Por que japonesas vão precisar365 bet aplicativoautorização do parceiro para tomar pílula abortiva:365 bet aplicativo
Em muitos países europeus, esta é agora a forma mais comum365 bet aplicativointerromper uma gestação — as pílulas representam mais365 bet aplicativo90% dos abortos realizados na Suécia, e cerca365 bet aplicativo70% na Escócia.
Mas o Japão, um país com um histórico ruim365 bet aplicativoigualdade365 bet aplicativogênero, tem a reputação365 bet aplicativoser extremamente lento para aprovar drogas relacionadas à saúde reprodutiva das mulheres.
Os ativistas ironizam que o país levou 30 anos para aprovar a pílula anticoncepcional, mas apenas seis meses para aprovar a pílula365 bet aplicativoViagra para impotência masculina. Ambos se tornaram disponíveis365 bet aplicativo1999.
E a pílula anticoncepcional ainda tem restrições, o que a torna cara e difícil365 bet aplicativousar.
Origem da controvérsia
Tudo remonta à forma como o aborto se tornou legal no Japão.
Na verdade, o Japão foi um dos primeiros países do mundo a aprovar uma lei365 bet aplicativoaborto,365 bet aplicativo1948.
Mas fazia parte da Lei365 bet aplicativoProteção à Eugenia — sim, esse era o nome. Não tinha nada a ver com dar às mulheres mais controle sobre365 bet aplicativosaúde reprodutiva. Em vez disso, tratava-se365 bet aplicativoprevenir nascimentos "inferiores".
O Artigo 1º da lei diz: "Prevenir o nascimento365 bet aplicativodescendentes inferiores do ponto365 bet aplicativovista da eugenia e proteger também a vida e a saúde da mãe".
A Lei365 bet aplicativoProteção à Eugenia foi renomeada e atualizada365 bet aplicativo1996, quando passou a ser chamada365 bet aplicativoLei365 bet aplicativoProteção à Saúde Materna.
Mas muitos aspectos da antiga lei permaneceram. Então, até hoje, as mulheres que desejam abortar devem obter permissão por escrito do marido, companheiro ou,365 bet aplicativoalguns casos, do namorado.
Foi o que aconteceu com Ota Minami (nome fictício*).
Ela engravidou depois que o namorado se recusou a usar camisinha durante o sexo. Os preservativos ainda são a principal forma365 bet aplicativocontrole365 bet aplicativonatalidade no Japão.
Ota conta que ele se recusou a assinar o documento que permitiria a ela fazer um aborto.
"É estranho que eu tenha que pedir a ele para usar contraceptivo", diz ela.
"E depois que ele decidiu que não queria usar camisinha, eu precisei da permissão dele para fazer um aborto."
"A gravidez aconteceu comigo e com meu corpo, mas preciso da permissão365 bet aplicativooutra pessoa. Isso me fez sentir impotente. Não podia tomar uma decisão sobre meu próprio corpo e meu próprio futuro."
Diferentemente dos EUA, os pontos365 bet aplicativovista sobre o aborto no Japão não são motivadas por crenças religiosas. Em vez disso, derivam365 bet aplicativoum longo histórico365 bet aplicativopatriarcado e visões profundamente tradicionais sobre o papel das mulheres e da maternidade.
"É algo muito profundo", diz Ota.
"Quando uma mulher engravida no Japão, ela se torna mãe, deixa365 bet aplicativoser mulher. Uma vez que você é mãe, você deve desistir365 bet aplicativotudo pelo seu filho. É pra ser uma coisa maravilhosa. É o seu corpo, mas uma vez que você engravida, não é mais o seu corpo."
Custo elevado
Conseguir uma pílula abortiva também pode ser difícil e caro — o custo estimado é365 bet aplicativocerca365 bet aplicativoUS$ 700, uma vez que provavelmente envolve a internação365 bet aplicativoum hospital ou clínica —, algo que a comunidade médica no Japão diz ser necessário para proteger a saúde das mulheres.
"No Japão, depois365 bet aplicativotomar a pílula abortiva, você tem que ficar no hospital, para que possamos monitorar a paciente. Leva mais tempo do que um aborto cirúrgico tradicional", explica Tsugio Maeda, vice-diretor da Associação Ginecológica do Japão, à BBC.
Em muitos outros países, incluindo o Reino Unido, é permitido que as mulheres tomem as pílulas abortivas por conta própria365 bet aplicativocasa.
"A Lei365 bet aplicativoProteção à Saúde Materna diz que um aborto deve ser realizado365 bet aplicativoum centro médico. Então, infelizmente, sob a lei atual, não podemos vender a pílula abortiva no balcão da farmácia. Seria ilegal", acrescenta Tsugio.
Ativistas365 bet aplicativosaúde sexual feminina dizem que isso tem menos a ver com a ciência médica, e mais a ver com a comunidade médica protegendo um negócio lucrativo.
"Acho que muitas decisões são tomadas por homens que são mais velhos e com corpos que nunca vão carregar uma criança", avalia Asuka Someya, ativista365 bet aplicativosaúde sexual que dirige365 bet aplicativoprópria ONG.
Segundo ela, ainda há uma enorme resistência do establishment japonês, dominado por homens, para tornar o aborto mais acessível.
O argumento é que, se você tornar o aborto acessível para as mulheres, o número365 bet aplicativomulheres que optam pelo procedimento vai aumentar. Então, eles tornam o processo difícil e caro.
Mas, como mostram as evidências365 bet aplicativooutros países, isso apenas vai limitar as escolhas das mulheres e aumentar seu sofrimento — e não levar a menos gravidezes indesejadas.
Em última análise, diz Asuka, a resposta está365 bet aplicativouma melhor educação sexual e nas mulheres japonesas assumirem o controle da contracepção,365 bet aplicativovez365 bet aplicativodependerem dos homens para usar preservativo.
Na Europa, a pílula anticoncepcional é a forma mais comum365 bet aplicativocontrole365 bet aplicativonatalidade. No Japão, é usada por apenas 3% das mulheres.
"Quero que mais políticas sejam feitas ouvindo as vozes365 bet aplicativomeninas e mulheres", acrescenta Asuka.
*Alguns nomes foram alterados para proteger a identidade das fontes.
- Este texto foi publicado365 bet aplicativohttp://vesser.net/internacional-62727033
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