Como os soviéticos roubaram segredos nucleares e perseguiram Oppenheimer, o pai da bomba atômica:bonus gratis cassino

Robert Oppenheimer

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O trabalho do físico Robert Oppenheimer foi fundamental para o desenvolvimento da bomba atômica, que mudaria os rumos da Segunda Guerra Mundial

As acusaçõesbonus gratis cassinoque Oppenheimer era um espião soviético e um risco à segurança — um dos principais enfoques do filme — foram desmentidas.

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Em dezembrobonus gratis cassino2022, o governo Biden anulou postumamente a decisãobonus gratis cassino1954 da Comissãobonus gratis cassinoEnergia Atômica dos Estados Unidos, que revogou a licençabonus gratis cassinosegurançabonus gratis cassinoOppenheimer, chamando esse processobonus gratis cassinoinjusto e tendencioso.

Documentos que antes eram confidenciais vieram a público, revelando que a espionagem soviética sobre os esforços americanos para desenvolver a bomba atômica fizeram avançar o programa nuclearbonus gratis cassinoMoscou, mas que Oppenheimer não era um espião.

O pontobonus gratis cassinovistabonus gratis cassinoOppenheimer

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Oppenheimer entrou para o Projeto Manhattan — o esforço nacional americano para construir a bomba atômica antes dos nazistas —bonus gratis cassino1942.

Os cientistas que ele lideroubonus gratis cassinoLos Alamos, provavelmente, formavam o grupo mais talentosobonus gratis cassinocérebros já reunidosbonus gratis cassinoum único laboratório — 12 deles viriam a ganhar o Prêmio Nobel.

Em 1954, no auge da era McCarthy, Oppenheimer foi acusadobonus gratis cassinoser comunista e atébonus gratis cassinoespionar para a União Soviética. Mas o que é verdade?

Sabemos que, nos anos 1930 e até 1943, Oppenheimer era simpatizante comunista. Seu irmão Frank (1912-1985) ebonus gratis cassinonamorada Jean Tatlock (1914-1944) eram membros do Partido Comunista dos Estados Unidos. A esposabonus gratis cassinoOppenheimer, Katherine (1910-1972), era ex-integrante do partido.

Para Oppy, como seus alunos o chamavam, o marxismo era intelectualmente interessante, mas também era prático. O cientista considerava o comunismo a melhor defesa contra a ascensão do fascismo na Europa — o que, porbonus gratis cassinoascendência judaica, era uma questão pessoal para ele.

Mas,bonus gratis cassino1943, o apoiobonus gratis cassinoOppenheimer às causas do Partido Comunista mudou — evidentemente, quando ele percebeu a magnitudebonus gratis cassinosua missãobonus gratis cassinoproduzir a bomba atômica.

Naquele ano, o físico ajudou autoridadesbonus gratis cassinosegurança do Exército dos Estados Unidos a identificar cientistas que ele acreditava serem comunistas.

A aberturabonus gratis cassinoMoscou

Oppenheimer era um alvo importante da inteligência soviética, que o identificava pelos codinomes CHESTER e CHEMIST. Ele também foi "cultivado" pelas autoridades soviéticasbonus gratis cassinointeligência.

Mas ser um alvo cultivado para recrutamento não é o mesmo que ser um espião aliciado.

Como mostra o filme, o colega acadêmicobonus gratis cassinoOppenheimer na Universidade da Califórniabonus gratis cassinoBerkeley, Haakon Chevalier (1901-1985), contou a Oppenheimer,bonus gratis cassino1943, que um cientista britânico que trabalhavabonus gratis cassinoSão Francisco poderia repassar informações para os soviéticos.

Oppenheimer rejeitou a abordagem, mas só informou as autoridades vários meses depois, por motivos que permanecem incertos até hoje.

Nos anos que se seguiram, Oppenheimer divulgou pelo menos três versões da história, às vezes envolvendo seu irmão Frank. Parece provável que o cientista estivesse tentando proteger seu irmão da segurança do Exército americano.

Os arquivos divulgados após o colapso da União Soviética comprovaram, sem margembonus gratis cassinodúvida, que Oppenheimer não era um espião soviético. Na verdade, os relatórios soviéticosbonus gratis cassinointeligência sobre o Projeto Manhattan revelaram que,bonus gratis cassinomomentos cruciais, os chefesbonus gratis cassinoespionagembonus gratis cassinoStalin ficaram frustrados porbonus gratis cassinoequipebonus gratis cassinocampo não ter recrutado Oppenheimer.

Mas os soviéticos,bonus gratis cassinofato, penetraram no Projeto Manhattan, o que foi a maior falhabonus gratis cassinosegurança da história dos Estados Unidos.

Fotobonus gratis cassinoidentificaçãobonus gratis cassinoLos Alamos do físico teórico Klaus Fuchs, que repassou informações sobre a construçãobonus gratis cassinoarmas nucleares para a União Soviética

Crédito, Corbia via Getty Images

Legenda da foto, Fotobonus gratis cassinoidentificaçãobonus gratis cassinoLos Alamos do físico teórico Klaus Fuchs, que repassou informações sobre a construçãobonus gratis cassinoarmas nucleares para a União Soviética

Todos os homens do Kremlin

Diversos cientistas que trabalharam no Projeto Manhattan forneceram informações cruciais para a União Soviética sobre as pesquisas da bomba atômica dos EUA.

