Bombeiro que evitou 57 suicídios cria técnica agora usadaescandalo apostas futebol20 Estados:escandalo apostas futebol
Naquela torre do bairro Vila Campanela, o profissional ficou com a pessoaescandalo apostas futebolrisco por seis horas. Nos primeiros trinta minutos, era o major do corpoescandalo apostas futebolbombeirosescandalo apostas futebolSão Paulo e um tentante.
"Depois, eu passei a conhecer aquele homem. Ingresseiescandalo apostas futebolseu mundo e naescandalo apostas futebolhistória, e eu começo a compreender que ele tem uma vida repletaescandalo apostas futebolsofrimentos, angústias, e tambémescandalo apostas futebolvitórias. Depoisescandalo apostas futeboluma hora aliescandalo apostas futebolcima, a última coisa que eu gostaria é que o Alcides (nome fictício) morresse."
Munhoz procurou o CVV (Centroescandalo apostas futebolValorização da Vida), ferramenta pública que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio. Lá, teve as primeiras lições sobre acolhimento, escuta compassiva, e começou a ler e a escrever sobre o tema, e a participarescandalo apostas futebolsimpósios e palestras.
Foram dez anosescandalo apostas futebolestudo até que o major criasse uma técnica humanizada para assistência a pessoas que tentassem tirar a própria vida.
Com baseescandalo apostas futebolpesquisa e experiência, montou, como seu projetoescandalo apostas futebolmestrado, um curso que hoje já é aplicadoescandalo apostas futebolserviçosescandalo apostas futebolemergência públicoescandalo apostas futebol20 Estados brasileiros e é aberto a profissionaisescandalo apostas futeboloutras áreas, como médicos, psicólogos, e outras profissões que lidem com o tema diretamente ou indiretamente.
Diógenes Munhoz evitou, diretamente, o suicídioescandalo apostas futebol57 pessoas — e estima que esse número tenha sido significativamente maior por meioescandalo apostas futeboloutros profissionais que utilizam a técnicaescandalo apostas futebolhumanização.
"Vi a face da morte 57 vezes e garanto que ela não é bonita. Ela é triste, cinza, opaca e a gente precisa estar lá para acolher e abraçar essa pessoa. Ajudar a fazer com que esta pessoa entenda que existem fatoresescandalo apostas futebolproteção que podem ajudá-la a dar prosseguimento à vida, e que ela não consegue enxergar a luz do final do túnel simplesmente porque não passou do meio do túnel."
"Apesarescandalo apostas futeboleu ter dado o pontapé inicial, o curso só se tornou possível porque contei com a ajudaescandalo apostas futebolmuitos profissionais. Sempre digo que o pódio é solidário, não solitário."
No 2º semestre, a técnica vai ser exportada para foraescandalo apostas futebolBrasil. Uma equipe do Corpoescandalo apostas futebolBombeirosescandalo apostas futebolPortugal receberá o treinamento.
O que é oferecido no curso
São 40 horasescandalo apostas futebolaula divididasescandalo apostas futebolum períodoescandalo apostas futeboluma semana, e que passam por sete tópicos, incluindo o histórico da abordagem técnica, estatísticas do país, aspectos técnicos e fases da abordagemescandalo apostas futeboldissuasão, diferenças entre gruposescandalo apostas futeboltentantes, prevenção do suicídio e um módulo mais amplo, sobre saúde mental.
"Quem passa pelo treinamento aprende, entre outras coisas, a distinguir os tiposescandalo apostas futeboltentantes, que são classificados entre agressivos, psicóticos ou depressivos. Existem sete ferramentasescandalo apostas futebollinguagem e sinais corporais que o abordador pode utilizar. A grande 'sacada' da técnica é que não vou falar com depressivo da mesma forma, com os mesmos gestos, que faria ao abordar uma pessoa psicótica", aponta Munhoz.
Outra mudança que ocorreu após a criação do curso é o encaminhamento do tentante. Antes, a pessoa era levada ao pronto-socorro mais próximo. Na maioria das vezes, não era atendida por um psiquiatra, mas por um clínico geral.
Hoje, prevê-se o encaminhamento para o CAPS (Centrosescandalo apostas futebolAtenção Psicossocial) e a possibilidadeescandalo apostas futebolinternação. "Quando essa pessoa era só medicada e liberada, são grandes as chancesescandalo apostas futebolela tentar suicídioescandalo apostas futebolnovo."
O major é doutorandoescandalo apostas futebolsaúde mental no Centroescandalo apostas futebolAltos Estudosescandalo apostas futebolSegurança da PMESP (Polícia Militar do Estadoescandalo apostas futebolSão Paulo), e atualmente eescandalo apostas futebolpesquisa é focada nos resultados que a técnica já alcançou no Estadoescandalo apostas futebolSão Paulo.
