Por que Kim Jong-un decidiu abandonar ideiajogos com bonus no cadastroreunificação das Coreias do Norte e do Sul:jogos com bonus no cadastro

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Legenda da foto, Kim destruiu o Arco da Reunificação, construído no suljogos com bonus no cadastroPyongyangjogos com bonus no cadastro2001

O termo "reunificação"— tongil, em coreano — também foi removidojogos com bonus no cadastrojornais, livros didáticos e até mesmojogos com bonus no cadastrouma estaçãojogos com bonus no cadastrometrôjogos com bonus no cadastroPyongyang, que passou a se chamar Moranbong.

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Tudo isso aconteceujogos com bonus no cadastroum momentojogos com bonus no cadastrotensão entre o Norte e o Sul, mas os dois Estados têm alternado fasesjogos com bonus no cadastroconflito e reaproximação há décadas, sem ter questionado até então o objetivo sagrado da reunificação.

O que está por trás, afinal, da mudança radicaljogos com bonus no cadastroparadigmajogos com bonus no cadastroKim?

A importância da reunificação

A Península da Coreia e o povo coreano estão divididosjogos com bonus no cadastroNorte e Sul há quase oito décadas.

Parece muito tempo, mas não é tanto se comparado aos maisjogos com bonus no cadastro12 séculosjogos com bonus no cadastroque seu território permaneceu unido sob diferentes dinastias e impérios, do ano 668 até 1945.

É por isso que, quando os americanos e os soviéticos dividiram o país após a Segunda Guerra Mundial, tanto no Norte comunista quanto no Sul capitalista, a secessão foi vista como uma anomalia histórica que precisava ser corrigida o quanto antes.

Kim Il-sung, fundador da Coreia do Norte e avô do atual líder, tentou fazer isso pela força, e quase conseguiu quando invadiu o Suljogos com bonus no cadastro1950.

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Legenda da foto, Kim Il-sung invadiu a Coreia do Sul com o objetivojogos com bonus no cadastrounificar a penínsulajogos com bonus no cadastroum sistema comunista sob seu comando
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"Kim pressionou muito [Joseph] Stalin e Mao [Tsé Tung] para permitir que ele invadisse a Coreia do Sul, até que conseguiujogos com bonus no cadastro1950, com o objetivo principaljogos com bonus no cadastroalcançar a reunificação sob seus termos, assumindo o controle do Sul", explica à BBC News Mundo, serviçojogos com bonus no cadastroespanhol da BBC, o acadêmico Sung-Yoon Lee, professorjogos com bonus no cadastroestudos coreanos no Wilson Centerjogos com bonus no cadastroWashington DC.

No entanto, a Guerra da Coreia (1950-1953) deixou maisjogos com bonus no cadastrodois milhõesjogos com bonus no cadastromortosjogos com bonus no cadastroambos os lados, e a fronteira ficou praticamente no mesmo lugarjogos com bonus no cadastroque estava no início, consolidando a divisão do país.

O armistício que encerrou o conflito nunca foi substituído por um tratadojogos com bonus no cadastropaz — até hoje, o Norte e o Sul permanecem tecnicamentejogos com bonus no cadastroguerra, e separados pela quase intransponível Zona Desmilitarizada (DMZ).

Desde então, dois sistemas que,jogos com bonus no cadastrooutra forma, seriam irreconciliáveis, mantiveram um ideal comum: a reunificação.

Na Coreia do Sul, o artigo 4 da Constituiçãojogos com bonus no cadastro1948, aindajogos com bonus no cadastrovigor, estabelece como objetivo a "reunificação nacional sob os princípios da liberdade e da democracia pacífica".

A Coreia do Norte, porjogos com bonus no cadastrovez, propunha a "reunificação nacional baseada na independência, a unificação pacífica e a grande unidade nacional",jogos com bonus no cadastroacordo com o artigo 9 dajogos com bonus no cadastroConstituição, que também menciona "a vitória do socialismo" como objetivo prévio.

Reunificação pacífica ou pela força?

Mas como unir novamente o país e o povo coreano? É neste ponto que os dois Estados divergem, uma vez que aspiram fazer isso sob seus próprios termos.

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Legenda da foto, Os então líderes da Coreia do Sul e do Norte, Kim Dae-jung e Kim Jong-il, prometeram reunificar a península na conferência históricajogos com bonus no cadastro2000

Na Coreia do Sul — que tem mais do que o dobro da população da Coreia do Norte, e um Produto interno bruto (PIB) quase 60 vezes maior,jogos com bonus no cadastroacordo com dadosjogos com bonus no cadastro2023 —, a opção que ganhou mais força nas últimas décadas foi o modelo alemão: absorver o vizinho sob um sistema democráticojogos com bonus no cadastrolivre mercado.

