Como traficantes chineses ameaçam onça-pintada na América Latina:aposta eleição

Onça-pintadaaposta eleiçãomeio à vegetação

Crédito, Science Photo Library

Legenda da foto, Conservacionistas lutam contra o crime organizado para proteger a espécie

Em apenasaposta eleiçãouma apreensão,aposta eleiçãoum restaurante operado por dois cidadãos chinesesaposta eleiçãoSanta Cruz, foram encontradas 185 presas. E o serviço postal da Bolívia, Ecobol, encontrou cercaaposta eleição300 presasaposta eleição16 pacotes com destino à Ásia.

Um relatórioaposta eleiçãoONGs internacionais indica que as descobertas são a pontaaposta eleiçãoum iceberg que envolve organizações criminosas chinesas.

Esse tráfico ilegal ameaça não apenas o maior felino do continente americano, mas também a integridade daqueles que, como Uzquiano e outros guardas-florestais, arriscam suas vidas para protegê-los.

'Não adianta demonizar os chineses'

A documentarista americana Elizabeth Unger, diretora do filme, estudava biologia quando viajou para a Bolívia para trabalhar como voluntáriaaposta eleiçãoum centroaposta eleiçãoresgateaposta eleiçãovida selvagem.

A experiência contribuiu paraaposta eleiçãodecisãoaposta eleiçãonão se dedicar à pesquisa científica, mas sim a criar documentários para expor problemas internacionais.

Tigre Gente mostra não só o problema do tráfico, mas a importância da onça-pintada na cultura local eaposta eleiçãoseu habitat.

A diretora Elizabeth Unger, uma mulher branca jovem,aposta eleiçãotrilhaaposta eleiçãomeio a montanhas cobertas por floresta

Crédito, Cortesiaaposta eleiçãoElizabeth Unger

Legenda da foto, Elizabeth Unger é a diretora do filme 'Tigre Gente'

"Conservando a onça-pintada, conservamos todas as espéciesaposta eleiçãoplantas e animais que convivem com ela, inclusive a humana, por todas as funções ambientais que esse sistema nos proporciona", diz a bióloga Ángela Núñez.

Unger espera que quem assistir ao documentário "capte a mensagemaposta eleiçãoque a onça-pintada é um animal incrível que deve ser salvo".

Alémaposta eleiçãoUzquiano, outra protagonista central do filme é a jornalista chinesa Laurel Chor, que investiga o lado asiático do tráfico e as crenças culturaisaposta eleiçãoquem compra esses produtos.

"Queremos mostrar que essa é uma questão complexa. Que demonizar a comunidade chinesa não resolverá o problema do tráfico ilegalaposta eleiçãopartesaposta eleiçãoonças nem reduzirá seu consumo. Pode ajudar a entender a mentalidade por trás da demanda", diz Unger à BBC Mundo.

A documentarista afirma que existem crenças errôneas no ocidente sobre o assunto. Uma delas é aaposta eleiçãoque a maioria da população da China consome produtos do tráfico ilegalaposta eleiçãoanimais selvagens — o que não é verdade, é um público relativamente pequeno.

"Também é importante compreender que tradições muito antigas, passadasaposta eleiçãogeraçãoaposta eleiçãogeração, por exemplo no uso da medicina tradicional, são um fator a teraposta eleiçãoconta."

'Elas são a minha família'

Uzquiano cresceuaposta eleiçãoBuenaventura, uma pequena cidade no coração da região amazônica da Colômbia.

"Para mim, isso não é apenas luta por um animal, é algo muito mais profundo. Considero as onças minha família", diz Marcos Uzquiano, o chefeaposta eleiçãoproteção ambiental do parque na Bolívia.

"Desde a infância, a onça representa uma grande energia. Para mim, ela é força, é vida, é mito", diz ele à BBC Mundo.

"Não havia médicos na cidade onde crescemos. O xamã, que para nós era o médicoaposta eleiçãofamília, nos contava históriasaposta eleiçãopessoas que se transformavamaposta eleiçãoonças."

"Nas comunidades indígenas, a onça é conhecida como tigre. Meu sonhoaposta eleiçãocriança era realmente me transformaraposta eleiçãoum tigre. O destino me levou a me tornar um guarda florestal para preservar a vida da onça e lutar contra o tráficoaposta eleiçãopresas", conta Uzquiano.

