Que alimentos processados são melhores que suas versões naturais:casa de aposta com 1 real

Legenda do áudio, Em áudio: Que alimentos processados são melhores que suas versões naturais

Alimentos naturais podem conter toxinas e um processamento mínimo pode torná-los mais seguros.

O feijão, por exemplo, contém lectinas, que podem causar vômitos e diarreia. Elas são eliminadas ao deixar os grãoscasa de aposta com 1 realmolho durante a noite e depois cozinhá-los na água fervendo.

O processamento também torna seguro o consumocasa de aposta com 1 realleitecasa de aposta com 1 realvaca.

O leite é pasteurizado desde o fim do século 19 para matar bactérias nocivas. Antes disso, era distribuído localmente, porque não havia uma boa refrigeração nas casas.

"As vacas eram ordenhadas todos os dias, e as pessoas levavam leite para vender nos bairros", diz John Lucey, professorcasa de aposta com 1 realciência alimentar da Universidadecasa de aposta com 1 realWisconsin-Madison, nos Estados Unidos.

"Mas as cidades ficaram maiores, o leite ficou mais distante e demorou mais para chegar ao consumidor, o que significava que os patógenos podiam se multiplicar".

As evidências crescentes sugerindo que alguns organismos no leite poderiam ser prejudiciais à saúde levaram ao desenvolvimentocasa de aposta com 1 realdispositivos para aquecimento do mesmo e à invenção da pasteurização, que logo foi adotada na Europa e, mais tarde, nos EUA.

Duas crianças tomando leite

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O leite é pasteurizado para durar mais tempo

"É uma das históriascasa de aposta com 1 realsucessocasa de aposta com 1 realsaúde pública mais importantes do último século", afirma Lucey.

"Pouco antes da Segunda Guerra Mundial, cercacasa de aposta com 1 realum quartocasa de aposta com 1 realtodas as doenças transmitidas por alimentos e pela água vinham do leite. Agora é menoscasa de aposta com 1 real1%."

O processamento também pode ajudar a reter os nutrientes dos alimentos que comemos.

Por exemplo, o congelamento, que é classificado como processamento mínimo, permite que frutas, legumes e verduras retenham nutrientes que poderiam se degradar enquanto estivessem na geladeira.

"Muitas vezes, os legumes são congelados logo após a colheita,casa de aposta com 1 realvezcasa de aposta com 1 realserem colhidos, transportados e então colocados nas prateleiras, perdendo nutrientes", explica Sadler.

Em 2017, um grupocasa de aposta com 1 realpesquisadores estudou, por dois anos, os nutrientes - incluindo vitamina C e ácido fólico -casa de aposta com 1 realmorangos, mirtilos (também conhecidos pelo nome inglês blueberries), milho, brócolis, couve-flor, vagem, ervilhas e espinafre adquiridoscasa de aposta com 1 realtrês situações: comprados frescos, cinco dias após serem colocados na geladeira e congelados.

Eles notaram que produtos frescos mesmo colocadoscasa de aposta com 1 realrefrigeração perdem vitaminas ao longo dos dias e que,casa de aposta com 1 realalguns casos, os alimentos congelados tinham níveis mais altoscasa de aposta com 1 realnutrientes do que os armazenados na geladeira.

Além disso, viram que não dá para afirmar que produtos frescos tem mais nutrientes que produtos congelados. "Existe a ideia equivocadacasa de aposta com 1 realque produtos congelados não são tão bons quanto os frescos, mas isso é realmente impreciso", diz Ronald Pegg, professorcasa de aposta com 1 realciência e tecnologia alimentar da Universidade da Geórgia, também nos Estados Unidos.

Tomate enlatado

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Os tomates enlatados são um bom exemplocasa de aposta com 1 realalimento processado saudável

O processamento também permite que vitaminas e minerais, como vitamina D, cálcio e ácido fólico, sejam adicionados a certos alimentos processados, incluindo pães e cereais.

Iniciativa como essas ajudaram a reduzir várias deficiênciascasa de aposta com 1 realnutrientes entre a populaçãocasa de aposta com 1 realgeral - mas não tornaram necessariamente a comida nutricionalmente equilibrada.

O processamento também pode ajudar a preservar os alimentos e torná-los mais acessíveis.

A fermentação faz com que o queijo se mantenha estável por mais tempo e,casa de aposta com 1 realalguns casos, reduz a quantidadecasa de aposta com 1 reallactose, tornando-o mais digerível para quem tem uma intolerância leve à presença deste tipocasa de aposta com 1 realaçúcar.

