O país latino que tem a maior comunidadefortuna cassinopalestinos fora do mundo árabe:fortuna cassino
"Estamos muito comovidos com o que está acontecendofortuna cassinoGaza. Muito abalados pelas imagens que vêmfortuna cassinolá", disse Diego Khamis, diretor executivo da Comunidade Palestina no Chile, à BBC News Mundo, serviçofortuna cassinoespanhol da BBC.
Lewandowski nasceu na Polônia e começou a jogar futebol ainda jovem. Ele se profissionalizou fortuna cassino {k0} 2005, aos 17 anos, 💴 quando ingressou nas categorias fortuna cassino base do Znicz Pruszków. Depois fortuna cassino três anos no clube, ele se transferiu para o 💴 Lech Poznań, onde se destacou e chamou atenção fortuna cassino clubes europeus.
Em 2010, Lewandowski se juntou ao Borussia Dortmund, onde jogou 💴 por quatro temporadas e ajudou o clube a conquistar duas Bundesligas e uma Copa da Alemanha. Em 2014, ele assinou 💴 com o Bayern fortuna cassino Munique e desde então, ele tem sido uma peça chave no ataque do time, marcando gols 💴 importantes e ajudando o clube a conquistar vários títulos.
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A representante diplomática palestina no país sul-americano, Vera Baboun, explica que "historicamente, a comunidade palestina no Chile tem se empenhadofortuna cassinorejeitar todas as atrocidades que a nação palestina vivencia".
Muitos têm parentes que vivem na Faixafortuna cassinoGaza ou territórios próximos e tentam manter contatofortuna cassinomeio aos cortesfortuna cassinointernet e comunicações.
Um dos casos mais emblemáticos foi ofortuna cassinoGhassan Sahurie, um menino chileno-palestinofortuna cassino7 anos que ficou vários dias desaparecidofortuna cassinoGaza até ser encontradofortuna cassinoum dos hospitais locais, segundo informou à imprensa seu tio, que mora no Chile.
Mas como o Chile conseguiu estabelecer um vínculo tão forte com a comunidade palestina? E por que tantos palestinos decidiram morar ali, a 13 mil quilômetrosfortuna cassinodistância?
Por que o Chile?
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Para compreender o fenômeno da imigração palestina para o Chile, é preciso recuar ao final do século XIX.
A região da Palestina, entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo, considerada sagrada por muçulmanos, judeus e católicos, pertencia naqueles anos ao Império Otomano.
"A saídafortuna cassinopalestinos, sírios e libaneses da região ocorrefortuna cassinomeio a uma situaçãofortuna cassinocrise econômica, declínio do Império Otomano e repressão aos primeiros movimentos nacionalistas árabes na região", explicou Ricardo Marzuca, acadêmico do Centrofortuna cassinoEstudos Árabes da Universidade do Chile,fortuna cassinoentrevista realizadafortuna cassino2021 à BBC News Mundo.
Para esta comunidade, como para muitas outras, a América era vista como um "novo mundo" cheiofortuna cassinooportunidades.
Assim, muitos jovens palestinos seguiram caminho para a Europa, por terra, e por mar, até Buenos Aires.
Masfortuna cassinovezfortuna cassinoficarem na capital argentina, na época mais rica e "europeizada", alguns preferiram cruzar os Andes e seguirfortuna cassinodireção ao Chile.
Entre 1885 e 1940, os árabes somavam entre 8.000 e 10.000 pessoas no Chile, segundo o livro O Mundo Árabe e a América Latina (em tradução livre),fortuna cassinoLorenzo Agar Corbinosla.
Metade deles eram palestinos, a maioria vindosfortuna cassinoapenas três cidades: Belém, Beit Jala e Beit Sahour.
Mas depois ocorreram outras ondasfortuna cassinomigração, como, por exemplo, após a Primeira Guerra Mundial, quando o Império Otomano se desintegrou, e após a Segunda Guerra Mundial, com a criaçãofortuna cassinoIsraelfortuna cassino14fortuna cassinomaiofortuna cassino1948.
