Os falsos milagres do lídercasa de apostas ilegaisigreja acusadocasa de apostas ilegaisabusos e tortura:casa de apostas ilegais

TB Joshua

Crédito, JOURNEYMAN PICTURES

Legenda da foto, TB Joshua, fundadorcasa de apostas ilegaisuma das maiores igrejas evangélicas cristãs do mundo, morreucasa de apostas ilegais2021

Junto com os testemunhos daqueles que ele afirmou ter curado, esses vídeos eram enviadoscasa de apostas ilegaisfitas VHS para igrejascasa de apostas ilegaistodo o mundo.

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Em 2004, o órgão regulador da mídia da Nigéria proibiu as emissorascasa de apostas ilegaistransmitirem supostos milagrescasa de apostas ilegaispastores na TV aberta, o que levou Joshua a lançar seu próprio canal, a Emmanuel TV, por satélite e depois online.

Seu império globalcasa de apostas ilegaistelevisão e redes sociais se tornou uma das redes cristãscasa de apostas ilegaismaior sucesso no mundo.

Os seus supostos milagres foram transmitidos a milhõescasa de apostas ilegaispessoascasa de apostas ilegaistoda a Europa, nas Américas, no Sudeste Asiático e na África. Seu canal no YouTube teve centenascasa de apostas ilegaismilharescasa de apostas ilegaisvisualizações.

Mas Joshua, que morreucasa de apostas ilegais2021 aos 57 anos, era uma fraude.

A investigação da BBC, que envolveu maiscasa de apostas ilegais25 membros da igreja do Reino Unido, Nigéria, Gana, EUA, África do Sul e Alemanha, revelou seis maneiras pelas quais TB Joshua enganou seus fiéis.

1) O 'departamentocasa de apostas ilegaisemergência'

Um departamento exclusivo da igreja, chamadacasa de apostas ilegais"departamentocasa de apostas ilegaisemergência", era o responsável por fazer com que os ditos milagres parecessem reais.

Era lá que os enfermos, que procuravam o pastor para serem curados, eram examinados. A equipe também decidia quem seria filmado e por quem Joshua oraria.

Mulher dá entrevistacasa de apostas ilegaiscanalcasa de apostas ilegaistelevisão da Scoan
Legenda da foto, Milharescasa de apostas ilegaispessoas faziam fila para serem recebidas por TB Joshuacasa de apostas ilegaisbuscacasa de apostas ilegaisuma cura

Agomoh Paul, que supervisionou o departamento durante 10 anos, disse à BBC que a equipe era "treinada por médicos".

Paul é um ex-discípulo, membrocasa de apostas ilegaisum grupocasa de apostas ilegaisseguidores dedicados que viviam com o pastor na sede principal da Scoancasa de apostas ilegaisLagos.

"Qualquer casocasa de apostas ilegaiscâncer, eles mandavam embora. Aí as pessoas que tinham feridas abertas normais que poderiam cicatrizar, eles levavam para dentro, para serem apresentadas como pacientes com câncer", disse ele.

Apenas um seleto grupocasa de apostas ilegaisdiscípuloscasa de apostas ilegaisconfiança era autorizado a trabalhar no departamentocasa de apostas ilegaisemergência. Eles escreveriam cartazes, detalhando as enfermidades inventadas ou exageradas, que cada fiel deveria segurar no momentocasa de apostas ilegaisoração.

Quando chegava a horacasa de apostas ilegaisconhecer TB Joshua, eles faziam fila na frente das câmeras para serem "curados".

"Era um sistema complicado. Nem todos os discípulos sabiam o que estava acontecendo. Era um segredo", contou Paul.

2) Medicamentos

Cada visitante estrangeiro que procurava a igreja para ser curado tinha que preencher um relatório médico, detalhandocasa de apostas ilegaisdoença e os medicamentos que estavam sendo prescritos.

Eles eram instruídos a pararcasa de apostas ilegaistomar os remédios, mas Joshua exigia que seus farmacêuticos adquirissem o mesmo medicamento e continuava administrando a droga sem o seu conhecimento.

Os membros da igreja "colocavam essas drogascasa de apostas ilegaisbebidascasa de apostas ilegaisfruta", que eram oferecidas aos fiéis depoiscasa de apostas ilegaisserem abençoadas por Joshua.

Dessa forma, os visitantes não ficavam doentes e acreditavam nos poderes divinoscasa de apostas ilegaiscura do pastor.

