'A Yakuza virou minha família': a artista que viveu no submundo da máfia japonesa para retratar suas mulheres:cassino pagando bonus
Enquanto mergulhava na cultura japonesa, desde filmes antigos sobre samurais até séries, romances e quadrinhos, Jafé começou a ser atraída pelo submundo do crime organizado, representado no Japão pela Yakuza - a máfia.
"De certa forma, é atraente", afirmou ela à BBC News Mundo, o serviçocassino pagando bonusespanhol da BBC.
Mulherescassino pagando bonusum mundocassino pagando bonushomens
Divididacassino pagando bonusgrupos ou sindicatos, nos moldes da máfia italiana, a Yakuza operacassino pagando bonustodo tipocassino pagando bonusnegócios ilegais, que incluem desde jogoscassino pagando bonusazar, drogas e prostituição até agiotagem, redescassino pagando bonusextorsão e crimes do colarinho branco.
Seu nome tem origem nos números 8, 9 e 3 (em japonês, ya, ku e sa). Esses números compõem a pior jogada possívelcassino pagando bonuscartascassino pagando bonusbaralho no Japão. Por isso, seus membros consideram o termo pejorativo.
Eles preferem as denominações gokudo ("o caminho extremo") ou ninkyo dantai ("organização honrada ou cavalheiresca").
As origens da Yakuza remontam ao século 17, mas seu auge foi na segunda metade do século 20, com o florescimento do submundo causado pelo vertiginoso desenvolvimento econômico japonês após a Segunda Guerra Mundial.
Mas a modernização da sociedade japonesa e a perseguição policial dizimaram a Yakuza. Ela chegou a ter maiscassino pagando bonus200 mil membros na décadacassino pagando bonus1960, mascassino pagando bonus2021 eram pouco maiscassino pagando bonus12 mil, segundo estimam as forçascassino pagando bonussegurança.
E esses membros têm uma característicacassino pagando bonuscomum: todos são homens.
"Percebi que não havia mulheres e me perguntava por quê", relembra Jafé. "'Certamente deve haver mulheres, apenas não se fala sobre elas', pensei."
Até que Chloé Jafé descobriu o romance autobiográfico Yakuza Moon,cassino pagando bonusShoko Tendo, que relata a adolescência difícil da autora como filhacassino pagando bonusum gângster japonês.
"Eu me senti muito próxima dessa realidade e pensei: 'este é o meu trabalho, preciso encontrar essas mulheres e fazer alguma obra visual com elas'", ela conta.
Quando terminou o livro, Jafé decidiu viajar novamente para o Japão - desta vez, para instalar-se no país e retratar as mulheres da Yakuza.
Encontro decisivo
No iníciocassino pagando bonus2013, Jafé passou a morar na capital japonesa, Tóquio, sem ter nenhum contato, nem conhecimento do idioma japonês - que écassino pagando bonusdifícil aprendizado,cassino pagando bonusparte porquecassino pagando bonusescrita combina três alfabetos totalmente distintos.
"Era o meu projeto e sou muito teimosa", relembra ela. "Não sabia como, mas tinha que fazer aquilo. Eu sabia que não seria rápido, mas estava feliz por me dedicar a isso sem contar os dias."
Dois anos se passaram até que, já com conhecimento razoável da língua japonesa, ela conseguiu um empregocassino pagando bonusanfitriã.
As anfitriãs (ou kyabajo, "meninascassino pagando bonuscabaré") entretêm os clientescassino pagando bonusclubes noturnos, normalmente homenscassino pagando bonusmeia idade ou mais idosos, com quem conversam, cantam músicas no karaokê, servem bebidas e acendem cigarros.
Chloé define as anfitriãs como "uma espéciecassino pagando bonusgeishas modernas".
"Eu me envolvi totalmente com essas mulheres", ela conta. "Algumas tinham o namorado ou o pai na Yakuza e esses clubes costumam também ser dirigidos por essa máfia. Foi um bom pontocassino pagando bonuspartida para ingressar nesse mundo."
Mascassino pagando bonusoportunidade definitiva veiocassino pagando bonusdia, no meio da rua e por acaso, durante o festival xintoísta Sanja Matsuri, no tradicional bairrocassino pagando bonusAsakusa,cassino pagando bonusTóquio.
