Tim Vickery: Futebol ajuda a despertar a curiosidade geográfica nas crianças:casa de aposta sportingbet

Crédito, Eduardo Martino

Em 1982, não colecionei as figurinhas. Com 17 anos, a música desempenhava um papel mais importante na minha vidacasa de aposta sportingbetadolescente e não me empolgei tanto com a Copa. Mas ainda acompanhei tudo.

Crédito, HultonArchive/Getty Images

Legenda da foto, A Copa do Mundocasa de aposta sportingbet1970 foi realizada no México, e o Brasil foi campeão

Uma história rápida para ilustrar a importância do futebol na família. No dia da finalcasa de aposta sportingbet1982, minha mãe saiu para um show. Horas depois, ela não tinha voltada ainda, que era muito incomum. Num determinado momento, meu pai ficou preocupado. Ligou para a polícia. Pediram para ele uma descrição da minha mãe, do que ela estava vestindo. "Como eu vou saber?", respondeu ele num tomcasa de aposta sportingbetexasperação. "Está passando a final da Copa!"

O meu pai foi um "quase" jogador. Um teste aqui, um teste ali, mas não conseguiu uma vaga. Como primeiro filho, a obrigação passou para mim. Mas desde cedo ficou óbvio que herdei o entusiasmo sem um pingo do talento. Tudo bem. Tive uma infância feliz jogando bola. O futebol me socializou.

E também, como eu disse, me globalizou. Mas as duas coisas só aconteceram juntas na Copa seguinte,casa de aposta sportingbet1986.

Eu ainda não tinha saído da Inglaterra. Mas, aos 21 anos, já estava na faculdade, cercado por pessoas do país todo – ecasa de aposta sportingbetvárias partes do mundo. Acompanhar aquela Copa num ambiente multicultural foi uma experiência mágica. Vislumbrei o valor do jogo como um fatorcasa de aposta sportingbetunificação, uma língua universal que se fala com sotaques diferentes. Uma maneira incrívelcasa de aposta sportingbettrocar experiências e fazer amizades internacionais. Socialização num contexto global.

É por isso que sinto saudades do que virou a Avenida Atlântica,casa de aposta sportingbetCopacabana, quatro anos atrás. Quase todos que viajaram ao Brasil na Copacasa de aposta sportingbet2014 passaram pelo Riocasa de aposta sportingbetJaneiro e pela Avenida Atlântica.

Aquele pedacocasa de aposta sportingbetasfalto, ao lado da praia, virou o pontocasa de aposta sportingbetencontro do mundo inteiro. Com poucas exceções, foi um sonhocasa de aposta sportingbetconfraternização global, uma alegre multidão multicultural. Lembro bem da última noite, depois da final. Parecia que ninguém, nem os argentinos que acabavamcasa de aposta sportingbetver a derrota dacasa de aposta sportingbetseleção, estava querendo ir dormir, pois acordar ia trazer a triste notíciacasa de aposta sportingbetque a Copa tinha acabado.

Declaro tudo isso com pleno reconhecimento dos absurdos gastos com o torneio. Fui um dos primeiros a criticar tais gastos, pois anos antes ficou óbvio para mim as consequências desatrosas da demoracasa de aposta sportingbetdefinir as cidades-sedes. O preço ia aumentar, enquanto a gama do que era possível fazer diminuía. Em resumo, mais dinheiro para os estádios, menos para projetoscasa de aposta sportingbetmobilidade urbana. Diantecasa de aposta sportingbettudo isso, é impossível defender a incompetência demonstrada pela organização.

Mas nada disso tira o valorcasa de aposta sportingbetreunir o mundo ao redorcasa de aposta sportingbetuma bola. Vou além: numa épocacasa de aposta sportingbettensões entre países e povos, vejo a Copa como mais necessária do que nunca.

Muitos acham que no Brasil a Copa é tratada com uma importância exagerada. Difícil discordar. Mas não compartilho nem um pouco da visãocasa de aposta sportingbetque se tratacasa de aposta sportingbetum exemplocasa de aposta sportingbetalienação. Porque naquele momento antes do jogo quando se tocam os hinos nacionais, a câmera está mostrando a verdadeira face da nação, ou pelo menos dacasa de aposta sportingbetjuventude masculina. É uma representação muito mais fiel da pátria do que os diplomatas, governantes ou até o Supremo Tribunal Federal.

Não pode ser considerado alienação quando as pessoas estão se sentindo representadas, torcendo para os seus pares numa disputa leal e saudável. Viva a socialização num ambiente global! Viva a Copa do Mundo, as Nações Unidas do homem comum!

*Tim Vickery é colunista da BBC Brasil e formadocasa de aposta sportingbetHistória e Política pela Universidadecasa de aposta sportingbetWarwick.

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