'Isençãoelephant betwayIR até R$ 5 mil é medida eleitoreiraelephant betwayLula', afirma economista Samuel Pessôa:elephant betway

Após o anúncio da proposta, o dólar disparou e chegou a valer maiselephant betwayR$ 6 nesta quinta-feira (28/11), o que deve encarecer produtos importados ou produzidos no Brasil, mas cotados internacionalmente, o que inclui alimentos.

"A pior coisa, para os pobres, é bagunça macroeconômica", afirma Pessôa.

"Uma crise fiscal contrata inflação, desorganizaçãoelephant betwayemprego, outras coisas que são muito ruins. Ou ninguém se lembraelephant betway2014 e 2016? A crise não aconteceu, foi uma invenção nossa?", questionaelephant betwayoutra trecho da entrevista.

A propostaelephant betwayaumentar a isenção veio junto com outras medidaselephant betwaycorteselephant betwaygastos e a previsãoelephant betwaycriar um imposto mínimoelephant betway10% sobre rendas mensaiselephant betwaymaiselephant betwayR$ 50 mil. A projeção da Fazenda é economizar R$ 70 bilhõeselephant betwaydois anos.

Para o economista, os cortes anunciados são positivos, mas insuficientes para evitar a explosão da dívida pública, devido à tendênciaelephant betwaycrescimentoelephant betwaydespesas obrigatórias, como aposentadorias, acima da expansão econômica do país.

A reação negativa do mercado financeiro veio justamente com a disparada do dólar, que gerou reação da presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann. " É impressionante a especulação contra o Brasil", escreveu na rede social X.

Para Pessôa, o dólar poderia estar a R$ 4,50, não fosse o aumento da percepçãoelephant betwayrisco que está provocando saídaelephant betwayinvestidores.

"É difícil a esquerda entender o problema porque a esquerda adora uma teoria conspiratória. [...] Se o mundo todo não está vindo investir aqui, é porque o mundo está vendo um risco que tem que ser encaminhado. Porque desequilíbrio fiscal não é uma coisa pequena", reforça.

Confira a seguir os principais trechos da entrevista.

elephant betway BBC News Brasil – O governo surpreendeu ao anunciar o esperado pacoteelephant betwaycorteelephant betwaygastos com medidas tributárias. Como avalia esse anúncio conjunto?

elephant betway Samuel Pessôa - Acho que ter misturado controleelephant betwaygasto com reforma da tributação da renda, uma medida que tem claro caráter eleitoral, foi ruim. Essa medidaelephant betwayaumentar a faixaelephant betwayisenção do Impostoelephant betwayRenda até R$ 5 mil por mês é uma decisão do Lula pensando na disputa eleitoralelephant betway2026.

Ele avalia que quem ganha abaixoelephant betwayR$ 2 mil, R$ 3 mil por mês vota nele e quem ganha acimaelephant betwayR$ 5 mil vota na direita, e aí essa é a turma [renda entre R$ 3 mil e R$ 5 mil] que ele está disputando.

Então, é uma medida que tem um caráter eleitoral e é contra os problemas que nós temos porque a gente tem um problema fiscal [desequilíbrio entre receitas e despesas].

Inclusive, uma das medidas que está no pacote, é a previsãoelephant betwayque, se as metaselephant betwaysuperávit primário não forem atendidas, a partirelephant betway2027 serão acionados gatilhos [para conter gastos]. E um deles é que não pode dar nenhuma desoneração adicional. Então, ele começa um pacote aumentando a desoneração, percebe a inconsistência?