"Sem saber como, acabei na ruacassino pagando bonusum chefe da Yakuza", afirma Jafé. "Eu estava sentada e ele surgiu vestido com um quimono e dois guarda-costas. Eu não sabia quem era, mas parecia importante." Ele era um oyabun, o capo da máfia japonesa.
Ele a convidou a sentar-se àcassino pagando bonusmesa e Jafé ficou com seu númerocassino pagando bonustelefone, com a desculpacassino pagando bonusenviar-lhe fotos do festival.
"Eu enviei as fotos e o convidei para jantar alguns dias depois. Para ele, foi uma surpresa e eu, sinceramente, estava aterrorizada."
Dentro da Yakuza
Rompendo com a tradição japonesa que atribui todas as iniciativas ao homem, ela escolheu o restaurante ("pertocassino pagando bonusuma delegaciacassino pagando bonuspolícia ecassino pagando bonusuma estaçãocassino pagando bonusmetrô, para o casocassino pagando bonuseu precisar correr") e ali o encontrou com seus guarda-costas.
Ela já falava bem o japonês, mas preferiu confessar suas intençõescassino pagando bonusuma folhacassino pagando bonuspapel: "Sou uma fotógrafa francesa e quero fazer imagenscassino pagando bonusmulheres da máfia do seu país,cassino pagando bonusforma respeitosa e levando o tempo que for necessário. Precisocassino pagando bonussua ajuda para isso."
A resposta foi positiva. "Ele me disse: 'veja, posso apresentar você a pessoas desde Hokkaido [no norte] até Okinawa [no sul]", relembra Jafé. Mas primeiro a artista precisou ganhar a confiança do chefe e das pessoas àcassino pagando bonusvolta.
"Ele brincou comigo por um tempo. Viu que eu era jovem e bonita e pensava se poderia ou não me usar para alguma coisa, comprovar quais eram minhas intenções... definitivamente, colocar-me à prova", segundo Jafé.
Pouco a pouco, as pessoas começaram a convidá-la para eventos e reuniões da Yakuza.
"Seus guarda-costas vinham me buscar e eu não sabia onde iríamos nos encontrar. Era comocassino pagando bonusum filme. No começo, eu fazia perguntas, mas ele não respondia. Havia momentos tensos", relembra ela.
A princípio, a esposa do oyabun desconfiava dela, mas acabou acolhendo Jafé e a convidou a passar as festascassino pagando bonusAno Novo com a família.
Ela conheceu a esposacassino pagando bonusoutro chefe, que foi a primeira retratada pelo projeto, e ampliou seus contatos com outras mulheres da Yakuza para fotografá-las.
"É horrível, mas... suspeito que algumas pessoas que talvez não quisessem ser fotografadas acabaram obrigadas a posar para mim, porque eu era amiga do chefe", confessa Jafé.
Depois das primeiras sessõescassino pagando bonusfotografiacassino pagando bonusTóquio, seguiram-se muitas outrascassino pagando bonusdiversos lugares do Japão, como Osaka e no arquipélago subtropicalcassino pagando bonusOkinawa.
E foi exatamentecassino pagando bonusOkinawa, onde o submundo do crime prosperou no século 20cassino pagando bonusvolta da maior base aérea dos Estados Unidos na região, que se desenvolveu uma das séries da trilogiacassino pagando bonusChloé Jafé, Okinawa mon amour ("Okinawa, meu amor",cassino pagando bonustradução livre), que mostra o lado mais sombrio e marginal daquelas ilhas.
As tatuagens
A artista concentrou suas lentes especialmente nas tatuagens das mulheres da Yakuza.
"A máfia japonesa é interessante porque está muito vinculada à cultura tradicional do Japão, como no caso das tatuagens, que são relacionadas à mitologia. É quase uma máfia cultural", afirma ela.
E, embora hoje não seja incomum ver pessoas com um dragão ou uma cobra na pelecassino pagando bonusqualquer lugar do mundo, no Japão a cultura das tatuagens ecassino pagando bonuspercepção é completamente diferente.
"Lá as tatuagens não são feitas para mostrar", explica Chloé.
