Covid: os Estados onde possível '4ª onda' já ameaça virar realidade:bet363

Imagem aérea do cemitériobet363Vila Formosa (SP), com valas abertas à esquerda e valas preenchidas à direita

Crédito, Mario Tama/Getty Images

Legenda da foto, Imagem aérea do cemitériobet363Vila Formosa (SP), com valas abertas à esquerda e valas preenchidas à direita

A atual taxabet363ocupaçãobet363UTIs catarinenses ébet36396%.

Desde o início no ano passado, Santa Catarina registrou três subidas e descidas das infecções. A primeira entre julho e outubrobet3632020, a segundabet363novembrobet3632020 a fevereirobet3632021 e a terceirabet363março ao iníciobet363maiobet3632021. Agora as internações e mortes voltam a crescer pela quarta vez, segundo dados compilados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

No Riobet363Janeiro, as internações por casos confirmados ou suspeitosbet363covid começaram a cair na última semanabet363março e voltaram a subir na última semanabet363abril. Quase 9bet363cada 10 leitos no Estado estão ocupados.

O Amapá vive algo parecido. Hospitais começaram a ficar mais vazios no fimbet363março e voltaram a encher na segunda quinzenabet363maio. Setebet363cada 10 leitos no Estado estão ocupados.

Gráficosbet363internações por casos confirmadosbet363covidbet363seis Estados que já tiveram três ondas da doença

Crédito, Reprodução/Leonardo Bastos

Legenda da foto, Gráficosbet363internações por casos confirmadosbet363covidbet363seis Estados que já tiveram três ondas da doença

Em Mato Grosso do Sul, o sistemabet363saúde entroubet363colapso e o governo estadual afirmou que o “númerobet363casos positivos para a covid-19 voltou a disparar nos últimos dias” e a média bateu recorde, com 1.175 diagnósticos positivosbet36324 horas. A ocupaçãobet363leitos na região da capital, Campo Grande, estábet363101%, e a fila por leito no Estado tem 231 pessoas.

Os sinaisbet363piora ficam mais clarosbet363análisesbet363nowcasting (uma projeção do momento que “dribla” a subnotificação e torna mais nítida a imagem do que está acontecendo atualmente). Um trabalhobet363nowcasting liderado por Leonardo Bastos, estatístico e pesquisadorbet363saúde pública do Programabet363Computação Científica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pode ser acompanhadobet363detalhes aqui.

Para especialistasbet363epidemiologia e saúde pública ouvidos pela BBC News Brasil, uma das principais explicações para tanto vaivémbet363infecções no país é o fatobet363as medidasbet363distanciamento social serem suspensas por governantes antes que o contágio estejabet363fato sob controle. E isso por ocorre por diversos motivos, como as fortes pressões econômicas e políticas para não deixar o comércio fechado.

No iníciobet363maio, a Fiocruz afirmou que "somente a redução sustentada por algumas semanas poderá permitir a melhoria dos vários indicadoresbet363monitoramento da pandemia". Os indicadores a que a instituição se refere incluem a taxabet363ocupação dos leitosbet363unidadesbet363terapia intensiva (UTI) e o númerobet363mortes por covid.

Outras possíveis razões para as sucessivas ondasbet363covid incluem aglomerações frequentesbet363multidões (festas, protestos, campeonatos etc.), o surgimentobet363variantes do coronavírus mais transmissíveis, o ritmo lentobet363vacinação e a cada vez menor adesão da população ao distanciamento social.

Segundo o Datafolha, o nível atualbet363isolamento dos brasileiros para evitar ser infectado pelo coronavírus é o mais baixo desde abrilbet3632020, quando o índice erabet36372%. Em março deste ano, chegou a 49%. Agora, girabet363tornobet36330%.

Dessa forma, enquanto grande parte da população não estiver vacinada contra a covid-19, boa parte do país tende a continuar enfrentando sucessivas ondasbet363infecção. Ou, para alguns, a mesma grande onda que vem desde o iníciobet3632020.

Não há consensobet363torno da definiçãobet363uma onda, masbet363geral o termo é usado para descrever o crescimento aceleradobet363infecções, internações ou mortes.

Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o governo federal não está “vislumbrando” a chegadabet363uma terceira onda da doença no país e atuabet363“maneira adequada” a evitá-la, que embet363visão é “avançar na campanhabet363vacinação”.

gráfico da ocupaçãobet363leitosbet363Mato Grosso do Sul

Crédito, Divulgação | Governobet363MS

Legenda da foto, Tabela do govenro no Mato Grosso do Sul indica colapso do sistemabet363saúde

O problema é que o Brasil não tem conseguido acelerar seu programa, e agora tem sofrido ainda mais com atrasos e escassezbet363vacinas.

Desde fevereiro, o país levabet36312 a 14 dias para aplicar 10 milhõesbet363vacinas. Quase 42 milhõesbet363brasileiros receberam a primeira dose e 21 milhões, as duas (cercabet36310% da população). Só que 1bet363cada 5 cidades tem enfrentado faltabet363vacinas, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

Além disso, os sinais da próxima ondabet363contágio são claros para governadores, prefeitos e especialistasbet363epidemias. "Se não fizermos nada, um novo colapso, como obet363março, se avizinha", disse o governador baiano, Rui Costa.

O prefeitobet363Salvador, Bruno Reis, afirmou que “se os números crescerem a partirbet363agora na medidabet363que cresceram na primeira onda (deste ano), dificilmente nós vamos evitar um colapso porque tanto a prefeitura quanto o governo do Estado já chegaram ao limite máximobet363aberturabet363novos leitos”.

No Estadobet363São Paulo, onde a ocupaçãobet363leitos UTI voltou a passarbet36380%, a cidadebet363Ribeirão Preto decidiu fechar por alguns dias o comércio, os mercados e até o transporte público.

Em seu relatório semanal mais recente, a Fiocruz afirmou que a situação da pandemiabet363covid-19 no Brasil voltou a piorarbet363pelo menos oito Estados. Ebet363outros dez, a tendênciabet363queda nos números está se estabilizando, o que também representa uma preocupação.

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