Agora, as medidaselephant betwaysielephant betwaycontroleelephant betwaygastos são bem-vindas. São insuficientes para o tamanho do problema, mas são todas bem-vindas.

elephant betway BBC News Brasil – Os defensores da propostaelephant betwayisentar a renda até R$ 5 mil e tributar mais o que ganham acimaelephant betwayR$ 50 mil dizem que é uma medida progressiva, positiva para a distribuiçãoelephant betwayrenda. Discorda?

elephant betway Samuel Pessôa - Eu acho que a medida é progressiva, ela reduz a desigualdadeelephant betwayrenda. A gente sabe que o Brasil é um país muito desigual. Agora, qual é o foco? O foco é atacar o problema fiscal, porque o problema fiscal está gerando inflação e inflação é muito ruim para os mais pobres também. Então, o problema é resolver o fiscal ou reduzir a desigualdade do país hoje?

A questãoelephant betwaydesigualdade é uma questão estrutural. O ministro tem dito que tem como objetivo fazer uma grande reformulação dos impostoselephant betwayrenda, com vistas a reduzir o grauelephant betwayregressividade e talvez tornar os impostoselephant betwayrenda brasileiros mais progressivos. O ministro está absolutamente correto. Agora, isso demandaria uma revisão mais amplaelephant betwaytodos os impostoselephant betwayrenda. Não é isso que foi feito.

O que foi feito é uma medida que, no momento, no meu entender, é eleitoreira para que o presidente consiga que uma parte da população, cuja maioria não votaria com ele, passe a votar com eleelephant betway2026 e um esparadrapo [a tributação dos mais ricos] para tirar [obter] uma fonteelephant betwayreceita.

Mas, tudo bem, vamos esperar a tramitação. Espero que o Congresso aprove tudo, porque o grande medo que fica é o Congresso aprovar a isenção, o aumento da tabela do Impostoelephant betwayRenda, e não aprovar o imposto sobre os ricos. Aí cria um desequilíbrio fiscal, agrava o problema.

elephant betway BBC News Brasil – Como a renda média brasileira é baixa, uma parte grande da população entra nessa faixaelephant betwayR$ 5 mil. Isentar essa faixa cria um impacto fiscal muito grande?

elephant betway Samuel Pessôa - Eu acho que é muito ruim. Não sei os números exatos, mas é abrir mãoelephant betwayalguma coisa como R$ 50 bilhõeselephant betwayreceita [o governo estima perdas menores,elephant betwayR$ 35 bilhões, mas a proposta ainda não foi detalhada].

Seria interessante a gente ver um estudo: dada a estruturaelephant betwayrenda brasileira, dado o que ocorreelephant betwayoutros países, o que seria razoávelelephant betwayfaixaelephant betwayisençãoelephant betwayImpostoelephant betwayRenda? Agora, essa decisão éelephant betwaynatureza política. Os economistas não têm muito o que dizer a respeito.

É uma arbitragem que o presidente, com toda a legitimidade da eleição majoritária, faz. E o Congresso avalia e aprova ou não. A única crítica que eu faço é que, a mim, não faz muito sentido esse tipoelephant betwaydiscussão quando a gente está no meioelephant betwayuma crise fiscal, com a dívida pública crescendoelephant betwayforma explosiva.

elephant betway BBC News Brasil – E esse crescimento explosivo da dívida pública, naelephant betwayvisão, impacta os mais pobres ao gerar inflação?

elephant betway Samuel Pessôa – Exatamente. A pior coisa, para os pobres, é bagunça macroeconômica.

elephant betway BBC News Brasil – Isoladamente, essa medidaelephant betwayfixar uma alíquota mínimaelephant betway10% para os que ganham maiselephant betwayR$ 50 mil por mês é positiva?

elephant betway Samuel Pessôa - Aí tem que ver os detalhes. Eu acho que o esforçoelephant betwaymudar a legislação brasileira, tributando mais os ricos é positivo. Há sinaiselephant betwayque as altas rendas no Brasil, pagam pouco imposto. Essa medida é um esparadrapo, vai pegar um monteelephant betwaycoisa diferente. Eu não acharia que essa é a melhor maneiraelephant betwaytratar esse tema.