A sociedade japonesa desaprova as tatuagens por relacioná-las ao crime e à marginalidade. No Japão, é proibido exibir tatuagenscassino pagando bonuspiscinas ecassino pagando bonuscertos lugares públicos.
Para a Yakuza, elas simbolizam lealdade ao grupo e resistência à dor, já que elas costumam ser feitas com o método tradicional, com varascassino pagando bonusmadeira e agulhas, que é mais lento e doloroso.
Devoção como modocassino pagando bonusvida
A primeira série da trilogiacassino pagando bonusChloé Jafé chama-se "Dou a você minha vida", que faz referência à devoção declarada aos homens pelas mulheres da Yakuza.
"Elas sabem que esses homens não são pessoas corretas e, se elas se unirem a eles, ficarão isoladas da sociedade para sempre, pois ninguém quer ter nenhuma relação com a máfia no Japão", explica Jafé. "Mesmo assim, elas se envolvem com eles porque se apaixonam."
E, embora não sejam membros oficiais, as mulheres desempenham papéis específicos, especialmente nos altos níveis da Yakuza.
"Quando você se casa com um capo, deve cuidar dos membros da máfia, conhecer seus dados pessoais, suas histórias e estar a parcassino pagando bonustudo porque, se acontecer alguma coisa com seu marido, você precisa assumir o papel dele até que chegue o chefe seguinte", explica Jafé.
Segundocassino pagando bonusexperiência, a esposacassino pagando bonusum oyabun "é a primeira-ministra da máfia, mas faz tudo pelas sombras, sempre por tráscassino pagando bonustudo".
A Yakuza é também um caminhocassino pagando bonusdifícil retorno, especialmente para as mulheres.
"As mulheres que se divorciam dos membros da Yakuza ficamcassino pagando bonusuma posição difícil, porque nunca poderão saircassino pagando bonusverdade", afirma a fotógrafa.
"Elas perdem o apoio da máfia, mas, ao mesmo tempo, é quase impossível reconstruir suas vidas e reinserir-se na sociedade japonesa. Elas nunca podem sair do submundo."
Muitas delas também se ocupam da administração dos clubescassino pagando bonusanfitriãs, das contas ecassino pagando bonusoutros negócios, legais ou ilegais, operados pela máfia japonesa.
Terminado seu projeto, Chloé Jafé regressou à França no finalcassino pagando bonus2019. E acredita que, depoiscassino pagando bonusquase sete anos imersa nos porões da sociedade japonesa, não é mais a mesma pessoacassino pagando bonusantes.
"Passei muito tempo com eles e nunca mais podia ser uma estrangeira no Japão. Sinto-me parte deles. Eu me sentia parte do grupo, queria honrar o chefe ecassino pagando bonusesposa. Eles me acolheram como se fossecassino pagando bonusfilha,cassino pagando bonusforma que se tornaram minha família no Japão", conclui a fotógrafa.
- Este texto foi publicadocassino pagando bonushttp://vesser.net/geral-62909960
cassino pagando bonus Sabia que a BBC está também no Telegram? Inscreva-se no canal cassino pagando bonus .
cassino pagando bonus Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube cassino pagando bonus ? Inscreva-se no nosso canal!
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimoscassino pagando bonusautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticacassino pagando bonususocassino pagando bonuscookies e os termoscassino pagando bonusprivacidade do Google YouTube antescassino pagando bonusconcordar. Para acessar o conteúdo cliquecassino pagando bonus"aceitar e continuar".
Finalcassino pagando bonusYouTube post, 1
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimoscassino pagando bonusautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticacassino pagando bonususocassino pagando bonuscookies e os termoscassino pagando bonusprivacidade do Google YouTube antescassino pagando bonusconcordar. Para acessar o conteúdo cliquecassino pagando bonus"aceitar e continuar".
Finalcassino pagando bonusYouTube post, 2
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimoscassino pagando bonusautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticacassino pagando bonususocassino pagando bonuscookies e os termoscassino pagando bonusprivacidade do Google YouTube antescassino pagando bonusconcordar. Para acessar o conteúdo cliquecassino pagando bonus"aceitar e continuar".
Finalcassino pagando bonusYouTube post, 3