Qual a idade certa para dar um celular a uma criança:como funciona o bet nacional
Existem ainda muitas questões sem resposta sobre os efeitoscomo funciona o bet nacionallongo prazo dos telefones celulares e das redes sociais sobre as crianças e adolescentes, mas as pesquisas existentes fornecem algumas evidências sobre os seus principais riscos e benefícios.
Particularmente, embora não existam amplas evidências que demonstrem que ter um telefone celular ou usar as redes sociais seja prejudicial para o bem-estar das criançascomo funciona o bet nacionalgeral, pode haver outros aspectos nesta história que ainda são desconhecidos.
A maior parte das pesquisas disponíveis no momento concentra-se nos adolescentes e não nos gruposcomo funciona o bet nacionalmenor idade - e as evidências que surgem demonstram que pode haver fases específicascomo funciona o bet nacionaldesenvolvimentocomo funciona o bet nacionalque as crianças são mais suscetíveis a efeitos negativos.
E, mais do que isso, os especialistas concordam que diversos fatores importantes devem ser considerados ao decidir se o seu filho está pronto para ter um celular - e o que deve ser feito quando eles tiverem um.
Como os celulares afetam as crianças
Os smartphones ainda são uma tecnologia relativamente nova para podermos compreender seus efeitoscomo funciona o bet nacionallongo prazo. Mas já existem evidências que revelam alguns fatores importantes para diferentes faixas etárias:
Criançascomo funciona o bet nacionalzero a oito anoscomo funciona o bet nacionalidade têm "pouca ou nenhuma percepção dos riscos online, quando o assunto é o usocomo funciona o bet nacionaltelefones celulares e aplicativoscomo funciona o bet nacionalredes sociais", segundo um estudo realizadocomo funciona o bet nacionalsete países europeus.
Os pais detêm influência poderosa como modelos: o mesmo estudo concluiu que as crianças, muitas vezes, copiam o uso do celular pelos seus pais.
Os adolescentes podem ser particularmente sensíveis ao feedback das redes sociais. Certas mudançascomo funciona o bet nacionaldesenvolvimento durante a adolescência podem significar que os jovens ficam mais sensíveis ao status e às relações sociais, o que, porcomo funciona o bet nacionalvez, pode tornar o uso das redes sociais mais estressante para eles.
Especialistas afirmam que a abertura e a comunicação são fundamentais quando o assunto é a forma com que os pais lidam com o uso dos smartphones pelos jovens. Isso inclui conversar sobre o que eles estão vendo e suas experiências online.
Dados do órgão regulador britânicocomo funciona o bet nacionalcomunicações Ofcom demonstram que a ampla maioria das crianças no Reino Unido tem um smartphone com 11 anoscomo funciona o bet nacionalidade. Esse índice sobecomo funciona o bet nacional44% aos 9 anos para 91% aos 11 anos.
Nos Estados Unidos, 37% dos paiscomo funciona o bet nacionalcrianças com 9 a 11 anoscomo funciona o bet nacionalidade afirmam que seu filho tem seu próprio celular. E,como funciona o bet nacionalum estudo realizadocomo funciona o bet nacional19 países da Europa, 80% das crianças com 9 a 16 anoscomo funciona o bet nacionalidade responderam que usam um smartphone para acessar a internet diariamente ou quase todos os dias.
"Quando estudamos os adolescentes mais velhos, maiscomo funciona o bet nacional90% têm telefone", afirma Candice Odgers, professoracomo funciona o bet nacionalPsicologia da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
Dados inconsistentes
Um relatório europeu sobre o uso da tecnologia digital entre crianças desde o nascimento até os 8 anoscomo funciona o bet nacionalidade concluiu que essa faixa etária tem "pouca ou nenhuma percepção dos riscos online". Mas ainda faltam evidências mais sólidas sobre os efeitos prejudiciais do usocomo funciona o bet nacionalcelulares - e dos aplicativoscomo funciona o bet nacionalredes sociais que vêm com eles - sobre crianças mais velhas.
Odgers analisou seis meta-análisescomo funciona o bet nacionalbusca da relação entre o uso da tecnologia digital e a saúde mental das crianças e dos adolescentes, alémcomo funciona o bet nacionaloutros estudoscomo funciona o bet nacionallarga escala e sobre o uso diário. Ela não encontrou relação consistente entre o uso da tecnologia pelos adolescentes e seu bem-estar.
