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As silenciosas mortesblazeloginbrasileiros soterradosblazeloginarmazénsblazelogingrãos:blazelogin
Cada vez mais comuns nas paisagens rurais do país, silos são grandes estruturas metálicas usadas para armazenar grãos, evitando que estraguem e permitindo que vendedores ganhem tempo para negociá-los.
Foram contabilizados apenas casos noticiados pela imprensa – o que, segundo especialistas, indica que as ocorrências sejam ainda mais numerosas, pois nem todas as mortes são divulgadas.
O ano com mais acidentes fatais foi 2017, quando houve 24 mortes, altablazelogin140%blazeloginrelação ao ano anterior. Em 2018, houve 13 ocorrências até julho – sinalblazeloginque as mortes devem se manter no mesmo patamarblazelogin2017, considerando-se o históricoblazelogindistribuição das ocorrências ao longo do ano.
Os Estados que tiveram mais casos são os mesmos que lideram o rankingblazeloginproduçãoblazelogingrãos: Mato Grosso (28), Paraná (20), Rio Grande do Sul (16) e Goiás (9). Houve mortesblazelogin13 Estados distintos,blazelogintodas as regiões do país.
Sorriso (MT), o município brasileiro com maior valorblazeloginprodução agrícola – R$ 3,2 bilhõesblazelogin2016, segundo o IBGE (Instituto BrasileiroblazeloginGeografia e Estatística) – foi também o que registrou mais mortesblazeloginsilos, empatado com a também mato-grossense Canarana, com sete casos cada.
Trabalhos mais perigosos no Brasil
"Os dados são estarrecedores", diz à BBC News Brasil Idelberto MunizblazeloginAlmeida, professorblazeloginMedicina do Trabalho da Universidade Estadual Paulista (Unesp)blazeloginBotucatu.
Segundo ele, o levantamento indica que o trabalhoblazeloginsilos está entre as atividades com mais acidentes fatais no país, depois das profissões sujeitas a mortes no trânsito.
Não há estatísticas oficiais precisas sobre mortesblazeloginarmazénsblazelogingrãos no Brasil. Quando trabalhadores sofrem acidentes, cabe ao empregador informar a ocorrência ao Ministério da Previdência Social. No formulárioblazeloginnotificações, porém, não há um código para armazéns agrícolas, englobados pela categoria mais abrangenteblazelogin"depósitos fixos".
Segundo o ministério, o setorblazeloginarmazenagem – que inclui o trabalhoblazeloginsilosblazelogingrãos, mas tambémblazeloginvários outros tiposblazeloginarmazéns – teve 11,13 mortes a cada 100 mil trabalhadoresblazelogin2016, último ano com dados disponíveis. O índice deixa o setor entre os 25% campos econômicos mais mortíferos para trabalhadores no Brasil.
Em outro sistemablazelogincontagem, o Ministério Público do Trabalho – braço do Ministério Público da União – registrou 14 mortesblazelogintrabalhadores por asfixia, estrangulamento ou afogamento causados por cereais e derivados entre 2012 e 2017.
O levantamento da BBC News Brasil considera todas as mortes por acidenteblazelogintrabalhoblazeloginarmazénsblazeloginalimentos a granel (não empacotados) que foram noticiadas por veículos jornalísticos. Os casos foram pesquisados por meioblazeloginsitesblazeloginbusca,blazeloginmídias sociais e no YouTube.
Mortes evitáveis
O professor Idelberto Almeida afirma que a maioria dos acidentesblazeloginsilos ocorre quando medidasblazeloginprevenção não são adotadas ou não funcionamblazeloginforma adequada. "As estratégias para evitar esses acidentes são amplamente conhecidas há pelo menos 15 anos", diz.
Segundo o professor, a ocorrênciablazeloginvários casosblazeloginum mesmo Estado ou município indica que "o poder público tem se mostrado impotente" diante do fenômeno.
Em geral, soterramentosblazeloginsilos matamblazelogininstantes. O trabalhador é asfixiado ao afundar nos grãos e não consegue subir à superfície, como se fosse sugado por uma areia movediça.