A questão é que há vários regimes tributários com regras diferentes. Tem gente que pagou na Pessoa Jurídica 34% e outros que pagaram na Pessoa Jurídica 5%.

Se na Pessoa Física ambos pagarem menos do que 10% da renda declarada, eles serão cobrados pela diferença até atingir 10%elephant betwayalíquota média efetiva [segundo a nova proposta do governo], sem considerar que pagaram valores diferentes na jurídica.

Esse tema está sendo tratado desse jeito porque a área política do governo convenceu o Lula que, para deixar a esquerda mais feliz, como contrapartidaelephant betwayum programaelephant betwaycontençãoelephant betwaygastos, teria que vir alguma coisa na direçãoelephant betwaymelhorar a progressividade dos impostos e fizeram um esparadrapo. Dado que vai isentar até R$ 5 mil, é melhor ter esse imposto [sobre os mais ricos].

elephant betway BBC News Brasil – O desejado ganho eleitoral pode ser neutralizado com dólar e inflação mais altos?

elephant betway Samuel Pessôa - Como professorelephant betwayEconomia, eu tenho dificuldadeelephant betwayfazer essa avaliação [de impacto político]. A impressão que dá é que o Lula está andandoelephant betwaygelo fino, porque ele fez uma escolhaelephant betwayinverter o ciclo político da despesa pública. Ele,elephant betwaycerta forma rasgou o Maquiavel [autor do clássico O Príncipe].

Você [normalmente] começa o governo com pé no freio do gasto público, arruma a casa, colhe os benefícios aos pouquinhos e, no final, se elege.

E o Lula por uma sérieelephant betwaymotivos, resolveu inverter e aprovou a emenda constitucional da transição [do governo Bolsonaro para o seu], que colocou R$ 170 bilhões a maiselephant betwaygastos públicos permanentemente. Criou um problema pra ele mesmo e, portanto, o governo dele é sequestrado por essa escolha inicial.

E aí ele está fazendo uma contaelephant betwaychegada: se ele não fizer nada [para conter os gastos públicos], o câmbio explode muito, gera inflação, eles perdem a eleiçãoelephant betway2026. Se ele fizer muita coisa, como o ajuste fiscal que ele está fazendo, já não é no início do governo, ele só tem um horizonteelephant betwaydois anos, e essa arrumaçãoelephant betwaycasa demora um tempo pra maturar. Então, talvez ele arrume a casa e ele não tenha tempoelephant betwaycolher os benefícios para se reeleger.

Ou seja, se ele não fizer nada, ele desorganiza muito a economia e chega malelephant betway2026. Se ele fizer o que precisa fazer, vai ser ruim no curto prazo, não dá tempoelephant betwayele colher, e aí também chega malelephant betway2026.

Então, o presidente Lula está tendo que fazer esse cálculo, que é uma contaelephant betwaychegada difícil. Ele ganhou cinco eleições presidenciais [contando duas vitóriaselephant betwayDilma Rousseff], ele entende desse business muito melhor do que eu. Mas parece que ele está brincando com fogo. Parece que, talvez, ele tenha errado o cálculo. Mas isso a gente vai ter que esperar a prova do pudim nas eleições e ver se ele ganha ou não.

elephant betway BBC News Brasil - O dólar disparou após o pacote, o que levou parte da esquerda a criticar o mercado. O que explica a disparada do dólar? Tem fundamento?

elephant betway Samuel Pessôa - Se a gente olhar os fundamentos do câmbio, da economia brasileira, não tem fundamento. O Brasil está hiper barato. Você pega uma empresa brasileira avaliadaelephant betwayreais, aplica esse câmbio e calcula elaelephant betwaydólar, ela está super barata.

A gente tem uma situação externa sólida, vai entrar poço do petróleo ano que vem, do pré-sal [trazendo mais dólares pro país com exportação]. A gente não tem uma situação externa problemática. Então, se a gente olhar fundamentoselephant betwaycomércio internacional eelephant betwaycontas externas, o câmbio deveria ser R$ 4,50.

