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Os efeitos dos alimentos ultraprocessados reveladosesporte bet 356teste: 'É assustador':esporte bet 356
Esse foi um estudo curto com apenas um paresporte bet 356gêmeas, mas os resultados reforçam temoresesporte bet 356cientistas que têm acumulado evidênciasesporte bet 356que os alimentos ultraprocessados são prejudiciais à saúdeesporte bet 356maneiras inesperadas.
"Estamos falandoesporte bet 356todos os tiposesporte bet 356câncer, doenças cardíacas, derrame e demência", diz Tim Spector, professoresporte bet 356epidemiologia no King's College e pesquisador do comportamento das doenças, supervisionou o estudo.
O termo "alimentos ultraprocessados" começou a ser usado há apenas 15 anos. Esse tipoesporte bet 356alimento representa aproximadamente metade do que se comeesporte bet 356países como o Reino Unido.
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No Brasil, um estudo feito pelo Núcleoesporte bet 356Pesquisas Epidemiológicasesporte bet 356Nutrição e Saúde da Universidadeesporte bet 356São Paulo (USP) mostrou que cercaesporte bet 35620% das calorias consumidas pelos brasileiros vêmesporte bet 356ultraprocessados.
De pães integrais fatiados a pratos prontos e sorvetes, esse é um grupoesporte bet 356alimentos feitos com níveis variados - mas muitas vezes altos -esporte bet 356processamento industrial.
Ingredientes utilizados para o seu preparo como conservantes, adoçantes artificiais e emulsificantes não costumam ser utilizados na culinária caseira.
"Alimentos ultraprocessados são alguns dos mais lucrativos que as empresas podem obter", diz a professora Marion Nestle, especialistaesporte bet 356política alimentar e professoresporte bet 356nutrição na Universidadeesporte bet 356Nova York.
À medida que nosso consumo aumenta, também aumentam as taxasesporte bet 356diabetes e câncer.
Alguns acadêmicos acreditam que a relação não é acidental.
O programa Panorama acessou novas evidências científicas que mostram a relação entre esses tiposesporte bet 356produtos químicos e doenças como câncer, diabetes e derrame.
A revista científica The Lancet publicouesporte bet 356janeiro um dos estudos mais abrangentes sobre o tema, feito pela Faculdadeesporte bet 356Saúde Pública do Imperial College,esporte bet 356Londres.
O estudo, realizado com 200 mil adultos no Reino Unido, determinou que o maior consumoesporte bet 356alimentos ultraprocessados pode estar relacionado ao aumento do riscoesporte bet 356desenvolver cânceresporte bet 356geral e, especificamente, cânceresporte bet 356ovário e cérebro.
esporte bet 356 Os alimentos ultraprocessados mais usados:
- Pães e cereais açucarados embalados;
- Sopas instantâneas e refeições prontas para microondas;
- iogurtes com saboresporte bet 356fruta;
- Carne reconstituída, como presunto e linguiça;
- Sorvete, batatas fritas e biscoitos;
- Refrigerantes e algumas bebidas alcoólicas, como uísque, gim e rum.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou no mês passado evitar o consumo prolongadoesporte bet 356adoçantes artificiais, devido aos possíveis riscos à saúde.
Provar que certos ingredientes causam doenças pode ser difícil porque há uma sérieesporte bet 356fatoresesporte bet 356nosso estiloesporte bet 356vida que podem gerar problemasesporte bet 356saúde. Por exemplo, faltaesporte bet 356exercício, tabagismo ou dietas açucaradas.
As primeiras pesquisas sobre consumoesporte bet 356alimentos ultraprocessados e mortalidade começaram na França, na Universidadeesporte bet 356Sorbonne, como parteesporte bet 356um estudo, aindaesporte bet 356andamento, sobre os hábitos alimentaresesporte bet 356174 mil pessoas.
"Temos registros dietéticosesporte bet 35624 horas durante as quais os participantes nos contam todos os alimentos e bebidas que ingerem", explica a médica Mathilde Touvier, que lidera a pesquisa.
O estudo já publicou algumas conclusões, que mostram que os ultraprocessados podem aumentar as chancesesporte bet 356desenvolvimentoesporte bet 356câncer.
Emulsificantes, a jóia dos ultraprocessados
Ultimamente, os pesquisadores têm estudado o impacto, na alimentação, esporte bet 356um ingrediente específico, os emulsificantes.
Os emulsificantes são compostos químicos que melhoram a aparência e a textura dos alimentos e contribuem para prolongaresporte bet 356vida útil - que acaba sendo bem maior que a dos alimentos não ou menos processados.
Esse elemento estáesporte bet 356toda parte: na maionese, no chocolate, na pastaesporte bet 356amendoim e nas carnes. Ou seja, é bem provável que você esteja consumindo ou consumiu emulsificantesesporte bet 356algum momento.
O Panorama teve acesso exclusivo aos primeiros resultados da pesquisaesporte bet 356Touvier, que ainda não foram analisados por outros especialistas, etapa crucial para a verificaçãoesporte bet 356estudos científicos.
“Temos observado uma relação clara entre a ingestãoesporte bet 356emulsificante e um risco acrescidoesporte bet 356cânceresporte bet 356geral, eesporte bet 356câncer da mamaesporte bet 356particular, mas tambémesporte bet 356doenças cardiovasculares”, diz a pesquisadora.
"Isso significa que vimos um padrão entre o consumoesporte bet 356alimentos ultraprocessados e o riscoesporte bet 356doenças. Mas mais pesquisas são necessárias."
Aspartame, mais doce que o açúcar
Um dos aditivos mais polêmicosesporte bet 356alimentos ultraprocessados é o adoçante aspartame.
Duzentas vezes mais doce que o açúcar, tem sido anunciado como uma ótima alternativaesporte bet 356baixa caloria, transformando bebidas açucaradas, sorvetes e mousses anteriormente não saudáveis em produtos comercializados como "saudáveis".
Durante as últimas duas décadas, surgiram dúvidas sobre seus possíveis efeitos nocivos.
No mês passado, a OMS afirmou que, embora as evidências sejam inconclusivas, teme que o uso prolongadoesporte bet 356adoçantes como o aspartame possa aumentar o riscoesporte bet 356"diabetes tipo 2, doenças cardíacas e mortalidade".
Em 2013, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) decidiu que o aspartame era seguro, assim como o Comitêesporte bet 356Toxicidade na Grã-Bretanha, que determinouesporte bet 3562013 que os resultados "não indicam a necessidadeesporte bet 356tomar medidas para proteger a saúde pública".
No entanto, seis anos depois, Erik Millstone, professor da Universidadeesporte bet 356Sussex, decidiu revisar as mesmas evidências examinadas pela EFSA, para ver quem havia financiado os diferentes estudos.
Millstone descobriu que 90% dos estudos que defendem o adoçante foram financiados por grandes empresasesporte bet 356química que fabricam e vendem aspartame, e que todos os estudos sugerindo que o aspartame pode ser prejudicial foram financiados por fontes independentes e não comerciais.
A EFSA garante que vai estudar a avaliaçãoesporte bet 356curso da OMS sobre este aditivo.
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