O que crianças sem memória nos ensinam sobre diferença entre lembrar e saber:

Homem segura fotos polaroidcrianças

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, 'Sensaçãolembrança' consistereviver detalhadamente eventos específicosnossas vidas

Diferença entre saber e lembrar

Saber não é o mesmo que lembrar.

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Por exemplo, sabemos o que é uma laranja ou o que significa a palavra madrugar, sem lembrar exatamente quando e onde adquirimos essa informação.

Esse tipoconhecimento é muito útil porque seria difícil terlembrar, todos os dias, que madrugar significa acordar cedo.

Bem diferente é a experiênciase lembrar do que comemos no café da manhã ou onde comemoramos nosso último aniversário.

Os psicólogos chamam esse sentimento muito íntimopoder reviverdetalhes eventos específicosnossas vidas“sensaçãorecordar”.

Todas as memórias que podemos expressar verbalmente estão incluídas na nossa memória explícita (ou declarativa), que porvez se dividedois tipos.

Por um lado, existe a capacidadereviver detalhadamente acontecimentos do nosso passado, conhecida como memória episódica (aquilo que lembramos).

E, por outro lado, o conhecimento geral sobre o mundo, denominado memória semântica (aquilo que sabemos).

O papel do hipocampo na lembrança

Em um estudo utilizando magnetoencefalografia, conseguimos registrar os ritmos cerebraispessoas saudáveis enquanto elas realizavam uma tarefamemória.

Observamos que o ritmo alfa (cerca12 hertz) mudou mais intensamente quando as pessoas conseguiram lembrar os detalhes associados ao evento do que quando simplesmente sabiam que já tinham visto o estímulo antes.

Idosa com criança observam fotografias

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Legenda da foto, Adultos que sofrem uma lesão no hipocampo perdem capacidadecriar novas memórias episódicas

Quando observamosquais regiões do cérebro ocorreu esse efeito, observamos que o hipocampo só entravaação se a pessoa conseguisse se lembrartodo o episódio.

Embora o hipocampo faça parteuma ampla redecircuitos cerebrais que são ativados durante a memória, é uma estrutura essencial para o funcionamento da memória episódica.

Na verdade, os adultos que sofrem uma lesão no hipocampo desenvolvem amnésia anterógrada e perdem a capacidadecriar novas memórias episódicas.

Felizmente, esses pacientes mantêm intacta a capacidadeusar a memória semântica: eles não têm problemaslinguagem e podem identificar perfeitamente objetosseu ambiente.

Crianças que sabem, mas não lembram

É essencial criar memórias episódicas para gerar conhecimento geral sobre o mundo?

Intuitivamente pensamos que é necessário registrar diversas experiências com cães para gerar o conceito"cachorro".

O casoadultos com amnésia anterógrada não nos permite responder facilmente a essa questão, pois eles geraram amemória semântica antes da lesão.

Mas o que acontece se uma criança sofrer esse tipolesão logo após o nascimento?

À primeira vista, ela seria uma criança sem lembrançasseu passado pessoal.

Você poderia aprender o significado das palavras ou reconhecer objetos?

A psicóloga Faraneh Vargha-Khadem e seus colaboradores estudam há anos casosamnésia do desenvolvimento causada por danos precoces ao hipocampo.

Criança sorri para fotobrinquedo que roda

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Legenda da foto, Pesquisadores estudaram casosamnésia do desenvolvimentocrianças

Os primeiros casos estudados foram três crianças chamadas Beth, Jon e Kate.

Assim como os adultos, elas não conseguiam se lembrar do último programaTV a que assistiram ou do que ganharamaniversário.

Apesar dessa dificuldade, pareceram ter adquirido conhecimento semântico sem problemas.

Surpreendentemente, essas crianças adquiriram vocabulário, foram à escola e interagiram com o ambiente sem conseguirem lembrar onde estavam no dia anterior.

Mão segura foto polaroidcriança dormindo após refeiçãocima da mesa

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Legenda da foto, É essencial criar memórias episódicas para gerar conhecimento geral sobre o mundo?
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Vargha-Khadem conta uma anedota com o paciente Jon que destaca essa diferença entre lembrar e saber.

Jon sempre fazia o mesmo caminho para ir ao seu laboratórioLondres: pegava o metrôuma estação próxima e quando chegava a seu destino, o elevador até a superfície.

Porém, naquele dia o elevador quebrou e ele teve que subir vários lancesescada. Ao chegar ao laboratório não se lembravanada do ocorrido e disse que havia subidoelevador.

Quando lhe perguntaram "Como você sabe que usou o elevador hoje?", ele respondeu: "Eu sempre pego o elevador".

Ou seja, diante da impossibilidadelembrar o que havia acontecido, ele utilizou seu conhecimento semântico para responder à questão.

Esses dados indicam que conhecer e lembrar são duas formasacessar o nosso passado que dependemdiferentes regiões do cérebro.

O que as crianças com amnésia do desenvolvimento nos ensinam é que, mesmo que não nos lembremos detalhadamentecada experiência, provavelmente todas elas contribuem para a nossa capacidadecompreender o mundo que nos rodeia.

*María del Carmen Martín-Buro GarcíaDionisio é professoraPsicologia Experimental da Universidade Rey Juan Carlos, na Espanha

Este artigo foi publicado originalmente no sitenotícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão originalespanhol.