'Ozempic não é cosmético': quando remédios contra diabetes ou obesidade são realmente indicados :dono da pixbet rafael cunha
Mais recentemente, surgiram as versões do medicamento específicas para o tratamento da obesidade — elas foram aprovadas no Brasil pela Agência Nacionaldono da pixbet rafael cunhaVigilância Sanitária (Anvisa)dono da pixbet rafael cunhajaneiro e devem chegar às farmácias do país a partir do segundo semestre deste ano.
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Mas, afinal, para quem a semaglutida está realmente indicada? E quem mais se beneficia dessa edono da pixbet rafael cunhaoutras terapias farmacológicas contra o excessodono da pixbet rafael cunhapeso?
Segundo médicos ouvidos pela BBC News Brasil, esse remédio simboliza o iníciodono da pixbet rafael cunhauma "eradono da pixbet rafael cunhaouro" no tratamento da obesidade — mas o uso indiscriminado dele para fins estéticos, sem orientação médica, preocupa.
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A BBC News Brasil entroudono da pixbet rafael cunhacontato com a farmacêutica Novo Nordisk, responsável por liraglutida e semaglutida, que enviou uma notadono da pixbet rafael cunhaesclarecimentos sobre várias questões relacionadas ao uso desses medicamentos.
No texto, o laboratório diz não endossar ou apoiar "a promoçãodono da pixbet rafael cunhainformações dono da pixbet rafael cunhacaráter off-labeldono da pixbet rafael cunhaseus medicamentos, ou seja,dono da pixbet rafael cunhadesacordo com a bula".
"O Ozempic, aprovado e comercializado no Brasil para o tratamento do diabetes tipo 2, não possui indicação aprovada pelas agências regulatórias nacionais e internacionais para o tratamentodono da pixbet rafael cunhaobesidade", afirma.
"Com o intuitodono da pixbet rafael cunhaevitar risco à saúde com a utilizaçãodono da pixbet rafael cunhamedicamentos ineficazes ou inapropriados, a Novo Nordisk recomenda que os pacientes adquiram os produtosdono da pixbet rafael cunhalocais oficiais, atentando para as apresentações aprovadas pela Anvisa e o preço ofertado, regulado pelo Governo Federal", esclarece a nota.
Sobre os episódiosdono da pixbet rafael cunhafalta do medicamento, a Novo Nordisk diz que não é possível rastrear a finalidadedono da pixbet rafael cunhauso da semaglutida comprada nas farmácias, mas entende e lamenta "a preocupação e possíveis transtornos que essa indisponibilidade temporária poderá causardono da pixbet rafael cunhapacientes com diabetes 2, seus familiares e cuidadores".
"Encaramos a situaçãodono da pixbet rafael cunhamaneira extremamente séria e estamos trabalhando incansavelmente para superarmos esses desafios temporários", conclui o texto.
Um remédio, três ações
A confusão relacionada a essa medicação começa pelo nome. Como dito anteriormente, a alcunha científica dela é semaglutida, a qual usaremos como padrão ao longo desta reportagem.
Mas os nomes com que ela é vendida nas farmácias variam segundo o objetivo terapêutico e a dosagem. O tratamento já aprovado há algum tempo contra o diabetes tipo 2 é o Ozempic. Ele é injetável e tem 1 miligrama (mg).
Uma segunda opção contra o diabetes é o Rybelsus, que vem na formadono da pixbet rafael cunhacomprimidosdono da pixbet rafael cunha3,7 ou 14 mg.
Por fim, o medicamento específico contra a obesidade é chamadodono da pixbet rafael cunhaWegovy. Ele é injetável e traz 2,4 mg.
Ou seja: falamosdono da pixbet rafael cunhatrês produtos distintos, cuja semelhança é o fatodono da pixbet rafael cunhaterem a semaglutida como princípio ativo.
Mas como essa molécula é capazdono da pixbet rafael cunhareduzir o pesodono da pixbet rafael cunhauma pessoa? A médica Simone Vandono da pixbet rafael cunhaSande Lee, diretora do Departamentodono da pixbet rafael cunhaObesidade da Sociedade Brasileiradono da pixbet rafael cunhaEndocrinologia e Metabologia (SBEM), diz que ele produz três efeitos no organismo.