O filme Oppenheimer apresenta o brilhante físico teórico Klaus Fuchs (1911-1988), que fugiu da Alemanha nazista para o Reino Unido, onde se naturalizou cidadão britânico.

Desde que começou a trabalhar no projeto britânico da bomba atômica na época da guerra, Fuchs manteve o que ele próprio descreveu posteriormente como "contato contínuo" com a inteligência soviética, fornecendo cálculos teóricos necessários para a construção da bomba atômica.

O general Leslie Groves (1896-1970), comandante militar do Projeto Manhattan, culpou posteriormente os britânicos por não terem identificado Fuchs como espião soviético. Ele tinha razão.

Mas o dossiê confidencial, agora publicado, do MI5 — serviçobonus gratis cassinointeligência britânico — demonstra que, na época, a agência não tinha evidências positivas e confiáveis das atividades comunistasbonus gratis cassinoFuchs. O MI5 sabia que o físico era antinazista, mas não que ele era pró-soviético.

Como discuti no meu novo livro, Spies: The Epic Intelligence War Between East and West ("Espiões: a épica guerrabonus gratis cassinointeligência entre o Oriente e o Ocidente",bonus gratis cassinotradução livre), outros espiõesbonus gratis cassinoLos Alamos incluíam o prodigioso cientista Theodore "Ted" Hall (codinome MLAD ou "Jovem"); Julius Rosenberg (codinome ANTENNA, depois LIBERAL); e David Greenglass (codinome BUMBLEBEE, CALIBER).

Outros espiões soviéticos, como o cientista britânico Alan Nunn May, trabalharambonus gratis cassinooutros setores do Projeto Manhattan.

Estes homens tinham diversos motivos para revelar segredos atômicos dos Estados Unidos. Eles acreditavam verdadeiramente no comunismo e achavam que as armas nucleares eram poderosas demais para ficarembonus gratis cassinopossebonus gratis cassinoum único país.

Além disso, eles mantinham uma defesa (falaciosa): como a União Soviética foi aliada dos Estados Unidos na época da guerra, eles estariam "apenas" fornecendo segredos para um governo aliado.

Mas, como Nolan mostra corretamente no filme, quando Chevalier apresentou este argumento a Oppenheimer, ele retrucou, dizendo que, ainda assim, era traição.

A espionagem soviética dentro do Projeto Manhattan mudaria a história. No final da Segunda Guerra Mundial, os espiõesbonus gratis cassinoStalin haviam fornecido os segredos da bomba atômica para o Kremlin, o que acelerou o projeto da bombabonus gratis cassinoMoscou.

Quando os soviéticos detonarambonus gratis cassinoprimeira arma atômica,bonus gratis cassinoagostobonus gratis cassino1949, era uma réplica da bomba construídabonus gratis cassinoLos Alamos e lançada pelos americanosbonus gratis cassinoNagasaki, no Japão.

Até hoje, cercabonus gratis cassino80 anos depois, ainda são revelados segredos sobre a espionagem nuclear da União Soviética.

Outro agente soviético, cujas atividadesbonus gratis cassinoespionagem foram reveladas apenas recentemente, foi o engenheiro americano George Koval (codinome DEVAL). Ele foi recrutado para o Projeto Manhattan, onde trabalhou com "iniciadores" da bombabonus gratis cassinopolôniobonus gratis cassinouma instalação na cidadebonus gratis cassinoDayton, no Estado americanobonus gratis cassinoOhio.

Depois da mortebonus gratis cassinoKovalbonus gratis cassino2006, aos 93 anos, o Ministério da Defesa da Rússia revelou que o "iniciador" da primeira bomba atômica soviética foi preparado conforme as especificações fornecidas pelo engenheiro americano. Putin concedeu a Koval a homenagem póstumabonus gratis cassino"Herói da Rússia", oferecendo um brinde com champanhe embonus gratis cassinohonra.

Novos alvos

Se o filmebonus gratis cassinoNolan inspirar as pessoas a lerem a biografiabonus gratis cassinoOppenheimer, frutobonus gratis cassinouma extensa pesquisabonus gratis cassinoKai Bird e Martin Sherwin (e que inspirou Nolan a produzir o filme), ou outros relatos sobre o Projeto Manhattan e a Guerra Fria, elas vão perceber que as relações subjacentes entre a ciência e a espionagem permanecem vivas até hoje.

O mundo atual está à beirabonus gratis cassinorevoluções tecnológicas que vão transformar a sociedade no século 21, da mesma forma que as armas nucleares fizeram no século passado: a inteligência artificial, a computação quântica e a engenharia biológica.

Assistir a Oppenheimer me faz imaginar se governos estrangeiros hostis podem já ter roubado os segredos para o desenvolvimento destas novas tecnologias, da mesma forma que os soviéticos fizeram com a bomba atômica.

*Calder Walton é diretor assistente do Projetobonus gratis cassinoHistória Aplicada e do Projetobonus gratis cassinoInteligência da Harvard Kennedy School, nos Estados Unidos.

Este artigo foi publicado originalmente no sitebonus gratis cassinonotícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão originalbonus gratis cassinoinglês.