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O rollover, ou Rolamento, é uma ótima opção para quem deseja manter a sua conta poupança forma intacta, mesmo após o vencimento inicial do contrato. Neste artigo, explicaremos como funciona o rollover e quais suas vantagens. Além disso, mostraremos como fazer o rolamento forma manual no NinjaTrader.
{k0}
Rollover é o ato prorrogar o vencimento um contrato a prazo, mantendo as mesmas características e condições. Dessa forma, é possível manter a posição e o controle sobre a mesma, sem enfrentar a dificuldade fechar e abrir novas negociações, ao final do ciclo do contrato.
Como Fazer Rollover Manualmente no NinjaTrader
Para realizar um rollover manualmente no NinjaTrader, basta digitar o próximo vencimento do contrato na janela do seletor instrumentos. Por exemplo, para mudar ES 03-24 para ES 06-24, basta substituir manualmente a data no selector.
Vantagens do Rollover
O processo rollover tem diversas vantagens. Algumas delas incluem:
Manutenção da mesma posição e controle sobre ela
Evitação encerramento e abertura novas negociações
Simplicidade e praticidade na mudança vencimentos contratos
Rollover x Retirada {k0} Contas 401(k)
É importante lembrar que, quando falamos {k0} contas 401(k), o rollover geralmente é uma opção mais vantajosa do que a retirada fundos. Isso porque, com a retirada, é necessário pagar impostos e penalidades, caso a pessoa seja menor 59 anos. Além disso, as vantagens fiscais longo prazo também serão perdidas.
Quem conta essa história é o renomado mitólogo indiano Devdutt Pattanaik, para ilustrar as diferenças entre a cultura indiana e a ocidental — e também para mostrar como a Índia estava filosoficamente aberta para o conceito do nada, muito antesser escrito o primeiro número zero.
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As três grandes religiões da Índia antiga — o budismo, o hinduísmo e o jainismo — mantinham um extraordinário enfoque sobre números.
A matemática indiana remonta ao período védico (perto do ano 800 a.C.), quando a prática religiosa exigia cálculos bastante sofisticados.
Naquela época, os rituais eram parte importante da vida das pessoas. E a construçãoaltaresfogo era regida por especificações precisas, detalhadas nos Śulbasūtras, os textos científicos mais antigos da Índia.
Escritos entre 800 a.C. e 200 a.C., os Śulbasūtras contêm, entre outras coisas:
- Conversõesfiguras geométricas, como do quadrado para o círculo ou do retângulo para o quadrado, mantendo as mesmas áreas. Para isso, foi preciso calcular o valor do número pi (π);
- O cálculo da raiz quadrada2 (√2), o número irracional que viria a ameaçar a filosofia pitagórica;
- E, falandoPitágoras, os escritos indianos já incluíam o teorema que acabou levando seu nome, 200 anos antes do nascimento do filósofo e matemático grego.
Gigantes
Alémestarem adiantados na geometria, os indianos desenvolveram uma obsessão única no mundo antigo por números gigantescos.
Na Grécia, o número mais alto era a miríade, que representava 10 mil. Mas a Índia chegou aos trilhões, quatrilhões e mais além. E vestígios dessa antiga paixão pelo inviavelmente grande permanecem vivos até hoje.
"Números muito grandes fazem parte das conversas", diz o matemático indiano Shrikirshna G. Dani.
"Por exemplo, se falo'padartha' sem explicar, quase todo mundo entende.”
Padartha?
"É 10¹⁷ — 1 seguido por 17 zeros [100.000.000.000.000.000, ou 100 quatrilhões] — e significa literalmente 'a meio caminho do céu'", esclarece o professor.
"E, na tradição budista, os números iam muito mais além: 10⁵³ é um deles."
Mas qual o motivo desses números? Eles eram usados para alguma coisa?
"Não existe nenhuma razão prática óbvia", afirma Dani.
"Acredito que exista um certo tiposatisfação que as pessoas obtêm quando pensam neste tiponúmero."
E que razão melhor do que a satisfação!
Os jainistas também não ficavam para trás. Raju, por exemplo, é a distância percorrida por um deusseis meses, depoispercorrer 100 mil yojanas a cada abrir e fecharolhos.
Provavelmente essa explicação não te diz nada, mas fazendo um cálculo aproximado, se um deus piscar os olhos 10 vezes por segundo, ele percorre cerca15 anos-luz.
Nenhum texto religioso ocidental menciona algum valor próximo a esse.
E, como se não bastasse, os indianos contemplaram e classificaram diversas variedadesinfinito, o que foi fundamental para desenvolver o pensamento matemático abstrato dois milênios depois.
