O que prevê o 'pacote'esportebet preapostaBrasil e Colômbia para a crise na Venezuela após eleição contestadaesportebet preapostaMaduro :esportebet preaposta

Presidente da Colômbia e Luiz Inácio Lula da Silva, lado a lado, com Lula fazendo sinal com a mão esquerda

Crédito, Ricardo Stuckert/Presidência da República

Legenda da foto, Plano apresentado por Colômbia e Brasil inclui novas eleições na Venezuela

"Instamos que os princípios democráticos sejam respeitados, bem como os direitos humanos e as liberdades fundamentaisesportebet preapostatodos os venezuelanos, especialmente o direitoesportebet preapostamanifestar-se pacificamente eesportebet preapostaexercer a liberdadeesportebet preapostaexpressão", diz a declaração.

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"Solicitamos a publicação imediataesportebet preapostatodos os registros originais e a verificação imparcial e independente destes resultados,esportebet preapostapreferência por uma entidade internacional, para garantir o respeito pela vontade do povo venezuelano expressa nas urnas", completa ainda o documento.

Assinam a nota conjunta Argentina, Canadá, Chile, República Tcheca, Costa Rica, Equador, Espanha, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Itália, Marrocos, Holanda, Reino Unido​, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, República Dominicana, Suriname, Uruguai e União Europeia.

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"Ainda não [reconheço]... ele sabe que ele está devendo uma explicação para a sociedade brasileira e para o mundo, ele sabe disso", disse Lulaesportebet preapostauma entrevista a uma emissoraesportebet preapostarádio do Paraná na quinta-feira.

"Se ele tiver bom senso, ele poderia tentar fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, quem sabe até convocar novas eleições, estabelecer um critérioesportebet preapostaparticipaçãoesportebet preapostatodos os candidatos, criar um comitê eleitoral suprapartidário,esportebet preapostaque participe todo mundo, e deixar que entrem olheiros do mundo inteiro para ver as eleições", completou Lula.

Gustavo Petro,esportebet preapostaoutro lado, utilizou seu perfil do X (antigo Twitter) para detalhar o "pacote"esportebet preapostamedidas voltadas à Venezuela.

"Levantamentoesportebet preapostatodas as sanções contra a Venezuela. Anistia geral nacional e internacional. Garantias totais à ação política. Governoesportebet preapostacoalizão transitório. Novas eleições livres", escreveu Petro.

As propostas, no entanto, não foram bem-recebidas pela principal líderesportebet preapostaoposição venezuelana, Maria Corina Machado. Durante uma entrevista a jornalistas estrangeiros, ela classificou a ideiaesportebet preapostauma nova eleição como uma "faltaesportebet preapostarespeito"esportebet preapostarelação ao povo venezuelano.

"Propor ignorar o que aconteceuesportebet preaposta28esportebet preapostajulho, para mim, é uma faltaesportebet preapostarespeito pelos venezuelanos que deram tudo [...] A soberania popular deve ser respeitada", disse elaesportebet preapostauma conferência virtual com jornalistas.

Na noiteesportebet preapostaquinta, o presidente venezuelano Nicolás Maduro, rivalesportebet preapostaCorina Machado, também se pronunciou sobre a proposta durante entrevista para a TV estatal.

Nicolás Maduro

Crédito, Leonardo Fernández Viloria/Reuters

Legenda da foto, Anúncioesportebet preapostareeleiçãoesportebet preapostaMaduro se tornou alvoesportebet preapostaprotestos na Venezuela

Ele afirmou que não faria "diplomaciaesportebet preapostamicrofone" com o Brasil e a Colômbia e nem interfeririaesportebet preapostaquestões internas desses países.

Maduro exemplificou com as acusaçõesesportebet preapostafraude nas eleiçõesesportebet preaposta2022 vocalizadas pelo ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro.

"Foi o tribunal brasileiro que decidiu [sobre a lisura das eleições], e ninguém se colocou a partir da Venezuela, do nosso governo ouesportebet preapostaqualquer pessoa, e acho que no mundo, para pedir qualquer coisa. O tribunal do Brasil, que tem a palavra sagrada, decidiu sobre um assunto no Brasil", afirmou Maduro.