No passado, a principal razão pela qual se processava os alimentos era para aumentarcasa de aposta com 1 realvida útil.

Por muito tempo, conservar os alimentos adicionando ingredientes como açúcar ou sal foi essencial para as pessoas sobreviverem ao inverno, diz Gunter Kuhnle, professorcasa de aposta com 1 realciência alimentar e nutricional da Universidadecasa de aposta com 1 realReading, no Reino Unido.

"O processamento nos permitiu estar onde estamos hoje, pois evitou que passássemos fome", explica.

"Muitos alimentos precisam ser processados ​​para serem consumidos, como o pão. Não poderíamos sobreviver apenas com grãos."

Adicionar calor, também considerado processamento mínimo, torna muitos alimentos comestíveis, como batatas e cogumelos.

Legumes

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Os legumes frescos às vezes podem perder nutrientes se forem mantidos na geladeira por muito tempo

"Os tomates enlatados são um exemplo clássicocasa de aposta com 1 realque alimentos processados ​​podem ser melhores do que suas versões frescas", diz Kuhnle.

"Eles podem ser colhidos muito mais tarde, quando o produto está muito mais maduro, e podem ser processados ​​de maneira muito mais suave."

E embora alguns processamentos possam tornar um alimento menos nutritivo, eles podem deixá-lo mais acessível.

O bacon, por exemplo, que resultacasa de aposta com 1 realuma técnica para conservar carnecasa de aposta com 1 realporco por meiocasa de aposta com 1 realcura e defumação, não melhora a saúde, mas oferece a mais pessoas acesso a carne.

Os alimentos processados ​​também tendem a ser mais baratos, uma vez que podem ser produzidos a custos mais baixos.

Altamente processados

Pesquisas sugerem que os alimentos mais saudáveis ​​são três vezes mais caros do que aqueles ricoscasa de aposta com 1 realsal, açúcar e gordura, que emcasa de aposta com 1 realmaioria são alimentos altamente processados.

Mas esses produtos altamente processados, que são feitoscasa de aposta com 1 realsubstâncias derivadascasa de aposta com 1 realalimentos e aditivos, geralmente não fazem bem para nós.

Estudos mostram que os aditivos alimentares podem alterar nossas bactérias intestinais e causar inflamação no nosso organismo, o que está relacionado a um risco maiorcasa de aposta com 1 realdoenças cardíacas.

Além disso, pesquisas indicam que as pessoas tendem a comercasa de aposta com 1 realexcesso alimentos ultraprocessados.

Estudos mostram que quem come alimentos ultraprocessados ​​consome mais caloriascasa de aposta com 1 realgeral, ganha mais peso e apresenta maior riscocasa de aposta com 1 realdesenvolver doenças cardíacas.

Um pequeno estudocasa de aposta com 1 real2019 constatou que os participantes, nas duas semanascasa de aposta com 1 realque adotaram uma dieta ricacasa de aposta com 1 realprodutos ultraprocessados, consumiram 500 calorias a mais por dia do que durante as semanascasa de aposta com 1 realque comeram alimentos não processados.

Eles também ganharamcasa de aposta com 1 realmédia quase 1 kg com a dieta ultraprocessada.

Frango empanado

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Alimentos altamente processados ​​podem ser ricoscasa de aposta com 1 realgordura, sal e açúcar

No entanto, os mecanismos por trás da razão disso devem ser mais bem compreendidos, dizem os pesquisadores.

De forma geral, parece haver um consensocasa de aposta com 1 realque mais pesquisas são necessárias a respeito dos efeitos que os alimentos processados ​​têmcasa de aposta com 1 realnossa saúde.

Por exemplo, ainda não se sabe como os flavonoides e polifenóis — micronutrientes encontradoscasa de aposta com 1 realalgumas plantas e que foram associados a muitos benefícios à saúde — nas frutas são afetados pelo processamento, diz Kuhnle.

"Não há muita informação sobre como o processamento limita os benefícios à saúde. Muitas pesquisas se concentramcasa de aposta com 1 realum único alimento, mas as pessoas não comem apenas maçã,casa de aposta com 1 realdieta consistecasa de aposta com 1 realmaçãs, smoothies, bolos" e assim por diante.

