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Duas mulheres e uma criança pertojogo de azar é crimemureta; eles estãojogo de azar é crimeambiente escuro

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Legenda da foto, Pessoas na rua na terceira noitejogo de azar é crimeapagão nacionaljogo de azar é crimeHavana

Na última sexta-feira, a principal central elétrica da ilha falhou e todo o país ficou sem energia.

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O fornecimento foi parcialmente restaurado no sábado, até entrarjogo de azar é crimecolapso novamente.

Enquanto os cubanos esperam a volta à normalidade, eles estão vendo a comida apodrecer nas geladeiras.

“Faz três noites que estamos sem eletricidade e que a nossa comida está apodrecendo. Quatro dias sem eletricidade é um abuso para as crianças”, disse à agência Associated Press (AP) Mary Karla, mãejogo de azar é crimetrês filhos que não quis revelar o sobrenome.

Luzesjogo de azar é crimeautomóveis na rua, com prédios atrás apagados

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Sem eletricidade, os fogões elétricos também não funcionam, por isso algumas famílias estão cozinhando com lenha.

Somando-se ao desconfortojogo de azar é crimeestar no escuro,jogo de azar é crimemuitas casas o abastecimentojogo de azar é crimeágua dependejogo de azar é crimebombas elétricas, por isso não há como limpar utensílios ou tomar banho. O comércio e as escolas precisaram fechar.

Nos últimos dias, houve panelaçosjogo de azar é crimediversos lugares e,jogo de azar é crimeoutros, pessoas bloquearam ruas com pilhasjogo de azar é crimelixo — comojogo de azar é crimeSan Miguel del Padrón, um bairro pobre nos arredoresjogo de azar é crimeHavana.

Além do apagão, no domingo (20), o furacão Oscar atingiu o país. Agora transformadojogo de azar é crimetempestade tropical, teme-se que ele possa danificar a precária infraestruturajogo de azar é crimedistribuiçãojogo de azar é crimeenergiajogo de azar é crimeCuba.

Apesarjogo de azar é crimeuma dimensão avassaladora, o apagãojogo de azar é crimesexta é apenas mais umjogo de azar é crimeuma sériejogo de azar é crimeepisódios com problemas na energia. Há muito tempo, a luz tem sido cortada ou racionada no país.

Neste ano, muitas residências cubanas já haviam ficado até oito horas por dia sem energia.

No entanto, este apagão é considerado o pior que Cuba sofreu desde que o furacão Ian atingiu a ilha como uma tempestadejogo de azar é crimecategoria 3jogo de azar é crime2022 e afetou instalações elétricas que levaram dias para serem consertadas pelo governo.

As causas dos problemas recorrentes diferem, dependendo se você ouve a versão das autoridades cubanas oujogo de azar é crimepessoas críticas ao governo.

Infraestrutura obsoleta e demanda maior

O apagão total ocorreu depois que a usina Antonio Guiteras — a maior da ilha — ficou forajogo de azar é crimeserviço por volta das 11hjogo de azar é crimesexta-feira, horário local.

A falha colapsou todo o sistema da ilha.

O presidente Miguel Díaz-Canel culpou o embargo que os Estados Unidos impõem à economia da ilha durante décadas, argumentando que o bloqueio impede a chegadajogo de azar é crimeinsumos e peçasjogo de azar é crimereposição.

O ministro das Relações Exterioresjogo de azar é crimeCuba, Bruno Rodríguez, mais tarde repetiu as palavras do presidente ao publicar no X (antigo Twitter) que "se o embargo acabar, não haverá apagões".

"Desta forma, o governo dos Estados Unidos poderia apoiar o povo cubano... se quisesse".

Duas pessoasjogo de azar é crimevaranda batendo panela

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Legenda da foto, Cubanos fizeram panelaçosjogo de azar é crimemeio ao apagão

As autoridades locais também atribuem os problemas à maior demandajogo de azar é crimeresidências e empresas por aparelhosjogo de azar é crimear condicionado.

Sobre o atual apagão, o ministro O Levy também argumentou que a situação estaria melhor se não tivessem ocorrido mais dois apagões parciais enquanto as autoridades tentavam restaurar a energia no sábado.

O ministro afirmou que México, Colômbia, Venezuela e Rússia, entre outros países, ofereceram ajuda.

Escassezjogo de azar é crimecombustíveis

Além do embargo e do aumento da demanda, o governo cubano apontou outro motivo por trás dos problemas.

“A escassezjogo de azar é crimecombustível é o fator mais importante”, disse o primeiro-ministro Manuel Marrerojogo de azar é crimeum pronunciamento na TV.

O presidente da União Elétrica Nacional, Alfredo López Valdés, também reconheceu que a ilha enfrenta uma situação difícil no que se refere à energia.

Cuba depende das importações para abastecer as suas centrais elétricas dependentes do petróleo,jogo de azar é crimegrande parte obsoletas. E a ilha foi atingida este ano por uma queda nos envios cruciaisjogo de azar é crimecombustível da Venezuela.

Em 2000, o então presidente venezuelano Hugo Chávez assinou um acordo com Fidel Castro para fornecer cercajogo de azar é crime53 mil barrisjogo de azar é crimepetróleo por dia à ilhajogo de azar é crimetroca do enviojogo de azar é crimemissões médicas cubanas. O acordo continuou com Nicolás Maduro.