A lenda deu o título ao documentário, Tigre Gente.

Organizações criminosas

Os primeiros sinais do problema que o filme retrata surgiram quando conservacionistas locais ouviram mensagensaposta eleiçãorádios comunitárias rurais. Os anunciantes procuravam presasaposta eleiçãoonça para comprar, apesar da captura e da comercializaçãoaposta eleiçãoanimais silvestres serem proibidas.

Quatro homens com coletes à provaaposta eleiçãobalas caminhamaposta eleiçãomeio a trilha na floresta

Crédito, Cortesiaaposta eleiçãoElizabeth Unger

Legenda da foto, Marcos Uzquiano (primeiro à esq.) é um dos guardas florestais na reservaaposta eleiçãoMadidi

Em 2017, os biólogos Enzo Aliaga e Ángela Núñez publicaram um artigo alertando sobre o tráfico.

Uma investigação na Bolívia entre 2018 e 2020 revelou a magnitude do problema. Realizada pela ONG Long Earth League International (ELI),aposta eleiçãoconjunto com o comitê holandês da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a investigação deu origem a um relatório publicadoaposta eleição2020.

"O tráficoaposta eleiçãopartesaposta eleiçãoonças-pintadas não é apenas um problemaaposta eleiçãoconservação, mas tambémaposta eleiçãocrime organizado", diz Andrea Crosta, cofundadora e diretora da ELI. "Os principais traficantes, todos da Ásia, também se envolvemaposta eleiçãooutros crimes graves e costumam estar ligados ao crime organizado".

Existem pelo menos três organizações criminosas (constituídas principalmente por cidadãos chineses) operandoaposta eleiçãoterritório boliviano. Um dos grupos teria ligações com uma notória máfiaaposta eleiçãoHong Kong.

Os traficantes usam aeroportos e rotas terrestres mal protegidas, principalmente através do Suriname e da Guiana. A carneaposta eleiçãoonça-pintada também era vendidaaposta eleiçãodois restaurantesaposta eleiçãoSanta Cruz operados por estrangeiros.

"Compartilhamos com as autoridades bolivianas um relatório confidencial com nomes e informações importantes dos traficantes chineses mais atuantes no país", diz Crosta à BBC News Mundo.

Uma onça pintada caminha na reserva ambiental

Crédito, WCS

Legenda da foto, O Parque Nacionalaposta eleiçãoMadidi é refúgio para muitas espécies como a onça-pintada

Onça por tigre

As onças são caçadas por suas presas, ossos, pele e órgãos genitais, que são usados ​​na medicina tradicional ou como amuletos ou joias. Crosta afirma que partesaposta eleiçãoonça são vendidas na China como se fossem partesaposta eleiçãotigre, o animal originalmente usado nas tradições.

"É cada vez mais difícil encontrar tigres selvagens na Ásia e os clientes querem órgãosaposta eleiçãoanimais selvagens, nãoaposta eleiçãotigres criadosaposta eleiçãocativeiro", explica.

Os grupos criminosos usam empreendimentos legítimos, como restaurantes, por exemplo, como fachada.

"Os mais importantes traficantesaposta eleiçãoanimais selvagem que conhecemos na América Latina, do México à Bolívia — trabalhamosaposta eleiçãosete países da região —, têm negócios legítimos não apenas para encobrir suas atividades ilícitas, mas também como fonteaposta eleiçãolucro", diz Crosta.

Os caçadores na Bolívia podem vender uma presa a intermediários por menosaposta eleiçãoUS$ 100 (cercaaposta eleiçãoR$ 515). O consumidor final na Ásia pagaaposta eleiçãoUS$ 900 (R$ 4 mil) a US$ 3 mil (R$ 15,4 mil).

Segundo Enzo Aliaga, que atualmente dirige a diretoriaaposta eleiçãobiodiversidade do Ministério do Meio Ambiente da Bolívia, o problema também atinge o Panamá, Peru, México, Guiana e outros países onde existe a espécie.

Há fortes suspeitasaposta eleiçãoque o Brasil, país com a maior populaçãoaposta eleiçãoonças (que nos paísesaposta eleiçãolíngua espanhola são chamadaaposta eleiçãojaguares) no continente, também seja afetado (veja mais abaixo).