"Jamais vou dar opiniões sobre o que deve fazer a Colômbia para superar a guerra [interna] que está terrível, cada vez pior."

"Cada Estado, cada país sabe o que deve fazer com seus assuntos internos", concluiu.

A busca por uma solução faz parteesportebet preapostaum movimentoesportebet preapostaBrasil e outros países da região para solucionar a situação do país vizinho. A Venezuela vive uma crise social, política e econômica há vários anos e,esportebet preapostajulho, realizou eleições presidenciais.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão responsável pela organização das eleições, declarou a vitóriaesportebet preapostaNicolás Maduro sobre o opositor e ex-diplomata Edmundo González. Segundo o órgão, controlado pelo governo, Maduro obteve 51,2% dos votos contra 44,2% do seu opositor.

A oposição, no entanto, refutou a declaração e anunciou que, com baseesportebet preapostadados das atas eleitorais obtidas por ela, a vitória foiesportebet preapostaGonzález, com 67% dos votos.

O grupo oposicionista, países como o Brasil, Colômbia, México, Estados Unidos e instituições como a União Europeia passaram a cobrar que o regimeesportebet preapostaMaduro apresentasse as íntegras das atas eleitorais geradas por cada urna utilizada durante as eleições.

A ideia é que somente com a apresentação das atas seria possível fazer uma verificação fidedigna sobre o resultado das eleições no país. Apesaresportebet preapostao governo ter prometido divulgar as atas, até o momento, elas não foram liberadas.

Sem as atas eesportebet preapostameio à disputa sobre quem teria vencido as eleições, líderes da região passaram a buscar soluções para o impasse.

Após se oferecer para ajudar a mediar o conflito na Venezuela, junto com Brasil e Colômbia, o governo mexicano recuou. Os três são os maiores países da região governados pela esquerda e tentavam pressionar o regimeesportebet preapostaMaduro a publicar as atas eleitorais que comprovariam a vitória do líder nas eleições.

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, declarou na terça-feira (13/08) que não deve conversar com Lula e Petro sobre a crise na Venezuela, ao menos por enquanto.

O mexicano suspendeu qualquer contato enquanto o Tribunal Supremoesportebet preapostaJustiça da Venezuela (TSJ) não emitir um posicionamento sobre o pleito.

Diplomatas ouvidos pela BBC News Brasilesportebet preapostacaráter reservado e a professoraesportebet preapostaRelações Internacionais da Universidade Federalesportebet preapostaSão Paulo (Unifesp) Carolina Pedroso disseram à BBC News Brasil o que levou os dois países a proporem um novo pacoteesportebet preapostamedidas para lidar com a crise venezuelana.

Novas eleições

A base do novo "pacote" costurado por Brasil e Colômbia, segundo as declaraçõesesportebet preapostaseus presidentes, é a realizaçãoesportebet preapostanovas eleições no país. A ideia passou a circular no Brasil e na Colômbia na última semana e, nesta quinta-feira, Lula e Petro mostraram apoio à proposta.

Segundo o assessor-chefe para Assuntos Internacionais da Presidência da República, o Embaixador Celso Amorim, essa é uma das ideias na mesaesportebet preapostanegociações e foi debatida como uma formaesportebet preapostatentar dirimir a crise atual na medidaesportebet preapostaque tanto Maduro quanto Edmundo González afirmam que venceram as eleiçõesesportebet preapostajulho.

"Nós nunca fizemos uma propostaesportebet preapostanovas eleições. É um tema, eu ouvi isso a primeira vez, não posso dizeresportebet preapostaquem, se me permitir, mas foi um não brasileiro [...] E eu acho que digamos, o que é curiosoesportebet preapostanovas eleições, é que tanto um quanto outro podia aceitar facilmente, né? Se eles ganharam, se eles dizem que ganharam, ganharariamesportebet preapostanovo", afirmou Amorimesportebet preapostauma audiência no Senado nesta quinta-feira.

Um dos pontos mais polêmicos desta proposta é sobre quais garantias o regimeesportebet preapostaMaduro dariaesportebet preapostaque estas novas eleições seriam justas e abertas à verificação internacional.

