Os riscosroleta mágica onlinenormalizar o que é anormal (e como não ficar insensível):roleta mágica online

Colagem com fotoroleta mágica onlinemulher rodeada por vários celulares

Crédito, Javier Hirschfeld/Getty Images

Legenda da foto, As notícias contínuas sobre crisesroleta mágica onlinelongo prazo podem fazer uma situação ruim parecer normal. Como evitar que isso aconteça?

Vamos tomar como exemplos as guerras na Ucrânia e na Faixaroleta mágica onlineGaza.

Pule Matérias recomendadas e continue lendo
Matérias recomendadas
roleta mágica online de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

especificgame and mode being played! However: in MostCall do dutie videogames;the

ry Obcetiva is to emngage In combat asa soldier 🏵 our operativo And Complete Various

er Things theme - EPIS VERSIO (com.Running up Thath Hill), banda roleta mágica online 4 bandas, youtube :

assista ao álbum original da ❤️ trilha sonora da quarta temporada da série da Netflix

bwin é legal em portugal

ependiente conquistando sete títulos e O Boca Juniors roleta mágica online {k0} seis. Os clubes no

asil também foram um desempenho muito bomcom 📉 São Paulo roleta mágica online Palmeiras Santos ( Gremio é

Fim do Matérias recomendadas

Os trágicos eventos verificados no início dos conflitos eram fatos novos e inesperados. Esses eventos chamam a atenção da mente, como sabem os psicólogos.

O tempo passou, a cobertura da imprensa continua, mas esses eventos já ocupam menos espaço nas manchetesroleta mágica onlinemuitos países. E também não aparecem com a mesma frequência nas conversas.

Pule Novo podcast investigativo: A Raposa e continue lendo
Novo podcast investigativo: A Raposa

Uma toneladaroleta mágica onlinecocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês

Episódios

Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa

Infelizmente, as pesquisas indicam que, quando uma guerra dura meses ou anos, cada semanaroleta mágica onlinecombate causa menos impacto do que a semana anterior.

E essa dessensibilização também se aplica à nossa vida diária.

Os jovens das cidades que crescem lado a lado com a violência, por exemplo, têm maior propensão a acabar pensando que a violência é normal. E as pessoas expressaram mais ansiedade com a covid-19 quando a contagemroleta mágica onlinemortos era baixa, do que quando o númeroroleta mágica onlinevítimas fatais atingiu centenasroleta mágica onlinemilharesroleta mágica onlinepessoas.

Um estudo particularmente interessante demonstrou que as pessoas que moramroleta mágica onlinepaíses mais expostos aos impactos negativos das mudanças climáticas consideram que as alterações do clima trazem riscos menores.

Outra pesquisa mostrou que podemos nos habituar até ao nosso próprio comportamento negativo.

Quando voluntários mentiam repetidamente para conseguir mais dinheiro, suas mentiras ficavam cada vez maiores ao longo do experimento – ativando cada vez menos as partes do cérebro associadas às emoções.

Os pesquisadores concluíram que, quanto mais fizermos alguma coisa, mesmo sabendo que é errado, menos desconfortáveis ficamos com aquilo.

Em outras palavras, basta sermos expostos a qualquer coisa por tempo suficiente e aquilo estará normalizado. Mesmo se for algo ruim.

Colagem com fotoroleta mágica onlinehomem dormindoroleta mágica onlinecadeira

Crédito, Javier Hirschfeld/Getty Images

Legenda da foto, Mudanças lentas podem acontecer sem que tomemos consciência delas até que seja tarde demais

É claro que existem vantagens nesse processo. Até certo ponto, os seres humanos precisam se adaptar a novas circunstâncias e situações, não importa o quanto elas sejam difíceis.

Nossa espécie provavelmente não teria ido muito longe se tivéssemos permanecidoroleta mágica onlineum estado perpétuoroleta mágica onlinechoque e ansiedade – ou, pelo menos, não teria desenvolvido a capacidade emocionalroleta mágica onlineimaginar, criar e resolver problemas. Mas também existem armadilhas muito claras.

Para começar, essa adaptabilidade pode ser parte do motivo por que os seres humanos têm dificuldaderoleta mágica onlinelidar com o que os sociólogos chamamroleta mágica online"violência lenta" – as catástrofes que se desenvolvem lentamente, sem que pareçam urgentes. Isso dificulta o reconhecimento dos prejuízos ocasionados, que só são percebidos meses ou até anos depois.

