Por que estamos cada vez mais deprimidos?:viúva porcina ganha aposta
No entanto, existem muitos outros fatoresviúva porcina ganha apostarisco para a depressão que não são tão conhecidos, embora ainda sejam importantes. São fatores sociodemográficos, genéticos e neurológicos, pessoais, experiências adversas e diferentes comorbidades.
Fatores sociodemográficos: duas vezes mais mulheres deprimidas
Talvez o fatorviúva porcina ganha apostarisco para depressão mais consistente e conhecido dentro dos fatores sociodemográficos seja o gênero.
Universalmente, independentemente do país ou cultura, as mulheres são duas vezes mais propensas a sofrerviúva porcina ganha apostadepressão do que os homens após a puberdade.
No entanto, outros fatoresviúva porcina ganha apostarisco para depressão também foram encontrados, como idade, estado civil, escolaridade ou raça. Especificamente, esse distúrbio ocorre com mais frequênciaviúva porcina ganha apostaadultos jovens;viúva porcina ganha apostasolteiros, separados ou divorciados; e naquelesviúva porcina ganha apostamenor escolaridade eviúva porcina ganha apostaraça branca.
Constatou-se também que a depressão é mais comumviúva porcina ganha apostapessoasviúva porcina ganha apostabaixa renda, desempregados e moradoresviúva porcina ganha apostaáreas urbanas.
Fatores genéticos: a tendência à depressão é herdada
Parentesviúva porcina ganha apostaprimeiro grauviúva porcina ganha apostapacientes com depressão apresentam um risco aproximadamente três vezes maiorviúva porcina ganha apostadesenvolver esse transtorno.
Estudos sugerem que entre 26% e 42% das variações na depressão se devem a influências genéticas. Há também indicaçõesviúva porcina ganha apostaque essa hereditariedade é mais evidenteviúva porcina ganha apostadepressõesviúva porcina ganha apostainício precoce e que são recorrentes.
Ainda assim, nenhum gene específico ou conjuntoviúva porcina ganha apostagenes foi associadoviúva porcina ganha apostaforma confiável à depressão.
Fatores neurológicos: a amígdala torna-se hiperativa
Em paralelo, foram documentadas anormalidades neuronaisviúva porcina ganha apostaadultosviúva porcina ganha apostacertas regiões do cérebro. Mais especificamente, anormalidades estruturais foram encontradas no hipocampo, amígdala, córtex cingulado anterior e córtex pré-frontal dorsolateral.
Estar deprimido também altera a função neuronal. Há uma ativação cerebral aumentadaviúva porcina ganha apostaregiõesviúva porcina ganha apostaprocessamentoviúva porcina ganha apostaemoções subcorticais, como a amígdala e os circuitos límbicos, combinada com ativação atenuadaviúva porcina ganha apostaregiõesviúva porcina ganha apostacontrole cognitivo.
Isso não acontece apenasviúva porcina ganha apostaadultos. As mesmas anormalidades na função e estrutura neuronal foram identificadasviúva porcina ganha apostafilhosviúva porcina ganha apostapais com depressão, mesmo antes do início do episódio depressivo. E isso nos faz suspeitar que a hereditariedade nos torna mais vulnerável a essa doença.
Fatores pessoais: introversão e autocrítica excessiva
Há evidênciasviúva porcina ganha apostaque a tendência a vivenciar emoções negativas (medo, raiva, tristeza, ansiedade), assim como alteraçõesviúva porcina ganha apostahumor e pensamentos negativos, implicamviúva porcina ganha apostamaior riscoviúva porcina ganha apostadesenvolver um quadro depressivo. Isso é conhecido como neuroticismo.
Por outro lado, há mais casosviúva porcina ganha apostadepressão entre pessoas com pontuação altaviúva porcina ganha apostaintroversão, ou seja, naquelas pessoas que tendem a preferir atividades solitárias, mais focadasviúva porcina ganha apostaseus pensamentos, sentimentos e humores do que na buscaviúva porcina ganha apostaestímulos externos.
A ciência também sugere uma relação entre transtorno depressivo e uma baixa pontuaçãoviúva porcina ganha apostaescrupulosidade (o temor excessivoviúva porcina ganha apostanão ser bom o suficiente), que é característicaviúva porcina ganha apostaindivíduos sem objetivo, informais, preguiçosos, descuidados e indisciplinados.
Também contribuem negativamente o excessoviúva porcina ganha apostaautocrítica (inclinação a sentimentosviúva porcina ganha apostaculpa e fracasso derivadosviúva porcina ganha apostaexpectativas irreaisviúva porcina ganha apostasi mesmo) e dependência/sociotropia (sentimentosviúva porcina ganha apostadesamparo e medoviúva porcina ganha apostaabandono como resultadoviúva porcina ganha apostauma alta dependência emocional dos outros).