Amorim destacou no Senado que, caso a proposta fosse aceita pelo governo e pela oposição, um novo sistemaesportebet preapostamonitoramento das eleições seria necessário.

Segundo ele, a disputa na Venezuela teria que ocorrer mediante um novo sistemaesportebet preaposta"vigilância" com a presençaesportebet preapostaobservadores estrangeiros.

"Claro que se fossem novas eleições ou qualquer outra solução, teria que ser sob um sistemaesportebet preapostavigilância diferente do que houve agora. Teríamos que encontrar uma solução para que não se repita o que aconteceu", disse Amorim.

Nas eleições deste ano, observadores da União Europeia foram "desconvidados" pelo governoesportebet preapostaMaduro às vésperas do pleito. A verificação acabou ficando a cargoesportebet preapostapartidosesportebet preapostaoposição e do Centro Carter, uma organização não-governamental norte-americana.

Após as eleições, o centro emitiu um comunicado afirmando que o pleito no país não foi considerado democrático e que a vitória teria sidoesportebet preapostaGonzález e nãoesportebet preapostaMaduro.

Anistia

Outro ponto polêmico do "pacote" defendido pela Colômbia e sobre o qual o Brasil também debate é uma anistia geral "nacional e internacional" a membros do atual governo Maduro eesportebet preapostaoposicionistas.

A proposta já havia sido aventada por Petroesportebet preapostaabril deste ano, durante a visitaesportebet preapostaLula a Bogotá.

Na ocasião, a proposta previa que tanto o governo quanto a oposição deveriam se comprometer a não perseguir um ao outro independente do resultado das eleiçõesesportebet preapostajulho.

A proposta, no entanto, não foi adiante.

Agora, a ideia apresentada por Petro é mais ampla e prevê uma anistia nacional e internacional a atores políticos venezuelanos.

Apesaresportebet preapostaPetro não detalhar o assunto emesportebet preapostapostagem, a BBC News Brasil apurou que essa anistia é vista como estratégica entre os negociadores especialmente para atender possíveis membros do governo Maduro, incluindo ele mesmo, uma vez que são alvosesportebet preapostasanções impostas por países como os Estados Unidos.

Maduro, por exemplo, é alvoesportebet preapostaum mandadoesportebet preapostaprisão por seu suposto envolvimento com o tráficoesportebet preapostadrogas internacional desde 2020, quando o presidente era Donald Trump. O governo norte-americano ofereceu uma recompensaesportebet preapostaUS$ 15 milhões por informações que levassem àesportebet preapostaprisão.

A BBC News Brasil apurou que o governo norte-americano avalia medidas como o relaxamentoesportebet preapostaalgumas sanções impostas contra autoridades venezuelanas como formaesportebet preapostaviabilizar uma transição no país, mas não obteve detalhamento sobre se esse alívio incluiria anistia a Maduro ou outros membrosesportebet preapostaseu governo.

Coalizão

Um outro elemento defendido por Lula e Petro é a formaçãoesportebet preapostauma espécieesportebet preapostacoalizão entre o governoesportebet preapostaMaduro e líderes da oposição para comandar o país ainda queesportebet preapostaforma transitória.

'"[Uma das alternativas é] fazer um governoesportebet preapostacoalizão. Convoca a oposição. Muita gente que tá no meu governo não votouesportebet preapostamim, e eu trouxe todo mundo para participar do governo", disse Lula.

"Maduro tem seis meses do [atual] mandato ainda. Se tiver bom senso, poderia tentar fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, quem sabe até convocar novas eleições, estabelecer um critérioesportebet preapostaparticipaçãoesportebet preapostatodos os candidatos, criar um comitê eleitoral suprapartidárioesportebet preapostaque participe todo mundo e deixar que entrem olheiros do mundo inteiro", complementou o petista.

Para Petro, essa coalizão também seria transitória e destinada a preparar o país para novas eleições.

O que está por trás do novo 'pacote'?

Um dos principais temores entre os integrantes do governosesportebet preapostaBrasil e Colômbia governos éesportebet preapostaque a indefinição sobre o vencedor das eleições na Venezuela termine gerando um agravamento da crise e criando situações como a ocorridaesportebet preaposta2019.