Agora, é difícil a esquerda entender o problema porque a esquerda adora uma teoria conspiratória, e a esquerda acha que o mercado financeiro são três ou quatro caras poderosos que fazem um cartel entre si que comanda os preços. Não é assim. São milhareselephant betwaypessoaselephant betwayforma descentralizada, tomando decisões. Não tem conspiração, não tem coordenação. São as pessoas olhando [o cenário econômico] e defendendo o seu patrimônio, tomando as melhores decisões que elas podem, com as informações que elas têm.

Então, eu devolvo a pergunta para a esquerda: a Selic estáelephant betway11,25%, ela vai até 13,5% provavelmente, o país está hiper barato, o câmbio está quase seis reais, por que o mundo todo não está pondo dinheiro aqui dentro? Tudo bem, [eles acham que] a Faria Lima é conspiradora, não gosta do PT, não gosta do Lula, faz tudo isso [contra o governo]... Por que os fundoselephant betwayinvestimento não vêm para cá? Eles são super sofisticados, é gente inteligente, eles precisam ganhar dinheiro. Aí tem um país inteiro hiper baratinho, com uma taxaelephant betwayjuros super alta, por que eu não ponho meu dinheiro lá para ganhar dinheiro? E as pessoas não estão vindo para cá.

Não faz sentido esse argumento, é uma loucura. Se o mundo todo não está vindo investir aqui, é porque o mundo está vendo um risco que tem que ser encaminhado. Porque desequilíbrio fiscal não é uma coisa pequena.

Qual o desequilíbrio fiscal brasileiro? Com as regras que nós temos, necessariamente a gente vai ter uma crise fiscal futura. Não é que tem desperdício do Estado brasileiro, não é que o Estado brasileiro joga dinheiro fora. O que acontece é que a gente tem regras, e a simples operação dessas regras obriga a uma trajetória da dívida pública que é explosiva.

Isso significa que a nossa sociedade não consegue se entender. Existe um conflito distributivo aberto, que não está solucionado. Agora, uma sociedade que vive conflito distributivo aberto e não soluciona, é uma sociedade que não tem estabilidade,elephant betwayque ninguém vai investir, e quem tem dinheiro tira. Isso que está acontecendo.

elephant betway BBC News Brasil – As regras que você cita são as despesas obrigatórias?

elephant betway Samuel Pessôa - Exatamente. A gente tem um problemaelephant betwaydespesas obrigatórias que crescem a uma velocidade maior do que a economia. Lá com o [governo Michel] Temer, a gente resolveu esse problema [adotando o tetoelephant betwaygastos, que limitava o aumento das despesas à inflação]. Aí a sociedade não aceitou, elegeu o Lula, o Lula repôs esses problemas.

elephant betway BBC News Brasil – Críticos do tetoelephant betwaygastos adotado no governo Temer dizem que a regra levou ao sucateamentoelephant betwayalguns serviços públicos, que ficaram com menos receitas.

elephant betway Samuel Pessôa - Eu entendo perfeitamente. Então, esse que é o conflito distributivo. As pessoas querem o Estado maior, mas aí essas mesmas pessoas não querem pagar mais imposto. E o mundo todo diz: naquela sociedade, os caras não se entendem. Caíram numa crise fiscal profunda, aí impicharam a presidente e arrumaram a coisa. Aí teve uma eleição, o novo presidente não gosta dessa arrumação, a sociedade não gosta, ele desfaz a arrumação e volta os problemas que tinha antes.

elephant betway BBC News Brasil – Como avalia as medidas para corteselephant betwaygastos, como a limitação do aumento do salário mínimo?

elephant betway Samuel Pessôa - O governo diz que vai colocar a regra do salário mínimo dentro do arcabouço fiscal [limitando o reajuste anual a 2,5% acima da inflação] .

