O que pode estar por trás da apatiapro pokercrianças:pro poker
No casopro pokercrianças menores — até os cinco anos — os sintomas podem ir desde irritação, choro sem motivo aparente, tristeza, dificuldadepro pokerdemonstrar afeto, emoções.
"A gente avalia o desenvolvimento ao longo do tempo, mas é possível ter bebês que manifestam apatia", afirma Bisol.
Jápro pokercrianças maiores — até os doze anos —, os sintomas mais comuns da apatia vão desde o isolamento, desânimo e tristeza, até a faltapro pokerinteressepro pokerse comunicar com a família ou fazer amizades. Mas não há uma regra.
"O pediatra é o primeiro médico que vai avaliar a criança e fazer uma triagem individual. E se ele falar para a família que não é nada ou apenas uma fase, a gente vai deixarpro pokerintervir, sendo que o mais importantepro pokercondições psiquiátricas é a intervenção", ressalta Débora Passos, pediatra neonatologista da UTI Neonatal do Hospital e Maternidade Pro Matre.
A apatia pode ser confundida com algumas característicaspro pokerpersonalidade, como inibição ou timidez.
"Na timidez, o indivíduo tem uma resposta e iniciativa ao mundo, mas é mais contida. Nesse caso, ela só precisapro pokermais estímulo, diferente da apatia, quando você dá os estímulos, tenta interagir, e a criança não responde", descreve Mauro Victorpro pokerMedeiros Filho, psiquiatra da Infância e Adolescência do Serviçopro pokerPsiquiatria da Infância e Adolescência do Institutopro pokerPsiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdadepro pokerMedicina da Universidadepro pokerSão Paulo).
É possível notar essa diferença ao levar a criança a um ambiente novo, comopro pokeruma festa. No início, ela pode chegar com certo receio, maspro pokerseguida se solta e começa a brincar. Essa atitude é caracterizada apenas como inibição ou timidez, não apatia.
O psiquiatra do Institutopro pokerPsiquiatria da Universidadepro pokerSão Paulo diz, ainda, que a apatia também pode ser confundida com recusa.
"Então, crianças 'do contra' que não querem fazer algo ou confrontar podem não responder ou não reagir simplesmente porque estão se opondo. Nesse caso elas estão fazendo força e dispondopro pokerenergia para ser do contra, o que é ao contrário da apatia", relata Filho.
E são várias as causas que podem justificar uma apatia persistente, entre elas, problemas psíquicos como:
- Depressão infantil;
- TDAH (Transtornopro pokerDéficitpro pokerAtenção com Hiperatividade)
- Transtornospro pokeransiedade;
- Transtornos relacionados a traumas ou estresse agudo que a criança tenha passado: abuso sexual e moral, maus-tratos, luto, separação dos pais, bullying, dificuldade financeirapro pokercasa;
- Esquizofrenia (essa doença não é tão comumpro pokercrianças).
Já entre as principais condições físicas estão:
- Hipotireoidismo;
- Anemia;
- Hipovitaminose (quando existe a faltapro pokeruma ou mais vitamina no organismo);
- Doenças oncológicas e/ou metabólicas.
Outro motivo que pode levar ao desenvolvimentopro pokerapatia é o transtorno do espectro autista (TEA).
"Nesse grupopro pokertranstorno existe uma diversidadepro pokersintomas e entre eles podemos, sim, ter a apatia, porque essas crianças podem ter muita dificuldadepro pokersocialização", avalia Bisol, psiquiatra da Universidade Federal do Ceará.
Utilmente, segundo os especialistas, há muitas alterações comportamentaispro pokerfunção da pandemia e do isolamento social.
"São reflexos do que vivemos e não tem doenças relacionadas. É absolutamente comportamental", comenta a pediatra Débora Passos, ressaltando que esses casos também precisampro pokeravaliação clínica e acompanhamento psicológico.