Naquele ano, o opositor Juan Guaidó se autoproclamou presidente do país e obteve o apoioesportebet preapostadiversos países, entre eles o Brasil e os Estados Unidos, governados à época por Jair Bolsonaro (PL) e Donald Trump, respectivamente.

Apesar da autoproclamação, Guaidó nunca exerceu, efetivamente, o comando do país. Paulatinamente, ele foi perdendo o suporte internacional àesportebet preapostapretensão.

Agora, há a preocupaçãoesportebet preapostaque uma situação semelhante se repita com um novo líderesportebet preapostaoposição, González, que declarou ter sido o vencedor das eleições venezuelanas com base nas atas que a oposição afirma teresportebet preapostaseu poder.

Um diplomata brasileiro ouvido pela BBC News Brasil disse que o governo brasileiro avalia que apoiar a vitóriaesportebet preapostaGonzález sem a apresentação oficialesportebet preapostatodas as atas poderia criar um impasse ainda maior junto ao governo da Venezuela e interromper a capacidade do Brasilesportebet preapostatentar influenciar no desfecho da crise.

O temoresportebet preapostaque González se torne uma espécieesportebet preaposta"novo Guaidó" também é compartilhado por autoridades norte-americanas.

A BBC News Brasil apurou que a atual administração democrata nos Estados Unidos avalia que o governo republicanoesportebet preapostaTrump errou ao chancelar Guaidó e que fazer o mesmo com González neste momento seria repetir o equívoco.

Essa avaliação, no entanto, não impediu o secretárioesportebet preapostaEstado norte-americano, Antony Blinken,esportebet preapostadeclarar que González teria sido o vencedor das eleições.

A BBC News Brasil apurou, no entanto, que os Estados Unidos vêm tentando recalibraresportebet preapostaposição para possibilitar uma saída da crise e que, nos bastidores, vêm prestando apoio à iniciativaesportebet preapostaBrasil e Colômbia.

Lula e Gustavo Petro

Crédito, Luisa González/Reuters

Legenda da foto, Lula e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, durante eventoesportebet preapostaabril deste ano: atualmente os dois demonstram preocupação com cenário da Venezuela

Impasse sobre as atas

Na raiz do atual impasse sobre as eleições na Venezuela estão as atas das urnas eleitorais venezuelanas.

As atas são documentos gerados pelas urnas utilizadas no país e que podem ser usadas para conferir o totalesportebet preapostavotos destinado a cada um dos candidatos que disputaram as eleições.

Em eleições anteriores, as atas eram disponibilizadas pelas autoridades venezuelanas logo após os pleitos, mas, desta vez, os documentos não foram divulgados.

Sem essa divulgação, a verificação independente sobre quem venceu a disputa não foi possível.

Celso Amorim disse nesta quinta-feira,esportebet preapostaaudiência no Senado, que ouviuesportebet preapostaMaduro que elas seriam apresentadas.

"Estive com ele no dia da eleição e, após uma conversa inicial, eu insisti na entrega das atas e ele me disse, se dirigindo a mim e na presença da Assembleia [Nacional da Venezuela, representada por Jorge Rodriguez], ele disse que elas sairiam nos próximos dias", disse Amorim.

As atas, no entanto, nunca foram apresentadas.

Um diplomata brasileiro ouvido pela BBC News Brasilesportebet preapostacaráter reservado afirmou que, apesar da insistência do governo brasileiroesportebet preapostatorno das atas, a expectativa éesportebet preapostaque, quanto mais o tempo passa, menos provável é que elas sejam apresentadas.

A professora Carol Pedroso disse à BBC News Brasil que os últimos acontecimentos têm feito o Brasil buscar novas soluções para a crise venezuelana e a mudarem o tom ao se referir à política internaesportebet preapostaum país vizinho.

"Essas declarações [de Lula e Petro] confirmam que a diplomacia brasileira está trabalhando com a hipóteseesportebet preapostarealizar novas eleições, demonstram o tamanho do problema que a Venezuela representa", afirmou a professora.