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Na décadacasa de apostas ilegais1990, quando o HIV/Aids atingiu níveiscasa de apostas ilegaisepidemiacasa de apostas ilegaisdiferentes partes da África Subsariana, Joshua instruiu os fiéis que parassemcasa de apostas ilegaistomar os medicamentos antirretrovirais quando voltassem para suas casas.

"Sei que pessoas morreram porque não tomaram os remédios e é difícil viver com isso", admitiu um ex-discípulo, que pediu para não ser identificado.

A sul-africana Tash Ford, agora com 49 anos, foi para Lagoscasa de apostas ilegais2001 na esperançacasa de apostas ilegaiscurar acasa de apostas ilegaisinsuficiência renal, mas foi orientada a pararcasa de apostas ilegaistomar seus medicamentos.

"Era a promessacasa de apostas ilegaisque você poderia receber um novo rimcasa de apostas ilegaisforma sobrenatural", disse ela à BBC.

Na época ela já havia feito dois transplantescasa de apostas ilegaisrim. Ford diz que os discípulos disseram: "Parecasa de apostas ilegaistomarcasa de apostas ilegaismedicação e apenas acredite".

Ela acreditava que havia sido curada. Mas quando chegoucasa de apostas ilegaiscasa, depoiscasa de apostas ilegaisquatro semanas sem tomar os remédios, ela teve que ser internada.

Os médicos inicialmente conseguiram salvar seu rim, mas depois ele paroucasa de apostas ilegaisfuncionar e ela teve que fazer diálise renal por maiscasa de apostas ilegais6 anos antescasa de apostas ilegaisfazer um terceiro transplantecasa de apostas ilegais2011.

3) Lavagem cerebral

Ford diz que nunca duvidou do podercasa de apostas ilegaiscuracasa de apostas ilegaisTB Joshua durante o períodocasa de apostas ilegaisque viveu na Scoan. "Sinceramente, pensei que estávamos vendo milagres. Eu literalmente não conseguia acreditar no que estava vendo. Vi alguém saircasa de apostas ilegaisuma cadeiracasa de apostas ilegaisrodas."

A teatralidade parecia atrair a todos.

Um ex-discípulo disse à BBC que depoiscasa de apostas ilegaisserem exibidos ao público, os seguidores escolhidos eram orientados a "exagerar os seus problemas para que Deus pudesse curá-los e exagerar na cura".

"As próprias pessoas estavam claramente sendo manipuladas", disse ela.

A igreja tinha um estoque prontocasa de apostas ilegaiscadeirascasa de apostas ilegaisrodas que os seguidores eram persuadidos a usar. Eles eram avisados ​​de que não seriam curados a menos que se sentassemcasa de apostas ilegaisuma delas quando conhecessem Joshua.

"Dizíamos a eles: 'Se você for lá e andar com suas próprias pernas, 'papai' não vai orar por você. Você precisa gritar: 'Homemcasa de apostas ilegaisDeus, me ajude, não consigo andar'", contou Agomoh Paul.

Em vezcasa de apostas ilegaischamá-lo pelo nome, todas eram incentivadas a se referir a Joshua como "papai".

Outra ex-discípula, Bisola, que passou 14 anos morando na Scoan, acompanhou Joshua emcasa de apostas ilegaisCampanha Nacionalcasa de apostas ilegaisCura na Igrejacasa de apostas ilegaisNosso Salvadorcasa de apostas ilegaisSingapuracasa de apostas ilegais2006.

Ela diz que viu pessoascasa de apostas ilegaiscadeirascasa de apostas ilegaisrodas tentando se levantar depois que o pastor disse à congregação que "ele havia liberado a fé no estádio".

No entanto, essas pessoas não foram examinadas e elas caíram. "Eu estava chorando. Eu estava chorando por eles", disse ela.

Os próprios funcionários do departamentocasa de apostas ilegaisemergência também estavam sendo manipulados. Eles foram submetidos a provações horríveis, incluindo estupro, violência física e tortura, e viviamcasa de apostas ilegaisacordo com um conjunto rígidocasa de apostas ilegaisregras – não podiam dormir mais do que algumas horas seguidas, por exemplo.

Agora lutam para compreender como e porquê continuaram a seguir as ordens do pastor.

"TB Joshua me disse: 'Não se preocupe, usamos isso para edificar a fé das pessoascasa de apostas ilegaisCristo.' Eu não estava pensando que estava realmente fazendo algo errado. Pensei que estava fazendo algo que ajudaria a edificar a fé das pessoas na igreja", disse Paul.

