Crianças no celular: quanto tempo devem usar e 7 sinaisestrela bet oficial siteexcesso:estrela bet oficial site
A BBC News Brasil ouviu especialistas no tema e resume a seguir os sete sinaisestrela bet oficial siteque há algo errado e o que pode ser feito para melhorar essa relação com o mundo digital.
1. Ficar muito tempo vidrado nas telinhas
A fonte da maioria das recomendações é uma sérieestrela bet oficial siteartigos publicados entre 2019 e 2021 pelo Grupoestrela bet oficial siteTrabalho Saúde na Era Digital da Sociedade Brasileiraestrela bet oficial sitePediatria (SBP).
"E todas as nossas diretrizes estão alinhadas com as orientações divulgadas pelas academiasestrela bet oficial sitepediatria dos Estados Unidos, do Canadá e da União Europeia", ressalta a médica Evelyn Eisenstein, coordenadora do grupo brasileiro.
O primeiro ponto que os especialistas chamam a atenção envolve a quantidadeestrela bet oficial sitehoras que crianças e adolescentes passam conectados.
No mundo ideal, o limiteestrela bet oficial sitetempoestrela bet oficial sitecontato com celulares, tablets e computadores é determinado pela faixa etária, como você confere a seguir:
- Menoresestrela bet oficial site2 anos: nenhum contato com telas ou videogames;
- Dos 2 aos 5 anos: até uma hora por dia;
- Dos 6 aos 10 anos: entre uma e duas horas por dia;
- Dos 11 aos 18 anos: entre duas e três horas por dia.
"Precisamos lembrar que o dia tem 24 horas. Se o jovem fica 4 ou 5 horas conectado, isso já representa 20% do tempo disponível", calcula Eisenstein.
2. Ter acesso a conteúdos inapropriados
Mas não é apenas com a quantidade que os especialistas estão preocupados. Eles também pedem muita atenção com a qualidade dos conteúdos que os jovens acessam.
"Estima-se que metade dos pais não tem ideia do que seus filhos consomem na internet", informa Eisenstein.
"E as crianças não sabem bloquear mensagens indevidas, enquanto o mundo online está cheioestrela bet oficial siteagressores e predadores", complementa a pediatra.
A orientação, portanto, é supervisionar a atividade dos menoresestrela bet oficial sitesites e aplicativos. Muitos celulares e serviços online, inclusive, possuem ferramentas e filtros que permitem esse controle parental.
A SBP orienta que crianças e adolescentes não utilizem computadores, tablets e celularesestrela bet oficial sitelugares isolados da casa, como o quarto ou o escritório, mas, sim,estrela bet oficial sitelocais onde os adultos estejam sempre por perto.
3. Trocar o dia pela noite
Quando o contato com as telas ultrapassa todos os limites, um dos quesitos mais prejudicados é o sono.
"É normal vermos crianças que ficam jogando ou mexendo nas redes sociais até altas horas da madrugada", conta o psicólogo Thiago Viola, professor da Escolaestrela bet oficial siteMedicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
"E nós sabemos como o sono é importante para nossa saúde, ainda mais durante a infância e a adolescência", completa.
É justamente durante o descanso noturno que o corpo se desenvolve e o cérebro solidifica as memórias e os aprendizados.
Quando o jovem troca o dia pela noite, todos esses processos são prejudicados, o que pode trazer repercussões para a vida inteira.
"O ideal é limitar o contato com estímulos luminosos que vêm das telas conforme anoitece", orienta o médico Rodrigo Machado, do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso do Institutoestrela bet oficial sitePsiquiatria do Hospital das Clínicasestrela bet oficial siteSão Paulo.
"A luz prejudica a produção da melatonina, hormônio que dita o ritmoestrela bet oficial site24 horas do dia. Sem a presença dessa substância, todo o processo do sono acaba atrasado", explica.
4. Abandonar o convívio, a rotina e as atividades sociais
Outros sinais típicosestrela bet oficial siteque o jovem está exagerando no tempoestrela bet oficial sitetelas é o abandono, parcial ou completo,estrela bet oficial sitetodas as atividades fora da internet, como as práticas esportivas, culturais eestrela bet oficial sitelazer.
Outro sintoma preocupante é a substituição do convívio com amigos, pais ou familiares pelos jogosestrela bet oficial sitevideogame ou a interação pelas redes sociais.
"Esbarramos mais uma vez na questão do limite: quando o uso do celular faz com que as crianças ou os adolescentes deixemestrela bet oficial sitecumprir as funções básicas, como comer, dormir, tomar banho, preparar a liçãoestrela bet oficial sitecasa ou fazer atividade física, algo está errado", exemplifica Eisenstein.
Os especialistas dizem que a rotina e o estabelecimentoestrela bet oficial siteregras claras é fundamental nas primeiras décadasestrela bet oficial sitevida e deve incluir aqueles que estão na primeira infância.
"Nesse contexto, os paisestrela bet oficial sitecrianças menores não podem usar o celular ou o tablet como uma 'bengala', para deixar a criança entretida enquanto eles fazem outras atividades", destaca Viola.
Muitas vezes, esse acesso ilimitado às telas numa idade tão tenra é o inícioestrela bet oficial siteum processo que vai desembocar no uso abusivoestrela bet oficial sitedispositivos eletrônicos pelos anos que virão.