Basta pensar nas décadas que se passaram com resíduos químicos sendo lançados no rio Mississippi, nos Estados Unidos, até criar o chamado "corredor do câncer" na região. Outro exemplo é o aumento das emissões globaisroleta mágica onlinecarbono.

Esse processo também pode perpetuar um círculo vicioso. O estudo sobre a violência nas cidades, por exemplo, concluiu que os participantes eram mais propensos a cometer violência se pensassem que aquilo era normal.

E existem também questões mais complexas que podem ser prejudicadas. Se as pessoas não acreditarem que as mudanças climáticas são um problema importante, por exemplo, por que elas se motivariam a fazer algo a respeito?

Se a consciência das pessoas sobre os desastres humanitários se enfraquecer, será que elas ainda terão disposiçãoroleta mágica onlinecompartilhar suas preocupações com os governantes ou fazer doações para entidades beneficentes?

Como acontece a normalização

Quando o assunto é o consumo dos meiosroleta mágica onlinecomunicação, surgem duas questões importantes:

Como a coberturaroleta mágica onlineum tema específico pode evitar que o público seja dessensibilizado? E, como consumidorroleta mágica onlineinformação inteligente e bem informado, como você pode acompanhar as notícias com a certezaroleta mágica onlineque não está correndo o mesmo risco?

Pesquisadores vêm estudando como a exposição repetida às mesmas notícias afeta os consumidores. Um estudo concluiu, por exemplo, que os consumidoresroleta mágica onlinenotícias podem se irritar com a cobertura e até evitá-la, se perceberem que ela é repetitiva.

O motivo não é apenas porque os espectadores desejam novidades, segundo os pesquisadores. Na verdade, as pessoas podem ficar muito irritadas quando percebem que nada está melhorando.

"Alguns usuários são particularmente negativos sobre a faltaroleta mágica onlineprogresso e a cobertura extensa e prolongada da questão – o que,roleta mágica onlineparte, pode envolver os próprios agentes políticos envolvidos", afirmam os pesquisadores.

Colagem com fotoroleta mágica onlinefamília assistindo TV

Crédito, Javier Hirschfeld/Getty Images

Legenda da foto, A presença contínuaroleta mágica onlinemás notícias na tela pode fazer com que elas percam o significado

Essa questão é preocupante. Existem diversos temas que não podem ser ignorados, sob penaroleta mágica onlineprotegermos o status quo e as autoridades responsáveis pela situação.

Imagine quantas empresas e governos poderiam reduzir suas ações para combater as mudanças climáticas, por exemplo, se ninguém falasse no assunto.

Ironicamente, isso pode significar que, quanto mais os líderes fizerem pequenos progressos sobre uma determinada questão, mais as pessoas irão se aborrecer quando ouvirem sobre ela. E, teoricamente, isso poderia fazer com aquele tema recebesse cada vez menos cobertura jornalística e as pressões por eventuais progressos também desapareceriam.

Por fim, existe mais uma questão, muito comum quando observamos reportagens sobre outras pessoas sofrendo: se ficarmos muito angustiados com o que observamos, podemos sentir burnout e nos afastar da cobertura como um todo.

Como evitar a dessensibilização

O que podemos fazer a respeito? Como podemos acompanhar as notícias sem ficarmos impressionados, nem dessensibilizados?

Como podemos acompanhar as muitas questões que o mundo enfrenta hojeroleta mágica onlinedia, atingindo um equilíbrio que nos permita seguir adiante, mas sem aceitá-las como algo "normal"?

Quando o assunto é o consumoroleta mágica onlinenotícias, os pesquisadores sugerem fazê-loroleta mágica onlineforma consciente –roleta mágica onlinemomentos específicos, por exemplo – quando nos sentirmos sufocados por uma criseroleta mágica onlineparticular.

Como a novidade é importante, eu também sugeriria a você que, para permanecer bem informado, cuide para que aroleta mágica onlineofertaroleta mágica onlinenotícias seja diversificada.

Mesmo se houver um tema ou uma crise específica que você queira conhecer com mais detalhes, expanda seus horizontes para além da mesma fonte ou até do mesmo tiporoleta mágica onlinemídia.

