Jovens imigrantes 'invisíveis' têm travessia difícil rumo à Europa e destino incerto:frankenstein casino

Menores imigrantes na Itália (BBC Brasil)

Crédito, BBC Brasil

Legenda da foto, Cercafrankenstein casino6 mil crianças e jovens imigrantesfrankenstein casinosituaçãofrankenstein casinorisco chegaram à Itália desde o início do ano

Estes jovens são invisíveis para o Estado italiano, pois escapam ao controle das autoridades. M.S. não tem conhecidos na Itália e pretende chegar à Noruega. "Vou procurar um tio que mora lá e que para mim é como um pai."

Desde 2011, Roma tem um centrofrankenstein casinoconvivência conhecido como Cívico Zero para dar apoio a estes jovens imigrantes desacompanhados. Recentemente, outro centro deste tipo foi inauguradofrankenstein casinoMilão.

O apoio dado neles vai desde serviços simples como chuveiros, refeições e máquinasfrankenstein casinolavar roupa a até assistência médica, jurídica e psicológica.

Acimafrankenstein casinotudo, os centros oferecem momentosfrankenstein casinotranquilidade e distração após uma jornada difícil.

Financiado pela Save the Children, a estrutura recebe cercafrankenstein casino40 menores estrangeiros por dia e quase 100 novas inscrições por mês.

Também foi criado um abrigo noturno, com capacidadefrankenstein casino24 leitos, que fica aberto o ano todo.

<link type="page"><caption> Leia também: Imigraçãofrankenstein casinocrianças sozinhas cria 'geração órfã' e vulnerável na Itália</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2014/05/140516_imigracao_menores_ita_pai_ez.shtml" platform="highweb"/></link>

Vendendo drogas

Mohamed Keita

Crédito, BBC Brasil

Legenda da foto, Sem a família, Mohamed Keita deixou a Costa do Marfim quando tinha apenas 14 anos

D.H. é um adolescente afegão extrovertido que chegou ao Cívico Zerofrankenstein casinoRoma há alguns dias. Ele deixou seu país há dois anos e conta que entrou na Itália pelo portofrankenstein casinoVeneza, depoisfrankenstein casinouma viagemfrankenstein casinotrês dias embaixofrankenstein casinoum caminhão, que tinha partido da Turquia.

"Fiquei estendido assim", disse o jovemfrankenstein casinobaixa estatura, simulando a posição adotada durante a travessia.

Ele diz ter vivido nas ruas, vendendo cocaína e heroína. "Dez anos atrás, perdi toda a minha família. Tenho apenas um irmão menor, que vive no Irã, e um tio que foi para a Suíça, mas não sei onde ele está ou se continua vivo", disse D.H.

No centrofrankenstein casinoconvivência, ele conheceu outros jovem afegãofrankenstein casino16 anos como ele. Agora, os dois se preparam para deixar o país.

"Meu futuro é hoje. Se penso no meu passado, vejo que agora eu sou feliz. Como é a vida na Itália, se eu quiser ficar aqui?", pergunta.

Outro adolescente que decidiu partir, depoisfrankenstein casinoter perdido a famíliafrankenstein casinouma guerra, é Mohamed Keita,frankenstein casino20 anos.

Ele deixou a Costa do Marfim quando tinha apenas 14 e levou três anos na viagem até a Itália.

Pessou por Mali, Argélia e Líbia, onde esteve preso por cinco meses até conseguir fugir.

"Éramosfrankenstein casino13 pessoas no caminhão na travessia do deserto. Evitávamos passar por estradas e por vilarejos por causa da guerra e por medo dos rebeldes", disse.

De lá, foi para Malta, onde permaneceu por um ano até conseguir embarcar para a Sicília,frankenstein casino2010.

Dificuldades

As dificuldades não terminaram para Keita comfrankenstein casinochegada à Europa.

Pouco depoisfrankenstein casinoter desembarcado na Itália, ele foi erroneamente identificado como maiorfrankenstein casinoidade. Como consequência, recebeu uma ordemfrankenstein casinoexpulsão e foi acusado por crimefrankenstein casinofalsidade ideológica.

O marfinense viveu por três meses na ruasfrankenstein casinoRoma, dormindo nas calçadas próximas à estação central, até ser abordado por um voluntário da organização Save the Children.

Keita recebeu assistência legal, foi encaminhado para um abrigo da prefeitura e fez novos amigos. Entre as ofertas recebidas, uma delas é especial.

"Ganheifrankenstein casinopresente uma máquina fotográfica descartável para registrar a minha casa. Fotografei uma mochila e uma sacola plástica apoiadas sobre um papelão", diz.

A partir daí, passou a retratar outras pessoas que viviam na mesma condição que ele e, pouco depois, afrankenstein casinomostra "J’habite Termini", com imagensfrankenstein casinomoradoresfrankenstein casinorua da estação centralfrankenstein casinoRoma, foi expostafrankenstein casinoNova York.

Hoje, Keita frequenta o ensino médio, trabalha como porteirofrankenstein casinoum hotel e continua a fotografar os habitantes da cidade.