Segundo ela, o Brasil avalia cenáriosesportebet preapostaque a situação da Venezuela pode se agravar caso a crise não seja solucionada. Por isso, alternativas como novas eleições são colocadas na mesaesportebet preapostanegociação.

"Há analistas que chegam a propor que a situação venezuelana tem feito o Brasil ter que lidar com a seguinte encruzilhada: o que é menos pior? Lidar com um país aos frangalhosesportebet preapostatermosesportebet preapostaestadoesportebet preapostadireito ou com a possibilidadeesportebet preapostauma intervenção externa para resolver essa situação? Se os termos são esses [...] pensaresportebet preapostasaídas menos drásticas, ainda que menos tradicionais, tem sido a escolha do país nesse momento", disse a professora.

Prazo apertado

Um outro fator apontado por Carol Pedroso é o tempo. Pela Constituição venezuelana, o atual mandatoesportebet preapostaMaduro terminaesportebet preapostajaneiroesportebet preaposta2025.

Em um cenário no qual Maduro tivesse perdido as eleições, como alega a oposição, este seria o prazo para que a transiçãoesportebet preapostapoder ocorresse.

Em tese, este prazo também levaria os países envolvidos na crise a recalibrar suas posições. O dilema seria: como manter relações com um governo cuja criseesportebet preapostalegitimidade oriundo do processo eleitoral ainda não foi resolvida?

Um diplomata ouvido pela BBC News Brasilesportebet preapostacaráter reservado afirmou que os quase seis meses até o fim do mandatoesportebet preapostaMaduro são tempo suficiente para que as negociações sobre o futuro do país avancem.

Ele também disse que não está no horizonte do governo romper relações com a Venezuela, ainda que as atas não sejam apresentadas.

A posição é semelhante à que Celso Amorim demonstrou a senadores nesta quinta-feira.

"O presidente Maduro tem pela frente quase seis meses [de mandato]esportebet preapostaacordo com a Constituição atual. Ele é o presidente da Venezuela e queremos que esses seis meses não ofereçam palco para violênciaesportebet preapostaum lado ouesportebet preapostaoutro", afirmou.

Carol Pedroso, no entanto, avalia que o tempo vem mostrando um esgotamento das opções diplomáticas para a solução desta crise. Isso explica, por exemplo, o tom adotado por Lulaesportebet preapostarelação ao não reconhecimento, até o momento, do resultado das eleições.

"Dianteesportebet preapostauma situação tão anormal, as ferramentas normais da diplomacia não estão servindo", disse.

A repressão na Venezuela

O governo venezuelano tem reagido duramente contra manifestantes e opositores que participam dos protestos iniciados após o anúncio da reeleiçãoesportebet preapostaMaduro.

Ao menos 25 pessoas morreram e 192 ficaram feridas, segundo o procurador-geral do país, Tarek William Saab.

Esse número é semelhante ao que tem sido divulgado por organizaçõesesportebet preapostadireitos humanos, que relataram 24 mortos durante as manifestações ocorridas após as eleições presidenciaisesportebet preaposta28esportebet preapostajulho.

Saab afirmou, segundo o periódico venezuelano El Universal, que o maior númeroesportebet preapostamortes ocorreu na capital, Caracas, eesportebet preapostaAragua, com sete óbitos cada. Outros casos foram reportadosesportebet preapostaBolívar, Miranda e Zulia.

O procurador disse haver 170 vídeos com as perícias – e que, com base nas imagens, é possível afirmar que mais da metade dos feridos são funcionáriosesportebet preapostasegurança do Estado.

Além das mortes e das pessoas feridas, há relatosesportebet preapostacentenasesportebet preapostapresos — entre eles o líder do partido Vontade Popular, Freddy Superlano.

O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, disse estar "alarmado com relatos do uso desproporcional da força por parte dos responsáveis ​​pela aplicação da lei" no país.

A missão internacional independenteesportebet preapostainvestigação sobre a Venezuela, encarregadaesportebet preapostainvestigar alegaçõesesportebet preapostacrimes contra a humanidade durante o governo Maduro, expressou "profunda preocupação com a violência e alegaçõesesportebet preapostaviolações dos direitos humanos registradas no país após as eleições presidenciais".