Isso quer dizer que a taxaelephant betwaycrescimento do salário mínimo real será a mesma taxaelephant betwaycrescimento do gasto total. O problema é o seguinte: as políticas públicas vinculadas ao mínimo crescem pela soma da taxaelephant betwaycrescimento do valor real do benefício com a taxaelephant betwaycrescimento do númeroelephant betwaybeneficiários.

Ora, o númeroelephant betwaybeneficiários no Brasil cresce com a demografia. Essencialmente é a terceira idade [pessoas que estão envelhecendo e se aposentam pelo INSS, com aposentadoria vinculada ao salário mínimo].

Bem, então a demografia que importa no nosso Welfare State [Estado do bem-estar social] é mais ou menos a terceira idade, o pessoal que está chegando aos 60 anos. Ora, no Brasil, 60 anos atrás, a taxaelephant betwaycrescimento populacional era quase 3%. Então, a quantidadeelephant betwaybenefícios cresce a 3%, o valor real cresce a 2,5%, deu 5,5%.

Então, todas as políticas públicas do Estadoelephant betwaybem-estar social brasileiro, vinculado ao mínimo, por essa regra, tem que crescer 5,5%. Mas a economia cresce a 2,5% [essa taxa varia ano a ano, mas tem se mantido baixa na média]. Isso é uma impossibilidade lógica. Então, só pra te dar um exemplo das limitações do pacote.

Quando a gente pôs, lá no governo Temer, o salário-mínimo crescendoelephant betwaytermos reais a zero, não é porque o Temer é malvado e quer ferrar pessoas. É que, dada a demografia brasileira, é muito difícil dar aumentos reaiselephant betwaysalário mínimo na atual circunstância nossa.

Aumento realelephant betwaysalário-mínimo contrata uma crise fiscal, uma crise fiscal contrata inflação, desorganizaçãoelephant betwayemprego, outras coisas que são muito ruins. Ou ninguém se lembraelephant betway2014 e 2016? A crise não aconteceu, foi uma invenção nossa?

elephant betway BBC News Brasil – Como está seu otimismo para a votação do pacote no Congresso?

elephant betway Samuel Pessôa - Eu estou otimista com o Congresso. Se a gente olhar, o Congresso, nesse terceiro mandato do presidente Lula, tem sido muito parceiro do Executivo. Aprovou a reforma tributária, aprovou o arcabouço fiscal, aprovou um conjunto imensoelephant betwayregras e leis que o ministro Haddad enviou para o Congresso Nacional para reduzir oportunidadeselephant betwayplanejamento tributário [brechas para pagar menos impostos]. Tudo isso passou pelo Congresso.

Então, o Congresso não tem sido nenhum empecilho a ajuste fiscal. Tem a questão das emendas impositivas que, no meu entender, são muito ruins. Elas apareceram por um motivo: a sociedade elegeu presidentes fracos, tanto Dilma Rousseff como Jair Bolsonaro, e aí, quando o presidente é fraco, o Congresso vai lá e ocupa o lugar. Desfazer depois fica difícil.

Espero que o presidente Lula, com todo o talento dele, consiga, pelo menoselephant betwayparte, desfazer. Uma parte já foi feita, é um dos efeitos positivos desse pacote, que prevê uma limitação para o crescimento das emendas e pega outra parte das emendas e põe metade na área da saúde. São medidas positivas.

elephant betway BBC News Brasil – Como avalia o desempenho do ministro Fernando Haddad, levandoelephant betwayconta as disputas internas dentro do governo?

elephant betway Samuel Pessôa - Eu acho que Haddad está fazendo o melhor que ele pode. Eu avalio positivamente o trabalho dele. A gente sabe que esse ruído que deu, do anúncioelephant betwayum pacote fiscal junto com uma desoneração, foi uma derrota pessoal dele. O presidente arbitrou [a disputa com a Fazenda] e a área política, digamos assim, ganhou.