E, nos poucos estudos que encontraram associação, os efeitos, tanto positivos quanto negativos, foram pequenos. "A maior descoberta realmente foi uma diferença entre o que as pessoas acreditam, incluindo os próprios adolescentes, e o que as evidências mostram na realidade", ela conta.
Outra análise, conduzida por Amy Orben, psicóloga experimental da Universidadecomo funciona o bet nacionalCambridge, no Reino Unido, também constatou que as evidências são inconclusivas. Embora houvesse uma pequena correlação negativa,como funciona o bet nacionalmédia, entre os estudos analisados, Orben concluiu que era impossível saber se a tecnologia estava causando a queda do bem-estar ou vice-versa - ou se outros fatores estavam influenciando a ambos.
Orben ressalta que grande parte das pesquisas nesta área não tem qualidade suficiente para fornecer resultados significativos.
É claro que estes resultados são as médias. "Existe uma grande variação inerente sobre os impactos [sobre o bem-estar] na literatura científica", segundo Orben. E a experiênciacomo funciona o bet nacionaladolescentes individuais dependerá das suas próprias circunstâncias pessoais.
"Muitas vezes, quem pode realmente julgar isso são apenas as pessoas mais próximas", acrescenta a psicóloga.
Em termos práticos, isso significa que, independentemente do que disserem as evidências mais amplas, pode haver crianças que enfrentam dificuldades resultantes do usocomo funciona o bet nacionalredes sociais oucomo funciona o bet nacionalcertos aplicativos. Por isso, é importante que os pais fiquem atentos e ofereçam apoio.
Por outro lado, para alguns jovens, o celular pode ser uma tábuacomo funciona o bet nacionalsalvação - seja para que pessoas com deficiências possam encontrar uma nova formacomo funciona o bet nacionalacesso e formaçãocomo funciona o bet nacionalredes sociais ou para que adolescentes possam buscar respostas a questões prementes sobre acomo funciona o bet nacionalsaúde.
"Imagine que você seja um adolescente preocupado com possíveis problemas nacomo funciona o bet nacionalpuberdade ou quecomo funciona o bet nacionalsexualidade não é a mesma dos seus amigos - ou que esteja preocupado com as mudanças climáticas quando os adultos àcomo funciona o bet nacionalvolta estão saturados com o assunto", pondera Sonia Livingstone, professoracomo funciona o bet nacionalPsicologia Social da London School of Economics, no Reino Unido, e uma das autorascomo funciona o bet nacionalParenting for a Digital Future ("Criando filhos para um futuro digital",como funciona o bet nacionaltradução livre).
Mas, na maior parte das vezes, quando estão usando o celular para comunicar-se, as crianças estão falando com os amigos e a família. "Se você realmente analisar com quem as crianças estão falando online, existe uma coincidência muito forte comcomo funciona o bet nacionalrede offline", afirma Odgers.
"Acho que toda esta ideiacomo funciona o bet nacionalque estamos perdendo uma criança isolada para o telefone pode ser um risco real para algumas crianças, mas, para a ampla maioria, eles estão se conectando, compartilhando, vendo coisascomo funciona o bet nacionalconjunto", diz ela.
De fato, embora os celulares muitas vezes sejam culpados pelo fatocomo funciona o bet nacionalas crianças passarem menos tempocomo funciona o bet nacionalambientes externos, um estudo dinamarquês com criançascomo funciona o bet nacional11 a 15 anoscomo funciona o bet nacionalidade encontrou algumas evidênciascomo funciona o bet nacionalque, na verdade, os celulares oferecem a possibilidadecomo funciona o bet nacionallocomoção independente para as crianças, aumentando a sensaçãocomo funciona o bet nacionalsegurança dos pais e ajudando a criança a navegar por ambientes não familiares.
As crianças afirmam que seus telefones ampliaram suas experiências foracomo funciona o bet nacionalcasa, ouvindo música e mantendo contato com os pais e os amigos.
'Janelascomo funciona o bet nacionalsensibilidade'
É claro que a capacidadecomo funciona o bet nacionalestarcomo funciona o bet nacionalcomunicação quase constante com os colegas sempre traz algum risco.
"Acho que o celular tem sido fantástico para revelar o que sempre foi uma necessidade não atendida da parte dos jovens", afirma Livingstone. "Mas, para muitos, ele pode ser coercitivo, pode tornar-se incrivelmente normativo."