Do nada para o zero
É claro que, para imaginar tamanha quantidadezeros, era preciso inventá-lo primeiro.
A noçãovazio já era presentediversas culturas. Os maias e os babilônios, por exemplo, usavam marcadoresausênciaquantidade. Mas os indianos foram os que transformaram essa ausência0, chamando-a de shunya (“vazio”,sânscrito).
Dar um símbolo para o nada, dizendo,outras palavras, que nada era alguma coisa, talvez tenha sido o maior salto conceitual da história da matemática.
Mas quando esse salto aconteceu?
Até poucos anos atrás, o zero mais antigo já encontrado era o que apareceuma parede do templo do forteGwalior, no centro da Índia. Ele data875. Naquela época, o zero já erauso comum na região.
Mas2017, especialistas dataram um antigo pergaminho indiano conhecido como manuscrito Bhakshali, descoberto1881, como tendo sido escrito nos séculos 3 ou 4, e esse passou a ser o registro mais antigoum zero. Muitos especialistas, entretanto, contestam a datação.
De qualquer forma, até onde sabemos, os astrônomos e matemáticos indianos Aryabhata, nascido476, e Brahmagupta, nascido598, foram os primeiros a descrever formalmente as casas decimais modernas e as regras atuais que regem o uso do número zero, demonstrandoincrível utilidade.
Superior a todos os demais pela forma como facilitava os cálculos, o sistema numérico indiano se espalhou, primeiro pelo Oriente Médio, para depois chegar à Europa e ao resto do mundo, até se tornar o sistema dominante.
Mas por que o zero se originou na Índia? Foi só para escrever grandes números, ou havia outras forças espirituaisjogo?
Nirvana
"O interessante é que existe uma grande quantidadeshunya surgindotoda parte. Estava por aí desde aproximadamente 300 a.C.", segundo o historiador da matemática George Gheverghese Joseph.
Ele destaca que o shunya estava presente"manuais arquitetônicos, dizendo que o importante não eram as paredes, mas o espaço entre elas", e até "na crença existente no budismo, no jainismo e na base da religião védicao,que você precisa alcançar um estado específico chamado nirvana, no qual tudo é apagado".
"Era um ambiente muito fértil para que alguém, cujo nome não conhecemos, percebesse que esse conceito filosófico e cultural também seria útil no sentido matemático", afirma o historiador.
Para a matemática Renu Jain, vice-chanceler da Universidade Devi Ahilya Vishwadivyalaya, na Índia, não existe dúvidaque a ideia espiritual do nada inspirou a ideia matemática do zero.
"Zero não indica nada, mas, na Índia, ele é derivado do conceitoshunya, uma espéciesalvação, o ápice qualitativo da humanidade,certo sentido", explica.
"Quando todos os nossos desejos são atendidos, não temos nenhum desejo e, então, vamos para o nirvana ou shunya."
Ou seja, o nada é o todo.
Na verdade, o próprio uso do círculo para designar o zero pode ter origens religiosas.
"O círculo também simboliza o céu", observa a historiadora da matemática indiana Kim Plofker.
"Muitas das palavras usadas para codificar verbalmente o zerosânscrito significam céu ou vazio. Por isso, como o céu é representado pelo círculo dos céus, este é um símbolo muito apropriado para o zero", explica.
"Segundo as religiões da Índia, o universo nasceu do nada, e o nada é o objetivo final da humanidade", afirmou o matemático Marcus du Sautoy no episódio The Genius of the East ("O gênio do Oriente") da sérieTV Story of Maths ("História da matemática"), da BBC.
"Por isso, talvez não seja surpreendente que uma cultura que acolheu o vazio com tanto entusiasmo pudesse acomodar sem problemas a noção do zero", segundo ele.
Nunca poderemos afirmar com total certeza, mas, a julgar pelas opiniõesdiversos especialistas, é provável que algo na sabedoria espiritual da Índia tenha levado à invenção do zero.
E existe ainda outra ideia relacionada ao zero e ao vazio que teve um impacto profundo no mundo moderno.
Os computadores funcionam segundo o princípiodois estados possíveis: ligado e desligado. Ao ligado, atribui-se o valor 1; e, ao desligado, 0.
"Talvez não surpreenda que o sistemanúmeros binários também tenha sido inventado na Índia, nos séculos 2 ou 3 antesCristo, por um musicólogo chamado Pingala, apesarseu uso ser para a métrica", afirmou o historiadorciência e astronomia Subhash Kak à jornalista Mariellen Ward, da BBC Travel.
E pensar que tudo nasceu na Índia... do nada!
Ouça o programa da BBC Rádio 4 "Nirvana by Numbers" (em inglês), que deu origem a esta reportagem, no site BBC Sounds.