Na maioria dos casos, ele é engolido ao caminhar sobre os grãos sem cordasblazeloginsegurança enquanto tenta movimentar as partículas para desobstruir dutos. Os grãos costumam se aglutinar quando há excessoblazeloginumidade, travando o funcionamento do silo.
Em outros casos, menos numerosos, o trabalhador é encoberto por uma avalancheblazelogingrãos quando paredes do armazém colapsam – pondoblazeloginrisco até quem está fora da construção – ou quando há grandes deslocamentoblazeloginpartículas dentro da estrutura.
Silos podem ainda explodir se tiverem grande quantidadeblazeloginpóblazelogincereais – material que se transformablazelogincombustível quandoblazelogincontato com superfícies muito aquecidas ou faíscas.
Sobreviventeblazeloginacidenteblazeloginsilo
Quando é envolto pelos grãos, o trabalhador raramente sobrevive.
Por isso, quando Anderson Rodrigo Reis começou a afundarblazeloginum monteblazeloginsojablazeloginum siloblazeloginParanapanema (SP), pensou que não escaparia.
"Gritei: 'pelo amorblazeloginDeus, me segura que estou indo para baixo e vou morrer, não estou achando o chão, estou afundando, afundando!'", ele conta à BBC News Brasil.
Hoje com 40 anos, Reis trabalhava desde 2014 na Cooperativa Agro Industrial Holambra como ajudante geral.
Naquele dia,blazeloginjulhoblazelogin2017, entrou no silo para ajudar a carregar um caminhão. Foi quando um colega, diz, prendeu a perna na pilhablazelogingrãos ao empurrar a soja para o canal que abastecia o veículo.
"Puxei ele, mas senti que a soja estava fofa e era melhor sair. Ajudei ele a tirar a botina e, quando estávamos saindo, afundeiblazeloginvez."
Em alguns segundos, diz o ajudante, os grãos chegaram à cintura. O colega tentava puxá-lo pelos ombros, mas a pressão da soja sobre o corpo impedia que fosse içado.
Quando estava só com o pescoço para fora, seu pé tocou a bordablazeloginuma estrutura metálica. Foi naquele ponto que o ajudante geral se apoiou por quase cinco horas, até ser resgatado por uma equipeblazeloginbombeiros.
Ele diz que a pressão da soja o obrigava a respirar "bem devagarinho". "Vai apertando como latablazeloginsardinha; você não sente dor numa parte, senteblazelogintudo."
Reis conta que, apesar da gravidade do acidente, a empresa relutoublazeloginesvaziar o silo para facilitar o resgate, pois não queria perder dinheiro com o descarte. Mas relata que os bombeiros insistiram e abriram uma fenda na lateral da construção, permitindo que o nívelblazeloginsoja baixasse e ele fosse puxado.
O ex-ajudante diz que conhecia os riscos do trabalhoblazeloginsilos e havia sido treinado para a atividade. Ele sabia que, ao caminhar sobre a massablazelogingrãos, trabalhadores deveriam estar presos por cordas a um sistemablazeloginancoragem.
Mas afirma que, quando não havia técnicosblazeloginsegurança no silo, como naquele dia, os supervisores afrouxavam as regras para acelerar os trabalhos. Ele não vestia cintoblazeloginsegurança quando sofreu o acidente.
Desde aquele episódio, Reis nunca mais conseguiu entrarblazeloginsilos. Ele diz que pediu à empresa para ser transferido a outros setores, mas que, nove meses depois do acidente, foi demitido sem justificativas.
Procurada pela BBC News Brasil, a Cooperativa Agro Industrial Holambra não quis comentar o caso.
Gases tóxicosblazeloginsilos
BombeiroblazeloginSorriso (MT), um dos dois municípios que registraram mais mortesblazeloginsilos (7), o tenente Gustavo Souza já atendeu quatro casosblazeloginsoterramentosblazeloginarmazéns. Em todos eles, não houve sobreviventes.