Foi nessa altura que cercafortuna cassino750 mil palestinos fugiram para outros países ou foram expulsos.
Tal como outros países jovens, o Chile precisavafortuna cassinoimigrantes para fortalecer afortuna cassinoeconomia e controlar o território.
A elite chilena sempre optou por europeus, a quem ofereceu terras e direitos desde o início do século XIX, mas muitos árabes e palestinos aproveitaram o fluxo.
"Houve uma espéciefortuna cassinoefeitofortuna cassinocadeia, no qual certos grupos chegaram ao Chile e trouxeram seus familiares", disse Marzuca.
"Há um conjuntofortuna cassinofatores que promoveramfortuna cassinochegada: o clima, já que existem certas semelhanças entre o território palestino e o caso chileno; a liberdade, algo que fazia muita falta devido à repressão do Império Otomano e posteriormente à repressão do mandato britânico; e prosperidade econômica", acrescentou o acadêmico.
Indústria têxtil
Os que chegaram do Oriente Médio optaram pelo comércio e pelo setor têxtil, uma decisão que seria fundamental para a abundância que faria a comunidade crescer.
Eles seguiam suas tradições, a conhecida dinâmicafortuna cassinodescontos e pechinchas, mas também atendiam a uma demanda pendente na região.
"Inicialmente os palestinos se dedicaram a serem vendedores ambulantes, depois entraramfortuna cassinopequenos negócios e depois, na décadafortuna cassino1930, houve uma contribuição importante destas famílias para o desenvolvimento têxtil do país", disse Marzuca.
Assim, os primeiros expoentes da família Abumohor – que hoje representa um dos maiores grupos econômicos do Chile, com negócios no comércio, no setor financeiro e até no futebol – percorreram o país oferecendo mercadorias no atacado.
Outro exemplo é a empresa Casa Saieh, também propriedadefortuna cassinouma famíliafortuna cassinoorigem palestina, inaugurada na cidadefortuna cassinoTalca na décadafortuna cassino1950.
Seus herdeiros se tornariam mais tarde empresários renomados: Álvaro Saieh, proprietário e presidente do grupo empresarial CorpGroup, que atualmente possui investimentos no setor financeiro, no varejo efortuna cassinomeiosfortuna cassinocomunicação como o jornal La Tercera.
Outros imigrantes começaram a fabricar algodão ou seda, substituindo o trabalho artesanal local ou as caras importações europeias.
E sobrenomesfortuna cassinoorigem palestina como Hirmas, Said, Yarur e Sumar se tornariam sinônimosfortuna cassinouma poderosa indústria têxtil.
Após a abertura retumbante da economia nas décadasfortuna cassino1980 e 1990, e face à intensa concorrência chinesa, a maioria das fortunas palestinas se diversificou para outros negócios: financeiro, imobiliário, agricultura, viticultura, agricultura, alimentação e imprensa.
Alémfortuna cassinosua contribuição para o desenvolvimento econômico, criaram instituiçõesfortuna cassinodiversos tipos, desde um timefortuna cassinofutebol – o Club Palestino – até sociedadesfortuna cassinosem fins lucrativos e organizações culturais.
Eles também tiveram sucesso ao se estabelecerfortuna cassinodiferentes cidades do Chile, algo fundamental para formar laços com distintas comunidades chilenas.
Efortuna cassinoSantiago conquistaram o famoso “bairro Patronato”, que com os seus restaurantes que oferecem folhasfortuna cassinouva recheadas, ou os populares doces árabes, ao som da música desta diáspora, no seu auge passou a ser descrita como "pequena Palestina".
"Há um ditado que se repete muito no Chile: quefortuna cassinocada província há uma praça, uma igreja, um posto policial. Estamos envolvidosfortuna cassinotodos esses lugares", disse Maurice Khamis, que veio com a famíliafortuna cassinoBeit Jala para o Chilefortuna cassino1952.
Os sobrenomes da comunidade se destacam no campo da justiça, da política, da cultura e dos negócios.
