Onde estão os outros mantos tupinambás pelo mundo: 'É uma busca por tesouros desaparecidos':brabet fruit

A imagem mostra uma mulher indígena, com cocar azul, vestindo um jaleco branco e luvasbrabet fruitborracha verdesbrabet fruituma sala diantebrabet fruituma maca branca onde está colocado um mantobrabet fruitpenas vermlhas

Crédito, Renata Curcio Valente

Legenda da foto, Glicéria Tupinambá, durante as escutas que fez aos 5 mantos do Museu da Dinamarcabrabet fruit2023

De acordo com a pesquisadora Amy Buono, professorabrabet fruitHistória da Arte da Universidadebrabet fruitChapman, nos Estados Unidos, além da peça que agora está sob posse do Brasil, todas as demais estão na Europa:

  • Copenhague, no Museu Nacional da Dinamarca: 4 mantos;
  • Florença (Itália), no Museubrabet fruitHistória Naturalbrabet fruitFlorença: 2 mantos;
  • Basileia (Suíça), no Museu das Culturas: 1 manto;
  • Bruxelas (Bélgica), no Museu Realbrabet fruitArte e História: 1 manto;
  • Paris (França), no Museu das Artes e Civilizações da África, Ásia, Oceania e Américas: 1 manto;
  • Milão (Itália), na Biblioteca Ambrosiana: 1 manto.
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Buono realizou uma pesquisa sobre esses mantos. Ela explica que Berlim também já teve uma peça, emprestada do Museubrabet fruitEtnologiabrabet fruitDresden.

“Mas ele foi destruídobrabet fruitbombardeios durante a Segunda Guerra Mundial”, afirma a professora à BBC News Brasil.

“O acervobrabet fruitDresden, na verdade, ainda tem quatro artefatosbrabet fruitguerrabrabet fruitorigem tupi e, provavelmente, tinha uma grande coleçãobrabet fruitmateriais do Brasil antes da guerra.”

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As negociações para a devolução do manto ao Brasil foram longas e delicadas.

“Em 2022, recebi um pedido do Museu Nacional para que escrevesse uma carta solicitando o manto ao Museu da Dinamarca”, conta Glicéria Tupinambá, artista, professora e liderança indígena.

Ela conta que,brabet fruitum primeiro momento, negou o pedido para trazerbrabet fruitvolta o que os indígenas consideram um ancestral. "[Chamar de] Objeto reduz muito o que significa", afirma ela.

Mas depois, acabou cedendo, após fazer uma consulta aos "encantados", entidades consideradas superiores pelos indígenas tupinambás. A mensagem que recebeu foibrabet fruitque deveria atender ao pedido.

"Os encantados disseram: voltará o manto que se manifestar, que queira voltar", conta Glicéria.

Para isso, ela precisaria realizar a escutabrabet fruittodos os cinco mantos que estavam sob posse do museu dinamarquês. "Aquele que estivesse preparado para voltar, voltaria."

Assim,brabet fruitsetembrobrabet fruit2022, Glicéria foi até Copenhague ao encontro dos mantos. "Foram três diasbrabet fruitescuta", contou ela.

"Escutei todos os cinco, mas só esse se manifestou. Os outros não se manifestaram. Mas eles estão sendo bem cuidados e bem tratados lá."

De volta ao Brasil, ela escreveu a carta, o cacique Babau Tupinambá a assinou, ela foi traduzida e enviada ao Museu da Dinamarca, que acatou o pedido.

Deu-se início então às tratativas para o retorno da peça. Para isso, foi criadobrabet fruit2023 um Grupobrabet fruitTrabalhobrabet fruitRestituiçãobrabet fruitArtefatos Indígenas.

De acordo com o Ministério dos Povos Indígenas, o grupo foi criado inicialmente para tratar do retorno do manto tupinambá.

"Isso deu ensejo a um debate mais amplo sobre a restituiçãobrabet fruitoutros artefatos, documentos, peças e objetos que estão fora do Brasil por terem sido levados durante a colonização", afirmou a pasta, por meiobrabet fruitnota.

Nessa esteira, o Brasil recebeu, um dia antes da chegada do manto, 598 artefatosbrabet fruit40 povos indígenas brasileiros que estavam no Museubrabet fruitHistória Naturalbrabet fruitLille, na França.

À BBC News Brasil, o Museu da Dinamarca afirmou que não há negociaçõesbrabet fruitcurso para o envio dos outros mantos.

No entanto, questionado sobre os custos da logística, o Museu Nacional afirmou à BBC News Brasil que o transporte do manto até suas dependências "foi generosamente custeado pelo Museu Nacional da Dinamarca".

A imagem mostra um mantobrabet fruitpenas vermelhas, com o topo com penas amarelas

Crédito, Roberto Fortuna/Museu Nacional da Dinamarca

Tesouros desaparecidos

Glicéria afirma que, durante as negociações, ficou acordado que, assim que o manto chegasse, os indígenas teriam contato com ele.

"De acordo com o que combinamos, era para a gente ter feito esse acolhimento imediato", afirma ela.

No entanto, 20 dias se passaram desde que a peça chegou ao Brasil e, até o momento, ela ainda não foi apresentada à comunidade.

"Neste momento, o manto se encontrabrabet fruitcâmara anóxica [com baixa oxigenação] e ficará pelos próximos 30 dias parabrabet fruitproteção", afirmou o Museu Nacional, por meiobrabet fruitnota, no último dia 19.