Pyongyang, porjogos com bonus no cadastrovez, tem aspirado tradicionalmente impor o socialismojogos com bonus no cadastrotoda a península, embora, desde a décadajogos com bonus no cadastro1980, também tenha cogitado a ideiajogos com bonus no cadastroum único Estadojogos com bonus no cadastroconfederação com dois sistemas, no estilo da China ejogos com bonus no cadastroHong Kong.

A reunificação pacífica com a coexistênciajogos com bonus no cadastrodois sistemas foi,jogos com bonus no cadastrofato, o objetivo declarado da histórica declaração conjunta assinadajogos com bonus no cadastrojunhojogos com bonus no cadastro2000 pelo então líder norte-coreano Kim Jong-il (paijogos com bonus no cadastroKim Jong-un) e pelo sul-coreano Kim Dae-jung, mas que, ao longo dos anos, permaneceu letra morta.

"A unificação pela força, não importa quantas vidas sejam perdidas, sempre foi a missão nacional suprema do regime Kim,jogos com bonus no cadastroKim Il-sung a Kim Jong-un", observa Lee.

O acadêmico do Wilson Center acredita que, no fundo, "a metodologia prioritáriajogos com bonus no cadastroPyongyang sempre foi o 'modelo do Vietnã', ou seja, forçar os EUA a abandonar parcialmente o Sul por meiojogos com bonus no cadastrouma combinaçãojogos com bonus no cadastroforça e diplomacia".

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Legenda da foto, Os EUA mantêm atualmente 28,5 mil soldados na Coreia do Sul, país aliado com o qual realizam frequentes manobras militares conjuntas

Kim Jong-un pediu que a Constituição da Coreia do Norte fosse alterada para remover as referências à reunificação e definir a Coreia do Sul como um "Estado hostil".

Isso, junto às medidas mencionadas anteriormente, como a dissoluçãojogos com bonus no cadastroorganismosjogos com bonus no cadastrocooperação e a demoliçãojogos com bonus no cadastromonumentos e estradas, marca uma mudança ideológica surpreendente no país comunista — e levanta questionamentos sobre o que o líder norte-coreano realmente está buscando.

A seguir, analisamos as diferentes hipóteses que tentam responder a esta pergunta.

Os motivosjogos com bonus no cadastroKim

Kim atribuiujogos com bonus no cadastromudança ideológica às "provocações" da Coreia do Sul e dos EUA, como fortalecer a cooperação com o Japão, criar um grupo para coordenar respostas a um ataque nuclear e expandir o comando da ONU.

No entanto, nas últimas décadas, foram observados episódios frequentes e ainda mais gravesjogos com bonus no cadastrotensão na Península da Coreia, sem que o Norte considerasse abandonar o idealjogos com bonus no cadastroreunificação.

Por que ele fez isso agora, então? Para Ellen Kim, pesquisadora do Centrojogos com bonus no cadastroEstudos Estratégicos e Internacionais (CSIC, na siglajogos com bonus no cadastroinglês), com sedejogos com bonus no cadastroWashington DC, "o regime norte-coreano não quer mais a reunificação, sobretudo para preservar seu próprio sistema".

"Eles temem a popularidade dos filmes, das músicas e das sériesjogos com bonus no cadastroTV sul-coreanas entre a geração mais jovem do Norte", afirmou ela à BBC News Mundo.

A pesquisadora explica que, "à medida que pessoasjogos com bonus no cadastrofora enviam mais informação à Coreia do Norte, a crescente conscientização da populaçãojogos com bonus no cadastrorelação à prosperidade econômica da Coreia do Sul e do resto do mundo pode lançar dúvidas sobre a liderançajogos com bonus no cadastroKim Jong-un".

"Assim, a forma mais eficazjogos com bonus no cadastroo regime fazer com que os norte-coreanos se voltem contra a Coreia do Sul é apontá-la como o principal inimigo", afirma.

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Legenda da foto, Desertores norte-coreanos e ativistas costumam enviar balões com conteúdo político e cultural do Sul para o Norte, atraindo a ira do regimejogos com bonus no cadastroKim

Em termos semelhantes, Christopher Green, consultor especializado na península coreana do think tank International Crisis Group (ICG), acredita que Kim Jong-un está tentando restringir "a crescente influência cultural e política da Coreia do Sul" sobre a população do Norte.

"Nos últimos 30 anos, a cultura pop sul-coreana (especialmente o K-pop, as novelas e os filmes) irrompeu na Coreia do Norte, desafiando o controle do regime sobre a informação. Pyongyang tentou impedir o fluxo deste conteúdo por meiojogos com bonus no cadastrosuas fronteiras, mas com sucesso limitado", escreveu elejogos com bonus no cadastrouma coluna publicada no site do ICG.

O especialista enfatiza que, depoisjogos com bonus no cadastroendurecer as punições por vender ou consumir conteúdo estrangeiro desde 2020, "a nova viradajogos com bonus no cadastroKim é o reflexo institucionaljogos com bonus no cadastrouma tendência que vem se desenvolvendo há vários anos", com o objetivojogos com bonus no cadastro"preservar a narrativa legitimadora do regime e manter o controle ideológico".