Presasaposta eleiçãoonça-pintada adornadas com joias

Crédito, ELI

Legenda da foto, As presasaposta eleiçãoonça são vendidas na China como presasaposta eleiçãotigres

Presas no bolso

Um dos problemas, diz Crosta, da ELI, é que contrabandear partesaposta eleiçãoanimais é mais fácil do que fazer o tráficoaposta eleiçãoanimais vivos.

"Contrabandear presas é extremamente simples porque são pequenos objetos que podem ser escondidosaposta eleiçãoqualquer lugar, como bolsos ou bagagem", afirma ela.

Quando se trataaposta eleiçãograndes quantidades ou ossos, são escondidosaposta eleiçãoremessasaposta eleiçãoprodutos como madeira.

"A menos que você saiba onde procurar, é impossível encontrá-los", afirma Crosta.

Aliaga afirma que os traficantes fazem o transporte atéaposta eleiçãocaixasaposta eleiçãobombons. "Eles passam pelos controles do aeroporto porque o detectoraposta eleiçãometais não vai soar", afirma.

Peleaposta eleiçãoonça apreendida na Bolívia

Crédito, ELI

Legenda da foto, Os traficantes também vendem a pele do animal

Investimentos chineses

Um estudo sobre apreensões na América do Sul e Central, publicadoaposta eleição2020 na revista Conservation Biology, analisou a relação entre a chegada à regiãoaposta eleiçãoinvestimentos chineses, especialmenteaposta eleiçãoprojetosaposta eleiçãoinfraestrutura, e o tráficoaposta eleiçãopartesaposta eleiçãoonças.

"Encontramos uma correlação consistente entre o nívelaposta eleiçãoinvestimento privado chinês e o númeroaposta eleiçãoapreensõesaposta eleiçãopartesaposta eleiçãoonças-pintadas, mas nãoaposta eleiçãoonças-pardas ou jaguatiricas, nossas espéciesaposta eleiçãocontrole. Neste estudo, no entanto, não avaliamos como a cooperação econômica pode facilitar o tráfico", afirma Thais Morcatty, pesquisadora da Oxford Brookes University, na Inglaterra, e uma das autoras do estudo.

"O númeroaposta eleiçãoapreensões aumentou significativamente na América Latina entre 2012 e 2018. Mas ainda não comprovamos que uma coisa causa a outra. Não podemos especificar se o aumento é causado pelo aumento do tráfico, resultadoaposta eleiçãomaior monitoramento ou resultadoaposta eleiçãoalgum outro fator. Portanto, esses dados devem ser interpretados com cautela", diz ela.

"Em nossos registros, 34% das apreensões foram supostamente vinculadas à China como destino ou a cidadãos chineses. Os 66% restantes incluem comércio interno e tráfico internacionalaposta eleiçãoque o paísaposta eleiçãodestino não foi identificado", explica a pesquisadora.

A matançaaposta eleiçãoonças também pode abrir a porta para o tráficoaposta eleiçãooutras espécies.

"Já há evidências disso. Em um dos anúncios, há dois ou três anos, eles pediam abertamente chifres e genitaisaposta eleiçãoveados e garrasaposta eleiçãotamanduás e ursos andinos", diz Aliaga.

Núñez acredita que as autoridades deveriam prestar mais atenção ao problema.

"Sob o pretextoaposta eleição'ataquesaposta eleiçãoonças ao gado', estão caçando onças, que provavelmente estão entrando no mercado negro para o tráficoaposta eleiçãosuas partes."

Presasaposta eleiçãoonça apreendidas na mãoaposta eleiçãouma pessoa

Crédito, ELI

Legenda da foto, Entre 2014 e 2019, foram apreendidas cercaaposta eleição760 presas

Outras ameaças

Além do tráfico, as onças-pintadas enfrentam uma sérieaposta eleiçãooutros riscos graves - principalmente a destruiçãoaposta eleiçãoseu habitat por causa do avanço agressivo do agronegócio, diz Enzo Aliaga, do Ministério do Meio Ambiente da Bolívia.

"A pecuária extensiva e mal gerida está se expandindo, transformando florestasaposta eleiçãopastagens", afirma Aliaga, do Ministério do Meio Ambiente da Bolívia.

