O brasileiropixbet br gratis8 anos que dá palestraspixbet br gratisLondres sobre autismo e TDAH:pixbet br gratis

"Hoje ele fala com orgulhopixbet br gratisconseguir fazer tudo que consegue mesmo sendo autista e TDAH. Ele entende que há diferenças e quanto é OK e importante todo mundo ser diferente. Percebo que ele falar sobre isso abertamente normaliza para outras crianças."

Rimas após diagnóstico

The Fizzy Brain é o título do livro escrito por Noah aos 7 anos, com ajuda da mãe e com ilustrações da britânica Emi Webber, diagnosticada com TDAH e autismo só na vida adulta (leia ao fim desta reportagem os sinais na infância).

Segundo Formoso, o termo fizzy brain foi usado por Noah –pixbet br gratisnacionalidade britânica e brasileira –pixbet br gratisconsultas com médicos do sistema públicopixbet br gratissaúde britânico (NHS) durante o processopixbet br gratisdiagnósticopixbet br gratisTDAH – que ele recebeu aos 7 anos, cercapixbet br gratisum ano e meio após o diagnósticopixbet br gratisautismo.

"Na carta do diagnóstico, veio escrito que ele, falando para o médico, explicou que tinha um fizzy brain – que era como se o cérebro dele falasse com ele tão rápido que às vezes ele não conseguia entender", lembra Formoso.

Perguntado pela reportagem sobre qual seria a melhor tradução para o português, Noah – que tem o inglês como primeira língua e é fluentepixbet br gratisportuguês – responde que se tratapixbet br gratis"uma mente acelerada". "Mas minha mãe prefere 'uma mente borbulhante'", acrescenta.

A ideiapixbet br gratiscolocar no papel a própria experiência – o que viraria base para as palestras infantis – surgiupixbet br gratisuma caminhada no parque, logo após o diagnósticopixbet br gratisTDAH.

"Eu e minha mãe estávamos andando para a casa da minha amiga e começamos a fazer rimas. E aí minha mãe teve a perfeita ideiapixbet br gratisfazer todas essas rimaspixbet br gratisum livro – e agora está real", diz Noah.

O livro – disponívelpixbet br gratisinglês, mas com ediçãopixbet br gratisportuguês prevista para 2024 – é frutopixbet br gratisuma campanhapixbet br gratisfinanciamento coletivo na internet feita por Formoso, autorapixbet br gratisobras (Eu também falo Português e Nina Vai ao Brasil) para crianças filhaspixbet br gratispais/mães brasileiros e que nasceram ou vivem no exterior.

E como Noah diz que se sente ao ver suas rimas no papel? "Eu me sinto feliz. Eu nem acredito!"

'Abraçar semelhanças e diferenças'

Helen Jary, vice-diretora da Dulwich Wood Primary School, uma escola no sulpixbet br gratisLondres onde Noah deu umapixbet br gratissuas palestras, disse que a forma como o garoto se colocou foi "com muito orgulho".

"Não como se tivesse algo errado com ele – ele não tem um impedimento. Na verdade, ele tem uma superforça: 'Olhe para mim, sou neurodivergente, fui diagnosticado com TDAH e veja como isso me torna poderoso e como sou uma ótima criança' – e isso é verdade", afirmou à BBC News Brasil.

Jary diz que falar na frentepixbet br gratiscentenaspixbet br gratiscrianças, muitas mais velhas que o próprio Noah, é uma "conquista enorme" – e acrescenta que ele foi "muito profissional" e não precisoupixbet br gratismuita ajuda da mãe, que o acompanhou no palco. O PowerPoint com as ilustrações também ajudou a prender a atenção das crianças, disse.

"Acreditamos que, como escola, é muito importante falar sobre isso, abraçar as semelhanças e diferenças, para que as crianças não se sintampixbet br gratisforma alguma marginalizadas, excluídas ou diferentes", diz Jary.

