Estudantes brasileiros são 'felizes' e estão entre os que mais usam internet fora da escola, diz OCDE:aposta. ganha

Escola na Bahia

Crédito, Governo da Bahia

Legenda da foto, 44,6% dos jovens brasileiros entrevistados se disseram 'muito satisfeitos' com suas vidas

A média do Brasil foiaposta. ganha7,59, pouco acima dos 7,31 obtidos na média dos países da OCDE, que reúne 35 economias, a grande maioria desenvolvidas.

Quando analisado o grupoaposta. ganha35 países que são parceiros da OCDE, mas não integram organização, o Brasil se situa no meio do ranking, com a décima melhor pontuação - apenas 20 forneceram dados.

Entre os emergentes com melhores resultados estão República Dominicana (8,50), Costa Rica (8,21), Croácia (7,90) ou Colômbia (7,88).

'Muito satisfeitos'

Pouco menos da metade (44,6%) dos jovens brasileirosaposta. ganha15 anos se disseram "muito satisfeitos" com suas vidas (deram notas 9 e 10).

O resultado é bem superior à média dos alunos da OCDE, que éaposta. ganhapouco maisaposta. ganhaum terço (34,1%). Entre o grupoaposta. ganha20 emergentes que forneceram dados, o Brasil ocupa o 8º lugar.

A proporção dos que deram notaaposta. ganha9 a 10 é bem mais elevadaaposta. ganhapaíses como República Dominicana (67,8%, o melhor resultadoaposta. ganhatodo o estudo), Costa Rica (58,4%), Colômbia (50,9%) e Montenegro (50,1%).

Menina na internet

Crédito, SMCS

Legenda da foto, Estudantesaposta. ganha15 anos no Brasil passam maisaposta. ganhatrês horas (190 minutos) por dia na internet fora da escola

Por outro lado,aposta. ganhaeconomias asiáticas, como a da Coreia do Sul e Hong Kong, o totalaposta. ganha"muito satisfeitos com a vida" não chega a 20%.

Ou seja, apesaraposta. ganhalideraremaposta. ganharelação aos conhecimentos, os estudantes da região são,aposta. ganhageral, menos felizes do que osaposta. ganhaoutros países do mundo - os alunosaposta. ganhapaíses asiáticos estão entre os primeiros colocados nas provasaposta. ganhaciências, matemática e compreensão da escrita do Pisa, a mais importante avaliação educacional do mundo.

No Japão, que ocupa o segundo lugar no Pisa, apenas 23,8% dos alunos se dizem "muitos satisfeitos" com a vida. Em Taipei, quarto melhor colocado na avaliação educacional, somente 18,5% dos estudantes se consideram muito felizes.

Hong Kong é outro exemplo: ocupa o 9º melhor no rankingaposta. ganhadesempenho, mas apenas 13,9%aposta. ganhaseus estudantes declaram estar "muito satisfeitos".

O último Pisa, divulgado no final do ano passado, deu destaque para a áreaaposta. ganhaciências.

"Os dados do Pisa 2015 mostram que há uma modesta relação entre a média da performanceaposta. ganhaciências e a médiaaposta. ganhasatisfação com a vida", diz a OCDE.

"Estudantesaposta. ganhapaíses com baixos resultados tendem a relatar níveis mais altosaposta. ganhasatisfação com a vida do que alunosaposta. ganhapaíses com alta performance", destaca o relatório "Bem-Estar dos Estudantes".

Menina construindo casinhaaposta. ganhamadeira

Crédito, Thinkstock

Legenda da foto, Alunos asiáticos vão bemaposta. ganhaprovasaposta. ganhadesempenho, mas se dizem menos felizes

Há algumas exceções, acrescenta a organização. É o caso da Finlândia, Holanda ou Suíça, onde o desempenho nas provasaposta. ganhaciências se situa acima da média e os alunos declaram estar satisfeitos com a vida.

Já na Turquia, que está entre os 20 últimos colocados nos testesaposta. ganhaciências do Pisa, os estudantes tendem a relatar pouca satisfação com suas vidas.

Médiaaposta. ganhainfelicidade

O índice dos estudantes que se dizem "infelizes" (com notasaposta. ganha0 a 4) no Brasil éaposta. ganha11,8%, exatamente a média dos países da OCDE.

"O bem-estar dos alunos se refere ao estado psicológico, cognitivo, social e físico e as capacidades que o estudante precisa para viver uma vida feliz e com realizações", explica a organização.