O museu brasileiro também afirmou que, após a adoçãobrabet fruittodos os procedimentos necessários para a conservação da peça, ela será apresentada publicamente.

"Nesse momento, pedimos a compreensãobrabet fruittodos, pois queremos organizar a apresentação do manto com todo cuidado e respeito aos saberes dos povos indígenas, com quem estamos trabalhandobrabet fruitharmonia e contato direto, através do Ministério dos Povos Indígenas", disse a instituição.

"Nosso diretor, Alexander Kellner, deixa claro que sempre foi facultada aos indígenas a possibilidadebrabet fruitrealizar os seus ritos religiosos antes da apresentação pública do manto."

Ainda não há, até o momento, uma data marcada para a apresentação do manto para os indígenas.

"Estou tendo dificuldade para acessar a peça da qual eu fiz a carta para que voltasse", protesta Glicéria.

Ela também diz que não foi oferecida a eles ainda a possibilidadebrabet fruitacolhimento do manto, como eles reivindicam dentro do Grupobrabet fruitTrabalho desde o início.

O Ministério dos Povos Indígenas afirmou que está articulando a realizaçãobrabet fruituma cerimônia com previsão para o fimbrabet fruitagosto, junto ao povo tupinambá ebrabet fruitparceria com o Museu Nacional.

"Trata-sebrabet fruitum evento oficial a ser realizado no próprio museu, localizado no Riobrabet fruitJaneiro, que contará com a participação dos tupinambá ebrabet fruitrepresentantes dos demais povos indígenas do país. As datas estãobrabet fruitfasebrabet fruitdefinição junto aos envolvidos", disse a instituição.

O processobrabet fruitreconhecimento da tradição do manto começou após a Mostra do Redescobrimento: Brasil + 500, ocorridabrabet fruitSão Paulo no ano 2000.

Na ocasião, dois anciões tupinambás viram o manto exposto no Museubrabet fruitArtebrabet fruitSão Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Anos mais tarde, Glicéria começou, ela mesma, a costurar um manto.

Nesse período, Glicéria também viajou para todos os museus que possuem um mantobrabet fruitseu acervo. "Já vi todos eles", diz ela.

"Agora, estou curiosa para saber sobre os que não estão à vistabrabet fruitmuseus". Para ela, é possível que existam outros mantos pelo mundo,brabet fruitacervos pessoais ou guardados.

"Baúsbrabet fruitmadeira conservam muito bem essas peças", aponta ela, como uma possível dica. "É uma busca por tesouros desaparecidos."

Terras ainda não homologadas

Os tupinambás foram um dos primeiros povos indígenas com quem os portugueses fizeram contato ao chegar ao Brasil.

Seu território, que fica no sul da Bahia, até hoje não teve os processosbrabet fruitdemarcação e homologação finalizados.

Eles foram reconhecidos oficialmente como um povo indígenabrabet fruit2001 pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), e o processobrabet fruitreconhecimento e demarcaçãobrabet fruitsuas terras teve iníciobrabet fruit2009.

Desde então, eles aguardam andamento no processo, que consistebrabet fruitcinco etapas: estudobrabet fruitidentificação da Terra Indígena (TI), declaração, demarcação física, homologação e, por fim, registro junto à Secretaria do Patrimônio da União e nos cartóriosbrabet fruitregistrosbrabet fruitimóveis.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSO) é o órgão responsável pelo reconhecimento e demarcação das terras indígenas. A pasta afirmou, por meiobrabet fruitnota, que os procedimentos declaratórios da TI Tupinambá estãobrabet fruitfasebrabet fruitanálise técnica.

"Sucessivas" mudanças no marco jurídico da declaraçãobrabet fruitterras indígenas, como o marco temporal, diz a nota, "afetaram, sobretudo, os procedimentosbrabet fruitfasebrabet fruitdeclaração, considerando que se trata da fasebrabet fruitque ocorre a análisebrabet fruitmérito do processo".

Aindabrabet fruitacordo com o MJSP, existem atualmente maisbrabet fruit30 procedimentos que estão sendo "progressivamente" analisados pelo órgão. A pasta afirma também que "o acúmulobrabet fruitprocedimentos demarcatórios representa um passivobrabet fruitgovernos anteriores".

Atualmente, vivem 4,6 mil indígenas na TI Tupinambábrabet fruitOlivença,brabet fruitacordo com a Secretaria Especialbrabet fruitSaúde Indígena.

Para Glicéria, a doação do manto ocorrebrabet fruitum momento crucial para os povos indígenas.

"Temos um museu devolvendo uma peça através do pedidobrabet fruitum povo que não tem terra demarcada", diz ela, sobre a situação.

"Neste momentobrabet fruitmarco temporal, o manto vem para dizer o quanto pertencemos a esse território", diz Glicéria.

Ela se refere à discussão sobre a tesebrabet fruitque os indígenas só podem reivindicar uma terra se já estivessem nela na data da promulgação da Constituiçãobrabet fruit1988.

A tese do marco temporal foi aprovada na Câmara dos Deputados, vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e derrubada no Supremo Tribunal Federal (STF).

Mas voltou à discussão no Senado enquanto audiênciasbrabet fruitconciliação foram marcadas pelo Supremo para tentar resolver o impasse.

"Não é só trazer o manto ou coletar os artefatos nos museus", diz Glicéria.

"Reconheça os direitos dos povos indígenas dentro do seu próprio território. Demarque as terras."