A vice-diretora aponta que a escola promove palestras sobre nerodiversidade "para que as crianças saibam que se tiverem um diagnósticopixbet br gratisdislexia, TDAH, autismo ou qualquer outra neurodiversidade, está tudo bem – e daremos estratégias para superar quaisquer dificuldades".

Além disso, ela acrescenta que as crianças neurotípicas também precisam entender que outros colegas podem ter necessidades diferentes.

"Como uma escola inclusiva, temos que atender às necessidadespixbet br gratiscriançaspixbet br gratisdiferentes estilospixbet br gratisaprendizagem. Não há 'tamanho único' na aprendizagem. Sabemos que algumas crianças aprendem melhor fazendo, outras precisampixbet br gratismuita repetição. Algumas crianças precisampixbet br gratisapoio visual..."

Diagnósticopixbet br gratisautismo e TDAH

A BBC News Brasil também ouviu o psiquiatra da infância e adolescência Guilherme Polanczyk, professor da Universidadepixbet br gratisSão Paulo (USP) – que não tem relação com o casopixbet br gratisNoah – sobre o impacto nas famílias e nas criançaspixbet br gratisdiagnósticos como opixbet br gratisautismo.

Ele diz que o diagnósticopixbet br gratisautismo é "uma situação que gera muitas reações frequentemente fortes nas famílias".

Enquanto há "famílias que vivem com dificuldades com as crianças e que não entendem bem as dificuldades e buscam muito um diagnóstico", há também "famílias que fogem completamente do diagnóstico".

Polanczyk diz que, embora tradicionalmente o diagnóstico mais precoce "muitas vezes épixbet br gratisum transtorno mais grave", a medicina tem conseguido, cada vez mais, identificar mais cedo transtornos leves. "Isso realmente é algo recente, dos últimos 10, 15 anos."

Ele aponta que as crianças pequenas "vivenciam muito o que é o autismo, o que é o déficitpixbet br gratisatenção através da forma como os pais, a família e a escola vivenciam".

"Se tratampixbet br gratisuma forma menos pesada,pixbet br gratisfamílias que aceitam as dificuldades, com narcisismo um pouco menor, com sensopixbet br gratiscomunidade, isso transmite para as crianças uma ideiapixbet br gratisque são dificuldades, mas tá tudo bem, é possível viver, ser feliz, ter sucesso, mesmo tendo dificuldades", diz.

"E se as crianças vivenciam isso e conseguem transmitir isso para outras, sem dúvida, isso é muito mais poderoso, mais potente, para que outras crianças que estão recebendo o diagnóstico possam olhar para as dificuldadespixbet br gratisuma forma menos pesada e que não tire o valor da pessoa. Muitas vezes o diagnóstico vem como se fosse uma condenaçãopixbet br gratisque não vai ter sucesso, não vai ser feliz ou ser independente e autônomo – e não é isso."

Polanczyk diz que o diagnóstico "sempre vem com estigma" e que, por isso mesmo, é importante falar sobre o assunto.

"A gente não pode pensar que não existe estigma. Então as famílias têm muito receio disso, do quanto isso vai ficar marcado na ficha da criança na escola ou socialmente. Mas, ao mesmo tempo, se as famílias não falam sobre isso e não discutem o diagnóstico, elas estão perpetuando um estigma muito maior, estão impedindo que outras pessoas possam ser solidárias e que essa situaçãopixbet br gratisestigma epixbet br gratisvergonha epixbet br gratissilêncio seja vencida".

Os númerospixbet br gratisdiagnósticopixbet br gratisTranstorno do Espectro do Autismo (TEA) estão aumentando nos últimos anos, como mostra esta reportagem da BBC News Brasil. Embora não exista uma só causa, especialistas suspeitam que a maior conscientização sobre o tema seja a principal explicação para o crescimento.

No Brasil, há cercapixbet br gratis2 milhõespixbet br gratispessoas com autismo, segundo o governo federal.

Em um momentopixbet br gratisque se fala mais sobre o tema, o psiquiatra também destaca a importância do acesso a um diagnóstico adequado, visto que "um diagnóstico equivocado sempre tem consequências negativas".

