Como a polêmica do assento no avião nos ensina a lidar com as frustrações das crianças:gbets

Ao mesmo portal, a pessoa que afirmou ter gravado o vídeo, uma advogada chamada Eluciana, também deugbetsversão na história. Ela disse que não esperava que o vídeo ganhasse tanta repercussão e garantiu que planejava tapar o rostogbetsJennifer no vídeo, o que acabou não dando certo. Eluciana acrescentou que ela egbetsfamília estão recebendo mensagens ofensivas.

Especialistasgbetsdesenvolvimento infantil entrevistados pela BBC Brasil afirmam que a forma como algumas pessoas dentro do avião lidaram com o episódio foi inadequada, gerando ainda mais frustração para a criança, que já estava chateada.

"O fatogbetster alguém filmando e xingando a passageira dificulta a tentativa da mãegbetsacalmar a criança, porque a criança percebe aquilo como algo muito mais grave do que realmente é e é mais difícil para o cérebro dela se sentir seguro e parargbetschorar. Essa pessoa que filmou atrapalhou muito a situação, intensificando o estresse da criança", afirma Nanda Perim, psicóloga especialistagbetsInteligência Parental.

Para Mayra Gaiato, psicóloga e neurocientista infantil, a interferênciagbetsoutras pessoas também gera uma cargagbetsestresse para a mãe, que já está tendo que lidar com a frustração do filho e o julgamentogbetsoutras pessoas.

"Ter alguém filmando é um fator que potencializa toda a situação e pode nos levar a tomar atitudes que não queremos", afirma.

Como os pais devem agir

Na avaliaçãogbetsNanda Perim, não há nenhum problemagbetsos pais pedirem ao passageiro para trocargbetslugar, até porque algumas pessoas não se importam.

"Às vezes, a mãe ou o pai está com a criança cansada, pode ter acordado cedo, com a rotina alterada, e quer evitar mais um fatorgbetsestresse", afirma Perim, que pontua: "Mas, se o passageiro diz não, os pais precisam legitimar isso e agir com maturidade."

Segundo Mayra Gaiato, por mais raiva que os pais possam sentir nessas situações, esse sentimento precisa ser controlado, porque é por meio do exemplo dos pais que os filhos aprendem a lidar com problemas.

"Nós somos o principal modelo para as crianças e precisamos cuidar muitogbetstodas as nossas ações, porque essas são as mensagens que passamos para elas sobre como conviver na sociedade", destacou.

Segundo Aline, ela não se importou com o fatogbetsJeniffer ter se negado a ceder o assento e retirou o filho imediatamente do lugar. A criança tinha um assento na janela, mas continuou chorando porque queria se sentar ao lado da avó.

Como lidar com a frustração das crianças

Em situaçõesgbetsestresse como essa, alémgbetsos pais adotarem o comportamento correto, é importante saber como lidar com a frustração das crianças, que têm pouco discernimento do que está acontecendo.

"Muitas crianças, principalmente as pequenas ou as que estão no espectro autista, apresentam inflexibilidade cognitiva. Elas não conseguem compreender, por exemplo, que trocargbetsuma janela para outra janela ainda seria estargbetsum assento na janela. O raciocínio delas não alcança isso, e a situação as frustra. Se a criança está frustrada, ela vai chorar", afirma Nanda Perim.

A psicóloga explica que a birra, embora seja malvista pela sociedade, é parte do desenvolvimento infantil e não é algogbetscrianças "mal-educadas", como muita gente julga.

"Existe um grande preconceitogbetsrelação às explosões emocionais das crianças, que são uma parte natural do desenvolvimento. Isso faz com que muitas pessoas não saibam lidar com isso e culpem as crianças", acrescenta.

Assim, quando uma criança está frustrada e chorando, a melhor formagbetsagir, segundo Mayra Gaiato, é falar a verdade. Ela sugere explicargbetsmaneira clara a criança o porquê ela não pode fazer aquilo, e no caso do avião, até usar exemplos concretos, como mostrar o número do assento, por exemplo. Além disso, é importante acolher o sentimento da criança.

"O ideal é narrar, descrever e validar o que ela está sentindo. Tentar distrair a criança da situação não é o caminho. É importante dizer algo como: 'Entendi, você está sofrendo por causa disso e disso, sei que está difícil, mas isso não pode.' Valide o sentimento, descreva o que está acontecendo e explique, porque isso ajuda o cérebro da criança a entender que foi ouvida, mas que existem limites e regras", pontua.

Nanda Perim acrescenta que é importante ter um olhar respeitoso nesses momentos e não apenas dizer "não pode", "tem que aceitar e ponto final", como é comum se ouvir na educação tradicional.

"Uma alternativa é falar: 'eu sei que você está chateado, mas você não tem direitogbetssentar lá, porque aquele lugar égbetsoutra pessoa. Você tem direitogbetsficar frustrado, e eu estou aqui para te dar meu colo', porque você acolhe", sugere.