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Novo estudo mostra como eram lábios e dentes do Tiranossauro Rex :free bet bwin
Paleontólogos e artistas têm defendido opiniões diferentes sobre a aparência do focinho dos dinossauros desde que começamos a recriar suas formas, nos anos 1830.
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Desde os anos 1980, artistas e cientistas têm exibido principalmente dinossauros terópodes – a linhagem que inclui o Tyrannosaurus, Velociraptor e as aves – com bocas sem lábios e os dentes expostos. Esta aparência criou raízes profundas na cultura popular, graças ao filme Jurassic Park – Parque dos Dinossauros (1993) efree bet bwinemblemática ilustração do T. rex.
Os criadoresfree bet bwinJurassic Park exageraram deliberadamente o tamanho e a visibilidade dos dentes do animal opressor, embora os demais pontos da recriação do tiranossauro fossem precisos para a época.
Nenhum estudo específico ou fóssil descoberto inspirou aquela aparência. A adoção generalizada do dinossauro sem lábios refletia a preferência por uma estética nova, com aparência feroz,free bet bwinvezfree bet bwinuma nova análise científica.
Isso não significa que os terópodes sem lábios não tenham bases científicas. Os crocodilianos (jacarés e crocodilos), primos vivos dos dinossauros, e o único grupofree bet bwindinossauros que ainda sobrevive – as aves – possuem tecidos duros e imóveisfree bet bwinvolta das mandíbulas, não os lábios escamosos dos lagartos.
Por isso, seria razoável deduzir que os animais extintos, parentes das aves e dos crocodilianos (incluindo todos os dinossauros predadores) tivessem focinhos sem lábios.
Mas o nosso novo estudo, que levou 11 anos para ficar pronto, traz novos dados para a discussão. Minha equipe analisou fósseisfree bet bwinterópodes e os comparou com os répteis vivos. E concluímos que os dinossauros predadores provavelmente tinham lábios como os que encontramos hoje nos lagartos.
Uma parte da nossa pesquisa observou os danos sofridos pelos dentes. Dentes expostos exibem mais desgaste que os que foram protegidos por lábios.
Os crocodilianos, por exemplo, apresentam abrasão significativa sobre seus dentes externos. Mas, quando examinamos os dentes dos terópodes com microscópios e os comparamos com os dentes dos crocodilianos, verificamos que os dentes dos terópodes apresentam lesões consideravelmente menores.
Esta não é a única diferença entre os terópodes e os crocodilianos. Todos os répteis possuem pequenos orifícios nos ossos da mandíbula, que abrigam vasos sanguíneos e nervos parafree bet bwinpele da boca e gengiva. Normalmente, eles têm apenas milímetrosfree bet bwinlargura.
Os répteis com lábios, os lagartos e as tuataras – os únicos sobreviventesfree bet bwinum grupofree bet bwinrépteis similares aos lagartos da era dos dinossauros – possuem relativamente poucos orifícios, que são principalmente posicionados perto dos dentes.
Mas os esqueletos dos crocodilianos são cobertos por centenasfree bet bwinaberturas minúsculas, relacionadas àfree bet bwinpele facial firme e sensível.
Nós concluímos que os ossos da mandíbula dos terópodes são mais parecidos com os dos lagartos e possuem poucas aberturas perto das margens da mandíbula, o que também ocorre com os parentes antigos dos crocodilianos, já extintos.
Isso significa que a anatomia facial incomum dos crocodilianos vivos evoluiu dentro dafree bet bwinprópria linhagem, não como característica comum com a linhagem dos dinossauros e aves.
Nós também examinamos o tamanho dos dentes. Alguns dinossauros predadores tinham dentes muito maiores do que todos os répteis vivos, o que pode ter evitado que eles fossem cobertos por lábios.
Nós calculamos a razão entre a altura dos dentes e o comprimento do esqueleto dos terópodes. Depois, comparamos com o mesmo valor do lagarto-monitor, que é o grupo que possui lábios e inclui o único animal vivo comparável com os grandes terópodesfree bet bwintermosfree bet bwinhábitos alimentares – o dragão-de-komodo.
Nossas comparações revelaram que nenhum dinossauro predador (nem mesmo o T. rex, com seus dentes enormes) tinha dentes proporcionalmente maiores do que os lagartos vivos.
Na verdade, espécies como o crocodilo-monitor dispõemfree bet bwindentes proporcionalmente maiores do que qualquer terópode,free bet bwinforma que não há razão para pensar que os dentes dos dinossauros fossem grandes demais para serem cobertos por lábios.
Por fim, nós modelamos a mecânicafree bet bwinfechamento das mandíbulas dos terópodes sem lábios e concluímos que seria impossível para alguns terópodes vedar suas bocas sem lábios. O melhor que conseguimos foram sorrisos com espaços entre os dentes.
Forçar as mandíbulas para que se fechassem completamente quebraria os ossosfree bet bwinsustentação da mandíbula ou deslocariam o pontofree bet bwinarticulação. E, com a boca permanentemente aberta, os terópodes teriam enfrentado problemasfree bet bwinsaúde bucal e riscosfree bet bwindesidratação.
Tomadosfree bet bwinconjunto, estes estudos apontam para a mesma conclusão: a anatomia e a funcionalidade da boca dos terópodes é mais parecida com a dos lagartos que com a dos crocodilos, o que sugere que seus dentes eram cobertos por lábios similares aos dos lagartos.
Se estivermos certos e os lagartos forem o nosso melhor modelo para a boca dos terópodes, os lábios dos dinossauros provavelmente não eram musculares, como são os dos mamíferos. Por isso, os dinossauros provavelmente não conseguiam rosnar como às vezes fazem no cinema.
Contrariando novamente os dinossaurosfree bet bwinHollywood, precisamos também conceber os terópodes com gengivas maiores.
Ao contrário dos crocodilos e até dos mamíferos, os répteis da linhagem dos lagartos costumam ter grandes gengivas que cobrem suas coroas dentárias, no todo oufree bet bwinparte, mesmo quando seus dentes são adaptados para cortar carne. O efeito é fazer com que seus dentes pareçam menores ou até invisíveis com a boca aberta.
Nossas descobertas sugerem que, com seus lábios escamosos, os dinossauros predadores podem ter tido rostos e bocas com aparência mais suave do que aquelas que nos acostumamos a ver.
Mas não se engane. Atrás desses lábios e gengivas, ficavam os mesmos dentes formidáveis, que rasgavam a carne das suas presas.
* Mark P. Witton é pesquisadorfree bet bwinpaleontologia da Universidadefree bet bwinPortsmouth, no Reino Unido.
Este artigo foi publicado originalmente no sitefree bet bwinnotícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão original em inglês.
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