'Estou ansioso o mês inteiro com a Black Friday': como avalanchezebet siteofertas afeta viciadoszebet sitecompras:zebet site

Black Friday

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Neste ano 2023, versão brasileira da Black Friday ocorre no dia 24zebet sitenovembro

Para um comprador compulsivozebet sitetratamento como Paulo, isso deixa seu vício ainda mais aflorado. "Fico ansioso o mês inteiro", diz.

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Estatísticas oficiais zebet site competições

Os órgãos reguladores zebet site cada esporte geralmente disponibilizam estatísticas, incluindo aquelas referentes a escanteios. No futebol, por 💪 exemplo, a Fifa e as confederações continentais publicam dados sobre as competições que organizam, como a Copa do Mundo e 💪 a Copa América, respectivamente.

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"As lojas mandam ofertas e abordam (os clientes)zebet sitetodas as formas. Até silenciei as notificaçõeszebet sitenovos e-mails no celular. Só vou ao shopping acompanhadozebet sitealguém que sabe desse meu problema e pode me dar uma freada."

Ele conta que fazer compras, necessárias ou não, causa nele uma satisfação e sensaçãozebet sitebem-estar. Depois, vem a culpa por ter feito isso, o que o leva a comprar mais, para voltar a se sentir bem,zebet siteum ciclo difícilzebet siteinterromper.

"Se compro um tênis porque achei bonito, depois preciso comprar uma roupa para combinar e vou sempre arrumando desculpa para gastar."

A psicóloga Tatiana Filomensky explica que cercazebet site5% da população mundial apresenta alguma forma transtornozebet sitecompra compulsiva.

A maioria dos que procuram ajuda são mulheres, segundo Filomensky, que coordena o Programa para Compradores Compulsivos do Hospital das Clínicaszebet siteSão Paulo, afirma.

"O isolamento causado pela pandemia fez o númerozebet sitepessoas que nos procuram para esse tipozebet sitetratamento triplicar. Inclusive, disponibilizamos um canal para dar dicas e atender essas pessoas", diz.

Tatiana Filomenskyzebet sitefoto sorrindo

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Psicóloga afirma que 5% da população mundial tem transtorno compulsivo por compras e que Black Friday pode servir como gatilho
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Temporadaszebet sitedescontos, como a Black Friday, e outras datas comemorativas podem estimular essas compras descontroladas.

"A Black Friday gera um impacto emocional. As pessoas são levadas a crer que têm permissão para comprar porque está barato", explica.

"Nosso cérebro quer ganhar uma vantagem, e aí vem a vontadezebet sitecomprar."

As principais associações comerciais brasileiras projetam alta nas vendas deste ano. A Associação Brasileirazebet siteComércio Eletrônico (Abcomm) é a mais confiante, com uma estimativazebet sitecrescimentozebet site17%zebet siterelação a 2022.

Já a Confederação Nacional do Comércio (CNC) espera um aumentozebet site4,3% nas vendas. A estimativa da Neotrust é que as vendas sejam 12,6% maioreszebet siterelação ao ano anterior.

Paulo conta que há um ano e meio passou a colocarzebet siteuma lista o que tem vontadezebet sitecomprarzebet sitevezzebet sitegastar por impulso.

Mas, na última semana, precisou pedir ajuda àzebet sitepsicóloga. "Vi que um fone que estava R$ 50 mais barato e quis comprar. Foi um gatilho, mesmo tendo um igual e ainda novo", diz.

Mas ele não precisavazebet siteum fone novo, e a consulta emergencial com a terapeuta o ajudou a frearzebet sitecompulsão.

"A Black Friday não é a causa, mas potencializa aquele desejozebet sitecompra que está na pessoa", diz a psicóloga do Hospital das Clínicas.

A origem da compulsão por compras

O bancário conta que o víciozebet sitecompras começou quando ele ainda era adolescente.

"Souzebet siteuma família religiosa e, com o tempo, passei a ser reprimido por ser gay", diz.

"Então, eu comprava roupa nova todas as semanas para impressionar as pessoas para receber um carinho que não recebia da minha família."

Paulo diz que já precisou comprar um guarda-roupa maior três vezes para acomodar o número cada vez maiorzebet sitepeças.

Ele conta que tem maiszebet site60 pareszebet sitetênis, muitos deles repetidos e alguns que nunca tirou da caixa para usar.

"Eu me apego às minhas coisas, não vendo e vou acumulando", diz.

Imagem mostra dezenaszebet sitepareszebet sitetêniszebet sitePaulo,zebet sitecaixas e dispostos no chão da casa dele

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Paulo conta que tem maiszebet site60 pareszebet sitetênis, sendo alguns repetidos e outros que nunca foram usados

Ele diz que, depois que passou a fazer terapia, "tudo mudou".

