Bom para o agro, ruim para o assalariado? Quem ganha e quem perde com alta do dólar:esporte bet palpites
Mas este movimento afetaesporte bet palpitesforma diferente os consumidores e os setores produtivos, explicou à BBC News Brasil o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria.
Poly Bridge | |
Developer(s) | Dry Cactus |
Publisher(s) | Dry Cactus |
Composer(s) | Adrian Talens |
Platform(s) | Android iOS Linux macOS Microsoft Windows |
Poly Bridge | |
Series | Poly Bridge |
Engine | Unity |
Platform(s) | Microsoft Windows Linux macOS iOS Nintendo Switch Android |
Release | Microsoft Windows WW : July 12, 2024 iOS WW : June 13, 2024 Nintendo Switch WW : December 14, 2024 Android WW : March 15, 2024 |
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"O impacto variaesporte bet palpitesacordo com o setor. Empresas com custosesporte bet palpitesreais e receitasesporte bet palpitesdólares são mais beneficiadas, como aquelas que utilizam mãoesporte bet palpitesobra local e exportam produtos. No entanto, nenhum setor é 100% nessa configuração", afirma.
Para os consumidores, o impacto vai além dos produtos importados, pois os preçosesporte bet palpitesbens industrializados também sofrem com o aumento dos custosesporte bet palpitesinsumos.
Já as empresas enfrentam pressões adicionais, tanto nos custosesporte bet palpitesprodução quanto no pagamentoesporte bet palpitesdívidasesporte bet palpitesmoeda estrangeira. "Sem proteção cambial, muitas delas podem ver seus custos explodirem", acrescenta.
Confira abaixo quais setores que mais se beneficiam com a alta da moeda americana — e quem são os mais impactados pela valorização do dólar.
Quem ganha: agronegócios, mineração, turismo interno
Uma toneladaesporte bet palpitescocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
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Setores com maior parte da receita atrelada ao dólar, como o agronegócio e a indústria extrativa, têm potencial para se beneficiar com a valorização da moeda americana, diz o economista.
Para grandes exportadores, existe sempre um ganha-e-perde simultâneo.
Por um lado, exportadores recebem mais dinheiroesporte bet palpitesreais ao venderem seus produtos no exterioresporte bet palpitesdólares — aumentando seu faturamento.
Mas esses mesmos produtores precisam também pagar algumas contasesporte bet palpitesdólares e essas ficam mais caras. No caso do agronegócio, produtores rurais importam muitas máquinas e fertilizantes.
"Isso cria um mecanismoesporte bet palpitesproteção natural (hedge), permitindo que o setor registre ganhos líquidos", afirma Campos Neto.
Ou seja, a alta do dólar costuma ser vantajosa para a ampla maioria dos grandes exportadores rurais — porque o setor exporta bastante e importa pouco.
Além disso, os produtores rurais têm uma certa flexibilidade com o fluxo do caixa que é favorável.
O faturamento superior devido à alta do dólar é registrado imediatamente, já que os exportadores recebem os valores cada vez queesporte bet palpitescarga é embarcada do porto para o exterior. Ou seja, cargas exportadas nesta quinta-feira já serão vendidas com o dólar alto — e o exportador verá esse dinheiro ingressando imediatamente.
Já no caso dos custosesporte bet palpitesimportação mais caros — insumos como máquinas e fertilizantes — os produtores costumam ter estoquesesporte bet palpitesalguns meses, e podem optar por não importar nada nos momentosesporte bet palpitespico da cotação do dólar.
O benefícioesporte bet palpitesexportar com dólar alto é imediato; o custoesporte bet palpitesprecisar importar com dólar alto pode ser postergado.
"Muitas empresas do agronegócio possuem um estoque razoávelesporte bet palpitesdois ou três mesesesporte bet palpitesinsumos", afirma Henry Quaresma, que é CEO da Brasil Business Partners e membro do conselhoesporte bet palpitesadministração da Associaçãoesporte bet palpitesComércio Exterior do Brasil (AEB).
O impacto maior nos custos só será sentido pelos exportadoresesporte bet palpitescommodities, caso a alta do dólar seja por um tempo prolongado.
Mais beneficiados ainda do que o agronegócio, segundo Quaresma, são setores como mineração e celulose —esporte bet palpitesque o Brasil possui grandes empresas, como Vale, Klabin e Suzano.
Esses grandes exportadores possuem uma vantagem: eles exportam muito, mas importam poucos insumos. Ou seja: só sentem o lado positivo do dólar alto.
"Todo o insumo fica aqui no Brasil. Eles não precisam importar matéria-prima. Então todo o ganho [com o câmbio] é direto."
Empresas internacionais com planosesporte bet palpitesadquirir operações no Brasil também podem ter um benefício se conseguirem fechar contratos nesse período.
O turismo interno brasileiro também se favorece com a alta do dólar. Pessoas que ainda estão comprando pacotes no exterior têm um incentivo para vir ao Brasil. E brasileiros que planejavam viagens ao exterior no verão podem mudaresporte bet palpitesideia pelo câmbio alto.
Aquelas que já tinham programado férias no Brasil são propensas a gastar mais dinheiro — já que a alta do dólar fornece um acréscimo substancial no orçamentoesporte bet palpitesfériasesporte bet palpitesreais dos turistas estrangeiros.
