tudo o que tinham para fazer dos Estados Unidos a maior nação da história do mundo".

E o germe deste pensamento remonta ao seu nascimento como país.

As raízes

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"É um conjuntorupiah2u freebetideias que começaram a se desenvolver no século 19rupiah2u freebetmaneira explícita, mas que têmrupiah2u freebetorigem há muito mais tempo, na época do início da colonização", conta a historiadora mexicana Alicia Mayer à BBC News Mundo, serviçorupiah2u freebetnotíciasrupiah2u freebetespanhol da BBC.

A formação das colônias britânicas na América ocorreurupiah2u freebetmeio a um grande confronto religioso na Europa.

Quando os primeiros colonos britânicos chegaram à América no início do século 17, menosrupiah2u freebet100 anos haviam se passado desde que a Reforma Protestante na Europa dividiu a Igreja Católica.

Na Inglaterra, formou-se a Igreja Anglicana, e surgiu então a facção puritana, que entravarupiah2u freebetconflito com a religião da Coroa.

Foi por esse motivo que muitos puritanos viram as colônias britânicas na América como um lugar ideal para se estabelecerem e viverem suas crenças sem restrições.

As ideias calvinistas, que são as raízes religiosas dos puritanos, incluíam a predestinação — Deus já havia decidido quem seria salvo e quem seria condenado antesrupiah2u freebetnascerem —, e que eles eram o povo escolhido.

Ilustração do desembarque dos colonos puritanos na América do Norte. Pinturarupiah2u freebetAntonio Gisbert,rupiah2u freebet1864

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Os colonos puritanos desembarcaram na América do Norte no início do século 17

"O calvinismo tem a ideia da eleiçãorupiah2u freebetalguns indivíduos por Deus, que se estende à ideia da eleiçãorupiah2u freebetnações inteiras. Por outro lado, há aqueles que Deus elege para a condenação eterna, os réprobos", explica Mayer, que tem doutoradorupiah2u freebetHistória e é pesquisadora da Universidade Nacional Autônoma do México.

"Há também nações inteirasrupiah2u freebetpessoas que são inferiores e, portanto, abandonadas por Deus", acrescenta.

Se os puritanos podiam professar livrementerupiah2u freebetreligião na América, essa era a terra escolhida.

As terras dos povos indígenas

Em 1763, a Grã-Bretanha controlava todo o território americano, da costa atlântica até o Rio Mississippi.

Naquele ano, a coroa britânica estabeleceu um limite para o avanço dos colonos: os Apalaches.

O rei George 3° queria que as terras a oeste desta linha divisória e até o Rio Mississippi fossem deixadas para as comunidades indígenas, mas isso gerou indignação entre os recém-chegados à América, que queriam se expandir — e sentiam que tinham que fazer isso.

Ilustraçãorupiah2u freebetWilliam Penn chegando a Upland, Chester, provínciarupiah2u freebetPensilvâniarupiah2u freebet1682.

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Legenda da foto, Os colonos britânicos foram conquistando cada vez mais territórios habitados por povos indígenas

Esse foi um dos motivos pelos quais, anos depois,rupiah2u freebet1776, 13 colônias declararamrupiah2u freebetindependência da coroa britânica para formar os EUA.

O tamanho das 13 colônias era semelhante ao tamanho atual da Colômbia, oito vezes menor do que o território dos EUA hoje.

Os líderes da revolução, conhecidos como "Founding Fathers" ou "Pais Fundadores", viam o país que estavam criando como o novo Reinorupiah2u freebetIsrael, a terra escolhida por Deus para os seus fiéis.

"Nós, representantes dos Estados Unidos da América, reunidos no Congresso Geral, apelamos ao Juiz Supremo do mundo pela retidão das nossas intenções", diz o documentorupiah2u freebetfundação.

Ilustração do interiorrupiah2u freebetuma casa da décadarupiah2u freebet1640, com um homem sentado à mesa, uma mulher usando um tear, e um bebê no berço, com uma lareira ao fundo

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Legenda da foto, O puritanismo marcou o individualismo americano

A marca da nação escolhida por Deus foi rapidamente refletida no escudo nacional, denominado Grande Selo.

Para este emblema, Thomas Jefferson — principal autor da Declaraçãorupiah2u freebetIndependência e um dos "Founding Fathers" — imaginou os americanos como "os filhosrupiah2u freebetIsrael no deserto".

Benjamin Franklin, que também estava entre os fundadores dos EUA, sugeriu que deveria ter "Moisés levantando seu cajado e abrindo o Mar Vermelho, e o faraó, emrupiah2u freebetcarruagem, sendo inundado pelas águas". Uma cena que recriava a passagem bíblica dos israelitas sendo perseguidos pelos egípcios.

