Quantos refugiados palestinos há no mundo e onde estão?:nova plataforma de aposta

Família comendo dentronova plataforma de apostatenda

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Legenda da foto, O deslocamento tem sido parte significativa da história dos palestinos nas últimas décadas

Mas como tantos palestinos deixaram anova plataforma de apostaterra ancestral, para que países foram e por quê?

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Por que os palestinos são considerados refugiados?

Deslocamentos têm tido um papel significativo na história dos palestinos desde a criação do Estadonova plataforma de apostaIsrael.

Em 1947, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, as recém-criadas Nações Unidas aprovaram a resolução 181 — um planonova plataforma de apostadivisão do que era o então Mandato Britânico da Palestina para o que seriam os Estados árabe e judeu.

A Palestina era governada pelos britânicos desde 1922 e, durante esse período, a imigração judaica para a região cresceu, especialmente por aqueles que fugiam das atrocidades nazistas na Europa.

As tensões entre árabes e judeus também aumentaram.

"Nesta altura, já havia a culpa europeia pelo Holocausto, e eles estavam tentando acomodar o que presumiam ser uma grande imigração judaica europeia para a Palestina", explica a professora Dawn Chatty, do Centronova plataforma de apostaEstudosnova plataforma de apostaRefugiados da Universidadenova plataforma de apostaOxford.

Embora os árabes palestinos tenham rejeitado a resolução 181, que atribuía à população judaica menor um território maior, Israel declarou-se independente usando este planonova plataforma de apostadivisão como base.

Multidãonova plataforma de apostapalestinos carregando malas e atravessando água

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Legenda da foto, Em 1948, cercanova plataforma de aposta750 mil palestinos fugiram ou precisaram deixar suas casas

No conflitonova plataforma de aposta1948nova plataforma de apostatorno da criaçãonova plataforma de apostaIsrael, cercanova plataforma de aposta750 mil palestinos foram expulsos ou fugiram do que hoje é Israel.

Os palestinos referem-se a esse momento como nakba, que significa "catástrofe"nova plataforma de apostaárabe.

Após o fim da guerranova plataforma de aposta1948, Israel recusou-se a permitir que os refugiados voltassem para suas casas.

Posteriormente, Israel tomou a Cisjordânia e a Faixanova plataforma de apostaGaza após a Guerra dos Seis Diasnova plataforma de aposta1967, e maisnova plataforma de aposta325 mil palestinos fugiram, principalmente para a Jordânia, segundo as Nações Unidas.

Nos anos seguintes, uma médianova plataforma de aposta21 mil palestinos por ano foram deslocadosnova plataforma de apostaáreas controladas por Israel.

Israel negou as exigências palestinasnova plataforma de apostaregresso dos refugiados como partenova plataforma de apostaqualquer acordonova plataforma de apostapaz.

Quantos refugiados palestinos existem no mundo?

Em 1949, foi fundada a Agência das Nações Unidasnova plataforma de apostaAssistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA, na siglanova plataforma de apostainglês).

A UNRWA define "refugiados palestinos" como "pessoas cujo localnova plataforma de apostaresidência normal era a Palestina durante o períodonova plataforma de aposta1nova plataforma de apostajunhonova plataforma de aposta1946 a 15nova plataforma de apostamaionova plataforma de aposta1948, e que perderam a casa e os meiosnova plataforma de apostasubsistência como resultado do conflitonova plataforma de aposta1948".

Os descendentesnova plataforma de apostapessoas que correspondam a esta definição, incluindo crianças adotadas, também são elegíveis para se registrarem como refugiados.

Gráfico mostra participaçãonova plataforma de apostaalguns países e regiões na diáspora palestina; países árabes abrigam a maior parte dessas pessoas, com 44,8%

Quando a UNRWA iniciou as suas operaçõesnova plataforma de aposta1950, respondia às necessidadesnova plataforma de apostacercanova plataforma de aposta750 mil refugiados palestinos, afirma a agência.

Hoje, cercanova plataforma de aposta5,9 milhõesnova plataforma de apostarefugiados palestinos podem ser atendidos pela UNRWA.

Destes, maisnova plataforma de aposta1,5 milhãonova plataforma de apostapessoas vivemnova plataforma de aposta58 camposnova plataforma de apostarefugiados reconhecidos pela UNRWA.

Estes campos estão na Jordânia, Líbano, Síria, Faixanova plataforma de apostaGaza e Cisjordânia, incluindo Jerusalém oriental.

Existem também outras áreas fora dos campos reconhecidos onde refugiados palestinos se concentram, como Yarmouk, perto da capital síria, Damasco.

Por que existem camposnova plataforma de apostarefugiados para palestinosnova plataforma de apostaGaza e na Cisjordânia?

Devido à criação do Estadonova plataforma de apostaIsrael, muitos árabes da Palestina que viviam nos territórios designados para o Estado judeu fugiram para o território que deveria ser o Estado árabe, explica a professora Dawn Chatty.

"Eles procuraram asilonova plataforma de apostaGaza e na Cisjordânia. Eles se tornaram os refugiadosnova plataforma de aposta1948", diz ela.

Maisnova plataforma de aposta871 mil refugiados registrados vivem na Cisjordânia — cercanova plataforma de apostaum quarto deles ficanova plataforma de aposta19 camposnova plataforma de apostarefugiados, segundo a UNWRA.

Em Gaza, existem cercanova plataforma de aposta1,7 milhãonova plataforma de apostarefugiados, e aproximadamente 620 mil deles vivemnova plataforma de apostaoito campos reconhecidos pela UNRWA.