Isso porque a semaglutida "imita" a açãodono da pixbet rafael cunhaum hormônio fabricado no intestino: o GLP-1.
"O principal mecanismodono da pixbet rafael cunhaação desse remédio, que pertence à classe dos análogosdono da pixbet rafael cunhaGLP-1, acontece no sistema nervoso central. Ele viaja pela corrente sanguínea e chega às regiões do cérebro que controlam a sensaçãodono da pixbet rafael cunhafome e o gastodono da pixbet rafael cunhaenergia", explica ela.
"E isso gera um sinaldono da pixbet rafael cunhasaciedade ao resto do organismo, o que faz o indivíduo ter uma ingestão menor durante as refeições", complementa a endocrinologista, que também é professora da Universidade Federaldono da pixbet rafael cunhaSanta Catarina (UFSC). O resultado prático disso é justamente o emagrecimento.
Outro efeito da semaglutida é odono da pixbet rafael cunhaestimular a liberaçãodono da pixbet rafael cunhainsulina pelo pâncreas. Esse hormônio é responsável por retirar da circulação sanguínea o açúcar obtido dos alimentos e colocá-lo dentro das células, onde será usado como fontedono da pixbet rafael cunhaenergia.
Por fim, o fármaco também retarda o esvaziamento do estômago — como a comida fica nesse órgão por um tempo maior, a sensaçãodono da pixbet rafael cunhabarriga cheia acaba se prolongando.
Como explicado mais acima, a semaglutida para tratamento da obesidade é injetável (ela vem numa espéciedono da pixbet rafael cunhacaneta, com uma agulha fina na ponta), e deve ser aplicada uma vez por semana.
Nos estudos que serviramdono da pixbet rafael cunhabase para a aprovação do medicamento, a perdadono da pixbet rafael cunhapeso média entre os voluntários foidono da pixbet rafael cunha17% — porcentagem que supera o obtido com outras opções farmacológicas disponíveis.
"As medicações que tínhamos até então chegavam, no máximo, a 10%", estima o endocrinologista Bruno Halpern, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso).
"Além disso, a semaglutida é bastante segura, com poucos efeitos colaterais conhecidos", acrescenta.
Pelo que foi descrito até agora, os eventos adversos da terapia são classificados como transitórios, leves ou moderados, e acometem principalmente o sistema digestivo: os pacientes podem experimentar sensaçõesdono da pixbet rafael cunhanáuseas e enjoos, alémdono da pixbet rafael cunhaquadrosdono da pixbet rafael cunhadiarreia ou constipação.
Nas pesquisas, também foram observados poucos casosdono da pixbet rafael cunhapedras na vesícula e pancreatite — embora os números não tenham sido suficientemente grandes para alcançar uma relevância estatística.
Quando ela é indicada?
Para saber quem mais se beneficiaria do tratamento com a semaglutida, é preciso antes conhecer uma das medidas mais utilizadas para diagnosticar quadrosdono da pixbet rafael cunhasobrepeso ou obesidade: o Índicedono da pixbet rafael cunhaMassa Corporal, ou IMC.
Para chegar a esse número, basta dividir o pesodono da pixbet rafael cunhaum indivíduo pela altura dele elevada ao quadrado. O número obtido a partir dessa operação matemática se encaixadono da pixbet rafael cunhauma das categorias a seguir:
- Menor que 18,5 - abaixo do peso normal
- Entre 18,5 e 24,9 - peso normal
- Entre 25 e 29,9 - sobrepeso
- Entre 30 e 34,9 - obesidade grau 1
- Entre 35 e 39,9 - obesidade grau 2
- Acimadono da pixbet rafael cunha40 - obesidade grau 3
Vale dizer que o IMC é apenas uma medidadono da pixbet rafael cunhareferência, e nem sempre ele refletedono da pixbet rafael cunhamodo absoluto a saúdedono da pixbet rafael cunhauma pessoa ou as condições particularesdono da pixbet rafael cunhacada um — um atletadono da pixbet rafael cunhaalto rendimento muito forte, por exemplo, pode ter números que ficam acima do "peso normal", mas mesmo assim ele não tem sobrepeso ou obesidade.