Outro grande problema são os incêndios. "No maior incêndioaposta eleição2019 na Bolívia, cinco milhõesaposta eleiçãohectares foram queimados. Estima-se que milhõesaposta eleiçãoanimais morreram, provavelmente onças entre eles" afirma.

"As onças mal sobrevivemaposta eleiçãocircunstâncias tão adversas. Há conflitos com fazendeiros. As pessoas têm medo deles e os matam. A pressão sobre a onça ficou muito, muito forte. E eu temo que vai continuar crescendo", diz Aliaga.

Ameaças no Brasil

O tráfico das presas "parece potencialmente afetar as onças brasileiras", segundo Thais Morcatty, da Oxford Brookes University.

"Existem apreensõesaposta eleiçãopartesaposta eleiçãoonçaaposta eleiçãoque a polícia suspeitouaposta eleiçãoenvolvimento com o tráfico internacional, e outros relatos por populações locais próximos às zonas fronteiriçasaposta eleiçãopartesaposta eleiçãoonça que estariam sendo levadas a países vizinhos como Suriname, por exemplo, para serem exportados para a Ásia", disse ela à BBC News Brasil.

Segundo Morcatty,aposta eleiçãoacordo com último estudo publicadoaposta eleição2018, o Brasil "tem a maior proporçãoaposta eleiçãoárea protegida (66% da áreaaposta eleiçãoabrangência da onça-pintada)" entre os países latino-americanos, e "a subpopulação Amazônica é estimada entre 56 e 58 mil indivídiduosaposta eleiçãoonça-pintada".

A onça-pintada é uma das milharesaposta eleiçãoespécies que têm sofrido com a destruiçãoaposta eleiçãoseu habitat no Brasil nos últimos anos, quando houve altas históricas do desmatamento.

As onças também são alvoaposta eleiçãocaçadores brasileiros — que chegam a expor a matançaaposta eleiçãoanimais silvestres no Facebook e no Youtube.

O ICMBio, órgão do Ministério do Meio Ambiente, tinha um Planoaposta eleiçãoAção Nacional para Conservação da onça-pintada, implementadoaposta eleição2010, mas o programa foi encerradoaposta eleição2017 e nunca foi reativado.

No momento o órgão é uma das entidades ligadas ao Ministério do Meio Ambiente que sofrem com corteaposta eleiçãoverbas e perdaaposta eleiçãofuncionários.

Onça-pintada descansaaposta eleiçãotroncoaposta eleiçãoárvore

Crédito, Science Photo Library

Legenda da foto, Os animais estão sob ameaçaaposta eleiçãodiversos países da América Latina

Ações na Bolívia

A Bolívia tem realizado diversas ações para tentar proteger a espécieaposta eleiçãoseu território, como a criação da Aliança Nacional para a Conservação da Onça-pintada.

Instituições governamentais, universidades, pesquisadores independentes e órgãos não-governamentais como a Wildlife Conservation Society, a Panthera e a Associação Savia Association, participam da aliança.

"A reservaaposta eleiçãoMadidi é a área protegida com maior diversidade biológica do mundo, um refúgio para muitas espécies ameaçadas, incluindo a onça-pintada", diz Rob Wallace, cientista da Wildlife Conservation Society que monitora as onças-pintadas na reserva há 25 anos.

O Ministério do Meio Ambiente da Bolívia também lançou um programa para proteção da espécie, que inclui a formaçãoaposta eleiçãojuízes e promotoresaposta eleiçãoparceria com a aliança.

"As pessoas presasaposta eleiçãoflagrante delito foram libertadas por promotores que muitas vezes desconhecem a regra ou não a aplicam corretamente, ou foram condenadas a penas muito baixas", diz Núñez.

Aliaga diz que, dos maisaposta eleição20 processos criminais por tráficoaposta eleiçãopartesaposta eleiçãoonças, apenas três pessoasaposta eleiçãocidadania chinesa foram condenadas à prisão, com penasaposta eleiçãotrês e quatro anos.

Aliaga acredita que as penas deveriam ser mais drásticas "porque os traficantes e caçadores sabem que se matarem o animal estarão livresaposta eleiçãopouco tempo".

O plano também promove pesquisas sobre a situação do felino. Estimativas internacionais feitas com diferentes métodos colocam a população da onça-pintada na América entre 64 mil e 173 mil indivíduos.

