A músicaapp arbetyKarol G, Maluma e J Balvin que foi alterada após críticasapp arbetyque sexualizava menores:app arbety
A letra da música +57, colaboração entre importantes cantores colombianos do reggaeton, causou polêmica e rejeição na Colômbia a pontoapp arbetyaté o presidente do país, Gustavo Petro, se manifestar.
Karol G, J Balvin, Maluma, Feid, Ryan Castro, Blessd, Ovy On The Drums e DFZM lançaramapp arbetyparceria nesta semana a música com o verso: "mamacita desde los fourteen" (que,app arbetytradução livre, seria “um mulherão desde os 14 anos”).
A alusão a uma adolescente menorapp arbetyidade fez com que diversas organizações e figuras políticas classificassem o conteúdo como uma apologia à sexualizaçãoapp arbetymenores.
Na quarta-feira (13/11), a canção foi publicada com uma modificaçãoapp arbetyplataformas como Spotify e YouTube, substituindo esse verso por "los eighteen" (18,app arbetyinglês).
A polêmica
A música foi concebida como uma homenagem à cultura colombiana. O título, por exemplo, faz referência ao código telefônico internacional do país. No entanto, o presidente comentou o tema, sem criticar diretamente os autores da música.
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"Em cada gênero artístico há arte, mas também ignorância. A arte perdura, a ignorância dura um segundo", disse Petro. Antes, ele já havia dito: "O debate cultural é válido. Há uma confrontação cultural entre a superfície e o fundo das coisas que a juventude está enfrentandoapp arbetyseus bairros".
Entre o público e organizações da sociedade civil, por outro lado, houve um apelo para os artistas assumirem responsabilidade ao divulgar mensagens que possam incentivar condutas como a pedofilia e a sexualizaçãoapp arbetymenores.
O Instituto Colombianoapp arbetyBem-Estar Familiar, por exemplo, afirmou que a música não contribui com a luta da instituição para erradicar a exploração sexualapp arbetymenores.
A diretora da entidade, Astrid Cáceres, convidou os autores da obra "a conhecer as terríveis históriasapp arbetyexploração sexual, estupro e assassinatoapp arbetymeninasapp arbety14 anos ou menosapp arbetyMedellín".
"Não há mercado que justifique essa letra", acrescentou.
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O debate também chegou ao Congresso da República, onde a deputada Alexandra Vásquez leu uma carta solicitando que a música fosse retirada das plataformasapp arbetystreaming.
"Este produto musical, como foi apontado por várias vozes da mídia, organizações da sociedade civil, entidades do Estado e especialistasapp arbetyanálise cultural, entre eles o Instituto Colombianoapp arbetyBem-Estar Familiar, perpetua estereótipos da narcocultura e faz uma preocupante apologia à sexualizaçãoapp arbetymenores", dizia o texto.
Além disso, os congressistas pediram aos autores da música "uma capacitação sobre direitosapp arbetycrianças e adolescentes e sobre a prevençãoapp arbetyviolências contra essa população".
Uma das primeiras críticas, no entanto, veioapp arbetyuma resenha da Rolling Stoneapp arbetyespanhol.
"Independentemente do gênero musical, cantar sobre meninas que 'estão boas' não é correto e,app arbetyvezapp arbetyromper com a normalização, este single perpetua práticas prejudiciais", destaca a crítica.
A revista especializadaapp arbetymúsica também apontou que a canção reforça outros estereótipos e preconceitos sobre a Colômbia, como a cultura do narcotráfico.
"Os maiores talentos do reggaeton colombiano se unemapp arbetyuma música que decepciona (...). É gravíssimo que,app arbetyum momento avançado da discussão sobre narcocultura e cultura do estupro, temas como a sexualizaçãoapp arbetymenores ainda sejam abordados livremente nas canções", acrescenta.
A música também foi criticada por ser insensível a um problema que,app arbetyMedellín, capitalapp arbetyAntioquia, atinge as ruas: o turismo sexual e a exploraçãoapp arbetycrianças e adolescentes.
Karol G pediu desculpas
Poucos dias após o lançamento da música, Karol G publicou um comunicado afirmando que "a letra havia sido tiradaapp arbetycontexto" e que os versos da canção não tinham o sentido "que lhes foi atribuído".
Ainda assim, a artista nascidaapp arbetyMedellín acolheu as críticas.
"Me sinto muito afetada e peço desculpasapp arbetycoração. Nenhuma das coisas ditas na música tem a intenção que atribuíram, nem foi dito a partir dessa perspectiva, mas escuto, assumo a responsabilidade e percebo que ainda tenho muito a aprender."
As desculpasapp arbetyKarol G, no entanto, não foram seguidas pelo restante dos colaboradores da música, que minimizaram as críticas.
"Se não gostaram do tema, deixem pra lá. Não escutem", declarou Blessd.
Porapp arbetyvez, Ryan Castro disse: "Critiquem o que quiserem, isso pra mim não importa."
J Balvin, que vinha apenas agradecendo o sucesso do single, compartilhou o comunicadoapp arbetyKarol Gapp arbetysuas redes sociais e deixou palavrasapp arbetyapoio.
"Você já nos deu tantas alegrias que isso não diminuiapp arbetygrandeza, além disso, a música é nossa, então estamos aqui incondicionalmente", escreveu.
Maluma, porapp arbetyvez, publicou nas redes sociais que +57 alcançou o primeiro lugar no top mundialapp arbetyestreias semanais do Spotify.