"Ele pode pressioná-los a sentir que existe um lugar onde estão as pessoas populares, onde eles estão lutando para entrar oucomo funciona o bet nacionalonde podem ser excluídos, onde todos estão fazendo o mesmo tipocomo funciona o bet nacionalcoisas e conhecem o mais recente seja-lá-o-que-for", segundo ela.
E,como funciona o bet nacionalfato, Orben e seus colegas encontraram "janelascomo funciona o bet nacionalsensibilidadecomo funciona o bet nacionaldesenvolvimento". Nelas, o uso das redes sociais é associado a um período posteriorcomo funciona o bet nacionalqueda da satisfação com a própria vida,como funciona o bet nacionalidades específicas durante a adolescência.
Analisando dadoscomo funciona o bet nacionalmaiscomo funciona o bet nacional17 mil participantes com 10 a 21 anoscomo funciona o bet nacionalidade, os pesquisadores concluíram que o maior uso das redes sociais com 11 a 13 anos para as meninas e 14 a 15 anos para os meninos era um indicadorcomo funciona o bet nacionalmenor satisfação com a vida um ano mais tarde. E o inverso também era verdadeiro: menor uso das redes sociais nessas idades indicava maior satisfação com a vida no ano seguinte.
Isso estácomo funciona o bet nacionalacordo com o fatocomo funciona o bet nacionalque as meninas costumam atravessar a puberdade antes dos meninos, segundo os pesquisadores, embora não haja evidências suficientes para afirmar que esta seja a causa da diferençacomo funciona o bet nacionaltempo. Outra janela surgiu aos 19 anoscomo funciona o bet nacionalidade para participantes homens e mulheres, perto da épocacomo funciona o bet nacionalque muitos adolescentes saíamcomo funciona o bet nacionalcasa.
Os pais deveriam considerar com cautela essas faixascomo funciona o bet nacionalidade ao tomar decisões para suas próprias famílias, mas vale a pena levarcomo funciona o bet nacionalconta que mudançascomo funciona o bet nacionaldesenvolvimento podem tornar as crianças mais sensíveis aos lados negativos das redes sociais.
Durante os anos da adolescência, por exemplo, o cérebro sofre enormes mudanças, o que pode influenciar como os jovens agem e se sentem, chegando a torná-los mais sensíveis aos relacionamentos e ao status social.
"Ser adolescente realmente é uma época importante do desenvolvimento", afirma Orben. "Você é muito mais influenciado pelos colegas, você está muito mais interessado pelo que as outras pessoas pensam sobre você. E o formato das redes sociais - como elas fornecem contato social e feedback, mais ou menos a um cliquecomo funciona o bet nacionaldistância - pode ser mais estressantecomo funciona o bet nacionaldeterminados momentos."
Além da idade, outros fatores podem influenciar o impacto das redes sociais sobre as crianças e os adolescentes, mas os pesquisadores estão apenas começando a explorar essas diferenças individuais.
"Realmente, esta é agora uma área centralcomo funciona o bet nacionalpesquisa", afirma Orben. "Haverá pessoas que sofrerão impactos positivos ou negativos maiorescomo funciona o bet nacionaldiferentes momentos. Isso pode ocorrer porque eles vivem vidas diferentes, passam pelo desenvolvimentocomo funciona o bet nacionalmomentos diferentes e podem usar as redes sociaiscomo funciona o bet nacionalforma diferente. Realmente precisamos identificar essas coisas."
Mas quando?
Embora as pesquisas possam oferecer subsídios para que as famílias decidam se devem comprar um celular para seus filhos, elas não conseguem oferecer respostas específicas para a difícil pergunta "quando?".
"Acho que, ao dizer que as coisas são mais complexas, elas naturalmente devolvem a questão para os pais", afirma Amy Orben. "Mas, na verdade, isso pode não ser algo tão ruim, já que é muito individual."
A questão principal que os pais precisam perguntar, segundo Candice Odgers, é: "Como ele se encaixa para a criança e para a família?".
Para muitos pais, comprar um celular para uma criança é uma decisão prática. "Em muitos casos, os pais são os que desejam que as crianças mais jovens tenham celulares para poderem manter contato com elas todo o dia e coordenar os transportes", afirma Odgers.
E ter um celular pode ser considerado um passo rumo à idade adulta.