Ele diz que,blazeloginalguns casos, o trabalhador cai nos grãos e é soterrado após passar mal com gases tóxicos produzidos porblazeloginfermentação.
Há ainda casosblazeloginque as mortes são causadas unicamente pela inalação desses gases – comoblazeloginocorrências registradasblazeloginPoçosblazeloginCaldas (MG), Cachoeira do Sul (RS) e Tangará da Serra (MT).
No acidenteblazeloginTangará,blazelogin2011, a vítima foi justamente um bombeiro que tentava resgatar dois trabalhadores que haviam passado mal com gases tóxicosblazeloginum silo com soja. O soldado Valmir BezerrablazeloginJesus desmaiou durante a operação e passou 17 dias internado antesblazeloginmorrer. Os dois trabalhadores sobreviveram.
As normasblazeloginsegurançablazeloginsilos incluem o usoblazeloginsistemasblazeloginventilação eblazelogindetecçãoblazelogingases tóxicos. Em situações extremas, trabalhadores só devem entrar nas instalações com máscarasblazeloginoxigênio.
Souza diz que resgatar trabalhadores nessas condições é uma das atividades mais temidas entre seus colegas. "Se a gente não toma cuidado com nossa própria segurança, também vira vítima."
Acidentesblazelogintradersblazelogingrãos
O levantamento mostra ainda que acidentes fatais ocorreram tantoblazeloginarmazénsblazelogincooperativas (normalmente geridas por gruposblazeloginprodutores rurais) eblazeloginfazendas individuais quantoblazeloginsilosblazeloginmultinacionais que comercializam grãos, conhecidas no setor como traders.
Foram registradas mortesblazeloginarmazéns das gigantes Cargill (4), Bunge (2) e Amaggi (1).
Em nota à BBC News Brasil, a Abiove (Associação Brasileira das IndústriasblazeloginÓleos Vegetais), que representa as três multinacionais, diz que os silosblazelogintodas as propriedades e empresas ligadas à associação estão sujeitos a um rígido controleblazeloginsegurança, que inclui a identificaçãoblazeloginriscos, medidas preventivas e capacitação profissional.
Silos que armazenavam milho e soja predominam entre os locaisblazeloginacidentes fatais, mas também houve mortesblazeloginarmazénsblazeloginarroz, café, açúcar, ração animal e feijão.
Em seis casos, os mortos não eram trabalhadores, e sim parentes que os acompanhavam e jamais poderiam ter entrado nos silos.
Em 2017, uma mulher morreu soterradablazeloginAlta Floresta (MT) enquanto levava um pratoblazelogincomida ao marido, que trabalhava ali. Dois anos antes, um meninoblazelogin8 anos foi soterrado quando brincavablazeloginum silo na fazenda dos avós,blazeloginTrês Lagoas (MS).
Desde 2015, outros dois meninosblazelogin7 anos morreram soterradosblazeloginarmazénsblazeloginTangará da Serra (MT) e Marechal Cândido Rondon (PR), e uma meninablazelogin9 anos morreu encoberta pela sojablazeloginCerrito (RS).
Os acidentes ocorremblazeloginum momentoblazeloginque o país amplia a quantidadeblazeloginarmazéns agrícolas para acompanhar o aumento na produção.
Entre 2000 e 2016, segundo a Conab (Companhia NacionalblazeloginAbastecimento), a capacidadeblazeloginarmazenagemblazelogingrãos no país cresceu 80%, favorecidablazelogingrande medida por linhasblazelogincrédito públicas.
Apesar do aumento, a companhia diz que a capacidadeblazeloginarmazenamento do Brasil precisaria crescer mais 48% para cobrir toda a produção atual.
Normasblazeloginsegurançablazeloginsilos
As recorrentes mortesblazeloginsilos no Paraná, segundo Estado com mais registros (20), mobilizaram o Ministério Público do Trabalho (MPT) local.
No segundo semestreblazelogin2017, o escritório do MPTblazeloginLondrina, que atuablazelogin70 municípios, pediu a todas as empresas com silos informações sobre o cumprimento da norma 33 do Ministério do Trabalho, que rege as atividadesblazeloginambientes confinados – categoria que inclui o trabalhoblazeloginarmazénsblazelogingrãos.