5. Sofrer uma queda no rendimento das aulas
O documento da SBP também pede que pais e tutores prestem atenção na "queda do rendimento, fracasso, abandono ou evasão escolar".
Observe, portanto, se a criança ou o adolescente está passando muitas horas na frente do computador ou do celular e,estrela bet oficial siteparalelo, as notas e o comportamentoestrela bet oficial sitesalaestrela bet oficial siteaula sofreram alguma alteração.
Em alguns casos, é possível que exista uma conexão entre esses dois fenômenos.
"E não podemos ignorar o fatoestrela bet oficial siteque as escolas e os educadores têm uma responsabilidadeestrela bet oficial sitetoda essa discussão, ainda mais quando estamos numa pandemia,estrela bet oficial siteque muitas atividades escolares precisaram acontecer à distância, por meio dos aplicativosestrela bet oficial sitevideochamada", contextualiza Eisenstein.
6. Estar envolvidoestrela bet oficial siteepisódiosestrela bet oficial sitebullying
É preciso ficarestrela bet oficial siteolho neste tipoestrela bet oficial sitediscriminação no mundo físico e no digital — e tanto agressor quanto vítima precisamestrela bet oficial sitecuidados.
"A criança mais velha e o adolescente podem ser alvosestrela bet oficial sitecyberbullying e passar por um processoestrela bet oficial site'cancelamento'estrela bet oficial sitetodo o círculo social", descreve Viola.
"Em alguns casos, fotos, vídeos e detalhes íntimos do alvo caem na rede, o que vai gerar muitas repercussões emocionais e psicológicas", alerta.
Machado lembra que o mundo digital pode propiciar um comportamento mais agressivo dos usuários. "Como você não vê a reação do outro, acaba se sentindo mais à vontade para compartilhar emoções primitivas, sem um freio crítico ou moral", raciocina o psiquiatra.
"Ou seja: há uma propensãoestrela bet oficial siteperpetuar e naturalizar comportamentos extremados nas redes", complementa.
A melhor ferramenta, garantem os especialistas, é a prevenção: pais e tutores precisam ficar atentos e orientar os mais jovens como se comportar nessas situações.
Quando o bullying escalou e já atingiu um nível mais grave, muitas vezes será necessário envolver os familiaresestrela bet oficial siteagressores e vítimas, representantes da escola e algum tipoestrela bet oficial sitemediação feita por psicólogos ou outros profissionais que atuem nessa área.
7. Desenvolver problemas no corpo e na mente
O uso excessivoestrela bet oficial sitecelulares e outros dispositivos conectados à internet pode dar as carasestrela bet oficial siteuma sérieestrela bet oficial sitesintomas e doenças. A SBP lista alguns nas diretrizes publicadas nesses últimos anos:
- Transtornos do sono, como insônia;
- Transtornos alimentares, como bulimia e anorexia;
- Sedentarismo;
- Obesidade;
- Doresestrela bet oficial sitecabeça;
- Dores musculares relacionadas à postura;
- Irritabilidade, agressividade e condutas violentas;
- Ansiedade e depressão.
Uma parcela desses incômodos está relacionada com o tempo prolongadoestrela bet oficial siteinatividade. Quem fica muitas horas sentado na frenteestrela bet oficial siteum computador, por exemplo, possui menos tempo para fazer exercícios físicos e pode sofrer com dores nas costas pela postura inadequada.
Outra parte dos sinais, porém, tem um fundo emocional e afetivo. "O acesso a conteúdos sobre emagrecimento e a buscaestrela bet oficial siteum corpo idealizado aumenta o riscoestrela bet oficial sitetranstornos alimentares", cita Eisenstein.
Como resolver esses problemas?
Considerando o fatoestrela bet oficial siteque os celulares são parte da rotina da vasta maioria das pessoas, será que é possível ter uma relação mais saudável com a tecnologia? E como identificar as situaçõesestrela bet oficial siteque o uso desses dispositivos ultrapassou os limites, especialmente na infância e na adolescência?
"A primeira intervenção é se desconectar aos poucos. De nada adianta castigar ou tirar o celular da criança ou do adolescenteestrela bet oficial siteforma brusca e definitiva", aponta Eisenstein.
"E, claro, esse atoestrela bet oficial sitese desconectar da internet precisa envolver todos os integrantes da família, não apenas os jovens", destaca a pediatra.
Viola reforça a necessidadeestrela bet oficial siteestabelecer limites. "A criança e o adolescente precisam saber que podem entrar na internet por um determinado númeroestrela bet oficial sitehoras por dia."
Por fim, vale reforçar que existem formasestrela bet oficial siteidentificar e tratar os quadrosestrela bet oficial sitevício no usoestrela bet oficial sitecelular e outros dispositivos eletrônicos.
"Se o jovem apresenta dificuldades nos âmbitos social, profissional, educacional ou familiar, é necessário buscar a avaliaçãoestrela bet oficial siteum profissionalestrela bet oficial sitesaúde", orienta Machado.
Para os casosestrela bet oficial siteque há diagnósticoestrela bet oficial siteum transtorno, como uma dependênciaestrela bet oficial sitevideogames, é possível intervir por meio da terapia cognitivo-comportamental, uma abordagem da psicologia que busca analisar, racionalizar e propor intervenções nos hábitos e nos pensamentos do paciente.
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