Quatro razões para explicar por que apenas 2free money online casino no deposit155 delatores da Lava Jato são políticos:free money online casino no deposit

Delcídio do Amaral

Crédito, Agência Senado

Legenda da foto, O ex-senador Delcício do Amaral, que chegou a ser preso no exercício do mandato, foi o primeiro político a assinar delação

Para procuradores, a resistênciafree money online casino no depositpolíticos,free money online casino no depositespecial os ocupantesfree money online casino no depositcargos públicos, está relacionada à expectativafree money online casino no depositimpunidade. "Devido, entre outras razões, ao foro privilegiado, há uma perspectiva menorfree money online casino no depositpunição", afirmou o MPF, por meio da assessoriafree money online casino no depositimprensa.

A BBC Brasil ouviu especialistas, entre eles advogadosfree money online casino no depositpolíticos efree money online casino no depositempresas investigados pela Lava Jato que preferiram manter o anonimato, para entender por que políticos ainda são minoria na listafree money online casino no depositdelatores.

Risco menorfree money online casino no depositprisão preventiva

Eduardo Cunha

Crédito, Agência Brasil

Legenda da foto, Da prisão, o ex-presidente da Câmara mandou recado dizendo que tem material para 'explodir' o mundo empresarial

O ex-senador Delcídio do Amaral concordoufree money online casino no depositdetalhar a participação delefree money online casino no depositesquemasfree money online casino no depositcorrupção da Petrobras e outras agências do governo e apontar nomes depoisfree money online casino no depositter sido preso, ainda no exercício do mandato,free money online casino no deposittrocafree money online casino no depositliberdade.

O ex-presidente do PP, Pedro Correa, que já tinha sido condenado pelo mensalão, assinou delação na Lava Jato maisfree money online casino no depositum ano depoisfree money online casino no depositter sido preso. O acordofree money online casino no depositCorrea, contudo, não foi validadofree money online casino no depositimediato e precisou passar por ajustes. Palocci e Cunha, que ensaiam uma delação, também estão detidos.

Mas a maioria dos políticos alvosfree money online casino no depositinquéritos, já denunciados e réusfree money online casino no depositações criminais, até o momento, está solta. Para especialistas, estandofree money online casino no depositliberdade ou sob a proteçãofree money online casino no depositforo privilegiado, muitos não veem motivos para negociar a saída da prisãofree money online casino no deposittroca da colaboração com informações.

"As prisões têm sido usadas para pressionar as delações e os políticos foram menos presos até o momento", avalia Cristiano Maronna, presidente do Instituto Brasileirofree money online casino no depositCiências Criminais (IBCCRIM). "Muitos dos delatores estão conseguindo ir para casa e até reduzir as penas ao máximo. É uma opçãofree money online casino no depositdefesa."

Além disso, muitos dos políticos desfrutamfree money online casino no depositforo privilegiado, ou seja, são julgados por instâncias superiores na Justiça que, normalmente, são mais sobrecarregadas e mais lentas que a 13ª Vara da Justiça Federal sob o comandofree money online casino no depositSérgio Morofree money online casino no depositCuritiba. Moro é juiz exclusivo da Lava Jato desde 2014.

Fidelidade ao partido ou a pessoas

Alguns advogados acreditam que o corporativismo pesoufree money online casino no depositalgumas decisõesfree money online casino no depositnão fazer delações. Mesmo entre os políticos que estão presos, a maioria deles optou por não falar ou eventualmente entregar colegasfree money online casino no depositplenário ou partido.

O ex-deputado André Vargas, por exemplo, tenta conquistar o regime semiaberto sem colaborar com as investigações. Ele foi preso e condenado a 14 anosfree money online casino no depositprisão pelo desviofree money online casino no depositR$ 1,1 milhãofree money online casino no depositcontratosfree money online casino no depositpublicidade na Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde. Mas pleiteia a progressãofree money online casino no depositregimefree money online casino no depositcumprimentofree money online casino no depositpena por ter trabalhado como chefe da faxina e por ter lido 12 livros na prisão.

O ex-ministro José Dirceu também tenta reduzir a pena sem fazer delações. Ele trabalha na biblioteca do presídio e divide a cela com o ex-deputado Luiz Argolo. Nenhum dos dois assinou delação, assim como o ex-tesoureiro do PTJoão Vaccari,que também está preso e rejeitou o acordo.

Manifestação na porta do Congresso Nacionalfree money online casino no depositmaçofree money online casino no deposit2017

Crédito, Agência Brasil

Legenda da foto, Aqueles que estão sendo investigados devem tentar se reeleger com o discurso da vitimização, dizem especialistas

Instintofree money online casino no depositpreservação política

Assumir um crime pode representar também a cassação do mandato e levar à inelegibilidadefree money online casino no depositum político.

A maioria, avaliam especialistas, prefere não arriscar a carreira. Aqueles que estão sendo investigados tendem a tentar se reeleger com o discurso da vitimização.

Muitos dos citados,free money online casino no depositespecial os com foro no Supremo Tribunal Federal, dificilmente serão julgados até as próximas eleições e, por isso, não enfrentariam impedimento legal para concorrer a um cargo público.

Pela Lei da Ficha Limpa, o candidato torna-se inelegível apenas se condenado, por um órgão colegiado, por um dos dez tiposfree money online casino no depositcrimes ali previstos - entre eles atos contra a administração pública e fraudes eleitorais.

Negociação está mais difícil

Para fazer acordofree money online casino no depositdelação, um investigado precisa ter informações relevantes e aproveitáveis ao curso da Lava Jato, após três anosfree money online casino no depositinvestigação e 155 delações.

Os primeiros que assinaram delação foram o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, e o doleiro Alberto Youseff, que citaram empresas e políticos, alémfree money online casino no depositoutros agentes públicos. A partir deles, a força-tarefa miroufree money online casino no depositempresários que também decidiram colaborar.

Os políticos precisariam, assim, entregar novos esquemas, citar empresasfree money online casino no depositoutros conglomerados que não apenas osfree money online casino no depositempreiteiras e incriminar colegas, bem como companheirosfree money online casino no depositpartidos.

"A negociação vai ficando cada vez mais difícil. Além disso, políticos parecem ser os principais alvos no mapa da delação. Podem ser vistos como a parte mais poderosa", observa Maronna. Ele, contudo, diz que as negociações não são transparentes e critica os métodos usados até o momento - entre eles, prisão preventiva - para estimular a assinaturafree money online casino no depositacordos.