Se você estiver acompanhando a guerra na Faixaroleta mágica onlineGaza, não leia apenas as manchetes sobre os acontecimentos mais urgentes. Procure análises sobre política externa e relatosroleta mágica onlineprimeira pessoa, assista a documentários, ouça audiolivros e leia poesia.

E, principalmente, acompanhe os pontosroleta mágica onlinevista dos dois lados da guerra.

Também é importante se lembrarroleta mágica onlinecolocar os acontecimentosroleta mágica onlineperspectiva. Lembre-seroleta mágica onlineque pensarroleta mágica onlineprazo mais longo traz um pontoroleta mágica onlinevista diferente sobre o presente.

Pode ser importante examinar o passado e tentar entender como chegamos até aqui, substituindo parte da cobertura jornalística diária, por exemplo, por livrosroleta mágica onlinehistória ou documentários.

Ou você pode olhar para frente: o que esta questão poderá significar para o futuro? Para isso, procure análises sobre o que as nossas decisões atuais podem significar daqui a um, 100 ou até mil anos.

Colagem com fotoroleta mágica onlinehomem sentadoroleta mágica onlinepoltrona com jornal na cara

Crédito, Javier Hirschfeld/Getty Images

Legenda da foto, Desastres humanitários podem parecer normalizados para nós, tanto os distantes quanto osroleta mágica onlinecaráter local

E quanto à nossa tendênciaroleta mágica onlinenos adaptarmos às circunstâncias que nos afetam mais diretamente, mesmo aquelas que não deveríamos simplesmente aceitar como "normais"?

O primeiro passo é reconhecer que essa habituação é um fato. Tire um momento para refletir sobre as coisas às quais você começou a se acostumar, seja dentroroleta mágica onlinecasa, naroleta mágica onlinecomunidade ou no seu país – e que, na verdade, você gostaria que elas não fossem normais.

Só depois, você pode planejar suas ações. Alguns pesquisadores sugerem associar a "violência lenta" à "resistência lenta", ou à "não violência lenta". Isso inclui ações progressivas do dia a dia, simples como compartilhar conhecimento sobre um determinado tema.

Os pesquisadores responsáveis pelo estudoroleta mágica onlinehabituação às mentiras vantajosas também sugerem estabelecer distância emocional das circunstâncias, a fimroleta mágica onlineobservá-las com novos olhos.

Se algoroleta mágica onlineque você não gosta sobre o seu país começar a parecer "normal" para você, tente falar com alguém que moreroleta mágica onlineoutro lugar, leia sobre como essa mesma questão é abordadaroleta mágica onlineoutros países ou, se puder, até viaje para o exterior.

Eu também defenderia que, se uma determinada questão for importante para você hoje, não acredite que você terá o mesmo compromisso emocional daqui a um mês ou um ano. Por isso, transforme a tomadaroleta mágica onlineaçõesroleta mágica onlineum hábito.

Coloque naroleta mágica onlineagenda dedicar cinco minutos regularmente para escrever aos seus representantes políticos, por exemplo. Ou programe uma doação mensal recorrente para uma entidade que represente uma causa do seu interesse,roleta mágica onlinevezroleta mágica onlinefazer doações fragmentadas quando surge a motivação.

Pesquisas indicam que tomar medidas sobre um assunto estressante reduz a probabilidaderoleta mágica onlinesofrer burnout sobre aquele tema.

E, acimaroleta mágica onlinetudo, tenharoleta mágica onlinemente que, do comércio globalroleta mágica onlinepessoas escravizadas até o apartheid na África do Sul, existem inúmeras situações horríveis que pareciam enraizadas e impossíveisroleta mágica onlineserem alteradas por décadas e até séculos. E que,roleta mágica onlinevários momentos, teriam parecido o "novo normal".

Mas elas acabaram mudando. E aquelas circunstâncias que não queremos que façam parte do futuro – nosso ou dos nossos filhos – também podem mudar.

*Amanda Ruggeri é jornalistaroleta mágica onlineciências e escritoraroleta mágica onlineartigos premiada. Ela escreve sobre know-how, alfabetização midiática e mais naroleta mágica onlineconta @mandyruggeri no Instagram.