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Legenda da foto, A Coreia do Norte exibia até recentemente a bandeira da reunificação, uma insígnia neutra da Península da Coreia desenhada na décadajogos com bonus no cadastro1990

Outros especialistas acreditam que o principal objetivo do líder norte-coreano é eliminar qualquer possibilidadejogos com bonus no cadastroque o modelo alemão, mencionado anteriormente, seja aplicado à península.

"É natural que a Coreia do Norte, que sofrejogos com bonus no cadastrocrises econômicas crônicas e sistêmicas , esteja preocupada com uma possível unificação mediante absorção. Portanto,jogos com bonus no cadastromelhor estratégiajogos com bonus no cadastrosobrevivência seria uma ruptura política e jurídica completa com a Coreia do Sul", argumenta o acadêmico Bong-geun Jun, consultor sobre o Nordeste Asiático do Institutojogos com bonus no cadastroPaz dos Estados Unidos,jogos com bonus no cadastrouma análise publicadajogos com bonus no cadastroseu site.

Pura estratégia?

Outros analistas acreditam que tudo não passajogos com bonus no cadastrouma mera estratégia políticajogos com bonus no cadastroKim Jong-un que, no fundo, não está renunciando às suas ambiçõesjogos com bonus no cadastrounificar a península. Claro, sob seu mandato.

"Podemos especificarjogos com bonus no cadastronossa Constituição a questãojogos com bonus no cadastroocupar, subjugar e reivindicar completamente a República da Coreia (do Sul) e anexá-la como parte do território da nossa república no casojogos com bonus no cadastroestourar uma guerra na península da Coreia", disse o líder norte-coreanojogos com bonus no cadastrojaneiro.

Para o professor Sung-Yoon Lee, trata-sejogos com bonus no cadastro"uma guerra política", na qual Kim está tentando criar instabilidade no país "inimigo".

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Legenda da foto, Kim Jong-un poderia estar tentando desestabilizar o Sul sem abandonar a ideiajogos com bonus no cadastrounificação pela força, segundo alguns especialistas

O regime norte-coreano "destaca-se não só nas provocações calculadas contra os EUA e a Coreia do Sul, e na lavagem cerebral dajogos com bonus no cadastropopulação, como também na manipulação psicológica do povo sul-coreano", avalia o acadêmico, que observa que "a ideiajogos com bonus no cadastroabandonar a reunificação pacífica gera tensão política e social no Sul".

"Não há razão para acreditar que Kim Jong-un tenha desistidojogos com bonus no cadastroalgum momentojogos com bonus no cadastrotomar o território sul-coreano e seu povo pela força", resume Lee.

O especialista também acredita que, ao considerar o Estado sul-coreano como um "inimigo", o líder comunista estájogos com bonus no cadastrouma posição mais confortável para justificar ações hostis, "desde lançar balões carregadosjogos com bonus no cadastrofezes no Sul até enviar tropasjogos com bonus no cadastrocombate para a Rússia para lutar contra a Ucrânia, ameaçando constantemente 'aniquilar' a Coreia do Sul".

Um momento-chave

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Legenda da foto, A relação entre Kim e Putin atravessa seu melhor momentojogos com bonus no cadastroplena guerra na Ucrânia

De qualquer forma, a mudança ideológicajogos com bonus no cadastroKim acontecejogos com bonus no cadastroum momento crucial na cena regional e internacional.

A Coreia do Norte e a Rússia protagonizaramjogos com bonus no cadastromaior aproximação desde a Guerra Fria, com Pyongyang fornecendo armas — desafiando as sanções internacionais que Moscou também havia aprovado na época — e, finalmente, mobilizando suas tropas para o conflito na Ucrânia.

A isso se soma a incerteza diante da mudançajogos com bonus no cadastrogovernojogos com bonus no cadastroWashington após a vitóriajogos com bonus no cadastroDonald Trump nas eleições presidenciaisjogos com bonus no cadastronovembro, quejogos com bonus no cadastroseu mandato anterior se tornou o primeiro presidente dos EUA a se reunir com um líder norte-coreano.

O regimejogos com bonus no cadastroKim Jong-un continuou, porjogos com bonus no cadastrovez, a reforçarjogos com bonus no cadastrotecnologia e arsenal militar nos últimos anos, com mísseis e ogivas nucleares cada vez mais numerosos, potentes e sofisticados.

Tudo isso,jogos com bonus no cadastroacordo com especialistas, faz parte da estratégia do líderjogos com bonus no cadastrofortalecerjogos com bonus no cadastroposição no cenário internacional, buscando aliados estratégicos que permitam a ele combater a pressão ocidental e projetarjogos com bonus no cadastroinfluência além da Península da Coreia.