China e Índia devem ser indenizadas por danos climáticos ou pagar por eles?:porto sporting palpite

Aldeões indianos abandonam suas casas por causaporto sporting palpiteenchentes após forte chuva no vilarejoporto sporting palpiteBaldakhal, nos arredoresporto sporting palpiteAgartala, capital do estadoporto sporting palpiteTripura, no nordeste da Índia,porto sporting palpitenovembroporto sporting palpite2008

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Legenda da foto, Família tenta escaparporto sporting palpiteenchente na Índia; fundoporto sporting palpiteperdas e danos colocaporto sporting palpitequestão participação do país e da China

porto sporting palpite O que é o fundoporto sporting palpiteperdas e danos?

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Os paísesporto sporting palpitedesenvolvimento precisarãoporto sporting palpitemaisporto sporting palpiteUS$ 300 bilhões (R$ 1,4 trilhão, na cotação atual) por ano até 2030 para se adaptarem às mudanças climáticas, segundo um relatórioporto sporting palpite2022 da ONU.

Após anosporto sporting palpitediscordâncias entre países desenvolvidos eporto sporting palpitedesenvolvimento, um fundoporto sporting palpiteperdas e danos foi acordado durante a COP27 do ano passado, no Egito.

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O fundo visa dar assistência financeira às nações mais pobres para lidarem com os impactos negativos das mudanças climáticas — por exemplo, na reconstrução após incêndios florestais e na realocaçãoporto sporting palpitecomunidades desalojadas pela subida do nível do mar.

Mas sem qualquer dinheiro no fundo e sem quaisquer detalhes sobre seu funcionamento e quem irá financiá-lo, muitas questões continuam sem resposta.

porto sporting palpite Quem deve pagar por isso?

Os Estados Unidos, um país desenvolvido e o segundo maior emissorporto sporting palpitegases do efeitoporto sporting palpiteestufa do mundo, e outras nações desenvolvidas dizem que a China e a Índia deveriam juntar-se a eles não só no corte das emissões, mas também no financiamento do fundo.

Mas a China e a Índia discordam, argumentando que os seus elevados níveisporto sporting palpiteemissões são recentes quando comparados com o históricoporto sporting palpiteemissõesporto sporting palpitepaíses como os EUA e o Reino Unido.

Ambas afirmam também que ainda são paísesporto sporting palpitedesenvolvimento, tal como estabelecido na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, assinadaporto sporting palpite1992, e que, portanto, devem receber — e não gastar com — o fundoporto sporting palpiteperdas e danos.

Cercaporto sporting palpite10 jovens seguram cartazes e erguem os braçosporto sporting palpiteárea externa

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Legenda da foto, Na COP27, ativistas pediram entradaporto sporting palpitevigor do fundoporto sporting palpiteperdas e danos

Desde a COP27, as partes tiveram debates acalorados sobre o funcionamento do fundo e, finalmente,porto sporting palpiteoutubroporto sporting palpite2023, chegaram a um conjuntoporto sporting palpiterecomendações.

Agora, elas precisarão ser aprovadas na COP28. As recomendações "exortam" os países desenvolvidos a apoiarem o fundoporto sporting palpiteperdas e danos e "encorajam" outros a apoiá-lo voluntariamente.

As recomendações também deixam claro que todos os paísesporto sporting palpitedesenvolvimento são elegíveis para pedirem financiamento.

Mas os negociadores dizem que as recomendações não acabaram com as tensões entre os países desenvolvidos e as principais economiasporto sporting palpitedesenvolvimento, como a China e a Índia, sobre quem deveria pagar pelo fundo e quem deveria recebê-lo.

"As fontesporto sporting palpitefinanciamento continuam a ser uma questão controversa importante que está empacada por enquanto", disse um negociadorporto sporting palpiteum país ocidental que pediu para não ser identificado.

porto sporting palpite Quem deveria recebê-lo?

A China ultrapassou os EUA como o maior emissorporto sporting palpitedióxidoporto sporting palpitecarbono (CO2)porto sporting palpite2006.

Mas tanto a China como a Índia argumentam que a crise climática foi causada pelas emissões dos países desenvolvidos já na décadaporto sporting palpite1850, quando começou o período industrial.

Os dois gigantes asiáticos também apontam para o princípioporto sporting palpite"responsabilidades comuns, mas diferenciadas" da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas.

O princípio basicamente significa que todos os países têm a responsabilidadeporto sporting palpitereduzir as emissõesporto sporting palpitegases do efeitoporto sporting palpiteestufa, mas aporto sporting palpiteparticipação e responsabilidade dependem das suas necessidades para desenvolvimento.