Em bula, a semaglutida está indicada para todos os indivíduos com obesidade (ou seja, com o IMC acimadono da pixbet rafael cunha30).
Ela também pode ser considerada como uma opção para pacientes com sobrepeso cujo IMC supera os 27 e há a presençadono da pixbet rafael cunhaalguma comorbidade (ou doença associada), como hipertensão, colesterol alto, diabetes, apneia do sono…
Em ambos os casos, a aplicação dela deve estar sempre associada com as mudanças no estilodono da pixbet rafael cunhavida, que incluem dieta e atividade física regular.
Arsenal ampliado
"Historicamente, o tratamento da obesidade é cheiodono da pixbet rafael cunhadecepções", lembra Halpern.
No passado, foram aprovadas medicações que até funcionavam, mas traziam eventos adversos graves e potencialmente fatais.
Antes da chegada da semaglutida, os remédios disponíveis para regular o peso corporal eram poucos: a sibutramina, o orlistate, a liraglutida e alguns antidepressivos.
"Falamosdono da pixbet rafael cunhaopções que são razoavelmente eficazes, com uma perdadono da pixbet rafael cunhapeso que varia entre 5 e 10%", estima o endocrinologista.
"Porém, na maioria das vezes, os pacientes precisam eliminar mais do que isso", complementa.
"O avanço no conhecimento científico e o desenvolvimentodono da pixbet rafael cunhanovos tratamentos permitem a gente viver essa eradono da pixbet rafael cunhaouro no tratamento da obesidade", classifica o cirurgião Ricardo Cohen, do Centro Especializadodono da pixbet rafael cunhaObesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz,dono da pixbet rafael cunhaSão Paulo.
Segundo Cohen, a disponibilidadedono da pixbet rafael cunhatantas opções permite escolher melhor o tratamento para cada paciente, segundo as necessidades dele.
"Na próxima década, vamos conseguir individualizar cada vez mais os cuidados. Com o avanço da genética, inclusive, saberemosdono da pixbet rafael cunhaantemão se uma pessoa com obesidade vai se beneficiar maisdono da pixbet rafael cunhaum medicamento ou da cirurgia bariátrica", antevê o médico.
Nesse contexto, os remédios mais antigos continuarão a ter valor. Isso porque nem todo mundo responde bem à semaglutida.
De acordo com os especialistas, os antidepressivos também seguirão valiosos para os casosdono da pixbet rafael cunhaque o atodono da pixbet rafael cunhacomer envolve compulsões e questões emocionais.
Cohen ainda aponta que a cirurgia bariátrica seguirá como uma alternativa importante, especialmente para os casos mais graves (quando o IMC supera os 35 ou os 40) ou para os indivíduos que não respondem às medicações.
Os novos pilares terapêuticos
O endocrinologista Walmir Coutinho, professor da Pontifícia Universidade Católica do Riodono da pixbet rafael cunhaJaneiro (PUC-Rio), observa que tantos avanços científicos modificaram até a ordemdono da pixbet rafael cunhaprioridade dos tratamentos contra a obesidade.
Tradicionalmente, as sociedades médicas costumavam prescrever mudanças na dieta e práticadono da pixbet rafael cunhaexercícios físicos como a primeira linha terapêutica para lidar com o excessodono da pixbet rafael cunhapeso. Só quando essas estratégias falhavam é que remédios ou procedimentos cirúrgicos entravamdono da pixbet rafael cunhacena.
Mas isso começou a ser questionado com mais forçadono da pixbet rafael cunhameadosdono da pixbet rafael cunha2020, com a publicação das Diretrizesdono da pixbet rafael cunhaTratamentodono da pixbet rafael cunhaObesidade do Canadá.
Coutinho destaca que, pela primeira vez, um documento desse porte reconheceu que intervenções psicológicas, medicações e cirurgia bariátrica formam os três pilares terapêuticos básicos — e modificações na alimentação e estímulo à atividade física atuam como forças complementares para a perdadono da pixbet rafael cunhapeso.
"A ciência já comprovou que dieta e exercício físico até funcionam bem no curto e no médio prazo, mas perdem a eficácia com o passar do tempo", cita Coutinho, que também é ex-presidente da Federação Mundialdono da pixbet rafael cunhaObesidade.