O grande desafio no país continua sendo a faltaaposta eleiçãorecursos.

"Recebi a denúnciaaposta eleiçãoque o tráfico continuaaposta eleiçãouma área muito remota, mas o problema é que a Diretoriaaposta eleiçãoBiodiversidade é uma pequena diretoriaaposta eleiçãotermosaposta eleiçãopessoal e orçamento", diz Aliaga. "Tentamos trabalhar com a polícia ambiental, mas ela também é muito pequena,infelizmente."

Marcos Uzquiano disse à BBC Mundo que se orgulhaaposta eleiçãoser guarda florestalaposta eleiçãoMadidi e das iniciativas que surgiram na Bolívia, mas também ressalta a urgênciaaposta eleiçãoobter recursos.

"Somos 26 guardas-florestais e dois diretoresaposta eleiçãoproteçãoaposta eleiçãoum parqueaposta eleiçãomaisaposta eleição1,8 milhãoaposta eleiçãohectares. Isso, somado à faltaaposta eleiçãoequipamentos, torna a tarefa árdua. O orçamento não é suficiente para cobrir as despesas operacionais,aposta eleiçãocombustível", afirma.

Os guardas relatam no filmeaposta eleiçãopreocupação com o risco crescenteaposta eleiçãose tornaram alvos dos caçadores.

Dois filhotesaposta eleiçãoonça brincam com uma onça adultaaposta eleiçãoreserva ambiental

Crédito, WCS

Legenda da foto, Além do tráfico, o agronegócio, o desmatamento e a caça por fazendeiros locais também ameaçam o felino

'Enquanto houver mercado...'

Aliaga diz que é preciso cooperação internacional.

"Podemos continuar a luta aqui na Bolívia com penas mais duras, mas enquanto houver mercado, vai continuar", afirma.

Para a diretora do ELI, "os traficantes chineses na América Latina são o elo mais fraco do crime, a melhor oportunidadeaposta eleiçãointerromper a cadeiaaposta eleiçãoabastecimento ilegal".

"Infelizmente, nos sete paísesaposta eleiçãoque operamos atualmente, não conheço nenhum governo que consiga combater com eficácia essas redesaposta eleiçãotráfico chinesas. As entidades ambientais não têm recursos, não têm o conhecimento específico e nem mesmo têm intérpretes chineses", afirma Crosta.

"Algumas dessas agências têm uma intenção genuínaaposta eleiçãoenfrentar o problema, mas admitem que não têm o conhecimento prático para fazê-lo."

A maioria das áreas identificadas como prioritárias para a conservação do felino são áreas transfronteiriças, explica Rob Wallace.

Uma onça-pintada pode ter um territórioaposta eleiçãomaisaposta eleição200 quilômetros quadrados.

"É absolutamente crucial que existam grandes áreas conectadasaposta eleiçãohabitat relativamente intacto", afirma Wallace.

"É importante também que sejam tomadas ações da IUCN, uma vez que já existe uma propostaaposta eleiçãomudança da categoria da espécie,aposta eleiçãoespécieaposta eleiçãosituação menos preocupante para espécie ameaçada internacionalmente", dia a bióloga Núñez.

Onça-pintada lambe as próprias patas

Crédito, Carlos Navarro

Legenda da foto, A espécie é encontradaaposta eleição18 países da América, a maioria na região amazônica

"Essa medida permitiria aos países tomarem mais açõesaposta eleiçãoprol da conservação da espécie".

No final do filme Tigre Gente, a jornalista Laurel Chor é vista dando uma palestra sobre conservação para criançasaposta eleiçãoHong Kong.

Enzo Aliaga acredita que também é preciso melhorar a educação ambiental na Bolívia.

"Quando os bolivianos começarem a aprender mais sobre a biodiversidade, acho que eles darão muito valor a essas vidas".

Marcos Uzquiano espera que Tigre Gente ajude a aumentar a conscientização sobre a necessidadeaposta eleiçãoproteger a onça-pintada.

"Peço à população que volte seu olhar para as áreas protegidas, para a onça. Precisamos trabalhar como um povo unido ou essa luta não fará sentido. Nós, como guardas florestais, não conseguimos fazer isso sozinhos", diz ele. "Precisamos do apoio da população e do compromisso da comunidade internacional."

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