A norma contém quase uma centenablazeloginorientações para prevenir acidentes nesses espaços, entre as quais proibir o acessoblazeloginpessoas não treinadas, testar com frequência os equipamentosblazeloginsegurança e realizar simulaçõesblazeloginsalvamento.
O procurador do Trabalho Marcelo Adriano da Silva diz à BBC News Brasil que, a partir das informações levantadas, o órgão pedirá às empresas que se adequem à norma ou entrará com uma ação civil pública para cobrá-las na Justiça a seguir as regras.
Douglas Nunes Vasconcelos, procurador do TrabalhoblazeloginMato Grosso, Estado que lidera o rankingblazeloginocorrências (28), atribui as mortes a falhas na fiscalização por parte do Ministério do Trabalho e Emprego.
Ele afirma que os auditores do ministério responsáveis por fiscalizar os silos são insuficientes – e que a carência se agravou com os cortes orçamentários dos últimos anos.
Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais, o númeroblazeloginprofissionais na ativa é o menor dos últimos 20 anos: há hoje 2.305 auditores-fiscaisblazelogintodo o país, e 1.339 cargos estão vagos.
Em Mato Grosso, auditores baseadosblazeloginRondonópolis e Cuiabá são responsáveis por fiscalizar uma área tão extensa quanto a Venezuela.
O procurador diz ainda que, como o trabalhoblazeloginsilos é sazonal, muitas empresas costumam terceirizar os serviços, recorrendo a trabalhadores temporários e sem treinamento adequado.
"Tentamos cobrar as empresas, mas nossa perna é curta", afirma. No escritório do MPTblazeloginSinop (MT), onde ele atua, há dois procuradores. A unidade é responsável pelo norte mato-grossense, região com grande produção agropecuária.
Procurado pela BBC News Brasil no dia 1°blazeloginagosto, o Ministério do Trabalho não quis indicar um representante para uma entrevista sobre as mortesblazeloginsilos.
O órgão disseblazeloginnota que o númeroblazeloginempresas fiscalizadasblazeloginsetores que utilizam armazéns agrícolas (como comércio atacadistablazeloginsoja, moagemblazelogintrigo e beneficiamentoblazeloginarroz) passoublazelogin35,blazelogin2016, a 713,blazelogin2017. Em 2018, segundo a pasta, já houve 607 empresas inspecionadas.
Questionado sobre as críticas do procuradorblazeloginMato Grosso, o ministério disse que há hoje 15 silos e armazéns interditados por condições inadequadas naquele Estado.
Afirma, porém, que "muitos dos armazéns (em Mato Grosso) estão localizadosblazeloginzonas rurais (...), o que dificulta a inspeção in loco".
"Devido ao tamanho do Estado, é pensado tambémblazeloginoutras formasblazeloginintervenção para potencializar as adequações, somando-se às inspeção físicas, tais como reuniões com os empregadores, notificação coletiva e ações fiscais indiretas", afirma.
Mortesblazeloginsilosblazeloginoutros países
Nos Estados Unidos, país com capacidadeblazeloginarmazenamentoblazelogingrãos quase quatro vezes superior à brasileira, houve 23 mortes por soterramentoblazeloginsilosblazelogin2017, segundo um estudo da Purdue University.
Até os anos 1970 e 1980, a maioriablazeloginmortesblazeloginsilos nos EUA ocorria quando as unidades explodiam. Normas federaisblazeloginsegurança adotadas a partirblazelogin1988 reduziram drasticamente essas ocorrências, mas as mortes anuais por soterramento continuaram na casa dos dois dígitos.
Naquele país, silos construídosblazeloginfazendas, que concentram boa parte dos acidentes, não são obrigados a seguir as normas federaisblazeloginsegurança – regalia atribuída à influência do lobby agrícola na política americana.