"Os levantamentos apontam um ganhoescandalo apostas futebolao menos 23%. Se salvarmos uma vida, toda uma carreira já estaria paga. É só perguntar para a mãe daquela pessoa. Mas 20%escandalo apostas futebolganho,escandalo apostas futebolum estado que registra 2.500 ocorrências por ano,escandalo apostas futebolacordo com o Corpoescandalo apostas futebolBombeiros (sem levarescandalo apostas futebolconta as ocorrências anotadas pela polícia militar e SAMU), é algo muito significativo."
Em duas ocasiões, Munhoz foi procurado posteriormente por pessoas que salvou. "Já teve um rapaz que era cientista, que me escreveu nas redes sociais. Eescandalo apostas futeboluma palestra, quando eu acabei a palestra, um rapaz se levantou, fez um discurso e findou dizendo que estava ali só porque eu o tirei do lugar onde ele tentou o ato. Foi bem emocionante."
Depressão é a principal causaescandalo apostas futeboltentativaescandalo apostas futebolsuicídio
Segundo a ABP (Associação Brasileiraescandalo apostas futebolPsiquiatria), cercaescandalo apostas futebol97% dos suicídios têm ligação com transtornos mentais, especialmente a depressão.
No Brasil, a doença é um problemaescandalo apostas futebolsaúde pública. O país é o quinto com maior incidência, apresentando um númeroescandalo apostas futebolcasos superior aoescandalo apostas futeboldiabetes, segundo Pesquisa Vigitel 2021, do Ministério da Saúde.
Além disso, dados da ANS (Agência Nacionalescandalo apostas futebolSaúde Suplementar) apontam um aumentoescandalo apostas futebol167% da utilizaçãoescandalo apostas futebolserviços relacionados à saúde mentalescandalo apostas futebol2011 a 2019.
Em casosescandalo apostas futeboldepressão resistente ao tratamento — quando há falhaescandalo apostas futeboldois tratamentos anteriores administradosescandalo apostas futeboldose e tempo adequados — estima-se elevação do riscoescandalo apostas futebolmorte por suicídioescandalo apostas futebolsete vezes.
Segundo estudo recente publicado na revista The Lancet, até 80% das pessoas afetadas pela doença no mundo sequer têm um diagnóstico.
Já o levantamento realizado pelo Instituto Ipsos a pedido da Janssen, empresa farmacêutica da Johnson & Johnson, que ouviu 800 pessoas com ou sem relação com a depressãoescandalo apostas futebol11 Estados brasileiros, revela que entre os diagnosticados entrevistados, o tempo médio para procurar ajuda foiescandalo apostas futebol39 meses (três anos e três meses).
A demora ocorreu, principalmente, por faltaescandalo apostas futebolconsciênciaescandalo apostas futebolse tratarescandalo apostas futeboluma doença (18%), resistência (13%) e medo do julgamento, reação dos outros ou vergonha (13%).
"Essa demora no tratamento para a depressão pode trazer consequências devastadoras, como a cronificação da doença, agravamento dos sintomas, diminuição da eficácia dos tratamentos, perdaescandalo apostas futebolanos produtivos, impacto econômico e severa diminuição da produtividade, e todo um prejuízoescandalo apostas futebolseu convívio familiar e social. A depressão precisa ser levada à sério", afirma Cintiaescandalo apostas futebolAzevedo Marques Périco, professoraescandalo apostas futebolpsiquiatria da Faculdadeescandalo apostas futebolMedicina do ABC e integrante da Comissãoescandalo apostas futebolEmergenciais Psiquiátricas da ABP (Associação Brasileiraescandalo apostas futebolPsiquiatria).
Dados da pesquisa da Janssen demonstram que ainda há faltaescandalo apostas futebolentendimento sobreescandalo apostas futebolgravidade e seu impacto na vida do paciente eescandalo apostas futeboltodos ao seu redor: apenas 10% acreditam que a depressão é uma doença com base biológica (e repercussões físicas no corpo). Outros 35% não acham que pode ser tratada com medicamento e 36% acreditam que para superar a doença é preciso forçaescandalo apostas futebolvontade.
"No senso comum, existe uma banalização daquilo que se entende por ser psicológico, com uma falsa ideia que não precisaescandalo apostas futeboltratamento. No entanto, atualmente sabemos o quanto ter uma função psíquica alterada impacta no indivíduo como um todo. Não tratar a depressão como uma doença grave e que pode resultarescandalo apostas futeboluma emergência psiquiátrica pode trazer sérias consequências para os pacientes e para a própria sociedade", afirma Périco.
- Este texto foi publicadoescandalo apostas futebolhttp://vesser.net/brasil-62004494
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