José Martins Filho, médico pediatra, professor titularpro pokerpediatria da Universidade Estadualpro pokerCampinas (Unicamp) e membro da Sociedade Brasileirapro pokerPediatria (SBP) chama atenção para outro ponto importante: a faltapro pokerestímulo familiar.
"Eu tenho um livro chamado A criança terceirizada onde eu falopro pokerpais e mães que saem para trabalhar e não podem brincar com as crianças. Daí elas vão para a escola e ficam retraídas ou então só ficam nos aparelhos eletrônicos. Tudo isso pode acarretar nesse sintomapro pokerapatia", alerta o especialista, que apresenta um canal no YouTube chamado Família Amor e Cuidado voltado para pais e cuidadores.
Como descobrir que a criança está com apatia?
O primeiro passo é observar o comportamento da criança, pois a apatia costuma ser bastante perceptível.
"É preciso analisar a consistência e a frequência desses sinais comportamentais, porque é preciso descobrir o que está causando essa apatia precocemente", indica a psicóloga infantil Cynthia Marden, do ambulatóriopro pokerpsiquiatria do Hospital Universitário Lauro Wanderley, da Universidade Federal da Paraíba (HULW-UFPB), que faz parte da Rede Ebserh.
Nesse sentido, é válido ressaltar que cada criança tem um tempopro pokerdesenvolvimento diferente, enquanto umas andam, falam e demonstram interessepro pokeraprendizados mais cedo, outras demoram um pouco mais. E tudo bem, desde que a criança atinja o esperado para apro pokerfaixa etáriapro pokertermospro pokerdesenvolvimento físico e cognitivo.
Por isso é tão importante que, mesmo depois do primeiro anopro pokervida, a criança continue sendo acompanhada periodicamente.
"O pediatra não é um médico só da criança, ele é um médico da família. É muito além do que apenas pesar e medir a criança. Muitas vezes, o pediatra chama atenção para aquilo que os pais não estão percebendo, e isso acontece muito no consultório", relata Passos, a pediatra do Hospital e Maternidade Pro Matre.
Além do médico, professores também têm um papel essencialpro pokerum possível diagnóstico, já que eles passam ao menos meio período com as crianças.
"Tirar um tempo na semana ou mesmo no finalpro pokersemana para interagir com a criança é fundamental, caso contrário, os pais não vão perceber qualquer comportamento atípico nos filhos", alerta Passos.
E após descartar doenças físicas no atendimento clínico inicial, o pediatra encaminha a criança para avaliação do psicólogo ou psiquiatra.
"A partir do momento que há frequência e persistência tendo prejuízo no campo funcional, como a criança não querer tomar banho, fazer a lição, sair para os lugares, não ter interesse frente a um instrumento musical ou que haja prejuízo social como faltapro pokerinteração com os amigos ou a família, podemos dizer que a apatia começou a se tornar um problema", define Filho, psiquiatra do Institutopro pokerPsiquiatria do Hospital das Clínicas.
Apatia tem tratamento?
Como a apatia não é uma doença, o tratamento é direcionado para a causa do sintoma. Ou seja, se for uma anemia, o quadro é que deverá ser tratado para melhorar as reações adversas.
O mesmo ocorre com transtornos psicológicos, que normalmente são tradados com terapias e,pro pokeralguns casos, medicação. "Lembrando que ela é um sintoma que pode estar presentepro pokervários diagnósticos", diz Filho.
A postura dos paispro pokerrelação a esse sintoma é orientadapro pokeracordo com a patologia. "Então teremos uma postura para depressão diferente se o caso forpro pokeransiedade. As orientações aos pais devem ser associadas aos diagnósticos relacionados a apatia", conclui Filho, psiquiatra da Infância e Adolescência do Institutopro pokerPsiquiatra do Hospital das Clínicas.
- Este texto foi publicadopro pokerhttp://vesser.net/brasil-61898646
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