"O bem-estar é acimaaposta. ganhatudo definido pela qualidadeaposta. ganhavida", ressalta o relatório, acrescentando que apenas no Brasil e na Colômbia os estudantes desfavorecidos relatam maior satisfação com a vida do que os mais favorecidos. O documento não fornece mais detalhes sobre essa questão.

Outro fator analisado no estudo é o interesse dos paisaposta. ganharelação à vida escolar dos filhos.

"Estudantes cujos pais se interessam por suas atividades escolares têm melhor performance no Pisa do que alunos que relatam faltaaposta. ganhainteresseaposta. ganhaseus pais", diz o documento.

A OCDE também aponta que o envolvimento dos paisaposta. ganhaoutras atividades (como conversar sobre a escola ou fazer refeições juntos à mesa) tem impacto positivo não apenas no resultado escolar do aluno, mas também no fato deles se sentirem mais satisfeitosaposta. ganharelação à vida.

"Passar tempo apenas conversando é a atividade entre pais e alunos mais fortemente associada à satisfação", ressalta a organização.

Alunosaposta. ganhaescola pública no Brasil

Crédito, Agência Brasil

Legenda da foto, Índiceaposta. ganhaestudantes brasileiros que se dizem 'infelizes' é igual à média da OCDE: 11,8%

"Na maioria dos países, estudantes tendem a relatar que são muito satisfeitos comaposta. ganhavida quando seus pais realizam regularmente pelo menos uma das atividadesaposta. ganhacasa (conversar ou fazer refeições juntos)".

No Brasil, 85,2% dos alunos dizem conversar com os pais após a escola, segundo o estudo. A média nos países da OCDE é 86,1%. Na Rússia, Tailândia e Tunísia, o número é pouco acimaaposta. ganha90%.

Uso da internet

Outro indicador medido, a ansiedade, revela que a grande maioria dos alunos no Brasil (quase 81%) se sente "muito ansiosa" mesmo quando bem preparada para as provas. É o segundo índice mais elevado entre os países analisados.

O relatório também revela que os estudantesaposta. ganha15 anos no Brasil passam maisaposta. ganhatrês horas (190 minutos) por dia na internet nos diasaposta. ganhasemana, no período fora da escola.

É o segundo maior tempo gasto entre os países do estudo, ficando abaixo apenas do Chile (195 minutos). Mas cercaaposta. ganha20 países não forneceram esses dados. A média na OCDE éaposta. ganhaquase duas horas e meia.

Nos finaisaposta. ganhasemana, os estudantes no Brasil utilizam ainda mais a internet: 209 minutos. Mas estudantesaposta. ganhavários outros países, como Holanda, Suécia ou Reino Unido, passam mais tempo online do que os brasileiros.

A OCDE vê essa atividade como uma formaaposta. ganhaestender o aprendizado. "As ferramentas da internet, incluindo redes online, mídias sociais e tecnologias interativas, estão criando estilosaposta. ganhaaprendizado, onde jovens se veem como agentesaposta. ganhaseu próprio conhecimento e podem aprender mais sobre o mundo", afirma o estudo.

Bullying

O relatório também analisa a questão do bullying nas escolas. No Brasil, 17,5% dos estudantes afirmam sofrer algum tipoaposta. ganhabullying (tirar sarro, sumiço ou destruiçãoaposta. ganhapertences, sofrer rumores e ameaças, por exemplo) algumas vezes por mês. Na OCDE, a média éaposta. ganha18,7%.

Mas apenas 3,2% dos alunos brasileiros dizem sofrer violência física (socos ou empurrões), segundo o estudo. A média na OCDE nesses casosaposta. ganhabullying éaposta. ganha4,3%. Em Hong-Kong, é quase o triplo, 9,5%.

O relatório "O Bem-Estar dos Alunos" afirma que alunos com desempenho baixo na escola estão mais sujeitos a se tornar vítimasaposta. ganhabullying.

"De acordo com os resultados do Pisa, a proporçãoaposta. ganhavítimasaposta. ganhabullying é maioraposta. ganhaescolas com alto percentualaposta. ganhaestudantes que repetiramaposta. ganhaano, onde há pouca disciplina na salaaposta. ganhaaula e onde alunos relatam ser tratadosaposta. ganhaforma injusta pelo professor", diz o estudo.