Por fim, optou-se por outra alternativa, também carregadarupiah2u freebetsimbolismo.

O escudo, ou brasãorupiah2u freebetarmas, "surge no peitorupiah2u freebetuma águia americana sem nenhum outro suporte para indicar que os Estados Unidos da América devem confiar emrupiah2u freebetprópria virtude", explicou Charles Thomson, que criou o design final,rupiah2u freebetseu relatório original.

No outro lado do selo, há uma pirâmide. "O olho sobre ela e o lema fazem alusão às muitas e importantes intervenções da Providênciarupiah2u freebetfavor da causa americana."

Versão original do Grande Selo dos Estados Unidos

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Legenda da foto, Versão original do Grande Selo dos Estados Unidos

A grande compra

A expansão continuourupiah2u freebet1803.

Os EUA estavam interessados ​​em manter Nova Orleans, cidade controlada pela França, porque seu porto era estratégico para o comércio, por isso se ofereceram para comprar o território dos franceses.

O cônsul francês da época, Napoleão Bonaparte, fez uma contraproposta: vender para eles toda a Louisiana, que na época se estendia do Rio Mississippi até as Montanhas Rochosas, e do Golfo do México até a fronteira com o Canadá.

Napoleão queria se livrar desse território — e, para os EUA, isso significava dobrar o tamanho do país.

Jefferson, então presidente, foi seduzido por essa oportunidade expansionista, endividou-se e comprou a Louisiana.

E a intenção era continuar até chegar ao Oceano Pacífico.

"Era a noçãorupiah2u freebetFrom sea to shining sea,rupiah2u freebetcosta a costa", explica Mayer.

'A oeste, o império segue seu curso': pinturarupiah2u freebetEmanuel Gottlieb Leutze simbolizando o Destino Manifesto

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, 'A oeste, o império segue seu curso': pinturarupiah2u freebetEmanuel Gottlieb Leutze simbolizando o destino manifesto

Duas décadas depois, a ideia avançou para a independênciarupiah2u freebettodo o continente do domínio europeu, quando o presidente James Monroe fez um discurso perante o Congresso no qual alertou os países do Velho Continente que qualquer intervenção na América seria considerada uma agressão direta aos EUA, e que eles agiriamrupiah2u freebetacordo com isso.

"Como princípiorupiah2u freebetque estãorupiah2u freebetjogo os direitos e interesses dos Estados Unidos, os continentes americanos, devido às condiçõesrupiah2u freebetliberdade e independência que assumiram e mantêm, não devem ser considerados,rupiah2u freebetagorarupiah2u freebetdiante, como sujeitos à futura colonização por qualquer potência europeia", disse Monroe.

Mayer parafraseia esta concepção da seguinte forma: "O nosso destino é nos expandir para ensinar a todos os americanos que as nossas instituições republicanas são melhores do que as monarquias da Europa".

Essa é a chamada Doutrina Monroe, que também explica a política expansionista e a subsequente proteção dos interesses econômicos dos EUA na América.

A historiadora mexicana destaca que havia também "uma separação ideológica, religiosa e cultural entre os Estados Unidos e as colônias hispânicas",rupiah2u freebetque os protestantes abominavam o catolicismo imposto pelos espanhóis e queriam querupiah2u freebetmaneirarupiah2u freebetver o mundo prevalecesse.

A ideiarupiah2u freebetnação

Gravura antiga da conquista do Novo México, na qual o general Stephen Kearny é visto proclamando o território como parte dos EUA

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Legenda da foto, Gravura da conquista do Novo México, na qual o general Stephen Kearny é visto proclamando o território como parte dos EUA

Nos EUA, especialmente na Nova Inglaterra e nos Estados do Meio-Atlântico, o nacionalismo se tornou mais pronunciado entre 1820 e 1840.

"Há um projeto nacional que envolve expansão, e quem se opõe à expansão, por definição, não é um bom e verdadeiro americano", explica o historiador sueco Anders Stephanson à BBC News Mundo.

As décadasrupiah2u freebet1830 e 1840 foram uma épocarupiah2u freebetressurgência religiosa "muito fortemente protestante, com ênfase na seleção, na escolha dos eleitos", ele observa.

"Os propósitos divinos serão realizadosrupiah2u freebetum sentido político, e a essência desse processo é a apropriaçãorupiah2u freebetcada vez mais terras no continente norte-americano", diz Stephanson, professorrupiah2u freebethistória na Universidaderupiah2u freebetColumbia, nos EUA, e autor do livro Manifest Destiny: American Expansion and the Empire of Right ("Destino Manifesto: A Expansão Americana e o Impériorupiah2u freebetDireito",rupiah2u freebettradução livre).