Na Argentina, outro país com grande produçãoblazelogingrãos, mortesblazeloginarmazéns também são frequentes. Em 1985, a explosãoblazeloginum silo na cidade portuáriablazeloginBahía Blanca matou 22 pessoas e gerou comoção nacional.
Na China, um dos acidentes mais recentesblazeloginsilos, ocorridoblazelogin2017 na provínciablazeloginShandong, causou seis mortes – lá, uma avalancheblazelogingrãos encobriu os trabalhadores.
Trabalhadores responsabilizados pelos acidentes
IrmãoblazeloginEdgar Jardel Fragoso Fernandes, um dos trabalhadores soterrados no silo da C. ValeblazeloginSão Luiz Gonzaga (RS),blazelogin2017, o comerciante João Teófilo Fragoso Fernandes diz que o cumprimentoblazeloginnormasblazeloginsegurança teria evitado as mortes.
Um laudoblazeloginauditores do trabalho após a ocorrência constatou o descumprimentoblazelogin27 regrasblazeloginsegurança na ocasião.
Entre as falhas citadas estavam a faltablazelogincapacitação dos profissionais, jornadas excessivamente longas e a inadequação dos equipamentosblazeloginsegurança. Segundo o laudo, o silo não tinha qualquer sistemablazeloginancoragem por cordas que impedisse o afundamento dos trabalhadores na massablazeloginsoja – item indispensável para a realização da atividade.
O documento diz que a cooperativa "culpou apenas os trabalhadores acidentados pela ocorrência, afirmando que eles não usavam cintosblazeloginsegurança e não seguiram os procedimentos".
Os auditores afirmam, porém, "que não teria como haver a utilizaçãoblazelogincintosblazeloginsegurança sem pontosblazeloginancoragem adequadamente projetados e instalados".
A cooperativa teve o silo interditado após o acidente.
Filhos traumatizados pela morte
Quinze anos mais velho que o irmão, Fernandes diz que o tratava como um filho. "Eu criei esse rapaz. Somosblazeloginfamília humilde – nosso pai era pedreiro, passamos por muita luta e desde cedo aprendemos a trabalhar."
Edgar tinha um casalblazelogingêmeos, hoje com 13 anos, e ajudava a criar os outros dois filhosblazeloginsua esposa.
O irmão diz que os gêmeos estão traumatizados. "Parece que não caiu a ficha, que ainda não entenderam a realidadeblazeloginque não têm mais o pai. Chega a correr água dos olhos, parece que o menino está hipnotizado."
Fernandes conta que o ajudante "era um guri cheioblazeloginplanos", entre os quais fazer faculdade e prestar concurso para policial.
Não foi o primeiro acidente fatalblazeloginsilos da C. Vale. Em 2011, outro trabalhador morreu soterrado por grãosblazeloginsojablazeloginuma unidade da cooperativablazeloginGuarapuava (PR).
A C. Vale enviou uma nota à BBC News Brasil dizendo que, nos dois casos, os acidentados eram funcionários terceirizados e haviam passado "pelos devidos treinamentos para trabalhoblazeloginespaços confinados, com o recebimentoblazelogintodos os equipamentosblazeloginproteção individual necessários ao desempenho das atividades".
A cooperativa não respondeu, no entanto, por que tantas falhasblazeloginsegurança foram detectadas no laudo do Ministério do Trabalho. Diz ter atendido "prontamente a todas as solicitações do agente ministerial, não tendo sido instaurado contra si qualquer procedimento disciplinar até o presente momento".
A família está processando a C. Vale. Fernandes diz que, mais do que uma indenização, os parentes querem que o episódio seja esclarecido.
O comerciante afirma ter ficado indignado com o argumento da cooperativablazeloginque Edgar foi desleixado no momento do acidente – segundo ele, seu irmão nunca reclamavablazelogintrabalhar e estava havia várias semanas sem folga.
"Meu irmão morreu num domingo às três da tarde. Quantas pessoas estão dispostas a trabalhar num domingo? Isso já diz muito sobre ele."
Colaborou Amanda Rossi, da BBC News BrasilblazeloginSão Paulo.
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