Para justificar isso, o endocrinologista cita os resultadosdono da pixbet rafael cunhaum estudo chamado Action IO, que aconteceudono da pixbet rafael cunha11 países e foi publicadodono da pixbet rafael cunha2019.
Na pesquisa, a meta era perder até 10%dono da pixbet rafael cunhapesodono da pixbet rafael cunhatrês anos com mudanças no estilodono da pixbet rafael cunhavida. Ao final do experimento, 84% dos participantes não conseguiram, 11% até enxugaram as medidas, mas recuperaram depois, e apenas 5% atingiram o objetivo estabelecido.
"Já sabemos, com um alto graudono da pixbet rafael cunhasegurança, que dieta e exercício não são a solução definitiva para o tratamento da obesidade. Falamosdono da pixbet rafael cunhauma doença crônica que, assim como o diabetes, o colesterol alto e a hipertensão, na maioria das vezes vai precisar simdono da pixbet rafael cunhamedicamentos", defende Coutinho.
Embora entrar com os remédios logodono da pixbet rafael cunhacara ainda não seja um consenso no Brasil, Halpern aponta que muitas vezes eles são prescritos porque o indivíduo com obesidade costuma passar por uma verdadeira jornada antesdono da pixbet rafael cunhabuscar um médico.
"Em primeiro lugar, precisamos deixar claro que mudanças no estilodono da pixbet rafael cunhavida devem sempre estar presentes", esclarece o médico.
"Mas algumas estimativas apontam que o paciente demora cerca seis anos para consultar um especialista. Com isso, muitas vezes já é preciso iniciar com a medicação", complementa.
Porém, apesardono da pixbet rafael cunhatodos os benefícios observados nos últimos anos, as terapias medicamentosas contra o excessodono da pixbet rafael cunhapeso esbarramdono da pixbet rafael cunhapelo menos três grandes obstáculos para deslanchar, como você confere a seguir.
Preconceitos que não vão embora
"Infelizmente, a obesidade segue cercadadono da pixbet rafael cunhaestigmas", lamenta Cohen.
"Para muitos, esse problema ainda é visto como uma falhadono da pixbet rafael cunhacaráter ou faltadono da pixbet rafael cunhavontade, como se a pessoa só não emagrecesse porque não se esforça ou não quer", observa o cirurgião.
"Não se pode jogar a culpa da obesidade nos pacientes. Falamosdono da pixbet rafael cunhauma doença crônica progressiva que necessitadono da pixbet rafael cunhaintervenção, como qualquer outra enfermidade", afirma ele.
Ou seja: pelo que se sabe hojedono da pixbet rafael cunhadia, a obesidade não é apenas uma questãodono da pixbet rafael cunhacomer demais ou gastar poucas calorias. Trata-sedono da pixbet rafael cunhauma disfunção metabólica muito complexa, sobre a qual há uma influênciadono da pixbet rafael cunhafatores genéticos edono da pixbet rafael cunhaestilodono da pixbet rafael cunhavida.
Essa noção distorcida sobre o que é obesidade e o que pode ser feito para combatê-la constitui, portanto, a primeira barreira na buscadono da pixbet rafael cunhauma solução para o problema.
Coutinho estima que, nos Estados Unidos, apenas 0,8% dos indivíduos que poderiam se beneficiar dos remédios estão fazendo o tratamento — no Brasil, um estudo antigo calculou que 3,3% dos pacientes com obesidade usavam a sibutramina.
"Temos então cercadono da pixbet rafael cunha97% da população que sofredono da pixbet rafael cunhauma doença grave e mortal que simplesmente não toma nenhum medicamento", calcula.
O endocrinologista destaca que, segundo organizações internacionais e levantamentos recentes, todos os anos são registradas 4 milhõesdono da pixbet rafael cunhamortes associadas ao sobrepeso e à obesidade.
E a tendência é que esses números só cresçam no futuro. "No Brasil, 55% da população está acima do peso, número que deve subir para 88% até 2060", projeta Coutinho.
"Em 2020, a obesidade custou R$ 190,5 bilhões ao país. Esse valor vai saltar para R$ 1,3 trilhãodono da pixbet rafael cunhaquatro décadas", complementa.