Embora o processamento mínimo tenha muitos benefícios, não se pode dizer o mesmo sobre o que os sistemascasa de aposta com 1 realclassificação chamamcasa de aposta com 1 realalimentos "ultraprocessados".

Mas há um debate entre os cientistas a respeito das definições e terminologiascasa de aposta com 1 realtorno do que constitui o processamento mínimo e "ultra".

No início deste ano, Christina Sadler, da Universidadecasa de aposta com 1 realSurrey, analisou vários sistemas que buscam classificar os alimentos processados.

Ela não encontrou consenso sobre quais fatores determinam o nívelcasa de aposta com 1 realprocessamento e afirma que os critérioscasa de aposta com 1 realclassificação são "ambíguos" e "inconsistentes".

O sistemacasa de aposta com 1 realclassificação Nova é um dos mais conhecidos e usados ​​nas pesquisascasa de aposta com 1 realalimentos.

Ele categoriza os alimentos em: in natura ou minimamente processados; ingredientes culinários processados; alimentos processados; e alimentos ultraprocessados.

De acordo com a classificação Nova, os alimentos ultraprocessados ​​são compostos por ingredientes fracionados e contêm pouco ou nenhum alimento integral.

Mas as definiçõescasa de aposta com 1 realalimentos ultraprocessados ​​variam entre as publicações e há um debate contínuo sobre essas definições.

"Não existe uma boa definiçãocasa de aposta com 1 realprocessamento. A população fica com a ideia, ao ouvir a palavra 'processamento',casa de aposta com 1 realque os alimentos são desmontados e remontados, mas pode ser algo tão simples quanto terem sido aquecidos ou resfriados", diz John Lucey, da Universidadecasa de aposta com 1 realWisconsin-Madison.

Alimento processado

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Legenda da foto, O termo 'processado' é bastante amplo e serve para descrever vários tiposcasa de aposta com 1 realalimentos

Há um debate sobre se as políticascasa de aposta com 1 realnutriçãocasa de aposta com 1 realsaúde pública deveriam focar mais no graucasa de aposta com 1 realprocessamento dos alimentos do que nos perfis nutricionais dos mesmos.

Mas há algo inerentemente ruim no processamento?

Um grupocasa de aposta com 1 realcientistas escreveucasa de aposta com 1 realum artigocasa de aposta com 1 real2017: "Até onde sabemos, não se ofereceu nenhum argumento sobre como, ou se, o processamentocasa de aposta com 1 realalimentos constituicasa de aposta com 1 realalguma forma um risco para a saúde do consumidor devido a uma possível ingestão adversacasa de aposta com 1 realnutrientes ou ameaças químicas ou microbiológicas".

No entanto, é importante observar que o autor principal faz parte dos comitês científicos dos produtorescasa de aposta com 1 realalimentos Nestlé e Cereal Partners Worldwide.

Embora os alimentos ultraprocessados ​​normalmente contenham menos nutrientes do que os minimamente processados, os alimentos fortificados — aos quais são adicionados micronutrientes na fasecasa de aposta com 1 realprodução para melhorar a saúde pública — desempenham um papel importante nesta área, eles argumentam.

Apesarcasa de aposta com 1 realalguns estudos mostrarem que os alimentos ultraprocessados ​​nos saciam menos e nos deixam com a necessidadecasa de aposta com 1 realcomer mais, os autores do artigo lembram que o processamento também é usado para reduzir a quantidadecasa de aposta com 1 realcaloriascasa de aposta com 1 realalguns alimentos, como no caso do leite semidesnatado e da manteiga com baixo teorcasa de aposta com 1 realgordura.

Alguns alimentos ultraprocessados ​​podem estar associados a consequências indesejadas para a saúde, mas nem todos os alimentos processados são "farinha do mesmo saco".

Os legumes e verduras congelados, o leite pasteurizado e a batata cozida, por exemplo, podem ser melhores para nós do que seus equivalentes não processados.

Mas aqui está o segredo: todos esses alimentos também se parecem muito comcasa de aposta com 1 realforma natural, e é isso que precisamos tercasa de aposta com 1 realmente.

Sempre que a gente for capazcasa de aposta com 1 realreconhecer que um alimento processado está próximo dacasa de aposta com 1 realforma natural, incluí-locasa de aposta com 1 realnossa dieta pode até ser benéfico para nós.

casa de aposta com 1 real Leia a versão original casa de aposta com 1 real desta reportagem (em inglês) no site BBC Future casa de aposta com 1 real .

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