Representante da China Xie Zhenhua gesticula enquanto falaporto sporting palpiteevento

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Legenda da foto, Representante da China nos debates, Xie Zhenhua; grandes economias como a chinesa argumentam que ainda são paísesporto sporting palpitedesenvolvimento

Muitas organizações da sociedade civil e ambientalistas apoiaram o argumento.

"As enormes perdas e danos que estamos vendo neste momento são o resultadoporto sporting palpite30 anosporto sporting palpitegrande lentidão por parte dos países desenvolvidos na redução mais rápida das suas emissões e no fornecimentoporto sporting palpitefinanciamento climático aos paísesporto sporting palpitedesenvolvimento", afirma Liane Schalatek, diretora associada da Fundação Heinrich Boll Stiftung nos EUA, que acompanhaporto sporting palpiteperto as negociações.

"Pedir aos paísesporto sporting palpitedesenvolvimento que contribuam para o novo fundoporto sporting palpitepéporto sporting palpiteigualdade com os países desenvolvidos é moralmente errado e desonesto", acrescenta ela.

Há nações, porém, que argumentam que a classificação do que são os "países desenvolvidos" está desatualizada e precisaporto sporting palpiteser revista.

Os países foram rotulados como desenvolvidos ouporto sporting palpitedesenvolvimentoporto sporting palpite1992. Os críticos dizem que muita coisa mudou desde então, especialmenteporto sporting palpitepaíses como a China e a Índia, que são agora grandes economias e estão entre os principais emissores.

"Esperamos que não apenas a China e a Índia, mas também os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita — paísesporto sporting palpitedesenvolvimento,porto sporting palpiteacordo com a listaporto sporting palpite1992 — considerem-se mais como contribuintes do fundo do que como beneficiários", acrescentou o negociador anônimo.

porto sporting palpite 'Responsabilidade moral'

Alguns pequenos países insulares também defendem essa posição.

Michai Robertson é o principal negociador sobre o financiamentoporto sporting palpiteperdas e danos da Aliança dos Pequenos Estados Insulares.

Ele argumenta que há uma "responsabilidade moralporto sporting palpitese envolver com o fundo" que precisa ser cumprida pelas principais economias como a China e a Índia.

"Ter as palavras 'incentivar outras partes a fornecerem verbas' na recomendação é um reconhecimento por parteporto sporting palpitetodo o comitêporto sporting palpiteque precisamos que os países desenvolvidos também estejam envolvidos e que outras partes também estejam envolvidas."

Queimadaporto sporting palpiteManaus

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Legenda da foto, Queimadaporto sporting palpiteManaus; um relatórioporto sporting palpite2022 estima que paísesporto sporting palpitedesenvolvimento precisarãoporto sporting palpitepelo menos US$ 300 bilhões anuais para se adaptar às mudanças climáticas

Mas não é a primeira vez que um fundo climático leva muito tempo para ser resolvido.

Ross Fitzpatrick, da organização Christian Aid, compara o debate sobre o fundoporto sporting palpiteperdas e danos a uma promessa anteriorporto sporting palpitefinanciamento climático que ainda não se concretizou.

"Não é surpreendente que muitos paísesporto sporting palpitedesenvolvimento vejam isto um pouco como uma táticaporto sporting palpiteadiamento, dada a faltaporto sporting palpiteconfiança que perdura há uma década e que está no cerne das negociações climáticas da ONU", afirma.

"A faltaporto sporting palpiteconfiança é melhor exemplificada pelo fracasso das nações ricasporto sporting palpitecumprir aporto sporting palpitepromessa anteriorporto sporting palpitefornecer US$ 10 bilhõesporto sporting palpitefinanciamento climático anual a partirporto sporting palpite2020."

O compromisso a que Fitzpatrick se refere foi assumido pelos países desenvolvidosporto sporting palpiteCopenhagen,porto sporting palpite2009.

Enquanto essa promessa anterior não for cumprida, os paísesporto sporting palpitedesenvolvimento terão sempre uma desculpa para adiar a finalização dos detalhes do fundoporto sporting palpiteperdas e danos, na avaliaçãoporto sporting palpiteAarati Khosla, diretora da Climate Trends, uma organização sediada na Índia.

"Não é tão simples para a China e a Índia contribuir para o fundo sem que o mundo desenvolvido primeiro tenha cumprido aporto sporting palpitepromessa anterior", argumenta Khosla.