Quem perde: eletrônicos, remédios, carros elétricos
Turistas brasileiros no exterior estão entre os primeiros que sentirão o impacto da alta do dólar, já que seus gastosesporte bet palpitescartãoesporte bet palpitescrédito também são feitos com base na cotação do dólar do dia do fechamento da fatura.
"Quem está indo para Disney agora na alta temporada vai pagar mais", afirma Quaresma.
Alguns setores importantes da economia sentirão impacto negativo da alta do dólar.
A vendaesporte bet palpiteseletrônicos importados — como smartphones — deve cair substancialmente, com uma subida grande nos preços.
O mesmo acontece com o setor farmacêutico, que precisa importar remédios não produzidos nacionalmente. Mesmo a produção nacional tem muitos insumos importados.
Na indústria, a situação é mais diversa, diz o economista Silvio Campos Neto.
"Setores voltados ao mercado externo, como a indústria extrativa (minérioesporte bet palpitesferro e petróleo), tendem a ganhar. Já a indústriaesporte bet palpitestransformação, voltada para o mercado interno, enfrenta mais dificuldades para repassar custos, devido à maior dependênciaesporte bet palpitesinsumos importados."
As montadorasesporte bet palpitescarros também devem sofrer, já que existe uma popularidade muito grande no momentoesporte bet palpitescarros elétricos — muitos deles importados com preços altos.
Um grande perdedor: o consumidor
Quaresma diz que um dos grandes prejudicados com a alta do dólar é o consumidor brasileiro — que recebe seu salárioesporte bet palpitesreais.
Muitos dos setores listados acima — como eletrônicos e farmacêutico — tendem a repassar a alta do dólar diretamenteesporte bet palpitesseus preços para o consumidor.
O consumidor brasileiro também pagará mais por alimentos e combustíveis. O Brasil ainda é um grande importadoresporte bet palpitestrigo — insumo do pão e macarrão. No caso da gasolina, o Brasil exporta petróleo, mas ainda precisa importar combustível. Materiaisesporte bet palpiteslimpeza também possuem muitos insumos importados.
"Algumas empresas reajustam os preços mesmo quando há estoque e não importam, porque elas nivelam o dólar do ano", diz Quaresma.
A alta do dólar provoca aumento generalizadoesporte bet palpitespreços e prejudica o combate à inflação — que tem sido uma das principais preocupações do governo e do mercado esse ano.
"Mas tudo isso depende do período que teremosesporte bet palpitesalta do dólar. Se a coisa vai se prolongando, passa uma semana, duas, e não vemos reversão da alta do dólar, a situação vai ficando mais crítica", diz Quaresma.
Silvio Campos Neto concorda com o veredito. Segundo ele, o impacto sobre o consumidor é especialmente desafiador, já que a desvalorização do real encarece produtos importados e eleva os preçosesporte bet palpitesbens industrializados nacionais que dependemesporte bet palpitesinsumos estrangeiros.
O aumentoesporte bet palpitescustos acaba sendo repassado, mesmo que parcialmente, ao consumidor final.
"Se olharmos para períodosesporte bet palpitesvalorização do real, comoesporte bet palpites2010 e 2011, o poderesporte bet palpitescompra das famílias aumentou consideravelmente. Hoje, vivemos o movimento inverso", analisa o economista.
Com isso, um setor que pode ser impactado indiretamente é oesporte bet palpitesserviços. A perdaesporte bet palpitespoderesporte bet palpitescompra das famílias afeta a demanda, comprometendo o crescimento recente do segmento.
"Nos últimos anos, o setoresporte bet palpitesserviços vinha apresentando um bom desempenho, mas a alta do dólar pode frear esse avanço", alerta Campos Neto.
Incertezas para 2025
Existe hoje uma incerteza no mundo sobre qual seria o rumo do dólaresporte bet palpites2025 eesporte bet palpitesdiante. O valor do real brasileiro dependeráesporte bet palpitesparte dessa tendência mundial.
O desejo do presidente eleito Donald Trump é que a moeda americana se desvalorize. Ele pretende travar uma guerra comercial que fortaleça a balança comercial americana.
Dentro dessa estratégia, um dólar mais fraco encarece o valoresporte bet palpitesprodutos importados dentro dos Estados Unidos — dando a produtos americanos uma vantagemesporte bet palpitesrelação aos estrangeiros.
No Brasil, o futuro do câmbio dependeesporte bet palpitesdiversos fatores e dependeesporte bet palpitesações do governo e da política fiscal. Medidas como o pacote fiscal aprovado pelo Congresso nesta quinta-feira (19/12) podem ajudar, mas Silvio Campos Neto afirma que a desconfiança dos mercados deve persistir.
"Os mercados têm reagido com pessimismo, refletindo a percepçãoesporte bet palpitesrisco no Brasil. Um dólar forte no exterior, combinado com incertezas locais, mantém a moedaesporte bet palpitesum patamar elevado, entre R$ 6 e R$ 6,50", diz.
Ou seja, uma queda significativa parece improvável a curto prazo, diz o economista, e ajustesesporte bet palpitespreços e custos serão inevitáveis, impactando setoresesporte bet palpitesforma diferente —esporte bet palpitesacordo com suas receitas e despesas ao dólar.