'Entrei na menopausa antes da minha mãe':esporte com i

Emma
Legenda da foto, Durante anos, Emma Delaney sofreu sozinha com a menopausa

"Eu não sabia como reagir... Ele me disse que não poderia ter filhos, como se tivesse dizendo que perdi as chaves", diz ela.

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Emma faz parteesporte com ium grupoesporte com imulheres com uma condição chamada insuficiência ovariana prematura (IOP) — que se refere a qualquer formaesporte com imenopausa antes dos 40 anos. Na maioria das vezes, não há causa conhecida, e as mulheres com IOP podem apresentar sintomas da menopausa até os 50 anos.

Cercaesporte com iumaesporte com icada 100 mulheres no Reino Unido são afetadas pela doença, e os especialistas acreditam que ela pode ser mais comum do que isso. Mas é um assunto que continua sendo pouco discutido.

"Não há conversa suficiente sobre a menopausa nas faixas etárias mais jovens", diz Nighat Arif, clínica geral do NHS (sistemaesporte com isaúde público do Reino Unido) e estrela do TikTok com interesse especialesporte com icuidados com a menopausa.

"Normalmente, você vê uma mulher mais velha, branca,esporte com icabelos grisalhos, agitando um leque. Não é representativo."

Para algumas mulheres como Emma, não está claro por que seus ovários não estão funcionando, mas a IOP também pode ser causada por condições autoimunes, distúrbios cromossômicos, cirurgia no útero ou nos ovários.

Além das consequências físicas, o impacto psicológicoesporte com ital diagnóstico pode ser devastador. Depois que o médico deu a notícia a Emma, ela chorou sozinha no carro por uma hora.

Emma não sabia quase nada sobre menopausa, a não ser o que tinha ouvidoesporte com imulheres mais velhas no movimentado salãoesporte com ibelezaesporte com iManchesteresporte com ique trabalha. O futuro que ela imaginara — ter e criar dois filhos — havia sido tirado dela.

Nos meses seguintes, Emma foi submetida à terapiaesporte com ireposição hormonal (TRH). Ela descobriu que como seus ovários pararamesporte com ifuncionar, seu corpo não produzia estrogênio e progesterona suficientes — os hormônios que regulam o ciclo menstrual. O desequilíbrio vinha afetandoesporte com isaúde havia anos.

O nevoeiro mental que ela vivia sentindo não era apenas parteesporte com isua personalidade, ela percebeu. As ondasesporte com icalor, que pareciam fogosesporte com iartifício disparando por todo o corpo, não eram causadas pelas longas horas com secadoresporte com icabelo. E suas noites sem dormir não se deviam à insônia — eram outro sintoma do desequilíbrio hormonal.

Não ajudava o fatoesporte com iqueesporte com iprópria mãe, então com apenas 40 anos, ainda não tivesse chegado à menopausa. Suas amigas estavam começando a se casar e ter filhos.

"Parecia que ninguém me entendia", diz ela.

Emma mergulhouesporte com icabeça no trabalho e evitou discutir seu diagnóstico. Ela preenchia suas noites com baladas e encontros casuais — ela queria ser exatamente o opostoesporte com isuas amigas com companheiros e bebês.

"Abusei do meu corpo com álcool e sexo... não sabia o quanto precisava falar sobre isso com alguém", diz ela.

Se passar pela menopausa prematuramente não fosse difícil o suficiente, para um número cada vez maioresporte com imulheres o diagnóstico vem depoisesporte com iterem iniciado tratamento para doenças graves.

Soe-Myatesporte com iOxford Circus
Legenda da foto, Soe-Myat entrou na menopausa aos 23 anos

Para Soe-Myat Noe, estudanteesporte com idesign gráficoesporte com iLondres, a menopausa surgiu como uma consequência inesperadaesporte com ium tratamento contra câncer. No inícioesporte com i2022, com apenas 23 anos, ela foi diagnosticada com cânceresporte com iintestinoesporte com iestágio três. A radiação emesporte com iárea pélvica danificou seus ovários, mas na época ela não entendeu o que isso significaria.

"Eles [médicos e enfermeiras] estavam focados apenas no meu câncer e no meu tratamento contra o câncer... Acho que ninguém mencionou para mim o que a menopausa implicava", afirma.

Seus sintomas — que incluíam zumbido nos ouvidos, ansiedade e fadiga — surgiram repentinamente e foram graves. Conversas sobre menstruação, fertilidade e menopausa não eram comuns quando Soe-Myat estava crescendo, então ela não sabia o que esperar. As amigas da universidade, preocupadas com o DIU e a pílula anticoncepcional, não conseguiam se identificar comesporte com iexperiência.

"Tudo o que estava acontecendo comigo, sempre associei a pessoas mais velhas... senti como se tivesse pulado um pedaço inteiro da minha vida."

Embora Soe-Myat pudesse falar sobreesporte com isaúde mental com um terapeuta, seus sintomas físicos da menopausa não haviam sido levadosesporte com iconsideração. Ela teve que se virar, pesquisando tratamentos no Google enquanto estava exausta da quimioterapia e lidando com uma bolsaesporte com iostomia.

Embora a terapiaesporte com ireposição hormonal (TRH) possa ser inadequada para mulheres com certos tiposesporte com icâncer, havia uma forma que era segura para Soe-Myat — e, assim que ela começou, seus sintomas melhoraram.