"Isso não teria acontecido se não tivesse havido aquela ressurgência religiosa", destaca.

As eleiçõesrupiah2u freebet1844

O Texas era uma república independente desde 1836, quando se separou do México.

Oito anos depois, uma eleição presidencial acirrada foi realizada nos EUA entre o Partido Democrata e o extinto Partido Whig. E a questão do Texas foi fundamental.

O democrata James Polk não era o favorito do seu partido, mas graças às suas ideias expansionistas obteve o apoio do ex-presidente Andrew Jackson — que havia liderado as conquistas dos territórios indígenas —, e venceu assim a eleição interna.

Ao mesmo tempo, os texanos, que haviam se tornado, emrupiah2u freebetmaioria, colonos e descendentesrupiah2u freebetcolonos britânicos, também queriam se unir aos EUA.

Depoisrupiah2u freebetconquistar a presidência, Polk negociou, e anexou o Texas. Mas ele queria mais.

Ilustração mostra combatentes texanos do Álamo lutando contra soldados mexicanos dentro das muralhas da fortaleza. Davy Crockett (1786-1836), ao centro, com o rifle acima da cabeça, morreu no cerco

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Legenda da foto, Os primeiros confrontos com os mexicanos foram no Texas

O jornalista John O'Sullivan descreveu da seguinte maneira:

"O Texas foi absorvido pela União no cumprimento inevitável da lei geral que está deslocando nossa população para o oeste; a conexão disso com essa taxarupiah2u freebetcrescimento populacional que está destinada, dentrorupiah2u freebet100 anos, a aumentar nossos números para a enorme populaçãorupiah2u freebet250 milhões (se não mais), é evidente demais para nos deixarrupiah2u freebetdúvida sobre o desígnio manifesto da Providênciarupiah2u freebetrelação à ocupação deste continente."

"Imbecil e distraído, o México nunca poderá exercer qualquer autoridade governamental real sobre" a Califórnia, acrescentou.

Um desígnio controverso

No início, o destino manifesto "não era uma ideologia política consensual, mas um grito partidáriorupiah2u freebetuma corrente específica dentro do Partido Democrata", explica o historiador americano Jay Sexton à BBC News Mundo.

"Na décadarupiah2u freebet1850, se tornou um termo mais utilizado, e era normalmente usadorupiah2u freebetforma pejorativa por aqueles que se opunham à expansão imperial dos EUA", acrescenta.

Com o Texas anexado, uma disputa entre os EUA e o México sobre a fronteira entre os dois países foi a desculpa para Polk declarar guerra ao país vizinho, que na época vivia uma grande instabilidade política.

Ilustraçãorupiah2u freebetcenarupiah2u freebetcombate corpo a corpo entre tropas americanas e mexicanas durante a Batalharupiah2u freebetPalo Alto, perto da atual cidaderupiah2u freebetBrownsville, no Texas,rupiah2u freebet8rupiah2u freebetmaiorupiah2u freebet1846

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Legenda da foto, A Batalharupiah2u freebetPalo Alto, perto da atual cidaderupiah2u freebetBrownsville, no Texas,rupiah2u freebet8rupiah2u freebetmaiorupiah2u freebet1846

"A guerra contra o México é uma questão incrivelmente controversa na política americana e nas eleiçõesrupiah2u freebetmeiorupiah2u freebetmandatorupiah2u freebet1846", lembra Sexton, que é professorrupiah2u freebetHistória na Universidade do Missouri, nos EUA, e autor do livro Monroe Doctrine: Empire and Nation in Nineteenth-Century America ("A Doutrina Monroe: Império e Nação nos EUA do século 19",rupiah2u freebettradução livre).

"E há também o grande debate sobre qual parte do México deve ser tomada", acrescenta.

Segundo o historiador americano, o presidente democrata acreditava que eles tinham que tomar a Califórnia — do contrário, os britânicos ou franceses a tomariam. "Temos que fazer isso primeiro", era seu pensamento.

A guerra (ou invasão) do México

A guerra começourupiah2u freebet1846, e o ​​avanço das tropas americanas era imbatível.

"Polk percorreu todo o México", diz Mayer.

O México havia sido devastado pela guerrarupiah2u freebetindependência, e não tinha o poderio militar americano.

Stephanson observa que,rupiah2u freebet1824, os EUA e o México tinham aproximadamente o mesmo tamanho, e a população do primeiro era pouco maior que a do segundo.

Masrupiah2u freebet1850, os EUA tinham 23 milhõesrupiah2u freebethabitantes, e o México apenas 7,5 milhões.