Paulo faz duas sessões por semana para lidar com seu vício e, nos momentos mais difíceis, liga para a psicóloga para pedirzebet siteopinião sobre uma compra.

"Ela recomenda olhar o que tenho hoje, avaliar se são produtos parecidos e entender se é necessário", conta.

Outra tática para aliviar o desejo por algum produto é fazer alguma atividade para se distrair, como sair para correr ou visitar um amigo.

Paulo diz que a culpa constante que ele sente causa outras compulsões, como comer doces além da conta. E ainda sente frustração por ter muitas roupas e não ter gastado com algo mais necessário.

"Agora, dei entradazebet siteum apartamento para usar esse dinheirozebet siteoutra forma", diz.

"Preciso parar com esse complexozebet siteinferioridade que sempre tivezebet sitecomprar coisas para impressionar outras pessoas", diz.

Como evitar compras desnecessárias na Black Friday

A psicóloga Tatiana Filomensky diz que,zebet sitedatas como a Black Friday, pessoas são impactadas involuntariamente pelas promoções, mesmo que não busquem por elas.

"Nós seres humanos temos uma sensaçãozebet sitepertencimento. Se não fizermos algo que todos estão fazendo, nos sentimos excluídos", afirma a especialista.

"Então, fazemoszebet sitetudo para participar também. Isso cria um estímulo generalizado ao consumo."

A psicóloga afirmou que,zebet siteocasiões assim, mesmo quem não é comprador compulsivo pode acabar adquirindo, por impulso, produtos ou serviços desnecessários.

Ela dá algumas dicas para quem quer fazer compraszebet sitemaneira mais consciente e evitar gastar mais do que deveria.

Pessoas passandozebet sitefrente a loja com anúncio da Black Friday

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Psicóloga indica que pessoas façam listas anteszebet sitefazer compras na Black Friday para não comprar além do planejado

1. Faça uma lista do que você gostariazebet sitecomprar

Filomensky explica que mapear os desejoszebet sitecompras ajuda a "não se perder mentalmente"zebet sitemeio a tantas ofertas.

Isso é especialmente válido nas lojas digitais, que costumam apresentar aos consumidores sugestõeszebet siteoutros produtos além do que o levou até um site.

"Você clica para ver o fone que queria e é sugerido a comprar um celular, e isso leva ao descontrole".

2. Pensezebet sitequanto pode gastar

Anteszebet siteir às compras, uma pessoa deve entender quais são suas possibilidades financeiras, diz a psicóloga.

É uma formazebet siteevitar que compras, por mais baratas que sejam, se tornem um problema futuro.

"A pessoa tem que pensar: 'Posso comprar? Quanto posso gastar? Se for pagar parcelado, serázebet sitequantas vezes? Isso vai afetar meu orçamento a longo prazo?'."

3. Evite as ciladas

Filomensky diz que, anteszebet sitefazer uma compra, é bom refletir para ter certezazebet siteque é uma boa opção.

"Sempre que for comprar algo, coloque no carrinho e se permita pensar", afirma.

É comum encontrarzebet sitesiteszebet sitecompras cronômetros que indicam que a oferta vai expirar logo ou que muitas pessoas estão vendo o mesmo produto.

"Esses são estímulos para você comprar sem refletir. Fazer uma pausa anteszebet siteconcluir a compra é essencial para evitar ser pressionado."

4. Peça ajuda a familiares e amigos

A psicóloga afirma que, principalmente nos casoszebet sitecompradores compulsivos, o ideal é não fazer compras sozinho.

Ela afirma que muitas pessoas evitam fazer compras com pessoas próximas, porque sabem que provavelmente vão receber críticas.

"Divida com alguém próximo o que está comprando ou pesquisando na internet. Pergunte a opinião dela sobre essa compra também."

5. Limite o acesso às redes sociais

Filomensky recomenda que o ideal é se afastar das redes sociaiszebet siteperíodos como os da Black Friday.

Limitar o usozebet siteaplicativos e desligar as notificações ajuda a evitar estímulos desnecessárioszebet siteconsumo.

"O Instagram é um dos piores lugares, porque há uma enxurradazebet siteconteúdos patrocinados e direcionados a você", diz a psicóloga.

"Isso leva a crer que você precisa daquilo, mesmo sem nunca ter visto antes."

6. Se não puder pagar, não compre

A especialista afirma que, ao sinalzebet siteque não vai conseguir arcar com a dívida, o ideal é não comprar.

Reduzir o limite do cartão ou tirar a possibilidadezebet siteentrar no cheque especial, por exemplo, é uma formazebet sitecontrolar a si mesmo nesses momentos.

Isso confere uma margemzebet sitesegurança para não comprar mais do que se pode pagar.

"As possibilidadeszebet siteconsumo são infinitas, mas o dinheiro não", diz Filomensky.

"O mais importante é ter um ganhozebet siteconsciência e não deixar a emoção tomar conta e usarzebet siterazão."