Desde então, ela foi liberada. Alémesporte com icontinuar com a TRH, ela faz coisas por conta própria, como dar caminhadas e evitar bebidas quentes para se ajudar. Mas ela gostariaesporte com iter recebido conselhos sobre como lidar com seus sintomas no início do processo.

"Não devia ser tão difícil", diz ela.

Soe-Myat drawing
Legenda da foto, Soe-Myat dá sentido àesporte com iexperiência por meioesporte com isua arte

Os perfisesporte com irede social da médica Nighat Arif estão repletosesporte com imensagensesporte com imulheres que tiveram experiências semelhantes. Ela pede uma "melhor compreensão das nuances" dos cuidados com a menopausa entre os profissionaisesporte com isaúde, e quer que mulheresesporte com itodas as idades "quebrem o tabu"esporte com itorno dela.

"Por favor, converse com as mulheres emesporte com ivida... tenha essa conversa comesporte com imãe,esporte com iavó, suas tias, suas primas,esporte com imelhor amiga. Não há nada para se envergonhar — aprenda com o que elas estão passando."

Arif diz que agora mais mulheres estão sendo diagnosticadas com IOP por causaesporte com iuma maior consciência dos sintomas, mas ainda pode levar muito tempo para obterem um diagnóstico. E se não for tratada, a IOP pode ter consequências a longo prazo para os ossos, coração e saúde mental das mulheres.

"Algumas pacientes podem se encontrar na escuridão", diz ela.

"Elas podem querer ter filhos, e isso destrói as escolhasesporte com ivida que elas achavam que poderiam fazer."

Emesporte com iclínica, Arif também vê outras consequências raramente discutidas da IOP — como sexo dolorido e perda da libido.

Elspethesporte com iseu apartamento, sentadaesporte com iuma cama e rindo
Legenda da foto, Elspeth Wilson foi diagnosticada quando tinha 15 anos

Elspeth Wilson,esporte com i23 anos, entende isso muito bem. Ela foi diagnosticada com insuficiência ovariana prematura (IOP) quando tinha apenas 15 anos. E a dificuldade com o sexo é um obstáculo que ela enfrentou durante toda aesporte com ivida sexual.

"É tão difícil estaresporte com ium relacionamento com alguém e querer mostrar a essa pessoa que você a ama. Mas seu corpo simplesmente não concorda com isso, e certas coisas são desconfortáveis", diz ela.

"O que me frustra é que os médicos nunca disseram que isso poderia ser um problema."

Elspeth acabouesporte com iconseguir seu primeiro emprego depois da universidade, como pesquisadoraesporte com imercadoesporte com iNewcastle. Embora ela elogie seu empregador por apoiá-la, passar por essa grande transição com IOP pode ser complexo.

"Contribui para a síndrome do impostor. Haverá momentosesporte com ique terei nevoeiro mental, e isso acontecerá no pior momento."

Ela encontrou confortoesporte com ium grupoesporte com iWhatsAppesporte com ioutras mulheresesporte com isituação semelhante. No bate-papoesporte com igrupo, nada está foraesporte com iquestão.

"É reconfortante apenas ter esse espaço para fazer essas perguntas e desabafar... Se você tem a capacidadeesporte com ifalar sobre issoesporte com iuma forma que não tenha nenhum pingoesporte com ivergonha, é muito mais fácil."

Soe-Myat, que se juntou a um grupoesporte com iapoio online para mulheres jovens com menopausa induzida pelo câncer, concorda.

"Me senti validada", diz ela.

Emma, usando uma camiseta escrito 'Make Menopause Matter', retoca as raízesesporte com iuma cliente no salão
Legenda da foto, Emma agora conversa sobre menopausa com suas clientes no salão

É uma lição que Emma também aprendeu com o tempo.

Depoisesporte com ianos tentando bloquear a dor do seu diagnóstico, Emma finalmente começou a falar sobre suas experiências mais abertamente. Ela começou explicando seus sentimentos a um terapeuta, que a ajudou a se sentir mais como ela mesma novamente.

"Não importa meu diagnóstico, eu ainda era eu... eu era maior do que meu diagnóstico... Essa foi uma grande lição que aprendi."

Há alguns anos, ela conheceu um parceiro que entendeesporte com icondição, e agora eles moram juntos.

No Instagram, ela seguiu hashtags relacionadas à menopausa e fundou a Daisy Network, uma instituição beneficente criada para oferecer informações e apoio a mulheres com IOP. Pela primeira vez, ela falou com outras pessoas que entendiam o que ela estava passando.

Agora, com 34 anos, ela acha que seu futuro pode incluir filhos. A doaçãoesporte com ióvulos e a fertilização in vitro seriam muito perturbadoras, afirma. Então ela está pensandoesporte com iadotar nos próximos anos.

E,esporte com ivezesporte com iquando, ela usa uma camiseta preta no salão com o slogan "Make Menopause Matter" ("Faça a menopausa ter importância",esporte com itradução livre) escrito no peitoesporte com ivermelho. Está cobertaesporte com imanchas por ter sido salpicada com descolorante.

Suas clientes vão comentar que ela é muito jovem para estar na menopausa, e ela explicaráesporte com isituação enquanto retoca as raízes delas.

"Elas me dizem que aprenderam mais sobre a menopausa nos 30 minutos que passaram comigo do queesporte com itoda aesporte com ivida."

"Fico orgulhosaesporte com iestar levando informações a todas as mulheres."

- Este texto foi publicadoesporte com ihttp://vesser.net/geral-64109501