Outra atitude que promove a depressão é o que se conhece como Estilo atributivo negativo (pessimismo). É a tendênciaviúva porcina ganha apostaexplicar os resultados negativosviúva porcina ganha apostasuas experiências por causas internas, estáveis e globais. Por exemplo, "não consegui o emprego porque sou inútil, sempre fui,viúva porcina ganha apostatodas as áreas da minha vida", e pensamentos semelhantes.
Algo parecido ocorre com a ruminação mental, definida como pensamento repetitivo que focaliza a atenção nos sintomas depressivos e suas implicações, causas e significados para a pessoa que os vivencia.
Finalmente, o déficitviúva porcina ganha apostarecursos pessoais (habilidades sociais, estratégias apropriadasviúva porcina ganha apostaresoluçãoviúva porcina ganha apostaproblemas ou habilidadesviúva porcina ganha apostaenfrentamentoviúva porcina ganha apostacircunstâncias estressantes) também está relacionado a um maior riscoviúva porcina ganha apostasintomas depressivos.
Experiências adversas
Maisviúva porcina ganha aposta40 anosviúva porcina ganha apostapesquisa documentaram o papelviúva porcina ganha apostaeventos graves da vida no início da depressão. Dependendo do tipoviúva porcina ganha apostaamostraviúva porcina ganha apostaestudo, aproximadamente 50% a 80% das pessoas com depressão relataram um eventoviúva porcina ganha apostavida agudo e grave antes do início do transtorno.
Com baseviúva porcina ganha apostauma estimativa conservadora, pudemos estabelecer que as pessoas com depressão têm 2,5 vezes mais chancesviúva porcina ganha apostater experimentado um evento grave na vida antes do início dos sintomasviúva porcina ganha apostacomparação com aquelas que não tiveram a mesma experiência. Esses são tipicamente problemasviúva porcina ganha apostasaúde com riscoviúva porcina ganha apostavida, separação e luto, exposição à violência, perdaviúva porcina ganha apostaemprego e insegurança financeira.
Igualmente importante é considerar eventos ou fenômenos cataclísmicos. Ou seja, eventos repentinos, únicos e poderosos que afetam um grande númeroviúva porcina ganha apostapessoas, que muitas vezes estão além do controleviúva porcina ganha apostaindivíduos ou grupos e são considerados universalmente estressantes. Um bom exemplo é a pandemia da covid-19.
A exposição a eventos negativos na infância também nos colocaviúva porcina ganha apostariscoviúva porcina ganha apostadepressão à medida que crescemos. Esses eventos incluem abuso físico e sexual, negligência psicológica (ou abandono), exposição à violência doméstica, doença mental dos pais e criminalidade.
Pessoas com históricoviúva porcina ganha apostatrauma na infância (especialmente sendo intimidadas e abusadas ou emocionalmente negligenciadas durante a infância) têm mais que o dobro do riscoviúva porcina ganha apostadesenvolver depressão.
Comorbidades
Provavelmente, um dos aspectos mais surpreendentes da depressão é que ela é frequentemente acompanhada por outros transtornos mentais. Em particular, transtornosviúva porcina ganha apostaansiedade, transtornos relacionados a substâncias, transtornos alimentares e problemasviúva porcina ganha apostasono.
Por outro lado, doenças médicas crônicas ou graves são um fatorviúva porcina ganha apostarisco para a depressão. Além disso, foi encontrada uma inter-relação entre a depressão e um grande númeroviúva porcina ganha apostadoenças físicas: infarto agudo do miocárdio, asma, câncer, arritmia cardíaca, doença arterial coronariana crônica, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), insuficiência cardíaca congestiva (ICC), algumas doenças neurológicas, como Malviúva porcina ganha apostaAlzheimer. Também estão na lista a epilepsia, problemasviúva porcina ganha apostatiroide, diabetes, obesidade, algumas patologias do aparelho digestivo, hipertensão, osteoartrite, osteoporose, insuficiência renal, artrite reumatoide, acidente vascular cerebral (AVC)... Sem esquecer a fibromialgia e a fadiga crônica.
Levar todos esses fatoresviúva porcina ganha apostaconsideração pode ajudar a prevenir, mas também a entender melhor a depressão. E talvez nos permita diminuir o ritmo com o qual a doença avança.
*Este artigo foi publicado originalmente no siteviúva porcina ganha apostanotícias acadêmicas The Conversation e republicado aqui sob uma licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em espanhol).
Fernando Lino Vázquez González é catedráticoviúva porcina ganha apostaPsicologia Clínica, Universidadeviúva porcina ganha apostaSantiagoviúva porcina ganha apostaCompostela, Espanha.
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