"Gostaria que soubéssemos que tudo era uma farsa, que não era verdade. Fui manipulada para acreditar que o que o profeta estava fazendo era sobrenatural, milagres, maravilhas, sinais", diz Ford.

4) Subornos

Alguns discípulos alegam que foram encarregadoscasa de apostas ilegaisencontrar pessoas que precisavamcasa de apostas ilegaisdinheiro para fingir que estavam doentes.

Os discípulos do pastor escreviam cartazes, detalhando as enfermidades inventadas ou exageradas, que cada fiel deveria segurar no momentocasa de apostas ilegaisoração
Legenda da foto, Os discípulos do pastor escreviam cartazes, detalhando as enfermidades inventadas ou exageradas, que cada fiel deveria segurar no momentocasa de apostas ilegaisoração

Quando TB Joshua viajava para outros paísescasa de apostas ilegaissuas "turnêscasa de apostas ilegaiscura", seus discípulos iam às áreas mais pobres das cidadescasa de apostas ilegaisbuscacasa de apostas ilegaispessoas que viviam na miséria.

"Dizíamos: 'Precisamos que você represente esta cena e nós lhe pagaremos'", disse outra ex-discípula à BBC.

"Nós os colocávamoscasa de apostas ilegaishotéis e os limpávamos. Eles vinham, faziam o que deviam fazer e nós dávamos dinheiro", contou.

Antes do culto, eles informavam a Joshuacasa de apostas ilegaisquais fileiras as pessoas pagas estavam sentadas e que roupas estavam usando, para que ele soubessecasa de apostas ilegaisquem deveria realizar seus supostos milagres.

“As pessoas eram levadas apenas para fingir que foram curadas”, disse ela.

5) Atestados médicos falsos

Os "milagrescasa de apostas ilegaiscura" transmitidos regularmente a milhõescasa de apostas ilegaispessoas incluíam relatórios médicos afirmando que as pessoas tinham sido curadas do HIV/Aids ecasa de apostas ilegaisdoenças como o câncer.

Médicos eram entrevistados diante das câmeras confirmando as curas.

Em 2000, o jornalista nigeriano Adejuwon Soyinka reveloucasa de apostas ilegaisuma investigação que os atestados médicos eram falsos, mas Joshua negou as acusações e o caso foi abafado.

Até hoje algumas pessoas acreditam que foram curadas, mas fontes internas dizem que tudo não passoucasa de apostas ilegaisuma atuação. "A coisa toda era encenada e falsa. Era falsa", disse Paul, que classificou Joshua como um "gênio do mal".

Nada acontecia na igreja sem que Joshua soubesse, explicou ele. "TB Joshua era quem planejava toda a manipulação", disse.

6) Manipulação dos vídeos

Os "milagres" eram filmados e depois editados para fazer parecer que as supostas curas aconteciam instantaneamente.

Os vídeoscasa de apostas ilegais"antes e depois" eram muitas vezes gravados com meses ou até anoscasa de apostas ilegaisdifierença, mas eram editados para mostrar os supostos poderes milagrosos do pastor.

"Tudo o que se via na TV era o antes e o depois, mas não se conhecia o espaçocasa de apostas ilegaistempo", contou Bisola, que foi editor-chefecasa de apostas ilegaisvídeo da Scoan por cinco anos e trabalhou na Emmanuel TV. Como outras fontes entrevistadas pela BBC, ela optou por usar apenas o primeiro nome.

"O que as pessoas veem não é real. É fraude", disse ela sobre os clipes e as transmissões que supervisionou.

"Estou falando agora como alguém que estava por dentro", disse ela.

Qualquer coisa que eles não queriam que os espectadores vissem era "cortada". Tudo era "organizado", disse ela.

Linha cinza

A BBC entroucasa de apostas ilegaiscontato com a Scoan e apresentou as alegações presentes nesta investigação. A igreja não respondeu, mas negou denúncias anteriores contra Joshua.

"Acusações infundadas contra o Profeta TB Joshua não são novidade. Nenhuma das acusações foi fundamentada", disse a igreja por meiocasa de apostas ilegaisum comunicado.

Esta investigação da BBC Africa Eye foi conduzida por Charlie Northcott, Helen Spooner, Maggie Andresen, Yemisi Adegoke e Ines Ward.