Crianças e adultosnova plataforma de apostaárea aberta e repletanova plataforma de apostatendas

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Legenda da foto, O conflito atualnova plataforma de apostaGaza forçou muitos palestinosnova plataforma de apostacamposnova plataforma de apostarefugiados a deixarem suas tendasnova plataforma de apostabuscanova plataforma de apostaáreas mais seguras no sul

Quão grande é a diáspora palestina?

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Além dos 3,3 milhõesnova plataforma de apostapalestinos que vivem na Cisjordânia e dos 2,3 milhõesnova plataforma de apostapalestinos que vivemnova plataforma de apostaGaza, mais 1,75 milhãonova plataforma de apostapalestinos vivemnova plataforma de apostaIsrael — compondo cercanova plataforma de aposta20% da população total israelense.

Todos os palestinos fora destes territórios formam uma diáspora mais ampla, que inclui aqueles que partiram antesnova plataforma de aposta1948 (e por isso não são contabilizados pela ONU), seus descendentes, e também aqueles que deixaramnova plataforma de apostaterra natal, mas nunca se registraram como refugiados.

De acordo com os últimos números fornecidos pelo Escritório Central Palestinonova plataforma de apostaEstatísticas, cercanova plataforma de aposta7,3 milhõesnova plataforma de apostapalestinos vivem nesta diáspora global, abrangendo desde o Oriente Médio à América do Sul e Austrália.

No entanto, o órgão apenas contabiliza os palestinos que possuem documentosnova plataforma de apostaidentidade ou estão registrados como refugiados — por isso, o tamanho real da população da diáspora pode ser muito maior.

No geral, maisnova plataforma de aposta6 milhõesnova plataforma de apostapalestinos vivemnova plataforma de apostapaíses árabes, segundo o órgão, com cercanova plataforma de apostametade deles vivendo na Jordânia, na fronteira orientalnova plataforma de apostaIsrael.

A maioria dos palestinos na Jordânia tem cidadania plena e goza dos mesmos direitos que qualquer outro cidadão.

Estima-se que Líbano, Síria e Egito abriguem maisnova plataforma de aposta1 milhãonova plataforma de apostapalestinos.

No Líbano, a maioria dos refugiados palestinos vivenova plataforma de apostacamposnova plataforma de apostarefugiados desde 1948 e não tem acesso a direitos civis ou sociais.

Pedestres caminhandonova plataforma de apostaviela com várias pequenas bandeiras palestinas penduradas

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Legenda da foto, Bandeiras palestinasnova plataforma de apostaum camponova plataforma de apostarefugiados ao sulnova plataforma de apostaBeirute, no Líbano

Os palestinos na Síria, por outro lado, gozamnova plataforma de apostadireitos civis iguais aos dos cidadãos sírios. No entanto, após a eclosão da guerra na Síria, muitos palestinos fugiram do país.

"A presença palestina nos países árabes do Golfo surgiu há quase um século", escrevem Youssef Courbage e Hala Nofal no livro Palestinians Worldwide: A Demographic Study ("Palestinos pelo mundo: Um estudo demográfico",nova plataforma de apostatradução livre).

"A Arábia Saudita e o Kuwait atraíram 90% da forçanova plataforma de apostatrabalho palestina no Golfo antes da segunda Guerra do Golfo [em 1990], após a qual [eles] se mudaram principalmente para o Catar e os Emirados Árabes Unidos", afirmam.

A professora Dawn Chatty diz que a razão pela qual os países do Golfo acolheram os refugiados palestinos foi porque precisavam muitonova plataforma de apostatrabalhadores qualificados que pudessem falar inglês e árabe.

Os palestinos estavam bem preparados para isso, devido à educação que receberam nos campos da UNRWA.

Palestinos fora do Oriente Médio

Homemnova plataforma de apostatorcida ergue faixa onde se lê: 'Palestino'

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Legenda da foto, O timenova plataforma de apostafutebol Palestino F.C. foi fundadonova plataforma de aposta1920 por imigrantes palestinos no Chile

A maior parte da diáspora palestina atualmente fora do Oriente Médio migrou no final do século 19, quando a região estava sob controle do Império Otomano.

A repressão aos primeiros movimentos nacionalistas árabes e a crise econômica levaram à fuganova plataforma de apostamuitos comerciantes cristãos palestinos para a América do Norte e para a América do Sulnova plataforma de apostaparticular.

Seguiram-se outras ondasnova plataforma de apostamigração após a desintegração do Império Otomano e a criaçãonova plataforma de apostaIsrael.

Contudo, é difícil chegar a números precisos para comunidades específicas.

"Nos países latino-americanos, as estimativas do númeronova plataforma de apostapalestinos estão envoltasnova plataforma de apostaambiguidade, devido ànova plataforma de apostadesignação como 'árabes' sob uma categoria abrangent", escrevem Courbage e Nofal.

A comunidade palestina no Chile é estimadanova plataforma de apostacercanova plataforma de aposta500 mil pessoas, tornando-o o país com a maior população palestina fora do Oriente Médio.

Há também um número considerávelnova plataforma de apostapalestinos nas Honduras, na Guatemala e no Brasil.

A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) afirma existirem por aqui cercanova plataforma de aposta60 mil imigrantes e refugiados palestinos, incluindo descendentes.

A migraçãonova plataforma de apostapalestinos para os Estados Unidos também remonta ao final do século 19, e estima-se que existam cercanova plataforma de aposta200 mil palestinos morando no país.

Na Europa, a Alemanha abriga a maior população palestina, seguida pelo Reino Unido, Grécia, França, Dinamarca e Suécia.