Ilustração do terceiro dia do cercorupiah2u freebetMonterrey,rupiah2u freebet23rupiah2u freebetsetembrorupiah2u freebet1846

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Legenda da foto, Terceiro dia do cercorupiah2u freebetMonterrey,rupiah2u freebet23rupiah2u freebetsetembrorupiah2u freebet1846

O México acabou humilhado com a bandeira dos EUA hasteada na praça principal da capital, conhecida como Zócalo,rupiah2u freebet14rupiah2u freebetsetembrorupiah2u freebet1847.

"A negociação das fronteiras foi muito complicada, e o enviadorupiah2u freebetPolk, Nicholas Trist, foi o salvador do México, porque assinou o Tratadorupiah2u freebetGuadalupe Hidalgo sem a autorizaçãorupiah2u freebetPolk", diz Mayer.

De qualquer forma, havia pressão nos EUA para não assumirem todo o território mexicano, onde falavamrupiah2u freebetmiscigenaçãorupiah2u freebetforma muito depreciativa.

"O México era visto como uma naçãorupiah2u freebetgente inferior — uma ideia discriminatória que faz parte das raízes ideológicas americanas —, e havia políticos que preferiam não anexar o país inteiro porque isso geraria problemas raciais", lembra a historiadora.

Ilustração da entrada do general Scott no 'Zócalo' da Cidade do México, com a bandeira dos EUA hasteada no Palácio Nacional

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Entrada do general Scott no 'Zócalo' da Cidade do México, com a bandeira dos EUA hasteada no Palácio Nacional

"Para os americanos, as misturas raciais que haviam ocorrido nas colônias do império hispânico eram aberrações. Parte do destino manifesto é a exaltação da raça branca anglo-saxônica", acrescenta.

"Deus favorecia os protestantesrupiah2u freebetlíngua inglesa, tomando terras da Igreja Católica, abrindo novos mercados e novos territórios para a produção agrícola e o comércio", explica Sexton.

"Novos territórios para assentamento, nova expansão do protestantismo, como nós vemos, é imperialismo. Eles veem isso como o auge do liberalismo vitoriano", argumenta o especialista.

Ilustração da Batalharupiah2u freebetChapultepec,rupiah2u freebetsetembrorupiah2u freebet1847. As forças americanas, sob o comandorupiah2u freebetWinfield Scott, derrotaram as forças mexicanas, sob o comandorupiah2u freebetNicolás Bravo

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Legenda da foto, A Batalharupiah2u freebetChapultepec,rupiah2u freebetsetembrorupiah2u freebet1847

Uma doutrina ampliada ao longo do tempo

A visão expansionista dos governos evoluiu a partir dos "Founding Fathers".

"Há uma verdadeira progressão do expansionismorupiah2u freebetJefferson para Jackson, e depois para Polk. Jefferson começa com a remoção dos índios, mas depois Jackson acelera esse processo. E mais tarde, é claro, Polk, ao tomar o sudoeste, coloca tudo issorupiah2u freebetvelocidade máxima", diz Sexton.

Stephanson acrescenta: "Embora existam diferenças, a ideia é que o compromisso fundamental com a expansão que os EUA incorporaram é bom por natureza".

Ilustração da Batalha do Rio San Gabriel
Legenda da foto, A Batalha do Rio San Gabriel,rupiah2u freebetjaneirorupiah2u freebet1847

O destino manifesto continuou presente no século 20, não mais necessariamente expandindo seu território, mas controlando — ou tentando controlar — o mundo por meio da política externa e da economia.

O historiador sueco lembrou que este destino manifesto, ressignificado, chegou ao século 21 com George W. Bush e Barack Obama e suas guerras e incursões militares.

A conselheirarupiah2u freebetsegurançarupiah2u freebetBush, por exemplo, defendeu a guerra dos EUA contra o Iraquerupiah2u freebet2002 com base no fatorupiah2u freebetque o país tem o "direito à legítima autodefesa antecipada", como visto "desde a crise dos mísseis cubanosrupiah2u freebet1962, até a crise (nuclear) na península coreanarupiah2u freebet1994".

"Como disse o presidente, temos a responsabilidaderupiah2u freebetconstruir um mundo que não seja apenas mais seguro, mas melhor", observou.

"Sempre que há uma crise surge a evocaçãorupiah2u freebetum destino manifesto e sólido. Nada é mais voltado para o destino do que a ideia, sempre apresentadarupiah2u freebetocasiões importantes,rupiah2u freebetque os EUA são a nação indispensável", afirma Stephanson.

"É a convicção histórica do mundorupiah2u freebetque o que os EUA fazem ou deixamrupiah2u freebetfazer é decisivo para o futuro da humanidade. E isso é um pensamento voltado para o destino", conclui.