Ruajogo de azar é crimeHavana às escuras, com iluminação vindajogo de azar é crimecarros

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Emborajogo de azar é crimemaio tenha havido uma recuperação no enviojogo de azar é crimepetróleo, nos últimos anos o enviojogo de azar é crimecombustível venezuelano para Cuba caiu consideravelmente devido à crise que há anos afeta um dos grandes aliados da ilha.

Também diminuiu o fluxojogo de azar é crimecombustíveljogo de azar é crimeoutros grandes fornecedores, Rússia e México.

Neste último caso, o país reduziu a exportaçãojogo de azar é crimemeio às eleições. A nova presidente Claudia Sheinbaum não se posicionou ainda sobre se o fornecimento a Cuba continuará.

Críticas à política estatal

No entanto, muitas vozes críticas às autoridades cubanas apontam outros problemas políticos e econômicos subjacentes à crise energética.

É o caso do economista Pedro Monreal, quejogo de azar é crimesuas redes sociais reagiu à manchete "Cuba no combate ao desafio energético" que o jornal oficial Granma trazia na capa.

“Não é um desafio, é a ruína energética como resultado do falho planejamento centralizado imposto pelo poder político”, escreveu Monreal na rede social X.

"É uma crise estrutural intensificada pelo fracasso na regulamentação e complicada por soluções ineficazes. É uma falência causada por decisões internas", acrescentou.

O presidentejogo de azar é crimeCuba, Miguel Díaz-Canel, sentado

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Legenda da foto, Díaz-Canel atribuiu o apagão ao embargo dos EUA

A jornalista cubana Monica Baró relatoujogo de azar é crimeuma crônica no site Periodismojogo de azar é crimeBarrio que, embora os cubanos já estejam acostumados ao que chamam ironicamentejogo de azar é crime"alumbrones" (em tradução livre, algo como "acesões", uma brincadeira indicando que o tempo sem luz seria a regra), dessa vez foi diferente.

“Meu pai tem 72 anos. Ele viveu todas as crisesjogo de azar é crimeCuba. Poucas coisas conseguem impressioná-lo, mas esta noite ele está impressionado”.

Baró relata que, jájogo de azar é crime2022, o especialistajogo de azar é crimeenergia Jorge Piñón, diretor do Programa Energético para a América Latina e o Caribe da Universidade do Texas, previu um "colapso total do sistema elétrico cubano".

Na entrevista à Rádio Martí, Piñón também questionou a "políticajogo de azar é crimeband-aid" do governo para resolver os problemas.

"É necessária uma recapitalização estrutural", disse.

'Não há nada que sustente o país'

Na última sexta-feira, as autoridades cubanas anunciaram o cancelamentojogo de azar é crimetodas as atividades não essenciais.

No caso das escolas, numa medida inédita, as aulas foram suspensas até quarta-feira.

Na noitejogo de azar é crimedomingo,jogo de azar é crimeuma Havana completamente escura, apenas alguns negócios funcionavam, enquanto bares e residências eram alimentados por pequenos geradores movidos a combustível, informou a agência Reuters.

Pessoasjogo de azar é crimeescadaria, incluindo crianças, na penumbra

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A maior parte da cidadejogo de azar é crime2 milhõesjogo de azar é crimehabitantes ficoujogo de azar é crimesilêncio.

Os moradores jogavam dominó nas calçadas, ouviam músicajogo de azar é crimeaparelhosjogo de azar é crimerádio movidos a bateria e sentavam-se na soleirajogo de azar é crimesuas portas.

“Isso é uma loucura”, disse Eloy Fon, um aposentadojogo de azar é crime80 anos que vive no centrojogo de azar é crimeHavana, à agênciajogo de azar é crimenotícias AFP.

“Isso mostra a fragilidade do nosso sistema elétrico… Não temos reservas, não há nada que sustente o país.”

Focojogo de azar é crimetensão

Longos apagões já são há algum tempo fontejogo de azar é crimetensãojogo de azar é crimeCuba.

Em julhojogo de azar é crime2021, milharesjogo de azar é crimemanifestantes saíram às ruas para protestar contra os apagões que duraram diasjogo de azar é crimegrande parte do país.

Em março desse ano, centenasjogo de azar é crimepessoas na segunda maior cidade cubana, Santiago, organizaram um raro protesto público contra apagões crônicos e a escassezjogo de azar é crimealimentos.

O governo cubano está cada vez mais conscientejogo de azar é crimeque muitos na ilha perderam um pouco o medojogo de azar é crimefalar abertamente sobre os vários problemas que enfrentam diariamente.

Díaz-Canel apareceu na televisão nacional no domingo à noite vestido com um uniforme militar verde oliva incentivando os cubanos a expressarem suas queixas com disciplina e civilidade.

“Não vamos aceitar nem permitir que ninguém aja com vandalismo e muito menos perturbe a tranquilidade do nosso povo”, disse o presidente, que raramente é visto uniformizado.

Enquanto isso, moradoresjogo de azar é crimeHavana Velha, como Anabel González, disseram à agência Reuters que os moradores estavam desesperados.

“Meu celular está mudo e ao olhar para a minha geladeira, percebi que o pouco que eu tinha apodreceu”.