Cubano faz travessiajogos de azar4 diasjogos de azarpranchajogos de azarwindsurf para chegar aos EUA:jogos de azar
"Meu sonho sempre foi estar aqui;jogos de azarum país desenvolvido onde existe a oportunidadejogos de azartrabalhar honradamente e poder viver como uma pessoa", disse Martínez à BBC Mundojogos de azaruma praiajogos de azarMiami, já recuperadojogos de azarsua aventura.
O cubano passou nove meses aprendendo e se aperfeiçoando no windsurf, estudando o clima do Estreito da Flórida, vendendo tudo o que tinha para se preparar para a travessia.
"Vendi todas as minhas coisas,jogos de azaronde eu vivia. Fiquei praticamente com minha cama, meu ventilador e apenas com o equipamento com o qual iria fazer a viagem", afirmou.
Decisão
Martínez trabalhava com informática e comérciojogos de azarjoias mas havia muito tempo tomou a decisãojogos de azarsairjogos de azarCuba. Há menosjogos de azarum ano, decidiu que faria isso com uma pranchajogos de azarwindsurf.
A escolha do incomum meiojogos de azartransporte ocorreu depois que ele não conseguiu comprar um motor para uma lancha junto com dois amigos - e o fatojogos de azarter tido uma filha.
"Tenho uma bebêjogos de azarum ano e sete meses e foi quando percebi que ela poderia passar fome e necessidades. Eu estava acostumado [a passar fome e necessidades]. Mas a criança não. Eu a via quase sem comida e tinhajogos de azarbuscar uma formajogos de azardar a ela uma vida melhor", disse.
O cubano comprou uma prancha usada por US$ 340 (cercajogos de azarR$ 751) e começou a fazer exercícios para conseguir a resistência e a força necessárias para atravessar o mar.
"Nadava, corria para aumentar a resistência, fazia exercícios com pesos na academia e, cada vez que tinha vento, ia para a água para aperfeiçoar minha técnica. Treinei muito forte durante os nove meses, quase sem alimentação (...) Passava muitas horas no mar, desde o meio-dia, quando o vento aumentava, até quase à noite", disse.
"Durante a preparação praticamente me desliguei do mundo. Deixeijogos de azarfazer tudo o que gostava: nadajogos de azarcinema, nadajogos de azarnamoro, nadajogos de azarfilmes, nadajogos de azarjogos. Apenas envolvido (com o plano de) sair do país", afirmou.
Martínez treinava com o primo, Humberto - que na última hora decidiu não viajar -, e com outros dois amigos, Henry e Duarte.
Telefonema e quedas
A viagem começou no dia 17jogos de azarfevereiro. Martínez pegou a prancha e a vela, colocou na mochila uma garrafajogos de azarágua, dez balas, roupa para navegar e se proteger do sol e uma bússolajogos de azarplástico, presentejogos de azarum amigo. A avó costurou uma correiajogos de azarcouro na bússola, para que ele usasse o aparelho amarrado no pulso, como um relógio.
A famíliajogos de azarMartínez não sabia que ele iria fugir do país.
"Disse a eles que iria acampar, iríamos navegar perto da praiajogos de azarJibacoa. A única pessoa que contei (sobre a fuga) foi minha filha, mas como é um bebê, não entendeu. (...) Fiz umas fotos e deijogos de azarpresente a ela uma bonequinha", lembrou o cubano.
Já na praiajogos de azarJibacoa, prestes a começar a travessia, ele ligou para a irmã, contanto que iria fugir para os Estados Unidos.
O plano inicial erajogos de azaruma viagemjogos de azarcinco ou seis horas, mas acabou se transformandojogos de azaruma odisseiajogos de azarquatro dias e três noites no mar.
As dificuldades começaram quando um dos companheirosjogos de azarviagem, Duarte, começou a ter problemas com o equipamento e caiu várias vezes, atrasando o grupo.
Na metade do caminho, os três tiveram que se separar e Martínez percebeu que não tinha mais forças para navegar.
"Estava sozinho no Estreito da Flórida e não podia me desesperar. Não podia ficar ali e não podia morrer. Tomei a decisão rápidajogos de azarnão perder mais tempo e abandonar a vela", contou o cubano a respeito do momento que começou a remar com o mastro da vela.
"Administrava a água, (...), sentia muita sede. O sol estava muito forte, me castigava muito, dava doresjogos de azarcabeça. Na noitejogos de azarquarta-feira comecei a alucinar. Era como se houvesse um bosque ao meu redor."
Tubarões ou navios
O cubano disse não ter visto tubarões, mas teve que fugirjogos de azarvários navios mercantes temendo ser sugado pelos motores.
Na manhã do quarto dia, quando estava prestes a mudarjogos de azarrumo por não encontrar terra, notou uma mudança na água e viu, à distância, os recifes da Flórida. "Minha alegria foi enorme", disse.
Naquele momento, o outro companheirojogos de azarviagem, Henry, já tinha chegado aos Estados Unidos. Em terra, ele avisou as autoridades sobre os dois outros companheirosjogos de azarviagem no mar e a operaçãojogos de azarbuscas começou.
Duarte foi encontrado quase inconsciente, desorientado, flutuando emjogos de azarprancha, perto dos recifes. Ele foi repatriado. Martínez não queria correr o mesmo risco.
"Muitos helicópteros me procuravam, barcos. Mas, a cada vez que fica pertojogos de azaruma, me deitava na prancha para que não me encontrassem. Era o momento final, se me recolhessem do mar, iriam me deportar."
Martínez conhecia a leijogos de azarAjuste Cubano, pela qual os cidadãosjogos de azarCuba que cheguem aos Estados Unidos pelos próprios meios têm o direitojogos de azarficar.
O cubano conseguiu chegar a uma praiajogos de azarMarquesas Key, onde ele foi encontrado pelos pescadores que deram água a ele e chamaram a Guarda Costeira.
Martínez foi levado então a um hospital onde ficou internado por quatro dias.
"Acho que ficarei muito bem aqui, pois gostojogos de azartrabalhar, gostojogos de azarlutar", disse Martínez.
Ele já está vivendo na casajogos de azarcubanos que viramjogos de azarhistória pela televisão e ofereceram ajuda.
Enquanto espera a documentação que permitirá que ele trabalhe, já começou a estudar inglês e recebeu uma ofertajogos de azaremprego e uma lojajogos de azarequipamentos para windsurf.
"No nível profissional, vou fazer muito. Quero trabalhar muito, juntar dinheiro e montar meus negócios para poder trazer minha filha e ajudar minha família."