Usos estéticos inadequados
A segunda barreira citada pelos especialistas é justamente a banalização dos remédios mais novos, principalmente da semaglutida.
Como citado no início da reportagem, ela virou uma moda nas redes sociais — e muita gente passou a utilizá-la por conta própria.
"Esse medicamento tem a tarja vermelha, o que significa que a venda dele dependedono da pixbet rafael cunhaprescrição médica", conta Lee.
"Mas, como a retenção da receita pela farmácia não é obrigatória, na prática muita gente consegue comprar a semaglutida mesmo sem ter o pedidodono da pixbet rafael cunhaum profissionaldono da pixbet rafael cunhasaúde", aponta a endocrinologista.
Coutinho lembra que a semaglutida "não é cosmético" e será necessário desenvolver maneirasdono da pixbet rafael cunhainibir esse uso supérfluo.
"Tomar a medicação com fins estéticos é preocupante, porque isso gera um desbalanço na relação risco-benefício", ressalta.
Ou seja, a pessoa que toma a injeção sem necessidade terá uma perda mínima,dono da pixbet rafael cunhapoucos quilos, e ainda sofrerá com os efeitos colaterais — ainda mais se o uso é feito por conta própria, sem a orientação do médico, que busca justamente aumentar a dosagem aos poucos para observar as reações e lidar com possíveis incômodos.
"A semaglutida não é uma droga para você perder três quilos e usar uma roupa no casamentodono da pixbet rafael cunhaum amigo no finaldono da pixbet rafael cunhasemana", orienta Cohen.
Halpern aponta que a forma como o medicamento é retratado na mídia e nas redes sociais contribui para essa noção distorcida.
"Precisamos entenderdono da pixbet rafael cunhauma vez por todas que não estamos falandodono da pixbet rafael cunharemédios para emagrecer. Eles são tratamentos contra uma doença", diferencia.
O endocrinologista acrescenta que esse uso estético também afeta os pacientes que realmente se beneficiariam do fármaco — nos EUA, por exemplo, foram registrados episódiosdono da pixbet rafael cunhafaltadono da pixbet rafael cunhadosesdono da pixbet rafael cunhafarmácias pela alta procura dos últimos meses.
Preço salgado
Para fechar, não dá pra ignorar as discussões sobre o acesso aos remédios antiobesidade.
Por ora, nenhum deles está disponível no Sistema Únicodono da pixbet rafael cunhaSaúde (SUS) — existe até um pedidodono da pixbet rafael cunhaanálise para a inclusão da liraglutida, uma moléculadono da pixbet rafael cunhauso diário que é "prima-irmã" da semaglutida, na rede pública.
Isso significa que, até o momento, os pacientes precisam pagar por conta própria pelo tratamento — ou, caso tenham convênio, ver a possibilidadedono da pixbet rafael cunhao planodono da pixbet rafael cunhasaúde custear essa compra.
Ainda não se sabe qual será o preço cobrado pela semaglutida contra a obesidade (o Wegovy) no Brasil.
Nas farmácias, a versão injetável do medicamento que trata especificamente o diabetes (o Ozempic) sai na casadono da pixbet rafael cunhaR$ 800,00 a R$ 1.100,00 ao mês.
"Ou seja, falamosdono da pixbet rafael cunhaum remédio que ainda é extremamente caro para a maior parte da população brasileira", constata Halpern.
E isso se torna ainda mais significativo quando consideramos o fatodono da pixbet rafael cunhaque o tratamento contra a obesidade é contínuo, sem data para terminar.
Essa necessidadedono da pixbet rafael cunhaseguir a terapiadono da pixbet rafael cunhaforma indefinida, aliás, não tem nadadono da pixbet rafael cunhanovo. Ela também acontecedono da pixbet rafael cunhaoutras doenças crônicas muito comuns, como o diabetes e a hipertensão,dono da pixbet rafael cunhaque o paciente precisa tomar os remédios na periodicidade indicada para manter a pressão arterial ou o açúcar no sangue sob controle.
"Esses medicamentos não vão modificardono da pixbet rafael cunhaforma definitiva as alterações que a obesidade provoca no organismo", explica Lee.
"Na maioria dos casos, a tendência é que a pessoa ganhe peso novamente se o tratamento for interrompido", complementa a endocrinologista.