"Acho que dá às crianças uma sensaçãocomo funciona o bet nacionalindependência e responsabilidade", afirma Anja Stevic, pesquisadora do Departamentocomo funciona o bet nacionalComunicação da Universidadecomo funciona o bet nacionalViena, na Áustria. "É definitivamente algo que os pais devem considerar: seus filhos estãocomo funciona o bet nacionalum estágiocomo funciona o bet nacionalque são suficientemente responsáveis para que tenham seu próprio aparelho?"
Um fator que os pais não devem descartar é até que ponto eles se sentem confortáveis quando seus filhos têm um telefone celular. Um estudocomo funciona o bet nacionalStevic e seus colegas demonstrou que, quando os pais sentem faltacomo funciona o bet nacionalcontrole sobre o uso do smartphone pelas crianças, tanto elas quanto os pais relatam mais conflitos relacionados ao aparelho.
Mas vale a pena lembrar que ter um telefone celular não abre necessariamente as portas para todo e qualquer aplicativo ou jogo que existe.
"Quando entrevisto crianças, ouço cada vez mais que os pais estão dando a eles o telefone, mas exigindo que os aplicativos que eles instalarem sejam verificados e discutidos", afirma Sonia Livingstone. "Acho que isso pode ser muito inteligente."
Os pais também podem, por exemplo, passar um tempo jogando com as crianças para ter certezacomo funciona o bet nacionalque estão satisfeitos com o conteúdo ou dedicar um tempo para verificar o que há no telefone junto com as crianças.
"Existe um poucocomo funciona o bet nacionalsupervisão, mas é preciso ter essa comunicação e abertura a respeito, poder apoiá-los pelo que eles estiverem vendo e experimentando online, da mesma forma que offline", explica Odgers.
Outra recomendação é que, no momentocomo funciona o bet nacionaldefinir regras domésticas para o uso do smartphone - como não deixar o celular no quarto da criança à noite -, os pais também observem honestamente o seu próprio uso dos seus celulares.
"As crianças odeiam hipocrisia", afirma Livingstone. "Elas odeiam sentir que estão recebendo instruções para não fazer algo que os seus pais fazem, como usar o telefone na hora da refeição ou ir para a cama com o telefone."
E até as crianças mais jovens aprendem com o uso do celular pelos seus pais.
Um relatório europeu sobre o usocomo funciona o bet nacionaltecnologia digital entre as crianças desde o nascimento até os 8 anoscomo funciona o bet nacionalidade concluiu que essa faixa etária tinha pouca ou nenhuma consciência dos riscos, mas que as crianças, muitas vezes, copiavam o uso da tecnologia pelos seus pais. Alguns pais até descobriram durante o estudo que as crianças sabiam as senhas dos seus aparelhos, para poder acessá-loscomo funciona o bet nacionalforma independente.
Mas os pais podem usar isso a seu favor, fazendo com que as crianças mais jovens se envolvam durante as tarefas realizadas no telefone celular, formando boas práticas.
"Acho que esse envolvimento e usocomo funciona o bet nacionalconjunto é realmente uma boa forma para que eles aprendam o que está acontecendo nesse aparelho e para que ele serve", afirma Stevic.
Por fim, a decisão sobre quando comprar um telefone celular para um filho é uma decisão importante para os pais. Para alguns, a decisão correta serácomo funciona o bet nacionalnão comprar. E, com um poucocomo funciona o bet nacionalcriatividade, as crianças que não têm celular não terão nada a perder.
"Crianças que são razoavelmente confiantes e sociáveis encontrarão soluções para participar do grupo", afirma Livingstone. "Afinal, a maior parte dacomo funciona o bet nacionalvida social está na escola e, basicamente, eles se veem todos os dias,como funciona o bet nacionalqualquer forma."
De fato, aprender a lidar com o medo da exclusão que eles sentem por não terem um celular pode ser uma lição útil para os adolescentes mais velhos, quando, sem as restrições impostas pelos pais, eles acabam por comprar um para si próprios e precisam aprender a definir limites.
"O problema com o medo da exclusão é que ele nunca acaba,como funciona o bet nacionalforma que todas as pessoas precisam aprender a definir um limitecomo funciona o bet nacionalalgum lugar", afirma Livingstone. "Se não fosse assim, você estaria simplesmente rolando telas 24 horas por dia, sete dias por semana."
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.
- Texto originalmente publicadocomo funciona o bet nacionalhttp://vesser.net/vert-fut-63291695
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