Polanczyk também lembra que, no Brasil, hoje "teoricamente todas as escolas devem aceitar as crianças com autismo e com outras dificuldades e promover um ambientepixbet br gratisinclusão".

"A gente sabe que algumas escolaspixbet br gratisfato fazem isso, e outras não", disse. "Geralmente, nessa idade (por volta dos 6 anos), as escolas têm uma preocupaçãopixbet br gratisdesenvolver aspectos mais humanísticos das crianças, mas ao longo do tempo – e pelo menos aqui no Brasil, cada vez mais – a gente vê escolas só preocupadas com o desempenho acadêmico a detrimento da forma como elas se relacionam umas com as outras."

O psiquiatra diz que a importânciapixbet br gratistrabalhar o tema estápixbet br gratiscriar uma culturapixbet br gratisinclusão que vá além da escola.

"Ela não se faz apenas por práticas da escola, se faz pela forma como as famílias e as crianças se relacionam entre elas. Então passa pelas famílias convidarem o coleguinha para as festas, passa pelas crianças aceitarem que o coleguinha eventualmente gritapixbet br gratisvezpixbet br gratisquando no meio da aula ou tocapixbet br gratisuma forma mais intrusiva, e tá tudo bem. E aí incluir nas brincadeiras e nas situações mais diversas essa criança que não vai desempenhar eventualmente como elespixbet br gratisdeterminado momento, mas que eventualmentepixbet br gratisoutra aula vai desempenharpixbet br gratisuma forma superior."

Autismopixbet br gratiscrianças: quais são os sinais?

Os sinaispixbet br gratisautismopixbet br gratiscrianças pequenas incluem, segundo o sistema públicopixbet br gratissaúde britânico, o NHS:

Em crianças mais velhas, os sinais incluem:

O autismo pode ser diferentepixbet br gratismeninas e meninos e, como aponta o NHS, pode ser mais difícilpixbet br gratisdetectarpixbet br gratismeninas.

É possível que meninas com autismo, por exemplo, escondam alguns sinaispixbet br gratisautismo copiando como outras crianças se comportam e brincam. Também podem mostrar menos sinaispixbet br gratiscomportamentos repetitivos, alémpixbet br gratisretirar-sepixbet br gratissituações que consideram difíceis.

TDAHpixbet br gratiscrianças: quais são os sinais?

O transtorno do déficitpixbet br gratisatenção com hiperatividade (TDAH) envolve desatenção (dificuldadepixbet br gratisconcentração e foco) e/ou hiperatividade e impulsividade. Cercapixbet br gratis2 a 3pixbet br gratiscada 10 pessoas com TDAH, segundo o NHS, têm problemaspixbet br gratisconcentração e concentração, mas não apresentam hiperatividade ou impulsividade.

O TDAH é diagnosticado com mais frequênciapixbet br gratismeninos do quepixbet br gratismeninas. Elas são mais propensas a apresentar sintomas apenaspixbet br gratisdesatenção e são menos propensas a apresentar comportamento perturbador que torne os sintomaspixbet br gratisTDAH mais óbvios,pixbet br gratisacordo com o NHS.

Enquanto os sintomas do TDAH nos adultos são mais difíceispixbet br gratisdefinir, os sinais do transtornopixbet br gratiscrianças e adolescentes são bem definidos e geralmente são perceptíveis antes dos 6 anos,pixbet br gratisacordo com especialistas.

As crianças podem apresentar sintomaspixbet br gratisdesatenção, hiperatividade e impulsividade, ou podem apresentar sintomaspixbet br gratisapenas um destes tipospixbet br gratiscomportamento, segundo o NHS.

Os principais sinais da dificuldadepixbet br gratisconcentração e foco são:

Os principais sinaispixbet br gratishiperatividade e impulsividade são:

Se os cuidadores acreditarem que uma criança apresenta sinaispixbet br gratisautismo ou TDAH, devem procurar um profissionalpixbet br gratissaúde especializado.