Além das já citadas, o impulso comercial está retratadofortuna cassinoempresas como Parque Arauco, associada à família Said,fortuna cassinoshopping centers no Chile, Peru e Colômbia; ou o Bancofortuna cassinoCrédito e Inversiones, fundadofortuna cassino1937 por Juan Yarur Lolas e ainda um dos maiores da praça.
Também conta com importantes figuras políticas: líderes partidários, senadores, deputados, prefeitos e vereadores.
Para a representante Vera Baboun, “o mais interessante sobre a comunidade palestina no Chile é que eles estão totalmente integrados como chilenos, mas ao mesmo tempo estão intrinsecamente ligados àfortuna cassinomãe terra. E a causa palestina está vivafortuna cassinosuas vidas”.
'Turcofobia'
Mas o processo não foi tão fácil.
Embora historiadores e especialistas afirmem que a integração palestina no Chile foi “tremendamente bem-sucedida”, também houve momentos delicados.
Quem chegava do mundo árabe tinha que lidar com uma rejeição por parte dos chilenos que durou muito tempo e dificultoufortuna cassinopermanência, principalmente nos primeiros anos do fluxo migratório.
Eles eram chamados pejorativamentefortuna cassino"turcos", o que prejudicou a comunidade palestina não apenas porque lhes foi atribuída a nacionalidade errada, mas porque eram identificados com seus opressores durante o Império Otomano.
“Na América Latina, assim comofortuna cassinogrande parte do mundo, prevaleceu o paradigma civilizacional orientalista e ocorreu o fenômeno conhecido como turcofobia”, explicou Marzuca.
“Ou seja, a rejeição aos imigrantes árabes devido uma classificação racial que os europeus faziam; e que o que veio da Europa era símbolofortuna cassinocivilização”.
“Houve uma rejeição por partefortuna cassinocertas elites, da alta sociedade chilena, onde os palestinos eram mal vistos. Dizia-se que não contribuiriam para a sociedade, que eram ambiciosos, libertinos”, acrescentou o acadêmico.
E embora os palestinos no Chile concordem que a “turcofobia” tenha ficado para trás, a comunidade sentiu mais uma vez alguma discriminação após o ataque do Hamas a Israel e a ofensivafortuna cassinoIsraelfortuna cassinoGaza.
É o que diz Diego Khamis.
“Com este episódio começamos a ver característicasfortuna cassinopalestinafobia,fortuna cassinodiscriminação com base na origem, que não víamos há muito tempo”.
“Quando se discutiu quem seria o novo Provedor da Criança (que dirige uma instituição pública chilena que protege os direitos das crianças), foi dito que não se poderia votarfortuna cassinoAnuar Quesille Vera porque ele erafortuna cassinoorigem palestina.”
“Estamos preocupados porque acreditávamos que a ‘Turcofobia’ estava completamente superada. E ver surtosfortuna cassinodiscriminação deste tipo tantos anos depois da presença palestina no Chile é inaceitável”, afirma Diego Khamis.
Questionado sobre como a comunidade palestina vê o ataque do Hamas a Israel, Khamis salienta que reconhece “a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) como o único representante legítimo do povo palestino”.
“E o Hamas não faz parte da OLP. Não acreditamos, nem no Chile nem na Palestina, que a violência seja um método válidofortuna cassinoação política”, afirma.
Nesse sentido, o líder palestino acrescenta que “houve apelos para atacar instituições judaicas no Chile e não perdemos um segundo: condenamos qualquer ataque ou apelo para atacar instituições judaicas”.
Historiadores concordam que o prolongamento da crise que afeta os palestinos há décadas - à qual se somam os atuais bombardeios israelensesfortuna cassinoGaza - explicafortuna cassinoparte a profunda ligação que os chilenos-palestinos têm com afortuna cassinoterrafortuna cassinoorigem.
E, segundo Ricardo Marzuca, “nunca se desligaramfortuna cassinosuas sociedadesfortuna cassinoorigem”.